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No Brasil é adotado, majoritariamente, o conceito analítico de crime. Crime é fato típico, ilícito
e culpável
3. Movimentos reflexos;
4. Coação física irresistível: quando alguém imprime uma faço sobre outrem e este não tem
controle sobre o seu comportamento
Sobre o dolo: 1. Integra a conduta (teoria finalista), dentro do fato típico. 2. Possui dois
elementos: vontade (elemento volitivo) e consciência da conduta e do resultado (elemento
intelectivo ou cognitivo)
Dolo direto
O agente não dirige sua conduta a um resultado determinado. Divide-se em dolo alternativo e
dolo eventual.
. Dolo alternativo:
o agente prevê a possibilidade de ocorrência de diversos resultados e dirige sua conduta para
a produção de qualquer deles. O agente vai ficar igualmente satisfeito com qualquer dos
resultados. Se o resultado mais grave for o produzido, responde-se pelo delito mais grave
consumado
Dolo eventual:
O agente pratica uma conduta buscando determinado fim. Entretanto, após supor tê-lo
alcançado, pratica outra conduta que, esta sim, gera o resultado inicialmente almejado.
CRIME CULPOSO Art. 18 - Diz-se o crime: Crime culposo
Bizu
Elementos da culpa:
Art. 19 - “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente
Crime preterdoloso
Ocorre o crime preterdoloso quando o agente gera resultado distinto de seu intento. O agente,
por meio de um comportamento doloso, pratica uma conduta visando determinada finalidade,
mas alcança outra mais grave e involuntária
TEORIA DO CRIME
Fato típico
O nexo causal é o vínculo entre a conduta e o resultado, sendo necessário se certificar de que
foi determinada conduta que produziu um determinado resultado.
O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. A
causa é toda a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido,
NEXO CAUSAL (RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Preexistente
Ex.: Um indivíduo quer matar a vítima e, por essa razão, efetua disparos contra ela. A vítima
foi hospitalizada e morreu. A perícia, ao examinar o corpo da vítima e determinar causa mortis,
identificou que a vítima não morreu em virtude dos disparos, tendo em vista que os mesmo
acertaram os ombros da vítima.Observa-se que havia uma causa absolutamente
independente, preexistente, anterior à conduta do indivíduo que gerou resultado e rompeu o
nexo causal. Nesse caso, o indivíduo responderá por homicídio tentado
Superveniente
Ex.: Um indivíduo quer matar a vítima e, por essa razão, a envenena. Entretanto, enquanto o
veneno fazia efeito (duração 2 horas), nesse intervalo outra pessoa que queria matar a vítima
efetuou os disparos e a matou. nexo causal rompido em virtude de uma causa absolutamente
independente superveniente. Logo, o indivíduo responderá por homicídio tentado qualificado.
Preexistente
Ex.: Um indivíduo deseja matar uma pessoa e, em razão disso, efetua diversos disparos, no
entanto erra quase todos os tiros e acerta apenas um na perna da vítima. Normalmente, a
vítima não morreria com um tiro na perna, no entanto, a vítima é hemofílica, ou seja, seu
sangue não coagula e, em virtude da perda de sangue e demora no atendimento, acaba
falecendo. Percebe-se que a conduta do indivíduo somou-se a uma causa preexistente para
gerar o resultado. Nesse caso, o indivíduo responderá pelo homicídio consumado.
. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito,
criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Obs.: O crime de
falsidade ideológica possui conduta comissivas: inserir ou fazer inserir uma informação falsa.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a
três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único – Se o agente é funcionário
público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Omissão de cautela
Obs.: A omissão de cautela é um crime omissivo próprio na modalidade culposa, praticado por
meio de negligência, imprudência ou imperícia. Art. 13. Deixar de observar as cautelas
necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência
mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas
incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda,
furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam
sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato
Só é possível praticar um crime comissivo por meio de uma omissão se houver dois requisitos:
se houver o dever de agir e se puder agir.
Os crimes omissivos impróprios podem ser praticados com concurso de pessoas e admitem a
tentativa.
Dever legal CP, Art. 13, § 2º – A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
É composto de duas fases: 1) Fase interna Cogitação 2) Fase externa Preparação (atos
preparatórios) Execução (atos executórios) Consumação