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11/08/15 ~
Teoria minalista o crime é um fato tipico e antijurídico. A culpabilidade e probabilidade da
conduta é o pressuposto para aplicação da pena. Mas para que exista crime basta que o fato seja
típico e antijurídico. A teoria dominante é a teoria tripartítica, que diz que o crime é um fato
típico, antijurídico e culpável. Eu preciso de todos os elementos para que eu tenha o resultado
final à existência do crime. Eu retiro qualquer elemento do fato típico, se existe uma excludente
de antijurisdicidade ou uma excludente de culpabilidade não há crime. Ex: Estado de
necessidade e de defesa, cumprimento de dever legal e exercício regular do direito.
Matar alguém é um fato tipificado como crime, previsto no artigo 121 do cp. Você só poderá
dizer se o homicidio é ou não criminoso depois que percorrer todos os elementos da teoria
tripartite.
Fato Típico
1. Conduta (dolo e culpa): toda ação e omissão humana consciente e voluntária.
(ART. 4º CP – Teoria da atividade: quando se pratica a conduta) coação física
irresistível exclui a conduta, faz com que a conduta não tenha dolo e nem culpa.
Dolo é querer e saber.
Culpa é agir com imprudência, imperícia e negligência.
2. Resultado
Crimes
Material: Ele descreve uma conduta e o resultado. É a modificação,a alteração, causada
pela conduta do agente no mundo exterior. Quando se consuma o crime. Ex: homicídio,
dano corporal, latrocínio
Formal: O tipo descreve uma conduta e resultado. Só que este é um crime de
consumação antecipada. Praticada a conduta o crime está consumado. Se o resultado
também ocorrer, acarretará no exaurimento do crime. Ex: extorsão por meio de
sequestro.
Mera conduta: o tipo exige somente uma conduta. Não exige nenhum resultado
naturalistico. Praticada a conduta, independentemente do resultado o crime está
consumado. Ex: estupro
O que determina o resultado é o momento da consumação do crime. Que é utilizado para
determinar a competência territorial do juiz. O juiz precisa saber do momento e do local do
crime consumado para determinar a competência jurisdicional.
3. Nexo de causalidade:
É o liame entre a conduta e o resultado. É o elo entre a conduta e o resultado, o que liga.
O código adota a teoria da conditio sine qua non ou equivalência dos antecedentes
causais. O código declara que considera-se causa toda conduta (ação ou omissão) que
concorre para o resultado < refere-se a causa >. Para saber se uma conduta é causa
tenho que usar o processo de eliminação.
Processo hipotético de eliminação: Se retirada uma conduta, o resultado desaparece é
porque o resultado é causa. A contrario senso, se retiro a conduta e o resultado permanece é
porque aquela conduta não era causa. Dentro das condutas anteriores deverá se ter dolo ou
culpa.
- A causa só será excluída pela ausência do dolo e da culpa. -
Mineração
Fabricação
Comércio
A causa só será excluída se não tiver dolo.
Excludentes
Menoridade
Embriaguez completa
Derepção
Inexibilidade de conduta adversa
Coação
Ordem Superior hierarquico
Teoria tripartítide: É um fato típico, antijurídico e culpável.
Bibliografia
Rogério Greco – curso de direito penal vol I – ed. Impetus
Carlos Eduardo Adriano Japiassú – curso de direito penal
Guilherme de Souza Nussi – manual de direito penal – ed. RT
Nilo Batista e Eugênio Zaffaroni – direito penal brasileiro – ed. Revan
Cezar Roberto Bitencourt – tratado de direito penal – ed. Saraiva
18/08/15
Teoria Finalista: Fato típico e anti jurídico
A culpabilidade é um juízo de reprobabilidade da conduta. O dolo e a culpa estão na conduta.
Na teoria tripartitide: A teoria causalista da ação eu possuo 3 elementos:
Crime como fato típico, antijurídico e culpável.
Esses são os 3 elementos para se compor um crime. O Fato típico é composto de conduta,
resultado, nexo de causalidade e tipicidade. Sendo que a tipicidade se divide em formal e
material. Se eu tenho tipicidade formal e material, tenho tipicidade conglobante e o fato,
portanto, é típico.
Tipicidade formal é a subsunção da conduta à norma.
Mas não basta apenas a tipicidade formal. Eu também tenho que atender aos princípios
constitucionais penais. Entre eles: lesividade, significancia, proporcionalidade. Se não atendo à
estes princípios constitucionais penais, não existe tipicidade conglobante. Como por exemplo, o
princípio da insignificância. Neste princípio o agente atinge o bem jurídico de forma
insignificante. Na lesividade não atinjo o bem jurídico. Se não atinjo de maneira nenhuma o
bem jurídico, não existe lesividade na conduta.
Quando se atinge de forma insignificante, adota-se o princípio da insignificância, com isto tem-
se o crime de bagatela que torna o fato atípico.
Fato típico:
ANTIJURÍDICO
Quais são as excludentes de ilicitude? Se dividem em: parte Geral, segundo o art. 23 legítima
defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito; excludentes da parte
geral, excludente da parte especial e em legislação especial e causa supralegal de exclusão de
ilicitude.
23
1. Parte geral -> Diz respeito ao art. (legítima defesa, estado de necessidade, estrito
cumprimento do dever legal e exercício regular do Direito). São 4 excludentes, mas
apenas 3 incisos.
- Se diz crime o fato antijurídico, um ato ilícito. Porém, a antijurisdicidade pode ser
excluída (justificada).
Justificativa ou exclusão de
ilicitude
A legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal e o
exercício regular do Direito para serem excludentes de ilicitude precisam ser reais, não
podem ser putativos. Se for putativo, saio da antijurisdicidade e vou para a
probabilidade, com isso excluo a culpabilidade.
exemplo Se possuo um animal que tenta me ferir e e mato o mesmo isto é estado de
necessidade. Se a agressão realmente existe, estou em estado de defesa real. Portanto,
excluo a antijurisdicidade.
- O agente não precisa esperar que o perigo se torne real, na iminencia já se está
autorizado a agir em estado de necessidade.
► Excludente real: O perigo realmente existe então se exclui a antijuridicidade do ato.
20 1º
Descriminantes putativas (Artigo § )
- Erro plenamente justificado pelas circunstâncias.
► Excludente putativa: Exclui a culpabilidade. É imaginária, está na cabeça do
agente. As causas que excluem o crime são sobre o fato em si (concretamente), não do
texto da lei.
exemplo João vê uma fumaça saindo de uma das salas de sua faculdade e sai correndo
para descer as escadas. No começo da escada, Manoel está parado ouvindo música. João
na correria empurra Manoel escada abaixo e o mesmo vai parar no hospital com risco
de vida. Porém, ao passar o tumulto; João descobre que não existia incêndio, era apenas
um menino que colocou fogo em uma lixeira. João não será responsabilizado, pois
realmente acreditava estar em perigo, mesmo não estando. Portanto ele estará em estado
de necessidade putativo.
► Estrito cumprimento do dever legal e exercício do direito pode ser putativo ? sim,
dependendo da situação. Por exemplo, quando um policial entra sem mandato em uma
casa, que foi denunciada por trafico de drogas e acaba que a informação era falsa. Não
existe um motivo. Porém, o policial agiu com erro plenamente justificável. Logo, ele
não responderá com dolo. Porém, apenas se houver urgência e a fonte for confiável.
Se um policial entrar na casa de alguém com um mandato não responderá por invasão
porque possui excludente de ilicitude, pois está acobertado pelo estrito cumprimento do
dever legal real.
► Exercício regular do direito:
exemplo: Violência esportiva é amparada pelo Direito, desde que dentro da regra.
A lei não exige o comodo de senso, mas é o recomendado pela mesma. Ou seja,
não é requisito, mas a lei recomenda que o faça. Pois o caso será julgado pelo juri (alea
jacta est) e ele decidirá de acordo com o que foi necessário para repelir a ação. Se
existia outra maneira de se evitar o ataque mais branda, você deveria ter optado por ela,
segundo o bom senso. O Juri avalia o que é moderadamente necessário na situação.
exemplo: Manuel está em uma sala de aula e ameaça Junior. Junior possui uma arma.
Junior tem duas opções: ou sai da sala e tranca Manuel ou saca sua arma e atira nele.
Junior avisa a Manuel que irá atirar nele duas vezes, mas mesmo assim Manuel segue
1° ao 120
para o ataque. Junior então dá dois tiros em Manuel, que cai. (vai do arts )
~ 25/08/15 ~
❀ O art 20, trata-se do erro de tipo. E nos termos deste artigo, o erro sob elemento constitutivo
do tipo exclui o dolo mas emite a punição do crime culposo quando previsto em lei. Existem
dois tipos de erro: essencial e erro acidental.
O art 20 fala de erro essencial. E este erro se divide em dois:
Vencível – exclui o dolo mas permite a punição por crime culposo quando previsto em lei.
Invencível – exclui tanto o dolo quanto a culpa e torna o fato atípico.
Erro essêncial
❀ Na dicção do art 20 o erro contém tipo, erro sobre elemento do tipo. O tipo contém
elementos discritivos, objetivos, normativos. Se elabora-se em erro sobre qualquer elemento do
tipo estarar-se-á em erro de tipo. O erro exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo,
quando previsto em lei. Ex: estupro de vulnerável (elaboro em erro sobre a idade)
Não há crime culposo em caso de estupro, é um caso atípico. E ainda que houvesse, que se
permitisse a punição por crime culposo, teria que se analisar os elementos do crime culposo, se
tem presentes os elementos da culpa. Se tem que ter uma infração com objetivo de cuidado,
resultado indesejável, previsibilidade desse resultado e que devido a imprudência, negligência
ou imperícia aquele resultado que não foi previsto veio a ocorrer. Se faltar um desses elementos
também não contém culpa. Não é dizer que só porque existe previsão de crime culposo, que
necessariamente ele será condenado por culpa. Quer dizer que se pode analisar se estão
presentes ou não os requisitos da culpa. Se estiverem, então o agente responde por culpa. Ex:
furto (elaboro em erro sobre coisa alheia)
O erro de tipo exclui o dolo e permite a punição a título de culpa. Não existe punição por
crime culposo, pois é um fato atípico.
Erro Acidental
O erro acidental, não altera os elementos do tipo e não exclui o dolo com a culpa. Ex: Furto
(Um ladrão rouba um relógio, que imagina ser de ouro. Depois de furtar o relógio verifica que
não se trata de ouro, que é apenas um relógio dourado comum.)
Se elabora em erro acidental, sob elemento secundário do tipo. Não se altera a definição do tipo,
por isso continua-se respondendo por furto.
1º
Art 20, § - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
O parágrafo primeiro trata das discriminantes putativas. Em todas essas discriminantes, o agente
devido a erro plenamente justificado pelas circunstâncias imagina que exista uma excludente de
ilicitude, porém essa excludente não existe. Mas se exclui a culpabilidade quando falo que é
isento de pena.
Legitima defesa real exclui a antijuridicidade. Já a putativa exclui a culpabilidade.
O único que mata no estrito cumprimento do dever legal é o militar em tempo de guerra. E
existe pena de morte apenas em caso de tempos de guerra declarada. O código militar tem um
capitulo de crimes punidos com pena de morte. O que exclui a culpa do militar quando mata em
tempos de guerra é o estrito cumprimento do dever legal. A lei exclui a culpabilidade do agente.
Policial não age no estrito cumprimento do dever legal, apenas em legítima defesa.
2º
§ - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Aquele que determina o erro responde pelo crime. Ex: um médico que quer matar um paciente
entrega uma seringa com veneno para uma enfermeira. Quando a enfermeira aplica o dito
“remédio” pelo médico descobre que não era um remédio e sim veneno, que matou o paciente.
Logo, quem responderá pelo crime será o médico.
Quem determina o erro responde por seu resultado. Ex: suicídio. Quem induziu ao suicídio.
(está questão transcende analise de erro)
O que diferencia uma lesão consumada de um tentativa de homicídio ?
Para se saber disso o juiz tem que procurar as tendências subjetivas da ação. O juiz analisa a
conduta do agente para extrair a intenção. Analisa a conduta, o que se faz, o que se pretendeu
(todas as circuntâncias) para que se extraia as tendências subjetivas da ação para poder se extrair
o dolo.
3º
§ - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem
o agente queria praticar o crime.
O erro de pessoa não isenta de pena. Não se consideram as circuntancias e qualidades da pessoa
que você pretendia atingir, mas sim a pessoa que você atingiu. Ex: matar presidente da república
não se responde por homicídio (art 121) e sim por crime a segurança nacional. É uma norma
especial em relação ao homicídio. Se quero matar a presidente e quando estou andando para seu
gabinete encontro um vulto que parece ser a mesma, então atiro. Só que na verdade era seu
guarda costas. Neste crime se responde como se eu tivesse de fato matado a presidente.
01.09.2015
Requisitos da culpabilidade
I. Imputabilidade do agente: (...)
O agente tem que possuir 18 anos na data do crime. A partir de meia noite ele passa
a ser imputável. Na menoridade o agente pratica ato infracional análogo o crime.
Não é preso, é apreendido. Menor de 18 não é sujeito passivo em ação penal, ele
responde no juizado da criança e do adolescente. Nesse aspecto, criança é até 12
anos, adolescente é maior que 12 e menor que 18. Menor não é denunciado pelo
MP, o ministério público representa a aplicação de medida sócio educativa. A
medida sócio educativa não comporta prazo determinado. O juiz aplica sua
internação e avalia a necessidade da manutenção a cada 6 meses, podendo durar até
3 anos ou até que complete 21 anos.
Indios são inimputaveis. São isentos de pena, a conduta deles não é julgada como
crime.
Art 26 e 28
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão: Não exclui o crime ou a imputabilidade, mas pode ser considerado
uma circunstância atenuante ou um privilégio.
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos: Não
exclui o crime a embriaguez, a imputabilidade.
Na embriaguez voluntária o agente ingere álcool com a intenção de se embreagar. Já na
embriaguez culposa (a mais comum) a pessoa não quer se embriagar. A pessoa bebe e não quer
ficar bebada. Não exclui a imputabilidade. O agente praticar o crime embreagado é
circunstância agravante, prevista no art 61 CP.
A embriaguez preordenada é a axiolider em causa. Que é quando o agente se coloco em estado
de imputabilidade com a intenção pré ordenada de se praticar um crime.
O que exclui a culpabilidade ? A proveniente de caso fortuito ou força maior. O agente é isento
de pena. Ex: Caso fortuito (Sujeito que cai dentro do alambique de cachaça) – pode ser também
por outra substância, como éter, cloroformio –; força maior (se alguém injeta uma droga no
organismo do agente).
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
OBS: É a hipótese de sentença absolutória imprópria. Ocorre quando o fato é típico e
antijurídico, mas não é culpável devido a doença mental ou o desenvolvimento mental retardado
ou incompleto nos termos do artigo 26. O juiz absolve e aplica uma medida de segurança.
Código penal adotou o sistena vicariante. O juiz aplica a pena ou medida de segurança.
Regra, a internação é por tempo indeterminado. Enquanto não cessar periculosidade ele ficará
internado. O período máximo é de 30 anos segungo a jurisprudência do STF.
Dentro da doença mental tem-se também o alcoolatra e toxicomano. Não é todo usuário de
droga que está isento de pena. Acio liber in causa.
Para ser isento de pena tem que ser inteiramente incapaz de entendimento. Se é reduzido o fato
é típico antijurídico e culpavel mas minha pena será diminuída.
Conhecimento potencial da ilicitude:
II. Conhecimento potencial da ilicitude
Ter como chegar ao conhecimento de que a conduta é ilícita, se não tem como chegar nesse
conhecimento a conduta não é crime. Eu tenho uma falsa compreensão do que é permitido.
Erra-se em relação ao fato no erro de típo. No erro de proibição não tem erro de relação ao
fato, mas por erro eu acho que aquilo é permitido.
Apropriação indébida – transformar posse em propriedade.
Evitável – diminuição da pena. (art 21)
Inevitável – isento de pena. (art 21)
O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato se inevitável, isenta
de pena. Contudo, se o erro é evitável a pena poderá ser diminuída de 1/6 à 1/3. Ex:
bigamia, drogas (permitida em outro país).