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O que é a Teoria do

crime?
A Teoria do Crime é uma disciplina do
Direito Penal que abrange vários
conceitos, como crime, fato típico,
ilicitude e culpabilidade. Serve para
verificar se um fato é enquadrado
como um crime previsto na lei penal.
Publicado por Rafael Miguel Barbosa da Silva
há 2 anos

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TEORADOCRIEME

missivo
Impróprio

Comissivo
Omissivo

Tipos Crime Elementos


Atoproibido
pelaleipenal
Conduta Ilicitude
Resultado
Culpabilidade

Nexocausal
Fato Tipicidade
Tipicidade
típico

A teoria é, em resumo, o conjunto de re-


gras e requisitos usados para determinar
se o fato é um crime. Envolve aspectos
relacionados ao conceito de crime e à atri-
buição de uma pena para a atitude.

A teoria também é conhecida pelos seguin-


tes nomes: Teoria Geral do Crime e Teoria
Geral do Delito.

O que é um crime?

Saber o que é um crime é o primeiro con-


ceito importante. Crime é um ato proibi-
do pela legislação penal, que possui a
determinação de uma pena como con-
sequência, caso seja praticado.

É um fato que tem como consequência um


dano a um bem jurídico que é protegido
por lei penal.

Por exemplo: o crime de homicídio atinge


o bem jurídico "vida", que é tutelado (pro-
tegido) pela lei.

Por definição de seus elementos, um crime


será todo fato que for típico, ilícito e
culpável.

Elementos do crime

Um crime é formado por três componen-


tes: tipicidade, ilicitude e culpabilidade.

Tipicidade: inclui conduta, resulta-


do, nexo causal e tipicidade.

Ilicitude: pode incluir características


como excludentes de ilicitude, legíti-
ma defesa, estado de necessidade, es-
trito cumprimento de um dever legal
e exercício regular de um direito.

Culpabilidade: inclui os conceitos


de imputabilidade (responsabilidade),
exigibilidade de uma conduta diversa
e a potencial consciência da ilicitude.

Tipos de crimes

Os crimes possuem uma classificação pró-


pria, de acordo com algumas característi-
cas. Veja:

Crimes comissivos: o crime comis-


sivo é definido pela prática de uma
ação que a lei considera criminosa.

Por exemplo: agredir uma pessoa du-


rante uma discussão (crime de lesão
corporal).

Crimes omissivos: o crime ocorre


quando o indivíduo deixa de fazer
uma ação que deveria. Nesse caso, é a
omissão da conduta que caracteriza o
crime.

Exemplo: deixar de socorrer uma víti-


ma de acidente (crime de omissão de
socorro).

Crimes omissivos impróprios: o


crime acontece quando o indivíduo
tem a obrigação de evitar uma condu-
ta (resultado) e não o faz.

Por exemplo: uma pessoa é responsá-


vel pelos cuidados com uma criança
que, por seu descuido, sofre um aci-
dente.

Crime e fato típico

Os conceitos de crime e de fato típico são


relacionados, já que o fato típico é consi-
derado o primeiro elemento que ca-
racteriza um crime.

O fato típico é a indicação de que um ato


praticado consiste em uma conduta que a
lei considera como criminosa. É composto
por quatro elementos: conduta, resultado,
nexo causal (relação de causalidade) e tipi-
cidade.

A conduta é o comportamento (ação)


praticado pela pessoa. Exemplos: agredir
alguém, dirigir sob efeito de bebida alcoó-
lica (e assumir o risco de causar um aci-
dente de trânsito).

O resultado é a modificação causada pela


ação tomada. Por exemplo: lesão corporal
causada na pessoa agredida, morte de uma
pessoa por atropelamento.

O nexo de causalidade é a comprova-


ção da relação entre o ato e o resultado.
Por exemplo: nas situações citadas, o nexo
de causalidade é a comprovação da relação
existente entre a agressão e as lesões cau-
sadas ou a comprovação de que o atropela-
mento aconteceu em razão da embriaguez
ao volante.

Já a tipicidade é o enquadramento da lei


para conduta praticada. Exemplo: o crime
de lesão corporal é determinado no artigo
129 do Código Penal (ofender a integrida-
de corporal ou a saúde de outrem). O cri-
me de homicídio na direção é enquadrado
no artigo 302 do Código de Trânsito Brasi-
leiro (praticar homicídio culposo na dire-
ção de veículo automotor).

Por fim,

Conceito Material do Crime

O crime significa a prática de uma conduta


humana voluntária, isto é, dominada ou
dominável pela vontade, que produz uma
lesão ou risco de lesão a um bem jurídico
tutelado pela lei penal.

Pessoas jurídicas não cometem cri-


mes: Somente o seu humano pode prati-
car crimes, uma vez que estes são dolosos
ou culposos, elementos subjetivos encon-
trados apenas nas pessoas físicas, já que
pessoas jurídicas são meras ficções jurídi-
cas no mundo do direito.

Comportamentos involuntários não


configuram crimes: As condutas crimi-
nosas devem ser voluntárias, isto é, com-
portamentos que podem ser controlados
pelo ser humano, sendo certo que se o
comportamento é involuntário, não será
configurado o crime.

Nem toda lesão ou risco de lesão


será criminosa: Não configuram crime
as condutas que, apesar de aparentemente
criminosas, não produzam lesão ou risco
de lesão a bens jurídicos tutelados pela lei
penal. Por exemplo, disparar contra um
cadáver não produz nenhuma lesão ao
abem jurídico “vida”.

Princípio da Ofensividade ou Lesi-


vidade

Somente configura-se crime, lesão ou risco


de lesão sobre bem jurídicos tutelados
pela lei penal.

Princípio da Insignificância ou da
Bagatela

Não configuram crimes aquelas condutas


que produzam conseqüências desprezíveis
sobre um bem jurídico, pois a infração pe-
nal é caracterizada por comportamentos
que causem significativa ou relevante le-
são sobre o bem tutelado. Este princípio
não será aplicado a crimes que envolvam
violência ou grave ameaça.

O princípio da insignificância tem o


sentido de excluir ou de afastar a própria
tipicidade penal, ou seja, não considera o
ato praticado como um crime, por isso,
sua aplicação resulta na absolvição do réu
e não apenas na diminuição e substituição
da pena ou não sua não aplicação. Para ser
utilizado, faz-se necessária a presença de
certos requisitos, tais como:

(a) a mínima ofensividade da condu-


ta do agente,

(b) a nenhuma periculosidade social


da ação,

(c) o reduzidíssimo grau de reprova-


bilidade do comportamento e

(d) a inexpressividade da lesão jurí-


dica provocada (exemplo: o furto de
algo de baixo valor).

Sua aplicação decorre no sentido de que o


direito penal não se deve ocupar de condu-
tas que produzam resultado cujo desvalor
- por não importar em lesão significativa a
bens jurídicos relevantes - não represente,
por isso mesmo, prejuízo importante, seja
ao titular do bem jurídico tutelado, seja à
integridade da própria ordem social.

Princípio da Fragmentariedade ou
Subsidiariedade: O direito penal não
deve punir todos os comportamentos irre-
gulares, mas somente aqueles mais noci-
vos ao meio social e que não estejam sufi-
cientemente punidos por outros ramos do
direito. Este conceito confunde-se com o
princípio da intervenção mínima.

Conceito Analítico de Crime: De acor-


do com o conceito analítico, o crime é fato
típico, antijurídico e culpável, o que signi-
fica que somente haverá um fato crimino-
so se estes três elementos estiverem pre-
sentes. Portanto, caso inexista a tipicida-
de, a antijuridicidade ou a culpabilidade, o
fato não será considerado criminoso pelo
direito penal.

Fonte: https://www.significados.com.-
br/teoria-do-crime/

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Rafael Miguel Barbosa da Silva

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Lute pelos seus sonhos, busque seus objetivos,
batalhe pelos seus ideais.

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