1. O que são crimes principais e crimes acessórios? Exemplifique.
R.: Crime principal: é aquele que existe independentemente da ocorrência de
outro delito. Se não possui ligação com outro delito, pode ser chamado de independente. Exemplos: furto, homicídio e estupro. Crime acessório: é aquele cuja ocorrência depende de um crime anterior. Exemplos: receptação, lavagem de capitais e favorecimento real. No caso de lavagem de dinheiro, o próprio agente pode ter cometido o crime anterior, pois se admite a punição da chamada autolavagem. Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/classificacao-dos-crimes/
2. O que é acareação? Pode ser feita entre quais pessoas?
R.: É meio de prova cuja finalidade consiste em sanar eventuais dúvidas sobre mais de uma versão apresentada sobre o mesmo fato por testemunhas, acusado e vítima. Em síntese, é o ato processual que consiste em colocar duas pessoas que apresentaram versões diferentes sobre o mesmo fato face a face. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
3. O que é criminalização da vítima?
R.: Trata-se de verdadeiro e vexatório artifício pelo acusado durante o processo penal, visando sugerir a ideia de que a vítima teria contribuído ou seria a responsável pelo crime. Exemplo: Marido que afirma que a esposa pediu para apanhar ou mereceu por comportamentos anteriores; estuprador diz que manteve relações sexuais cm a vítima que o teria seduzido.
4. O que é perigosidade vitimal?
R.: Perigosidade vitimal é um estado psíquico e comportamental em que a vítima se coloca estimulando a sua vitimização.
5. Explique o que é a vingança privada e a vingança pública.
A vingança privada – que também pode ser chamada de protagonismo da vítima e idade de ouro – foi marcada pela lei de talião. A vítima ostentava o direito de punir. Enquanto que na era da vingança pública, a vítima perdeu o protagonismo e a vingança passou para o poder do Estado, sendo que a pena passou a ter caráter de prevenção geral. Foi uma fase em que o Estado assumiu o protagonismo e passamos para a neutralização da vítima. 6. Quem pode ordenar a anulação de atos administrativos? R.: Um ato é nulo quando afronta a lei, quando foi produzido com alguma ilegalidade. Pode ser declarada pela própria Administração Pública, no exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário.
7. Que efeito jurídico gera a anulação de atos administrativos?
R.: Quanto aos efeitos, tem-se que, em regra, a anulação de um ato administrativo provoca efeitos ex tunc, ou seja, retroage à data da prática do ato, fazendo com que sejam fulminados eventuais efeitos que o ato nulo tenha gerado.
8. Qual a definição de terrorismo trazida pela Lei Antiterrorista nº
13.260/2016? R.: O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
9. Qual o conceito de homicídio? O que é homicídio mercenário ou por
mandato remunerado? R.: Homicídio é o substantivo masculino que significa o ato de matar uma pessoa, quer seja de forma voluntária ou involuntária. O homicídio pode ser praticado com dolo direito, dolo indireto ou de forma culposa. Homicídio mercenário ou por mandato (chamado assim pela doutrina) trata-se do homicídio qualificado pela paga ou promessa de recompensa.
10. O que são medidas de discriminação reversa?
R.: Discriminação reversa é a discriminação contra os membros de um grupo dominante ou majoritário, em favor dos membros de uma minoria ou grupo historicamente desfavorecido. Os grupos podem ser definidos em termos de raça, gênero, etnia ou outros fatores. Esta discriminação pode procurar corrigir as desigualdades sociais, segundo as quais os grupos minoritários têm menos acesso aos privilégios de que beneficia o grupo maioritário. Nestes casos, pretende-se eliminar a discriminação que os grupos minoritários já podem enfrentar. Ex.: Decisao de beneficiar um segmento da população no momento de distribuir cargos, vagas em universidades, contratos com governo. (peguei na net, não tenho ideia se está correta.)
11. O que é iter victimae?
R.: Designa-se iter victimae o caminho, interno e externo, que a pessoa percorre para se converter em vítima no processo de vitimização. As fases do iter victmae são: intuição, atos preparatórios, inicio da execução, execução e consumação.
12. Quais são as principais fontes do direito administrativo?
R.: Lei, jurisprudência, doutrina e costumes.
13. Do que se trata o modelo dissuasório?
R.: Também conhecido como Modelo Clássico e Retributivo, é fruto da Escola Clássica, possui como base a punição do delinquente que, por sua vez, deve ser intimidatória e proporcional ao dano causado. Paga-se o mal causado pelo criminoso com o mal da punição estatal (retribuição). A ideia é que com a retribuição, a pena passaria a ostentar caráter dissuasório, intimidando psicologicamente os demais membros da sociedade a não delinquirem com base no medo pelo castigo. São protagonistas desse modelo: o Estado e o delinquente (a sociedade e a vítima são alocadas em posições secundárias, por vezes esquecidas). Cumpre destacar que o Modelo Retributivo não se preocupa com a ressocialização do delinquente ou mesmo com a possibilidade de reparação dos danos suportados pela vítima, limitando-se no caráter punitivo.
14. No estudo do fato típico, explique o que é nexo causal.
R.: O nexo causal pode ser compreendido como o vínculo entre a conduta e o resultado. Em outras palavras, é demonstrar que o resultado é produto da conduta. É importante destacar que não há nexo causal nos crimes formais e de mera conduta. Aliás, na estrutura do fato típico desses crimes, não há sequer resultado.
15. Diferencie a Polícia Administrativa da Polícia Judiciária.
R.: A polícia administrativa atua na prevenção e repressão do ilícito administrativo ao passo que judiciária age a partir do ilícito penal. Uma outra diferença apontada pela doutrina está no fato de que a polícia administrativa atua sobre bens, direitos e atividades ao passo que a judiciária somente sobre pessoas. Exemplo de polícia administrativa: Polícia Militar em âmbito estadual e a Polícia Rodoviária Federa no âmbito federal. Exemplo de polícia judiciária: Polícia Civil Estadual.
16. Um brasileiro pode ser extraditado? Explique.
O brasileiro nato não será extraditado. Já o brasileiro naturalizado será extraditado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
17. Pode haver crime sem ação? Explique.
R.: Acredito que sim, nos casos de crimes omissivos, que se caracterizam por um não fazer do agente.
18. O juiz pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação? R.: Não. O juiz deve formar sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
19. Mesmo que um crime não tenha havido a presença de qualquer
testemunha, poderá o autor ser preso em flagrante? Em caso positivo, deverá haver algum procedimento especial na lavratura do auto de prisão em flagrante. R.: Mesmo que o fato delituoso seja carente de testemunhas poderá sim o autor do crime ser preso em flagrante. Nesse caso, impõe a lei que o auto de prisão em flagrante seja assinado por duas pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso.
20. Quando o abate de animal não será considerado crime?
R.: De acordo com o art. 37, da Lei dos Crimes Ambientais, não é crime o abate de animal quando realizado em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família.
21. Explique o princípio da individualização da pena.
R.: Consiste em plicar o direito a cada caso concreto, levando-se em conta as suas particularidades, o grau de lesividade do bem jurídico penal tutelado, bem como os pormenores da personalidade do agente. A individualização da resposta estatal ao autor de um fato punível deve ser observada em 3 momentos: Na definição, pelo legislador, do crime e sua pena; Na imposição da pena pelo juiz; Na fase de execução da pena, momento em que os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal (art. 5º da LEP)
22. O que é a vitimologia? Quem é o pai da vitimologia?
R.: Trata-se do estudo científico responsável por diagnosticar a natureza, extensão e causas da vitimização em um conflito criminal, mesmo em casos de não intervenção do DP, analisando também as consequências sobre as pessoas envolvidas nos conflitos, bem como as reações do corpo social, com destaque para as forças policiais e para o sistema de justiça criminal. Benjamin Mendelsohn.
23. A lei de drogas é uma lei exclusivamente penal?
R.: Trata-se de uma Lei Especial Penal, mas seu foco não está exclusivamente nas sanções para o uso ou tráfico de drogas. Como fica claro no artigo 1º, o texto da lei também se preocupa com aspectos como a prevenção e o reinserção de dependentes de drogas.