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O que é um crime?
Legal: Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
Formal: É toda conduta (ação ou omissão) proibida por lei sob ameaça de pena.
Ex.: o crime de homicídio atinge o bem jurídico “vida”, que é tutelado pela lei.
CONCEPÇÃO BIPARTIDA
Argumentos:
1. Nosso Código Penal, quando trata do fato típico, diz que não há crime
sem lei anterior que o defina (CP, art. 1º) e, quando trata da ilicitude, diz
que não há crime quando há excludente de ilicitude (CP, art. 23), mas, por
outro lado, quando trata da culpabilidade, nosso Código não diz que não
há crime, mas sim que esse crime não é punível. Assim, a punibilidade
não é requisito do crime;
CONCEPÇÃO TRIPARTIDA
1. Não se pode considerar crime um fato meramente típico e ilícito, mas que
não seja censurável (culpável). Se não há censura na conduta
(culpabilidade), não há crime;
2. Para haver crime, deve haver ameaça de pena propriamente dita (e não, por
exemplo, de outro tipo de sanção), de modo que se a culpabilidade afasta a
possibilidade de aplicação de pena, acaba por afastar, também, o próprio
crime.
CONCEPÇÃO QUADRIPARTIDA
ELEMENTOS DO CRIME
Fato típico: considera-se um fato como típico quando ele se amolda à hipótese
prevista em lei. Ou seja, a ação ou omissão do agente se encaixa perfeitamente
naquilo que dispõe a norma penal;
1. O fato típico tem seus elementos necessários, para que na falta de um deles
a conduta seja considerada atípica, sendo eles a conduta, o resultado, a
relação de causalidade ou nexo causal e a tipicidade.
Excludentes de Ilicitude
Estado de necessidade
Para que essa condição seja considerada, um bem jurídico protegido pela lei
deve ter sido violado para que outro bem - também protegido pela lei - possa ser
preservado do perigo.
Legítima defesa
Legítima defesa é o uso dos meios necessários para dar fim a uma agressão.
Acontece quando uma pessoa pratica um ato que seria crime, mas na
circunstância de legítima defesa, não será tratado dessa maneira.
Pode ser considerada tanto na própria defesa, como na defesa de outras
pessoas.
Assim como acontece com o estado de necessidade, para que a legítima defesa
seja considerada como excludente de ilicitude, deve ser comprovado o perigo.
Além disso, é preciso provar que a agressão é injusta, ou seja, que não houve
provocação para que ela acontecesse.
Assim, a conduta que seria crime, se praticada no dever profissional, não será
tratada como um crime.
Assim como nas outras causas excludentes, é importante que sejam respeitados
os limites previstos na lei, pois os excessos no ato poderão ser punidos como
crime.
Exemplo: um segurança de uma loja que reage a um assalto com arma de fogo.
Nesse caso, por estar cumprindo o dever de proteção que a profissão exige, a
conduta praticada poderá não ser tratada como crime.
Elementos da culpabilidade
São alguns exemplos: possuir 18 anos completos ou não ser portador de alguma
deficiência cognitiva ou mental.
O elemento de exigibilidade de conduta diversa é a possibilidade de verificar
se a pessoa acusada, na situação analisada, poderia ter tido uma atitude ou
comportamento diferente do que teve, livrando-se de praticar o crime.
Tipos de Crime
Crimes comissivos: o crime comissivo é definido pela prática de uma ação que
a lei considera criminosa.
Por exemplo: agredir uma pessoa durante uma discussão (crime de lesão
corporal).
Crimes omissivos: o crime ocorre quando o indivíduo deixa de fazer uma ação
que deveria. Nesse caso, é a omissão da conduta que caracteriza o crime.
Exemplo: deixar de socorrer uma vítima de acidente (crime de omissão de
socorro).
Crimes omissivos impróprios: o crime acontece quando o indivíduo tem a
obrigação de evitar uma conduta (resultado) e não o faz.
Por exemplo: uma pessoa é responsável pelos cuidados com uma criança que,
por seu descuido, sofre um acidente.