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PARTE ESPECIAL
TÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio simples
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a
um terço.
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Homicídio qualificado
Homicídio Qualificado
É formado por qualificadora objetiva e/ou subjetiva. Tais circunstâncias não constituem elementares do crime
de homicídio, uma vez que as elementares do crime de homicídio são “matar alguém”. As qualificadoras são
circunstâncias acidentais que alteram o mínimo e o máximo da pena.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
STJ/REsp: 1.718.055 GO
1. A ausência de motivo não caracteriza a qualificadora do inciso II do parágrafo 2º do artigo 121 do
Código Penal (por motivo fútil), sob pena de violação ao princípio da reserva legal.
STJ/HC: 369163 SC
A jurisprudência desta Corte Superior não admite que a ausência de motivo seja considerada motivo
fútil, sob pena de se realizar indevida analogia em prejuízo do acusado.
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum;
STJ/REsp 1.573.829/SC
Inexiste incompatibilidade entre o dolo eventual e o reconhecimento do meio cruel para a consecução
da ação, na medida em que o dolo do agente, direto ou indireto, não exclui a possibilidade de a prática
delitiva envolver o emprego de meio mais reprovável, como veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel [...] (art. 121, § 2o, inciso III, do CP).
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a
defesa do ofendido;
Feminicídio
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VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
Atenção!
Na existência de mais de uma qualificadora, uma delas qualificará o delito, enquanto a outra servirá como
agravante genérica, no caso de previsão, ou circunstância judicial desfavorável, caso não exista a
previsão de agravante.
O crime privilegiado e qualificado não será considerado hediondo.
Homicídio Híbrido
Ocorre quando o homicídio é, ao mesmo tempo, privilegiado e qualificado. Existe possibilidade de
Homicídio Híbrido quando a qualificadora é de natureza objetiva.
STJ/HC 433.898/RS
1. Nos termos do art. 121, § 2º-A, II, do CP, é devida a incidência da qualificadora do feminicídio nos
casos em que o delito é praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar, possuindo,
portanto, natureza de ordem objetiva, o que dispensa a análise do animus do agente. Assim, não há se
falar em ocorrência de bis in idem no reconhecimento das qualificadoras do motivo torpe e do
feminicídio, porquanto, a primeira tem natureza subjetiva e a segunda objetiva.
2. A sentença de pronúncia só deverá afastar a qualificadora do crime de homicídio se completamente
dissonante das provas carreadas aos autos. Isso porque o referido momento processual deve limitar-se a um
juízo de admissibilidade em que se examina a presença de indícios de autoria, afastando-se, assim, eventual
usurpação de competência do Tribunal do Júri e de risco de julgamento antecipado do mérito da causa.
3. Habeas corpus denegado.
STJ/HC 144.196/MG
I - Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio qualificado-privilegiado
não integra o rol dos denominados crimes hediondos (Precedentes).
§ 2º.-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo:
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Aumento de pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de
regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
§ 6º. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o
pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de
doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22
da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
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II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
qualquer causa, a capacidade de resistência.
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da
automutilação resulta morte: (Crime Qualificado)
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torpe ou fútil;
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Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Estado Puerperal
Consiste em uma perturbação psíquica que acomete a gestante durante o parto ou logo após. O estado
puerperal, no infanticídio, diminui a capacidade de autodeterminação da mulher, não se confunde com a
ausência completa de capacidade de culpabilidade que pode ser gerada, por exemplo, por uma
depressão pós-parto, de modo a afastar a própria culpabilidade, tornando a mulher, nesse caso,
inimputável, passível de receber uma medida de segurança.
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento – CP/40. Art. 124.
Elemento Subjetivo: Dolo. O aborto de forma culposa não é considerado crime. É cabível tentativa.
Sujeito Ativo: Mãe da vítima.
Sujeito Passivo: Embrião ou feto.
É um crime de mão própria.
Sendo o aborto por consentimento (outra pessoa pratica o aborto com o consentimento da gestante), o
terceiro responde nos termos do Art. 126. CP/40.
Consumação do Crime: Ocorre com a eliminação do feto ou embrião.
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Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante – CP/40. Art. 125.
É cabível tentativa.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: Embrião ou feto e gestante.
Caso o sujeito ativo mate a mãe e o feto tendo o conhecimento da sua gravidez, aquele responderá por
crime de homicídio e aborto, sendo assim um concurso de crimes.
Consumação do Crime: Ocorre com a eliminação do feto ou embrião.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada
ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante – CP/40. Art. 126.
Elemento subjetivo: Dolo. É cabível tentativa.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, exceto a gestante.
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência
do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Aborto necessário
STF/ADPF 54
“... O feto anencéfalo, mesmo que biologicamente vivo, porque feito de células e tecidos vivos, é
juridicamente morto, não gozando de proteção jurídica e, acrescento, principalmente de proteção
jurídico-penal. Nesse contexto, a interrupção da gestação de feto anencefálico não configura crime
contra a vida – revela-se conduta atípica...”
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