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DISCIPLINA: DIREITO PENAL

PROFESSOR: LÍVIA FERNANDES @prof.livia_fernandes


ASSUNTO: TEORIA DO CRIME I

TEORIA DO CRIME

TEORIA GERAL DO DELITO

➢ INFRAÇÃO PENAL – Sistema Dicotômico. Se divide em:


• Crimes: A lei comina pena de Reclusão ou Detenção isoladamente ou cumulativamente com pena
de multa (art.1° da LICP). Há territorialidade e extraterritorialidade. Pune-se a tentativa.
• Contravenções: A lei comina pena de prisão simples isoladamente ou cumulativamente com pena
de multa (art.1°, LICP). Não há extraterritorialidade. Não se pune a tentativa.

➢ SANÇÕES PENAIS – Sistema Vicariante. Se divide em:


• Penas: Privativa de liberdade, restritiva de direito e multa (gravidade do delito

☠️ O tempo máximo de cumprimento de pena privativa de liberdade no Brasil, não pode ser superior a 40
anos – art.75, CP (redação dada pela Lei 13.964/2019)

• Medidas de segurança: Cuida dos inimputáveis e do semi-imputáveis que apresentam


periculosidade (periculosidade do agente)

☠️ SÚMULA 527, STJ: O tempo de duração da medida se segurança não deve ultrapassar o limite máximo de
pena abstratamente cominada ao delito praticado.

CONCEITO DE CRIME: Crime é fato típico, ilícito e culpável, segundo o conceito analítico de crime
(TEORIA TRIPARTIDA DO CRIME).

TEORIA TRIPARTIDA DO CRIME


FATO TÍPICO ILÍCITUDE CULPABILIDADE
• Conduta; • Estado de necessidade; • Imputabilidade;
• Resultado; • Legítima defesa; • Potencial consciência da ilicitude;
• Nexo causal; • Estrito cumprimento do dever • Exigibilidade de conduta diversa.
• Tipicidade. legal;
• Exercício regular do direito.
FATO TÍPICO

O Fato Típico, é o primeiro elemento do crime, a ilicitude é seu pressuposto, estudaremos cada um deles
de forma minuciosa.

1. CONDUTA

Antes de iniciar o estudo sobre a conduta, você precisa entender a diferença entre sujeito ativo e passivo
do crime:

☠️ SUJEITO ATIVO: aquele que pratica a ação ou omissão (autor)


☠️ SUJEITO PASSIVO: aquele que sofre a ação ou omissão (vítima)

A teria adotada pelo Código Penal para explicar a conduta é a TEORIA FINALISTA, desenvolvida por Hans
Welzel, essa teoria considera conduta como um comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a
um fim.

CONDUTA = VONTADE + AÇÃO

✓ AÇÃO = Ação ou omissão


✓ VONTADE = Dolo ou culpa

1.1 – FORMAS DE CONDUTA

➢ COMISSIVA: fazer
➢ OMISSIVA: não fazer
✓ Próprio – a lei prevê apenas um deixar de fazer do agente quando ele poderia agir para evitar o
resultado, não havendo uma caraterística própria do agente, qualquer pessoa, naquela situação,
poderia ser responsabilizada pelo crime.
Ex: omissão de socorro – art. 135, CP.
✓ Impróprio - a lei prevê um deixar de fazer, agora quando existe a obrigação de fazer.
Ex: salva vidas que não impede um afogamento – art. 13, § 2°, CP.

1.2. EXCLUDENTES DA CONDUTA

▪ COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL


▪ HIPINOSE/ SONAMBULISMO
▪ ATOS REFLEXOS
▪ CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR

Obs: cuidado com a Coação Moral Irresistível, esta atua no terceiro elemento do tipo penal
(Culpabilidade – inexigibilidade de conduta diversa).

1.3 – CRIME DOLOSO – art. 18, I, CP

“O agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”.

▪ DOLO DIRETO – o agente quer praticar a conduta e alcançar o resultado.


Ex: quero causar a morte de alguém e dolosamente, dou um tiro.

▪ DOLO EVENTUAL – o agente tem dolo na conduta, quanto ao resultado, ele não se importa com a sua
ocorrência.
Ex: dirijo imprudentemente em uma via em que passam muitos pedestres, se atropelar alguém, não
me importo!

▪ DOLO GERAL/ ERRO SUCESSIVO/ ABERRATIO CAUSAE – ocorre quando o agente, acreditando que o
resultado desejado já aconteceu, pratica outra conduta posterior, no entanto, é essa nova conduta
que ocasiona o resultado, nesse caso, ele responde pelo crime de acordo com o seu dolo, mesmo que
o resultado tenha sido ocasionado por uma segunda conduta.
Ex: dou um tiro na vítima, acreditando que ela já estava morta, jogo o corpo ao mar, no entanto, ela
morre afogada, respondo pelo meu dolo, morte pelos tiros.

1.4– CRIMES CULPOSOS – art. 18, II, CP

“O agente deu causa ao resultado por Imperícia, Imprudência ou Negligencia”.

ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO:

➢ Conduta voluntária
➢ Violação do dever de cuidado
➢ Resultado involuntário
➢ Nexo causal
➢ Previsibilidade objetiva
➢ Tipicidade

Obs: não admitem tentativa – (exceção: culpa imprópria)

ESPÉCIES DO CRIME CULPOSO

▪ CULPA PRÓPRIA: Culpa propriamente dita, o agente não quer o resultado e não assumiu o risco de
produzi-lo. Se divide em duas espécies:
o CULPA INCONSCIENTE: O agente não prevê o resultado que era previsível de acordo com a
análise do homem médio.
Ex: por falta de atenção não vejo que o sinal fechou e acabo atropelando um pedestre.
o CULPA CONCIENTE: Culpa com previsão, aqui, o agente prevê o resultado, mas acredita
seriamente que ele não irá ocorrer por confiar em suas habilidades pessoais.
Ex: vejo que o sinal vai fechar, mas confio que tenho a capacidade de dirigir com rapidez
adequada para ultrapassar antes que ele feche e eu atropele um pedestre.

▪ CULPA IMPRÓPRIA: Ocorre nos casos de Erro Evitável quanto a Ilicitude do fato, ou seja, o agente tem
um dolo porque credita estar amparado por uma excludente de ilicitude, apesar do dolo, ele responde
pela culpa (art.20 §1°, segunda parte do CP) – DESCRIMINANTE PULTATIVA - admite tentativa.
Ex: mato meu tio que entra bêbado na minha casa, achando ser um ladrão.

1.5 – CRIME PRETERDOLOSO – art. 19, CP

“Tenho um dolo na minha ação, porém, o resultado se dá de forma culposa, é mais grave do que o que
eu tinha a intenção de produzir”
É uma espécie de crime qualificado pelo resultado, o agente só pode responder por esse resultado
culposo mais grave, se ele era previsível (responsabilidade penal objetiva). Crimes preterdolosos não admitem
tentativa.
Ex: lesão corporal seguida de morte.

1.6 – ERRO DE TIPO

Há uma falsa percepção da realidade, o agente sabe que determinada conduta é considerada crime,
mas ele não tem consciência que está praticando essa conduta, ou seja, o agente não sabe o que faz.

➢ ERRO DE TIPO ESSENCIAL – Art. 20, CP: o agente tem uma falsa percepção da realidade, o erro recai
sobre elementares do tipo, devendo-se analisar se ele poderia ou não evitar sua ocorrência.
• ESCUSÁVEL/INEVITÁVEL: qualquer pessoa naquela situação também erraria – exclui o
dolo e a culpa
• INESCUSÁVEL/EVITÁVEL: se o agente tomasse um pouco mais de cuidado, ele poderia
evitar esse erro – exclui o dolo, mas permite a punição por culpa se previsto em lei.

➢ ERRO DE TIPO ACIDENTAL – É um erro na execução do fato criminoso ou um desvio no nexo causal
da conduta com o resultado. Pode ser:
• ERRO SOBRE A PESSOA/IN PERSONA (art. 20, §3°, CP): o agente erra quanto a vítima com
a qual ele quer praticar a conduta criminosa, confunde, o erro é irrelevante e ele
responde pelo crime considerando as qualidades da vítima pretendida (virtual);
• ERRO NA EXECUÇÃO/ ABERRATIO ICTUS (art. 73, CP): o agente não confunde a vítima,
porém, por um erro na execução ele acerta outra pessoa, ele responde pelo crime
considerando as qualidades da vítima pretendida (virtual), porém, se além de atingir a
vítima virtual ele também consegue atingir a vítima desejada, responde pelos dois crimes
em concurso formal (art.70, CP).
• RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO / ABERRATIO CRIMINIS (Art. 74, CP): quando por
erro na execução, sobrevém resultado diverso daquele pretendido pelo agente, o agente
responde a título de culpa se o fato é previsto como crime culposo, se o correr também o
resultado pretendido, o agente responde pelos dois crimes em concurso formal (art.70,
CP).

2. RESULTADO

É quando o crime chega na fase de consumação (nem todos os crimes exigem o resultado naturalístico
para estarem consumados).

✓ CRIMES MATERIAIS: exigem um resultado para a consumação.


Ex: homicídio
✓ CRIMES FORMAIS: não exigem um resultado para a consumação, embora ele possa ocorrer.
Ex: extorsão
✓ CRIMES DE MERA CONDULTA: não existe um resultado naturalístico.
Ex: porte de arma

O resultado pode ser:

☠️ NATURALISTICO (Físico): transformação do mundo exterior perceptível aos olhos. Só é exigido nos crimes
materiais.
☠️ JURÍDICO (Normativo): violação do tipo penal. Todos os crimes possuem resultado jurídico.
2.1 INTER CRIMINIS

Caminho imaginário do crime, se divide em:

▪ COGITAÇÃO: fase interna não punível, representação mental do agente


▪ PREPARAÇÃO: começa a adotar algumas medidas para a realização do crime, só é punível se
constituir crime autônomo
▪ EXECUÇÃO: início da conduta delituosa, é punível
▪ CONSUMAÇÃO: final da tentativa, o agente consegue realizar completamente sua conduta, crime
acabado, é punível

EXERCÍCIOS

01 - Considera-se crime culposo quando 03 - Na confraternização de final de ano de um


tribunal de justiça, Ulisses, servidor do órgão, e o
a) o agente atinge o resultado delitivo requerido. desembargador ganharam um relógio da mesma
b) o agente impede que resultado delitivo se marca — em embalagens idênticas —, mas de
conclua. valores diferentes, sendo consideravelmente mais
c) o agente não quer o resultado delitivo, mas caro o do desembargador. Ao ir embora, Ulisses
assume o risco de se realizar. levou consigo, por engano, o presente do
d) o agente pratica a conduta por imperícia, desembargador, o qual, ao notar o sumiço do
imprudência ou negligência. relógio e acreditando ter sido vítima de crime,
e) o delito se agrava por resultado diverso do acionou a polícia civil. Testemunhas afirmaram ter
pretendido. visto Ulisses com a referida caixa. No dia seguinte,
o servidor tomou conhecimento dos fatos e
02 - “Existe_________ quando o agente prevê o dirigiu-se espontaneamente à autoridade policial,
resultado, mas espera, sinceramente, que não afirmando que o relógio estava na casa de sua
ocorrerá; configura- se _________ quando a namorada, onde fora apreendido.
vontade do agente não está dirigida para a Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na
obtenção do resultado, pois ele quer algo diverso, festa caracterizou
mas, prevendo que o evento possa ocorrer, A) erro de tipo.
assume assim mesmo a possibilidade de sua B) excludente de ilicitude.
produção.” C) arrependimento posterior.
Assinale a alternativa que correta e D) erro de proibição.
respectivamente completa as lacunas. E) crime impossível.

a) dolo indireto ... dolo alternativo


b) dolo eventual ... culpa consciente 04 - NÃO é um elemento do tipo culposo de crime:
c) culpa inconsciente ... culpa consciente a) Conduta involuntária.
d) culpa consciente ... dolo eventual b) Inobservância de dever objetivo de cuidado.
e) culpa inconsciente ... dolo eventual c) Previsibilidade objetiva.
d) Tipicidade.
a) o dolo e a culpa.
05 - JOÃO e JOSÉ estão na praia e resolveram b) somente o dolo.
entrar no mar. Em determinado momento eles c) somente a culpa.
começam a se afogar. Havia naquele local um d) a potencial consciência da ilicitude.
salva-vidas que, ao avistar apenas JOÃO, notou que e) a culpabilidade.
ele era seu desafeto e se recusou a salvá-lo;
próximo a eles havia também um surfista, este 08 - Assinale a alternativa correta.
avistou apenas JOSÉ pedindo socorro, mas, por ser a) Todos os crimes dispostos na parte especial do
Código Penal preveem a forma dolosa e culposa do
seu inimigo, não atendeu aos pedidos dele,
delito.
resolvendo sair do local. As duas pessoas acabam
b) O direito brasileiro não reconhece a figura da
se afogando e morrendo. Em relação ao caso, qual culpa imprópria.
das alternativas abaixo está CORRETA? c) O dolo eventual não é admitido no direito
brasileiro.
a) O salva-vidas responde por homicídio doloso por d) O crime de lesão corporal seguido do resultado
omissão. morte, disposto no artigo 129, § 3º, do Código
b) O salva-vidas responde por omissão de socorro. Penal, é exemplo de crime preterdoloso.
c) O surfista responde por homicídio doloso por e) O crime culposo admite a figura da tentativa.
omissão.
d) A conduta do surfista é atípica. 09 - É correto afirmar sobre o erro de tipo.
e) O surfista responde por homicídio culposo. a) O erro sobre o elemento constitutivo do tipo
legal exclui o dolo.
06 - Vitalina quer matar o marido Aderbal, b) O crime praticado com erro de tipo será
envenenado. Coloca veneno no café com leite que desclassificado para a forma tentada.
acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava c) A prática de crime com erro de tipo somente é
o marido chegar na cozinha, para tomar a bebida, possível nos crimes dolosos contra a vida.
distraiu-se e não percebeu que a filha Ritinha d) Não se admite o erro de tipo nos crimes contra
entrou no local e tomou a bebida, preparada para a administração pública.
o pai. Ritinha, socorrida pela mãe, morre a e) O ato delituoso deverá ser apenado como
caminho do hospital. Nessa hipótese, contravenção quando presente o erro sobre o
elemento constitutivo do tipo legal.
considerando o Código Penal e a doutrina, assinale
a alternativa correta.
10 - Artur, após subtrair aparelho celular no
interior de um mercado, foi detido por populares
a) Vitalina deverá responder por homicídio que o amarraram em um poste de iluminação.
culposo, já que não teve a intenção de matar a Acabou agredido violentamente por Valdemar,
filha. vítima da subtração, que se valeu de uma barra de
b) Na hipótese de Vitalina vir a ser condenada, o ferro encontrada na rua. Alice tentou intervir,
juiz sentenciante poderá aplicar a ela o perdão porém foi ameaçada por Valdemar. Ato contínuo,
judicial. Alice, verificando a grave situação, correu até um
c) Vitalina deverá responder por homicídio doloso, posto da Polícia Militar e relatou o fato ao soldado
restando configurada situação denominada Pereira, que se recusou a ir até o local no qual
de aberratio ictus por acidente. estava o periclitante, alegando que a situação
d) Vitalina não responderá por homicídio, em razão deveria ser resolvida unicamente pelos envolvidos.
de ter havido aberratio ictus. Francisco, segurança particular do mercado,
e) Vitalina responderá por homicídio doloso, gravou a agressão e postou as imagens em rede
restando configurada situação de aberratio social com a seguinte legenda: "Aí mano, em
ictus por erro no uso dos meios de execução. primeira mão: outro pra vala". Artur morreu em
decorrência de trauma craniano.
07 - O erro de tipo essencial invencível exclui:
a) Pereira poderá ser indiciado pela prática de homicídio culposo sem a agravante de crime
crime omissivo impróprio. cometido contra criança, em concurso formal de
b) Pereira poderá ser indiciado pela prática de crimes.
crime omissivo próprio. d) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João
c) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime deve responder por homicídio doloso sem a
omissivo próprio. agravante de crime cometido contra criança.
d) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime e) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João
omissivo impróprio. deve responder por tentativa de homicídio e
e) Francisco poderá ser indiciado pela prática de homicídio culposo, com a agravante de crime
crime comissivo por omissão. cometido contra criança, em concurso material de
crimes.
11 - A respeito da temática do erro, marque a
alternativa correta: 13 - Os crimes omissivos próprios são os cujo tipo
a) No delito de estupro de vulnerável não se descreve a conduta omissiva de forma direta, e por
admite o erro de tipo. isso não é necessária a incidência do art. 13, § 2º,
b) O erro de tipo vencível (ou inescusável) afasta o do CP.
dolo e a culpa.
c) Comete um delito putativo por erro de tipo a 14 - A culpa inconsciente distingue-se da culpa
mulher que pratica atos abortivos e depois se consciente no que diz respeito à previsão do
descobre que na verdade não havia gravidez. resultado: na culpa consciente, o agente, embora
d) Há erro de tipo permissivo na hipótese do prevendo o resultado, acredita sinceramente que
caçador que está na floresta e atira contra um vulto pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado,
acreditando se tratar de um animal, mas depois embora previsível, não foi previsto pelo agente.
percebe que atirou em seu companheiro de caça.
15 - Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um
12 - José e João trabalhavam juntos. José, o rei da caçador que, confiando em sua habilidade de
brincadeira. João, o rei da confusão. Certo dia, atirador, dispara contra a caça, mas atinge um
discutiram acirradamente. Diversos colegas viram companheiro que se encontra próximo ao animal
a discussão e ouviram as ameaças de morte feitas que ele desejava abater.
por João a José. Ninguém soube o motivo da
discussão. José não se importou com o fato e levou 16 - Situação hipotética: Um agente, com a livre
na brincadeira. Alguns dias depois, em um evento intenção de matar desafeto seu, disparou na
comemorativo na empresa, João bradou “eu te
direção deste, mas atingiu fatalmente pessoa
mato José” e efetuou disparo de arma de fogo
diversa, que se encontrava próxima ao seu
contra José. Contudo o projétil não atingiu José e
alvo. Assertiva: Nessa situação, configurou-se o
sim Juliana, matando a criança que chegara à festa
naquele momento, correndo pelo salão. erro sobre a pessoa e o agente responderá
criminalmente como se tivesse atingido a pessoa
Nesse caso, é correto afirmar que, presente a visada.
figura
17 - Antônio, renomado cientista, ao desenvolver
a) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, uma atividade habitual, em razão da pressa para
§ 3°, do Código Penal, João deve responder por entregar determinado produto, foi omisso ao não
homicídio doloso sem a agravante de crime tomar todas as precauções no preparo de uma fase
cometido contra criança. do procedimento laboratorial, o que acabou
b) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, ocasionando dano à integridade física de uma
§ 3°, do Código Penal, João deve responder por pessoa.
homicídio doloso, com a agravante de crime
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a
cometido contra criança.
seguir.
c) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal,
A omissão de Antônio é penalmente relevante
João deve responder por tentativa de homicídio e
porque foi esse comportamento que criou o risco
de ocorrência do resultado danoso à integridade companheiro que se encontra próximo ao animal
física. que ele desejava abater.

18 - Crime culposo não admite tentativa. 20 - O erro sobre elementos constitutivos do tipo
penal, essencial ou acidental, em todas as suas
19 - Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um formas, exclui o dolo, mas permite a punição por
caçador que, confiando em sua habilidade de crime culposo, se previsto em lei.
atirador, dispara contra a caça, mas atinge um

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