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Resumo – Conceito de crime e Fato Típico

Conceito de crime  Vontade (dolo ou culpa) + Crimes comissivos x Crimes Crime de mera conduta – Invasão
Material – toda ação humana que ação. comissivos por omissão (Omissivos de domicílio. Nesse caso, a mera
lesa ou expõe a perigo um bem Impróprios) presença do agente,
jurídico de terceiro, que, por sua Teoria social – ação voluntária e que indevidamente, no domicílio da
relevância, merece a proteção penal. é dotada de alguma relevância Nos crimes comissivos impróprios, a vítima caracteriza o crime. Não há
social. relação de causalidade que liga a um resultado previsto para esse
Legal/Formal – toda infração penal conduta do agente (uma omissão) ao crime. Qualquer outra conduta
a que a lei comina pena de reclusão Crime omissivo próprio – são resultado NÃO É FÍSICA (pois a praticada a partir daí configura crime
ou detenção. aqueles crimes omissivos omissão não dá causa ao resultado), autônomo (furto, roubo, homicídio).
propriamente ditos, nos quais o mas NORMATIVA, ou seja, o resultado
Esse aspecto consagra o sistema agente se omite e a própria é a ele imputado em uma razão de
DICOTÔMICO adotado no Brasil, no omissão é penalmente relevante, descumprimento da norma (omitir-se
qual existe um gênero, que é independentemente da ocorrência de quando deveria agir). *** Resultado Jurídico SEMPRE
infração penal, e duas espécies, que qualquer resultado, sendo, portanto, estará presente! - Cuidado com
são crime e contravenção penal. crime formal. Resultado Naturalístico isso! Assim, se a banca perguntar:
Modificação do mundo real “Há crime sem resultado jurídico?
Analítico – TEORIA TRIPARTIDA do Crime omissivo impróprio – nesses provocada pela conduta do ”A resposta é NÃO!
crime, que entende que o crime é crimes, quando o agente se omite agente.
composto por fato típico, ilícito e na prestação do socorro ele não Nexo de Causalidade
culpável. ***Adotada no Br** responde por omissão, mas responde  Apenas nos crimes O resultado, de que depende a
pelo resultado ocorrido (por chamados materiais se existência do crime, somente é
Fato típico exemplo, a morte de pessoa a quem exige um resultado imputável a quem lhe deu causa.
 Conduta humana; ele deveria proteger). naturalístico; Considera-se causa a ação ou
 Resultado naturalístico;  Os crimes formais são omissão sem a qual o resultado
 Nexo de causalidade; ----------------------------------------------------- aqueles nos quais o não teria ocorrido.
 Tipicidade. Omissão Própria: Pode, mas não resultado naturalístico pode
age Omissão Imprópria: ocorrer, mas a sua ocorrência  Vínculo que une a conduta
Conduta Imposto (DEVE, mas não age) é irrelevante para o direito do agente ao resultado
 Ação; ----------------------------------------------------- penal. Já os crimes de mera naturalístico – Só se aplica
 Omissão; conduta são crimes em que aos crimes materiais.
 Mista. A omissão é penalmente relevante não há um resultado
quando o omitente devia e podia naturalístico possível. Teoria da equivalência dos
Teoria causal-naturalística – é a agir para evitar o resultado. O dever antecedentes (conditio sine qua
ação humana, basta que haja o de agir incumbe a quem: Crime material – Homicídio. Para non)
movimento corporal para que que um homicídio seja consumado, é ***Adotada no Br**
exista conduta. Teoria praticamente  Tenha por lei obrigação de necessário que a vítima venha a óbito.
abandonada. cuidado, proteção ou  É considerada causa do crime
vigilância; Crime formal – Extorsão. Para que toda conduta sem a qual o
Teoria finalista – ação voluntária  De outra forma, assumiu a um crime de extorsão se consume resultado não teria
dirigida a uma determinada responsabilidade de impedir o não é necessário que o agente ocorrido;
finalidade. ***Adotada no Br** resultado; obtenha a vantagem ilícita,  Só será considerada causa
 Com seu comportamento bastando o constrangimento à vítima. a conduta que é
anterior, criou o risco da indispensável ao resultado
ocorrência do resultado. e que foi querida pelo agente;
 Causa – conduta indispensável por si só o resultado (morte). Exemplo 01 – Concausa Consausa relativamente
ao resultado + que tenha sido Nesse caso, Pedro relativamente independente independentes supervenientes
prevista e querida por quem a responderá somente por preexistente
praticou. tentativa de homicídio.  Produz por si só o
 Caio decide matar Maria, resultado;
Teoria da causalidade adequada Exemplo 02 – Concausa desferindo contra ela golpes  A causa superveniente se
**Também adotada no Br** absolutamente independente de facão, causando-lhe a agrega ao desdobramento
concomitante morte. Entretanto, Maria era natural da conduta do agente
 Concausa superveniente hemofílica (condição e ajuda a produzir o resultado.
relativamente independente  Pedro resolve matar João, conhecida por Caio), tendo a
que, por si só, produz o e começa a disparar contra doença contribuído em grande Esquema para compreensão –
resultado; ele projéteis de arma de fogo. parte para seu óbito. Nesse Supervenientes.
Entretanto, durante a caso, embora a doença
As consausas são circunstâncias execução, o teto da casa de (concausa preexistente) tenha  Produziu sozinha o
que atuam paralelamente à João desaba sobre ele, vindo- contribuído para o óbito, Caio resultado – Não responde
conduta do agente ao resultado. lhe causar a morte. – Pedro responde por homicídio pelo resultado. É causa, mas
responde somente por consumado. Por qual não é causa adequada. –
 Absolutamente homicídio tentado. motivo? Sua conduta foi a Teoria da causalidade
independente; causa da morte, pois, se adequada.
 Relativamente Exemplo 03 – Concausa suprimirmos a conduta de o Exemplo do
Independente. absolutamente independente Caio, o resultado não teria acidente da
superveniente ocorrido. ambulância após os
Absolutamente independente – disparos sofridos;
não se juntam à conduta do  Pedro resolve matar João, Exemplo 02 – Concausa  Não produziu sozinha o
agente para produzir o resultado, e desta vez, ministrando em sua relativamente independente resultado – responde pelo
podem ser preexistentes (antes da bebida certa dose de veneno. concomitante resultado – foi causa. – Teoria
conduta), concomitantes (durante a Entretanto, antes que o da equivalência dos
conduta) e supervenientes (após a veneno faça o efeito, Marcelo  Pedro resolve matar João, antecedentes.
conduta). aparece e dispara 10 tiros e coloca em seu drink o Exemplo da cirurgia
contra João, o matando. determinada dose de veneno. após infecção dos
Exemplo 01 – Concausa Nesse caso, Pedro Ao mesmo tempo, Ricardo faz disparos.
absolutamente independente responderá somente por a mesma coisa. Pedro e
preexistente homicídio tentado. Ricardo querem a mesma Teoria da Imputação objetiva
coisa, mas não se conhecem
 Pedro resolve matar João, Pode ocorrer de a concausa não nem sabem da conduta um do  A imputação só poderia
e coloca veneno em seu drink. produzir por si só o resultado outro. João ingere a bebida e ocorrer quando o agente
Porém, Pedro não sabe que (absolutamente independente), mas acaba falecendo. A perícia tivesse dado causa ao fato
Marcelo também queria matar unir-se à conduta do agente e, comprova que qualquer das (causalidade física) mas, ao
João e minutos antes juntas, produzirem o resultado – doses de veneno, mesmo tempo, houvesse uma
também havia colocado Concausas relativamente isoladamente, não seria capaz relação de causalidade
veneno no drink de João, que independentes, que também podem de produzir o resultado. normativa, assim
vem a morrer em razão do ser preexistentes, concomitantes ou Porém, a soma dos esforços compreendida como a criação
veneno colocado por supervenientes. de ambas produziu o de um risco não permitido
Marcelo. Nesse causa, a resultado. – Pedro responde para o bem jurídico que se
concausa preexistente por homicídio consumado. pretende tutelar.
(conduta de Marcelo) produziu
o Criar ou aumentar um
risco;
o Risco deve ser
proibido pelo direito;
o Risco deve ser criado
no resultado;

Tipicidade
 Formal - adequação da
conduta do agente a uma
previsão típica.
 Material – ofensa
significativa ao bem jurídico
Resumo – Aplicação da Lei Penal
Conceito de crime  Contravenção no exterior Não confundir abolitio criminis Leis excepcionais: produzidas para
não gera efeitos penais, com continuidade típico- vigorar durante determinada
 Material: toda ação humana inclusive para fins de normativa. situação. (SEM PRAZO)
que lesa ou expõe a perigo reincidência;  Em alguns casos, embora a Leis temporárias: vigorar durante
um bem jurídico de  Não se aplica lei nova revogue um determinado período, certo, cuja
terceiro, que, por sua extraterritorialidade. determinado artigo que previa revogação se dará automaticamente.
relevância, merece a proteção um tipo penal, ela (COM PRAZO)
penal; simultaneamente insere **Ambas são ULTRA ATIVAS!
 Legal/Formal: toda infração esse fato dentro de outro Embora decorrido o período da sua
penal a que a lei comina pena APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO tipo penal. duração, aplica-se ao fato aplicado
de reclusão ou detenção; TEMPO durante a sua vigência – NÃO
IMPORTA SE É BENÉFICA OU NÃO!
Analítico: Princípio da continuidade das leis
 Teoria quadripartida:  Quando uma lei revoga a
Típico/Ilícito/Culpável e outra, a lei revogadora
punível; deve abordar a matéria de Lex Mitior ou Novatio legis in
o Inutilizada. forma diferente da lei mellius
 Teoria tripartida: revogada, senão, seria uma Ocorre quando lei posterior revoga
Típico/Ilícito e Culpável. lei absolutamente inútil. a anterior trazendo uma situação Vacatio Legis – Corresponde ao
o Utilizada no Brasil. mais benéfica ao réu. período compreendido entre a
 Teoria bipartida: Típico e Ab-rogação: revogação total. publicação da lei e sua vigência,
Ilícito. Derrogação: revogação parcial. Teoria da ponderação unitária ou ou seja, seu período de vacância.
global – NÃO É ACEITA!!! A lei PENAL BENÉFICA em VACATIO
Sistema dicotômico (adotado no Princípio da atividade Não é possível combinar as leis LEGIS pode retroagir?
brasil)  A lei penal somente produz penais para extrair os pontos ((POLÊMICA))
efeitos durante o seu favoráveis de cada uma delas.
 Crime: Reclusão ou detenção; período de vigência. STJ – NÃO É PERMITIDO – Seria uma  1º Corrente – Entende que
 Contravenção penal: Prisão hipótese de criação de uma 3º Lei. PODE ser aplicada em favor
simples ou multa. Lei nova incriminadora  Utilizada pelo STF e STJ. do benefício do réu.
 A lei nova atribui caráter  2º Corrente – Por não ter
Crime criminoso ao fato. A lei nova JUÍZ QUE APLICA vigência, NÃO PODE ser
 Admite tentativa; produzirá efeitos a partir Quem deve aplicar a nova lei mais aplicada ainda.
 Máx. 40 anos – P. da sua entrada em vigor. benéfica ou a nova lei penal
ANTICRIME abolitiva? Combinação de Leis - ´Pegar um
Lex Gravior: Lei mais Grave para o  Processo em curso: Juízo que trecho benéfico de uma de somar
 Crime + Contravenção =
Réu. está conduzindo o com o de outra`
Reincidência
 Aplica-se a processo; Tempo do crime
Abolitio criminis: lei penal  Processo transitado e  Teoria da atividade: o crime
extraterritorialidade; incriminadora venha a ser revogada julgado: Juízo da execução se considera praticado
por outra, que prevê que o fato deixe penal.
Contravenção quando da ação ou omissão,
de ser considerado crime. Logo,
 Não admite tentativa; ainda que outro seja o
produzirá efeitos retroativos,
 Máx. 05 anos; momento do resultado.
alcançando os fatos praticados
o Teoria adotada.
mesmo antes de sua vigência.
CRIME PERMANENTE E Princípio da passagem inocente: Aplicação do Direito Penal Brasileiro
CONTINUADO  Se um crime for praticado a INDEPENDENTE de qualquer requisito.
Súmula 711 do STF – A lei mais bordo de uma embarcação BIZU: PAG
grave aplica-se ao crime continuado que se encontre em  Presidente (vida ou liberdade)
ou permanente, se a sua vigência é “passagem inocente”, não  Patrimônio ou Fé Pública
anterior à cessação da continuidade será aplicável a lei  Adm Pública/Quem está a
ou da permanência. brasileira a este crime, serv.
desde que o crime em  Genocídio
Permanente: Crime se PROLONGA questão não afete nenhum + Praticado por Brasileiro
no TEMPO, por exemplo, sequestro. bem jurídico nacional.
Continuado: Agente comete + ou.. Domiciliado no Brasil
diversos crimes em condições Extraterritorialidade: **A lei de TORTURA é uma hipótese
semelhantes.  Aplicação da lei penal de extraterritorialidade
brasileira a um fato que não incondicionada.
ocorreu no território
nacional. EXTRATERRITORIALIDADE COND.
Crime cometido no estrangeiro +
Extensão do território preenchimento dos requisitos
 Aeronaves e embarcações de exigidos.
NATUREZA PÚBLICA. BIZU: TAB
 Aeronaves e embarcações A  Tratados ou convenções
SERVIÇO DO GOVERNO  Aeronaves e embarcações
 Aeronaves e embarcações de brasileiras privadas
NATUREZA PRIVADA + + quando não foi julgado
ALTO-MAR. no estrangeiro
 Brasileiro
***A embaixada brasileira no
estrangeiro NÃO É extensão do Condições
Será considerada a LEI VIGENTE no território.  Entrar o agente em
momento da cessação do crime, território nacional;
não importa se ela é GRAVOSA ou  Ser o fato for punível
BENEFICA. também no país que foi
APENAS PERCEBA QUE SERÁ praticado o delito;
APLICADA A LEI DO MOMENTO DA
 Estar o crime incluído entre
CESSAÇÃO...! APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO
aqueles pelos quais a lei
ESPAÇO
brasileira autorize a
extradição;
Territorialidade
 Não ter sido absolvido no
LEMBRANDO...  Aplica-se a lei penal
estrangeiro ou não ter aí
brasileira, sem prejuízos de
cumprido a pena;
contravenções, tratados e
 Não ter sido o agente
regras de direito internacional,
ao crime cometido no perdoado no estrangeiro
território nacional. ou, por outro motivo, não
BIZU – Como vem nas questões estar extinta a punibilidade,
 Regra. EXTRATERRITORIALIDADE segundo a lei mais favorável.
INCOND.
 Que, por tratado ou Sujeito passivo: é aquele que sofre ´´exemplo`` daquele fato.
convenção, o Brasil se a ofensa causada pelo sujeito ativo. (ex: homicídio, dentre
obrigou a reprimir.  Sujeito passivo mediato ou outros...)
formal – ESTADO;  Existe norma para o caso
Princípio da representação ou da  Sujeito passivo imediato ou concreto;
bandeira ou do pavilhão material – Titular do bem  “in bonam partem” e “in
STF - O agente não pode responder à  Praticados em aeronaves ou jurídico efetivamente malam parte”.
ação penal no Brasil se já foi embarcações brasileiras, lesado;
processado criminalmente, pelos mercantes ou de propriedade
mesmos fatos, em um Estado privada, quando em Anotações (VINDA DAS
estrangeiro. STF. 2ª Turma. HC território estrangeiro e aí QUESTÕES)
171118/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, não sejam julgados. Crimes Conexos são aqueles que
julgado em 12/11/2019 (Info 959). estão relacionados entre si – não
EXTRATERRITORIALIDADE aceitam a ubiquidade uma vez que
CONTAGEM DE PRAZO HIPERCONDICIONADA não constituem unidade jurídica.
Art. 10 - O dia do começo INCLUI-  Não foi pedida ou negada a Cada crime deve ser julgado no
SE no cômputo do prazo. Contam- extradição; lugar em que foi cometido.
se os dias, os meses e os anos pelo  Houve requisição do
calendário comum. Ministro da Justiça. Crime complexo: é aquele que une,
num mesmo tipo, dois ou mais crimes
Princípio do domicílio APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM (ex: roubo = constrangimento/ameaça
 De genocídio, quando o RELAÇÃO ÀS PESSOAS + furto). A esses tipos de crimes,
agente for brasileiro ou aplica-se a teoria da ubiquidade
domiciliado no Brasil. Sujeito ativo: é a pessoa que (conduta ou resultado) normalmente.
pratica a conduta descrita no tipo
Princípio da defesa ou da penal. É possível que alguém seja ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO
proteção sujeito ativo de uma infração penal ANALOGICA
 Contra a vida ou a liberdade sem que realize a conduta descrita no
do presidente da república; tipo penal. Em regra, somente o *** Analogia não se confunde com
 Contra o patrimônio ou a fé ser humano pode ser sujeito ativo interpretação extensiva.
pública da união, do DF, de de uma infração penal. Porém, O
Estado, de Território, de STF e o STJ admitem a Analogia
Município, FASE; responsabilidade penal da pessoa É uma forma de auto integração da
 Contra a administração jurídica em todos os crimes norma penal para suprir as lacunas
pública, por quem está a seu ambientais. Atualmente não se exige porventura existentes.
serviço. mais a dupla imputação.  Apenas “in bonam
partem”;
CUIDADO AQUI! ISSO DERRUBA CANDIDATO!  Não é um meio de
O agente será punido segundo a lei Imunidades diplomáticas interpretação analógica,
brasileira, ainda que absolvido ou A imunidade não é conferida em mas sim de integração;
condenado no estrangeiro. razão da pessoa, mas em razão do
PENA cargo que ocupa, ou seja, ela é de Interpretação Analógica
 Idêntica: Computa caráter funcional. Essa imunidade é  É uma forma de
 Diversa: Atenua irrenunciável, exatamente por não interpretação, onde o
pertencer à pessoa, mas ao cargo que legislador cita, na própria
Princípio da justiça universal ocupa. lei, o que seria um
Resumo – Culpabilidade
Conceito putativa configura  Critério meramente biológico força maior (e mesmo assim
erro de proibição; e taxativo; deve ser completa e retirar
 Juízo de reprovabilidade o Mesmos elementos da  Inimputável. totalmente a capacidade de
acerca da conduta do agente, teoria limitada;  Se o agente é menor de 18 discernimento do agente).
considerando-se suas o Teoria não adotada. anos, responde perante o ECA Embriaguez acidental
circunstâncias pessoais;  Teoria limitada da não se aplicando a ele o CP. incompleta o agente tem pena
 Aqui, o objeto de estudo culpabilidade (teoria reduzida de 1/3 a 2/3.
não é o fato, mas o AGENTE; adotada): Doença mental ou  Embriaguez patológica – o
o Imputabilidade; desenvolvimento mental agente será tratado como
Teorias o Potencial consciência incompleto ou retardado doente mental – pode excluir
da ilicitude; a imputabilidade.
 Psicológica – o agente seria o Exigibilidade de  Deve-se analisar se o agente
culpável se era imputável no conduta diversa; era inteiramente incapaz de Potencial consciência da ilicitude
momento do crime e se havia o Diferencia as entender o caráter ilícito da
agido com dolo ou culpa. descriminantes conduta ou se era  Possibilidade de o agente, de
putativas. parcialmente incapaz disso. acordo com suas
Essa teoria só poderia ser utilizada No primeiro caso, será isento características, conhecer o
por quem adota a teoria causalista Em linhas gerais, portanto, a teoria de pena, inimputável. No caráter ilícito do fato.
(naturalística) da conduta (pois o dolo extremada e a teoria limitada dizem a segundo, semi-imputável,
e a culpa estão na culpabilidade). mesma coisa, divergindo apenas no redução de 1/3 a 2/3. Quando o agente age acreditando que
que toca ao tratamento que deve ser sua conduta não é penalmente ilícita,
Para os que adotam a teoria finalista dado às descriminantes putativas. Se o agente for INIMPUTÁVEL, exclui- comete erro de proibição.
(nosso código penal), essa teoria da se a culpabilidade e ele é isento de
culpabilidade é impossível, pois a  Erro do tipo e erro do tipo de pena. Se for SEMI-IMPUTÁVEL, será
teoria finalista aloca o dolo e a culpa proibição; considerado culpável (não se exclui a
na conduta, e, portanto, no fato típico. culpabilidade), mas sua pena será Exigibilidade de conduta diversa
Elementos reduzida de 1 a 2/3.
 Normativa ou psicológico-  Não basta que o agente seja
normativa – “possibilidade Imputabilidade penal Sonambulismo? imputável, que tenha
de agir conforme o direito” e a potencial conhecimento da
consciência da ilicitude. A  Capacidade mental de  Ausência de conduta, já que ilicitude do fato, é necessário,
culpabilidade seria, portanto, entender o caráter ilícito da não há dolo ou culpa. Afasta- ainda, que o agente pudesse
a conjugação do elemento conduta e de comportar-se se, portanto, o fato típico, e agir de outro modo.
subjetivo (dolo ou culpa) e do conforme o direito. não a culpabilidade.
juízo de reprovação sobre o  Biológico – se o agente tem Causas de exclusão da
agente. Embriaguez CULPABILIDADE
menos de 18 anos, é
 Teoria extremada da inimputável;
culpabilidade (normativa  Não é uma hipótese de  Inimputabilidade Penal –
 Psicológico – análise do caso
pura) – dolo e culpa como inimputabilidade. menor de 18 anos.
concreto;
elementos do fato típico  Todavia, a embriaguez pode  Coação MORAL irresistível –
 Biopsicológico – teoria
(teoria finalista). afastar a imputabilidade ameaça de lhe fazer algum
adotada.
o Qualquer quando for acidental, ou seja, mal grave.
descriminante decorrente de caso fortuito ou  Obediência hierárquica –
Menor de 18 anos
cumprimento de uma ordem
ilegal proferida por um nexo causal da conduta com o visada – responde responde pelo delito aquele
superior hierárquico – A resultado; pelos dois crimes. que provoca o erro.
ORDEM NÃO PODE SER  Erro sobre a pessoa – o Erro sobre o crime ou  Erro de proibição – quando
MANIFESTAMENTE ILEGAL. pratica o ato contra pessoa resultado diverso do o agente age acreditando que
o Só se aplica aos diversa da pessoa visada; pretendido – pretende sua conduta não é ilícita.
funcionários públicos, o Responde como se cometer um crime, o Escusável – era
não aos particulares. tivesse praticado o mas, por acidente ou impossível àquele
 Erro de proibição escusável crime contra a pessoa erro na execução, agente, naquele caso
(inevitável): visada – teoria da acaba cometendo concreto, saber que
o Evitável? Redução de equivalência. outro. – relação de sua conduta era
1/6 a 1/3.  Erro sobre o nexo causal – pessoa x coisa. contrária ao direito. –
alcança o resultado  Unidade exclui-se a
pretendido, mas em razão de simples – culpabilidade e é
um nexo causal diferente atinge apenas isento de pena.
Erro daquele que o agente o resultado o Inescusável – era
planejou. não possível, mediante
Erro de tipo essencial o Sentido estrito – José pretendido – algum esforço,
atira em Maria que cai acerta uma entender que se
 Representação errônea da na piscina e morre por planta ao tratava de conduta
realidade; afogamento – invés da ilícita. – permanece a
 Também pode ocorrer nos responde por pessoa. – culpabilidade, com
crimes omissivos impróprios afogamento. responde diminuição de 1/6 a
(comissivos por omissão); o Dolo geral ou apenas por 1/3.
 Escusável – levar a bolsa aberratio causae – tentativa de o Indireto – trata-se de
idêntica por engano – não dolo geral ou homicídio. erro sobre a existência
poderia, com um exercício sucessivo – engano no  Unidade e/ou limites de uma
mental razoável, saber que que se refere ao meio complexa – causa de justificação
aquela não era a sua bolsa; de execução do delito. atinge tanto o em abstrato. – Erro de
 Inescusável – poderia, o Erro na execução – alvo quanto a proibição.
mediante um esforço mental errar na hora de coisa não  Descriminante putativa –
razoável, ter agido de outra executar o delito – pretendida – situações nas quais o agente
forma; mero acidente. – responderá incida em erro por acreditar
Aberratio ictus. por ambos os que está presente uma
Erro de tipo permissivo o Erro sobre a execução crimes. situação que, se existisse,
com unidade simples –  Erro sobre o tornaria sua ação legítima;
 Erro sobre os pressupostos atinge pessoa diversa objeto – erro  Delito putativo – agente
objetivos de uma causa de daquela visada – sobre a coisa comete um indiferente penal,
justificação (excludente de responde como se visada. – mas acredita estar praticando
ilicitude); tivesse atingido a responde pela crime.
 Seria, basicamente, uma pessoa visada. conduta
descriminante putativa; o Erro sobre a execução efetivamente
com unidade praticada.
Erro de tipo acidental complexa – atinge a  Erro determinado por
vítima visada e terceiro – erra porque
 Erro na execução do fato também outra não alguém o induz a isso. – só
criminoso ou um desvio do
Resumo – Crimes contra o Patrimônio – Furto. Roubo. Extorsão.
Crimes contra o Patrimônio ocorreu (apoderamento  STJ – furto ultrapassa o salário mínimo
definitivo) – Se a vítima simples. vigente) e a qualificadora for
 Furto; descobrir, a conduta será Gato no poste: Furto de de ordem objetiva.
 Roubo e Extorsão; típica. energia elétrica o O abuso de
 Usurpação;  Furto Famélico – Furtar para Adulteração de medidor: confiança (possui
 Dano; comer – Excludente de Estelionato. natureza subjetiva)
 Apropriação Indébita; Ilicitude inviabiliza o benefício
 Estelionato e outras fraudes;  Subtração por Aumento de pena 1/3: do privilégio no furto.
 Receptação. arrebatamento - ´´empurrar  Repouso noturno – única o STJ – Entendeu (2019)
para dar um bote no objeto`` - majorante; que a fraude também
Furto Doutrina entende que é  Aplica-se ainda que se trate possui natureza
 Subtrair, para si ou para furto. de residência desabitada ou subjetiva.
outrem, coisa móvel alheia;  STJ – 567: A existência de estabelecimento comercial,
 Reclusão, 01 a 04 anos, e sistema de vigilância ou sendo indiferente o fato de a Furto qualificado:
multa (Delegado pode arbitrar monitoramento não vítima estar, ou não,  Destruição ou rompimento de
fiança) configura crime efetivamente repousando; obstáculo à subtração da
 Dolo; impossível;  A causa de aumento de pena coisa;
 Admite-se tentativa; tanto se aplica no furto  Abuso de confiança
 Não se admite forma simples quanto no qualificado. (Subjetiva), fraude (Subjetiva),
 Furto de energia elétrica: escalada, destreza;
culposa;
Equipara-se a coisa móvel Furto Privilegiado o Abuso de confiança é
 O crime se consuma com a
a energia elétrica ou qualquer  Substituição da pena de CRIME PRÓPRIO.
inversão da posse – Teoria
outra que tenha valor reclusão pela de detenção, o Mediante fraude:
do amotio ou apreehensio
econômico. diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou SUBTRAIR –
** Não requer que a posse
o Não confundir com aplicar somente a pena de DIMINUIR A
seja mansa e pacifica!
sinal de tv a cabo. multa. VIGILIANCIA, é
 Furto de uso – conduta
 STF – conduta  Réu primário e a coisa é de diferente de
atípica, uma vez que o
atípica; pequeno valor (não estelionato (OBTER
especial fim de agir não
– COLOCAR A Furto de coisas perdidas?  Não se admite forma  Destruição ou rompimento
VITIMA EM ERRO)  Incabível, porque o agente, culposa; de obstáculo mediante o
o Não é possível a neste caso, pratica o crime de  O crime se consuma quando emprego de explosivo ou
tentativa de furto apropriação de coisa achada. o agente passa a ter poder artefato análogo que cause
qualificado pela sobre a coisa, após ter perigo comum;
destreza. Furto de coisas abandonadas? praticado a violência ou  Exercida com emprego de
 Chave falsa;  Incabível, porque o agente, grave ameaça; arma:
o Ligação direta do ao se apossar da coisa, torna-  Admite-se tentativa; BRANCA – 1/3 a metade
veículo não é se seu dono.  A inexistência de valores em
FOGO PERMITIDA – 2/3
considerada chave poder da vítima não configura
falsa. Merecem uma atenção FOGO PROIBIDA/RESTRITA – em
crime impossível, mas sim
 Concurso de pessoas (pode  Furto de cadáver mera impropriedade relativa dobro.
ser o coautor ou participe – o Velório: Não é furto do objeto, caracterizando o Arma de brinquedo
Menores de idade também o Instituição para fins tentativa; não gera aplicação da
contam) de estudo: Furto  Roubo impróprio – a majorante;
o 02 a 08 anos.  Bens (joias, colar) do cadáver violência (própria) ou grave o Arma sem munição
 Furto de veículo automotor o É furto ameaça é feita após a não gera majorante;
que venha a ser transportado o Sujeito passivo: subtração da coisa, como o Arma de fogo
para outro Estado ou para o Herdeiros meio de garantir a absolutamente
Exterior; impunidade do crime; incapaz de realizar
o 03 a 08 anos. o Não cabe roubo disparo.
o Se o veículo não impróprio com o o O reconhecimento da
chegar a ser levado? emprego de violência causa de aumento de
Furto simples imprópria (ex. do pena prescinde da
consumado; remédio na bebida do apreensão da arma e
 Subtração de semovente agente na delegacia). da realização de
domesticável de produção, o Crime FORMAL perícia, desde que seu
ainda que abatido ou dividido  Há crime de latrocínio, uso no roubo seja
em partes no local da quando o homicídio se provado por outros
subtração: consuma, ainda que não meios.
Roubo realize o agente a subtração
o Reclusão, 02 a 05
 Subtrair coisa móvel alheia, dos bens da vítima. **STJ – O réu é quem deve provar
anos.
para si ou para outrem, o Ação pena pública que a arma de fogo era desprovida
 Emprego de explosivo ou de
mediante grave ameaça ou incondicionada. de potencial lesivo.
artefato análogo que cause
violência à pessoa, ou depois
perigo comum (CRIME
de havê-la, por qualquer meio,  Concurso de pessoas; ***
HEDIONDO)
reduzido à impossibilidade  Transporte de valores e o
 Subtração de substâncias
de resistência; agente conhece tal
explosivas:
 Grave Ameaça circunstância;
o Reclusão, 04 a 10
 Violência  Subtração de veículo
anos e multa.
 Redução à automotor que venha a ser
STJ – A mera subtração de folha de resistência Roubo majorado (causas de aumento transportado para outro
cheque, em branco, não caracteriza  Reclusão, 04 a 10 anos, e de pena): Estado ou para o Exterior;***
furto. multa;  (HEDIONDO) Restrição da
 Dolo;  Roubo próprio e roubo vítima de liberdade***
impróprio;
 Subtração de substâncias Lesão grave ou morte?
explosivas ***  Extorsão qualificada pelo
o 1/3 até a metade. resultado.

** = qualificadora no furto Extorsão qualificada:


 Restrição da liberdade
Roubo qualificado pelo resultado individual, necessária para a
(lesão corporal grave ou morte): obtenção da vantagem
econômica;
 Lesão corporal grave:  06 a 12 anos.
o Reclusão, 07 a 18 Extorsão
anos, e multa.  Constranger alguém,
 Morte: mediante violência ou grave
o Reclusão, 20 a 30 ameaça, e com o intuito de
anos, e multa. obter para si ou para outrem
indevida vantagem
Não gera continuidade-delitiva: econômica, a fazer, tolerar
 Roubo e latrocínio: Tutelam que se faça ou deixar de fazer
bens jurídicos diferentes. alguma coisa;
 Roubo e furto: Mesmo  Reclusão, 04 a 10 anos, e
gênero, mas como espécies multa;
 Dolo; Extorsão mediante sequestro:
distintas.
 Roubo e extorsão: Mesmo  Não se admite forma
culposa se a vantagem for:  Sequestrar pessoa com o fim
gênero, mas como espécies
o Devida; de obter, para si ou para
distintas
o Sexual; outrem, qualquer vantagem,
o Meramente moral, como condição ou preço do
sem valor econômico. resgate;
 Crime formal – consuma-se  Reclusão, 08 a 15 anos;
independente da obtenção da  Dolo específico;
vantagem;  Crime formal.
 Admite tentativa
 Pública incondicionada. Forma qualificada, 12 a 20 anos:
 Extorsão indireta – exigir  + 24 horas;
documento que pode dar  Menor de 18 ou maior de 60
causa a procedimento criminal anos;
contra a vítima ou contra  Quadrilha ou bando.
terceiro.
o Reclusão, 01 a 03 Lesão corporal grave:
anos, e multa.  16 a 24 anos.

Morte:
Aumento de pena, 1/3 até a
 24 a 30 anos.
metade:
 Duas ou mais pessoas ou
mediante o uso de arma.
Resumo – Crimes contra a Pessoa – Lesões Corporais
Lesões Corporais  Lesão corporal seguida de  Se o crime de lesão corporal  Ação Penal Pública
morte; for praticado contra Incondicionada, exceto no
Art. 129 – ofender a integridade  04 a 12 anos. Integrantes das Forças caso de doenças venéreas,
corporal ou saúde de outrem. Armadas, Forças de que é condicionado à
Lesão corporal privilegiada: Segurança Pública, Agentes representação.
 Lesão Corporal, em regra, é do Sistema Prisional e
Pública Incondicionada;  Relevante valor social ou Integrantes da Força Nacional: Doenças venéreas
 Lesão Corporal Culposa, Ação moral, violenta emoção, logo o Aumento de 1/3 a
penal Pública Condicionada à em seguida à injusta 2/3.  Norma penal em branco;
Representação; provocação:  Desde que no exercício das  Irrelevante a anuência da
o na lesão culposa não o Diminuída de 1/6 a referidas funções; vítima;
há distinção com base 1/3.  Se o crime não tem relação  Admite-se tentativa;
na gravidade dos  Se as lesões não forem com o cargo, não se aplica o  Dolo direto ou eventual;
ferimentos; graves: aumento de pena;  Não admite forma culposa;
 Lesão praticada com violência o Diminuída de 1/6 a  Estende-se, ainda, com os  Condicionada à
doméstica à mulher, em 1/3; parentes desses agentes representação.
qualquer caso a ação penal o Lesões recíprocas – o citados, desde que guarde
será pública incondicionada. Juiz pode substituir a relação com a função pública. Contágio de moléstia grave
 Detenção, 03 meses a 01 pena privativa de
ano. liberdade pela multa. Lesão Corporal  Sujeito passivo pode ser
qualquer pessoa que não
Natureza grave, se resultar: Violência Doméstica Culposa: esteja contaminada;
 Dolo específico;
 Perigo de vida;  Ascendente, descendente,  Inobservância de regra  Não admite dolo eventual
 Incapacidade para as irmão, cônjuge, companheiro, técnica; Não prestar socorro; nem culpa;
ocupações habituais, por mais pessoa com quem conviva, ou Fugir:  Ação penal pública
de 30 dias; tenha convivido; o Aumento de 1/3. incondicionada.
 Debilidade permanente;  03 meses a 03 anos.
 Aceleração de parto.  Crime qualificado (grave, Dolosa: Perigo para a vida ou saúde de
 Reclusão, 01 a 05 anos. gravíssima ou morte): outrem
o Aumento de 1/3.  Contra menor de 14 anos ou
Natureza gravíssima, se resultar:  Contra pessoa com maior de 60 anos; Milícia  Ação ou omissão, expõe a
deficiência: privada; Grupo de extermínio: perigo a vida ou a saúde de
 Incapacidade permanente o Aumento de 1/3. o Aumento de 1/3. outrem;
para o trabalho;  Somente nos casos de lesões  Não admite forma culposa;
 Enfermidade incurável; corporais dolosas; Periclitação da Vida e Saúde  Transporte irregular de
 Aborto;  Lesões culposas aplicam-se as pessoas para a prestação de
 Reclusão, 02 a 08 anos.  “Crimes de Perigo” – crimes serviços:
mesmas regras dos crimes
formais; o Aumento de pena.
comuns (não domésticas).
Crimes preterdolosos: dolo na conduta  A ocorrência do dano é
inicial e culpa na ocorrência do Integrante das Forças Armadas irrelevante para a Abandono de incapaz
resultado. consumação dos delitos;
 Crime próprio – ter o dever de o Trabalho excessivo ou
guarda e vigilância da pessoa inadequado;
abandonada; o Abusar de meios de
 Dolo; correção ou disciplina.
 Não se admite forma culposa;  Admite tentativa.
 Aumento de 1/3:
o Deserto; Rixa
o Pai, mãe, filho, neto,
irmão, cônjuge, tutor  Briga entre mais de duas
ou curador de vítima; pessoas;
o Possuir + de 60 anos.  Dolo;
 Ação penal pública
Exposição ou abandono de recém- incondicionada;
nascido  Crime de concurso necessário;
 Se ocorre morte ou lesão
 Crime próprio; corporal de natureza grave,
 Ação ou omissão; pelo fato da participação na
 Dolo; rixa, a pena de detenção, de
 Não se admite culpa. 06 a 02 anos.

Omissão de socorro

 Não há necessidade de que


haja vínculo específico;
 Forma omissiva;
 É possível a participação, mas
não coautoria;
 Dolo direto ou eventual;
 Não se admite forma culposa;
 Crime formal – não necessita
de resultado naturalístico.

Maus tratos

 Crime próprio;
 Dolo específico;
 Plurinuclerar:
o Privar de alimentação;
o Privar de cuidados
indispensáveis;
Resumo – Crimes contra a Administração Pública III
Crimes contra a Administração em ato praticado por ou ação de improbidade Falso testemunho ou Falsa perícia;
Pública Estrangeira funcionário público administrativa contra alguém,
estrangeiro no exercício de imputando-lhe crime de que o  Fazer afirmação falsa, ou
 Considera-se funcionário suas funções, relacionado a sabe ser inocente; negar ou calar a verdade
público estrangeiro, para transação comercial  Reclusão, de 02 a 08 anos, e como testemunha, perito,
efeitos penais, quem, ainda internacional; multa; contador, tradutor ou
que transitoriamente ou sem  Reclusão, de 01 a 05 anos, e  Aumento de sexta parte, se o intérprete em processo
remuneração, exerce cargo, multa; agente serve de anonimato ou judicial, administrativo, IP, ou
emprego ou função pública  Aumento pela metade, se o de nome suposto; em juízo arbitral;
em entidades estatais ou em agente alega ou insinua que a  Diminuída pela metade, se a  Reclusão, de 02 a 04 anos, e
representações diplomáticas vantagem é também imputação é de prática de multa;
de país estrangeiro. destinada a funcionário contravenção;  A vítima não pode ser sujeito
estrangeiro;  Crime comum; ativo, pois não é
Corrupção ativa em transação  Crime formal;  Crime se consuma quando a “testemunha’. Ela não presta
comercial internacional:  Especial fim de agir. autoridade toma alguma depoimento, e sim
providência, ainda que não “declarações”;
 Prometer, oferecer ou dar, Crimes contra a Administração da instaure o IP;  Crime de mão própria – não
direta ou indiretamente, Justiça  O fato deve ser considerado admite coautoria, somente
vantagem indevida a crime. participação (falso
funcionário público Reingresso de estrangeiro expulso: testemunho);
estrangeiro, ou a terceira Comunicação falsa de crime ou  Falsa perícia – cabe tanto
pessoa, para determiná-lo a  Reingressar no território contravenção: coautoria quanto a
praticar, omitir ou retardar ato nacional o estrangeiro que participação;
de ofício relacionado à dele foi expulso;  Provocar a ação de  O crime permanece mesmo
transação comercial  Reclusão, de 01 a 04 anos, autoridade, comunicando-lhe quando o processo seja
internacional; sem prejuízo da nova a ocorrência de crime ou de anulado por algum vício;
 Reclusão, de 01 a 08 anos, e expulsão após o cumprimento contravenção que sabe não se  Só admite tentativa em falsa
multa; da pena; ter verificado; perícia;
 Especial fim de agir;  Crime próprio (crime de mão  Detenção, de 01 a 06 meses,  Aumento de pena:
 Crime formal; própria); ou multa; o Suborno;
 Aumento de 1/3 se o  Crime material;  A comunicação falsa de crime o Obter provas que
funcionário retarda ato de  Crime Permanente, logo, perante policiais militares não deva produzir efeitos
ofício em razão da vantagem caberia prisão em flagrante a configura o delito. em processo civil em
ou promessa. qualquer momento. que seja parte a
Autoacusação falsa de crime: administração direta
Tráfico de influência em transação Denunciação Caluniosa / calúnia ou indireta;
comercial internacional: qualificada:  Acusar-se, perante a o Obter provas que
autoridade, de crime deva produzir efeitos
 Solicitar, exigir, cobrar ou  Dar causa à instauração de inexistente ou praticado por em processo criminal.
obter, para si ou para outrem, investigação policial, de outrem;  Extinção da punibilidade:
direta ou indiretamente, processo judicial, instauração  Detenção, de 03 meses a 02 o Retratar-se da
vantagem ou promessa de de investigação anos, ou multa. declaração falsa antes
vantagem a pretexto de influir administrativa, inquérito civil da sentença.
Corrupção ativa de testemunha,  Inovar artificiosamente, na o Cônjuge.  Evadir-se ou tentar evadir-se o
contador, perito, intérprete ou pendência de processo civil ou preso ou o indivíduo
tradutor: administrativo, o estado de Favorecimento Real: submetido à medida de
lugar, de coisa ou de pessoa, segurança detentiva, usando
 Dar, oferecer ou prometer com o fim de induzir a erro o  Prestar a criminoso, fora dos de violência contra a pessoa;
dinheiro ou qualquer outra juiz ou o perito; casos de coautoria ou de  Detenção, de 03 meses a 01
vantagem;  Detenção, de 03 meses a 02 receptação, auxílio destinado ano, além da pena
 Reclusão, de 03 a 04 anos, e anos, e multa; a tornar seguro o proveito do correspondente à violência.
multa;  Se a inovação se destina a crime;
 Se o destinatário da corrupção produzir efeito em processo o O agente ajuda o Arrebatamento do preso:
é funcionário público, o crime penal, ainda que não iniciado, criminoso a tornar
é o de corrupção ativa. as penas aplicam-se em seguro o proveito do  Arrebatar preso, a fim de
dobro. crime maltratá-lo, do poder de quem
Coação no curso do processo:  Favorecimento real – COISA; o tenho sob custódia ou
 Detenção, de 01 a 06 meses, guarda;
 Usar de violência ou grave e multa;  Reclusão, de 01 a 04 anos,
ameaça, com o fim de  Não se aplica a escusa além da pena correspondente
favorecer interesse próprio ou absolutória. à violência.
alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra Exercício arbitrário ou Abuso de Motim de presos:
pessoa que funciona ou é poder:
chamada a intervir no  Amotinarem-se presos,
processo judicial, policial ou  Ordenar ou executar medida perturbando a ordem ou
administrativo, ou em juízo privativa de liberdade, sem as disciplina da prisão;
arbitral; Favorecimento Pessoal: devidas formalidades legais o Pelo menos 04 presos.
 Reclusão, de 01 a 04 anos, e ou com abuso de poder;  Detenção, de 06 meses a 02
multa, além da pena  Auxiliar a subtrair-se à ação  Detenção, de 01 mês a 01 anos, além da pena
correspondente à violência. de autoridade pública autor ano. correspondente à violência.
de crime a que é cominada a
Exercício arbitrário das próprias pena de reclusão; Fuga de pessoa presa ou submetida à Patrocínio Infiel:
razões: o O agente ajuda o medida de segurança:
criminoso a se  Trair, na qualidade de
 Fazer justiça pelas próprias esconder;  Promover ou facilitar a fuga advogado ou procurador, o
mãos, para satisfazer  Detenção, de 01 a 06 meses, de pessoa legalmente presa dever profissional,
pretensão, embora legítima, e multa; ou submetida à medida de prejudicando interesse, cujo
salvo quando a lei o permite;  Favorecimento pessoal – segurança detentiva; patrocínio, em juízo, lhe é
 Detenção, 15 dias a 01 mês, PESSOA;  Detenção, de 06 meses a 02 confinado;
ou multa, além da pena  Sem combinação prévia; anos;  Detenção, de 06 meses a 03
correspondente à violência;  Combinação prévia? Concurso  Se a prisão é ilegal, o ato de anos, e multa.
 Se não há emprego de de agentes. Responde pelo promover ou facilitar a fuga é
violência, somente se procede delito praticado; atípico, pois age em legítima Sonegação de papel ou objeto de
mediante queixa.  ISENTO de pena (escusa defesa de terceiro; valor probatório:
absolutória):  Crime material.
Fraude Processual: o Ascendente;  Inutilizar, total ou
o Descendente; Evasão mediante violência contra a parcialmente, ou deixar de
o Irmão; pessoa: restituir autos, documento ou
objeto de valor probatório, Crimes contra as Finanças  Ordenar, autorizar ou
que recebeu na qualidade de Públicas promover a oferta pública ou
advogado ou procurador; a colocação no mercado
 Detenção, de 06 meses a 03 Contratação de operação de crédito: financeiro de títulos da dívida
anos, e multa. pública sem que tenham sido
 Ordenar, autorizar ou realizar criados por lei ou sem que
Exploração de Prestígio: operação de crédito, interno estejam registrados em
ou externo, sem prévia sistema centralizado de
 Solicitar ou receber dinheiro autorização legislativa; Prestação de garantia graciosa: liquidação e de custódia;
ou qualquer outra utilidade, a  Reclusão, de 01 a 02 anos.  Reclusão, de 01 a 04 anos.
pretexto de influir em juiz,  Prestar garantia em operação
órgão do MP, funcionário de Inscrição de despesas não de crédito sem que tenha sido
justiça, perito, tradutor, empenhadas em restos a pagar: constituída contragarantia em
intérprete ou testemunha; valor igual ou superior ao
 Reclusão, de 01 a 05 anos, e  Ordenar ou autorizar a valor da garantia prestada, na
multa. inscrição em restos a pagar, forma da lei;
de despesa que não tenha  Detenção, de 03 meses a 01
Violência ou fraude em arrematação sido previamente empenhada ano.
judicial: ou que exceda o limite
estabelecido em lei; Não cancelamento de restos a pagar:
 Impedir, perturbar ou fraudar  Detenção, de 06 meses a 02
arrematação judicial; afastar anos.  Deixar de ordenar, de
ou procurar afastar autorizar ou de promover o
concorrente ou licitante, por Assunção de obrigação no último ano cancelamento do montante de
meio de violência, grave do mandato: restos a pagar inscrito em
ameaça, fraude ou valor superior ao permitido
oferecimento de vantagem;  Ordenar ou autorizar a em lei;
 Detenção, de 02 meses a 01 assunção de obrigação, nos  Detenção, de 06 meses a 02
ano, ou multa, além da pena dois últimos quadrimestres do anos.
correspondente à violência. último ano do mandato ou
legislatura, cuja despesa não Aumento de despesa total com
Desobediência à decisão judicial sobre possa ser paga no mesmo pessoal no último ano do mandato ou
perda ou suspensão de direito: exercício financeiro ou, caso legislatura:
reste parcela a ser paga no
 Exercer função, atividade, exercício seguinte, que não  Ordenar, autorizar ou executar
direito, autoridade ou múnus, tenha contrapartida suficiente ato que acarrete aumento de
de que foi suspenso ou de disponibilidade de caixa; despesa de total com pessoal,
privado por decisão judicial;  Reclusão, de 01 a 04 anos. nos 180 dias anteriores ao
 Detenção, de 03 meses a 02 final do mandato ou
anos, ou multa. Ordenação de despesa não autorizada legislatura;
por lei:  Reclusão, de 01 a 04 anos.

 Ordenar despesa não Oferta pública ou colocação de títulos


autorizada por lei; no mercado:
 Reclusão, de 01 a 04 anos.
Resumo – Crimes contra a Fé Pública
Moeda Falsa – Art. 289:  Formar cédulas com Petrechos de falsificação: não se aplica o
fragmentos de outras cédulas, princípio da
 Falsificar, fabricando-a ou suprimir sinal de inutilização  Objeto destinado à consunção.
alterando-a, a moeda metálica de cédula ou recolocar em falsificação;
ou papel-moeda de curso circulação cédula inutilizada;  Reclusão, 01 a 03 anos, e Falsificação de Documento Particular:
legal no país ou no  Reclusão, 02 a 08 anos, e multa;
estrangeiro; multa;  Aumenta-se em 1/6 –  Falsificar, no todo ou em
 Reclusão, 03 a 12 anos, e o Aumentada em até 12 funcionário público. parte, documento particular,
multa; anos – funcionário ou alterar documento
o Nas mesmas penas público. Falsidade Documental particular verdadeiro;
incorre quem, por o Cartão de crédito;
conta própria ou Petrechos de falsificação de moeda – Falsificação de Selo ou Sinal Público:  Reclusão, 01 a 05 anos, e
alheia, importa ou Art. 291: multa.
exporta, adquire,  Falsificar, fabricando-os ou
vende, troca, cede,  Maquinário ou equipamento alterando-os:
empresta, guarda ou destinado à falsificação da o Selo público;
introduz na circulação moeda; o Reclusão, 02 a 06 Falsidade Ideológica:
moeda falsa.  Reclusão, 02 a 06 anos, e anos, e multa;
 Dolo; multa; o Aumenta-se em 1/6 –  Relacionada à alteração do
 Não há forma culposa;  A preparação é punível; funcionário público. conteúdo de documento
 Admite-se tentativa;  Finalidade específica de público ou particular;
 Funcionário público – crime falsificação. Falsificação de Documento Público –  Omitir, em documento público
próprio; Art. 297: ou particular, declaração que
o Moeda com peso Emissão de título ao portador sem dele devia constar, ou nele
inferior; permissão legal – Art. 292:  Falsificar, no todo ou em inserir ou fazer inserir
o Quantidade superior; parte, documento público, ou declaração falsa ou diversa da
o Reclusão, 03 a 15  Emitir, sem permissão legal, alterar documento público que devia ser escrita, com o
nota, bilhete, ficha, vale ou verdadeiro; fim de prejudicar direito, criar
anos, e multa.
título que contenha promessa o Inclusive documentos obrigação ou alterar a
 Não cabe aplicar o princípio
de pagamento; equiparados; verdade;
da insignificância;
 Detenção, 01 a 06 meses, ou o Testamentos.  Público:
 Quem, tendo recebido de boa-
multa.  Reclusão, 02 a 06 anos, e o Reclusão, 01 a 05
fé, como verdadeira, moeda
multa; anos, e multa.
falsa ou adulterada, a restituiu
Falsidade de Títulos e outros  Aumento de 1/6 – funcionário  Particular:
à circulação, DEPOIS DE
CONHECER A FALSIDADE Papéis Públicos público; o Reclusão, 01 a 03
(suspeitar não significa  Quando o falso se exaure no anos, e multa.
conhecer):  Falsificar, fabricando-os ou estelionato, sem mais  Aumento de 1/6 – funcionário
o Detenção, 06 a 02 alterando-os – Art. 293: potencialidade lesiva, o público / assentamento de
anos, e multa. o Vale postal; estelionato absorve o falso; registro civil.
o Crédito tributário; o Se o documento  Dolo específico;
Crimes assemelhados ao de moeda o Talão, bilhete; falsificado continuar  O crime não se caracteriza se
falsa: o Reclusão, 02 a 08 possuindo o documento falsificado está
anos, e multa. potencialidade lesiva, sujeito à revisão por
autoridade, pois a revisão  Falsificar, no todo ou em  Cominada à falsificação ou à  Quando tenta se passar por
impediria que o crime parte, atestado ou certidão, alteração; outra pessoa, sem utilizar
chegasse a ter qualquer ou alterar o teor de certidão  Tipo penal remetido; documento falso;
potencialidade lesiva; ou atestado verdadeiro, para  Quem usa o documento falso  Detenção, 03 meses a 01
 Falsidade ideológica: prova de fato ou circunstância é a própria pessoa que ano, ou multa, se o fato não
o Estrutura verdadeira e que habilite alguém a obter fabricou? constituir crime mais grave;
conteúdo falso. cargo público ou qualquer o Responde pelo crime  Dolo específico;
 Falsidade material: outra vantagem; de falsificação.  A conduta de atribuir-se falsa
o Estruturalmente falso.  Detenção, de 03 meses a 02  A competência para processar identidade perante autoridade
anos. e julgar é firmada em razão da policial é típica, ainda que em
entidade ou órgão ao qual foi situação de alegada
Falsidade de atestado médico: apresentado o documento; autodefesa.
 A utilização de fotocópia não
 Dar o médico, no exercício da autenticada afasta a Uso de documento de identidade
sua profissão, atestado falso; tipicidade do crime de uso de alheio:
 Detenção, 01 mês a 01 ano; documento falso;
 Crime próprio;  Aquele que usa documento
 Não pode ser praticado por Supressão do documento: alheio como se fosse seu
Falso reconhecimento de firma ou enfermeiro, dentista, ou quanto aquele que cede o
letra: qualquer outro profissional da  Supressão, destruição ou documento;
saúde. ocultação de documento  Detenção, de 04 meses a 02
 Reconhecer, como verdadeira, público ou particular, de que anos, e multa, se o fato não
no exercício de função não podia dispor; constituir crime mais grave.
pública, firma ou letra que não  Documento Público:
o seja; o Reclusão, de 02 a 06 Fraudes em certames de
 Documento Público: Interesse Público
anos, e multa.
o Reclusão, de 01 a 05  Documento Particular:
anos, e multa. o Reclusão, de 01 a 05  Utilizar ou divulgar,
 Documento Particular: indevidamente, com o fim de
anos, e multa.
o Reclusão, de 01 a 03  Dolo específico. beneficiar a si ou a outrem, ou
anos, e multa. Reprodução ou alteração de selo ou de comprometer a
 Crime próprio. fila filatélica: credibilidade do certame,
conteúdo sigiloso de:
Certidão ou atestado ideologicamente  Reproduzir ou alterar selo ou o Concurso Público;
falso: peça filatélica que tenha valor o Processo Seletivo;
para coleção, salvo quando a o Reclusão, de 01 a 04
 Atestar ou certificar reprodução ou alteração está anos, e multa;
falsamente, em razão da visivelmente anotada; Falsa identidade – Art. 307: o Aumento de 1/3 –
função pública, fato ou  Detenção, de 01 a 03 anos, e funcionário público;
circunstância que habilite multa.  Não confundir com falsidade o O particular, sozinho,
alguém a obter cargo público, ideológica; não pode ser
isenção de ônus ou de serviço Uso de documento falso: Atribuir-se ou atribuir a
 responsabilidade por
de caráter público, ou terceiro falsa identidade para ato improbo.
qualquer outra vantagem;  Fazer uso de qualquer dos
obter vantagem, em proveito
 Detenção, de 02 meses a 01 papéis falsificados ou próprio ou alheio, ou para
ano; alterados, art. 297 a 302; causar dano a outrem;
Anotações

STJ entende pela impossibilidade de


consunção entre os crimes de
receptação e adulteração de sinal
identificador de veículo automotor,
tratando-se de delitos autônomos.

Todos os crimes contra a Fé Pública


são dolosos.
Resumo – Crimes contra a Pessoa – Crimes contra a Honra
Crimes contra a Honra  Quem propaga e divulga,  Não se admite forma culposa;  O juiz poderá deixar de
mesmo sabendo ser falsa a  Crime formal – a ocorrência do aplicar a pena se houver
 Honra subjetiva – apreço imputação, incorre na mesma resultado naturalístico é retorsão imediata
pessoal que a pessoa tem de pena; irrelevante para a  Perdão judicial:
si;  O Crime se consuma com a consumação do delito; o Provocação;
 Honra objetiva – imagem da divulgação da calúnia a um  É possível a tentativa; o Extorsão.
pessoal perante o corpo terceiro;  Exceção da verdade:  Injúria real:
social.  Crime formal – a ocorrência do o Somente se o o Humilhar alguém
resultado naturalístico é ofendido é funcionário através do contato
Calúnia irrelevante para a público e a difamação físico;
consumação do delito; se refere ao exercício o Especial fim de agir;
 Imputação falsa, a alguma  A tentativa é perfeitamente das funções. o Não cabe perdão
pessoa, de fato definido como possível;  Não se deve punir aquela judicial.
crime;  Exceção da verdade – direito pessoa que simplesmente  Injúria qualificada – maior
 Tutela da honra objetiva; que o sujeito ativo possui de repete o que todo mundo já reprovabilidade da conduta:
 Detenção, 06 meses a 02 provar que o que ele falou do sabe (exceção de o Preconceito;
anos, e multa; sujeito passivo é verdade, notoriedade). o Deficiência;
 Forma comissiva, não se exceto: o Não cabe perdão
admite omissão; o Crime de ação penal Injúria judicial.
 Ocorre quando o fato privada, quando ainda
imputado não ocorreu ou não há sentença  Tutelar a honra subjetiva do Disposições Comuns
quando mesmo tendo irrecorrível; ofendido;
ocorrido, não foi o caluniado o o Presidente da  Ofender a dignidade e o  Contra Presidente da
seu autor; República ou Chefe de decoro de alguém; República, Chefe de Governo
 Sujeito ativo pode ser Governo Estrangeiro;  Detenção de 01 a 06 meses, Estrangeiro ou Funcionário
qualquer pessoa; o Crime de ação penal ou multa; Público (no exercício da
o Parlamentares gozam pública, caso o  Não se trata de um fato, mas função), na presença de
de imunidade material caluniado já tenha de emissão de um conceito várias pessoas ou por meio
– não praticam o sido absolvido. depreciativo sobre o ofendido; que facilite a divulgação ou,
crime quando  Exceção de notoriedade –  Necessário que a própria ainda, contra pessoa + de 60
caluniam alguém no provar que o fato já é de vítima tome conhecimento anos ou deficiente (salvo no
exercício da profissão. conhecimento de todos. das ofensas; caso de injúria), a pena é
 Sujeito passivo pode ser  Crime formal – o fato se aumentada em 1/3;
qualquer pessoa; Difamação consuma com a chegada da  Mediante promessa ou
o Inclusive é punível a ofensa da vítima, recompensa, a pena é
calúnia contra os  Tutela da honra objetiva; independente de esta se aplicada em dobro;
mortos.  Imputar a alguém um fato sentir ou não ofendida  Retratação da calúnia ou
 Autocalúnia? Pratica crime de ofensivo à sua reputação – o (resultado naturalístico difamação – isento de pena;
autoacusação falsa, não de fato imputado não é crime; dispensável); o Antes da sentença;
calúnia;  Detenção de 03 meses a 01  É possível tentativa; o Pelos mesmos meios
 Calúnia contra o Presidente da ano, e multa;  Nunca se admite prova da em que foi praticada a
República? Configura crime  Difamação contra os mortos verdade; ofensa, se assim o
contra a Segurança Nacional; não é punível; ofendido o quiser.
 Em regra a ação penal é
privada, salvo no caso de
injúria real.
Resumo – Crimes contra a Dignidade Sexual
Crimes contra a Liberdade Sexual configura crime único, mas Mediação de menor vulnerável para
crime continuado; satisfazer a lascívia de outrem –
Estupro:  Crime hediondo. corrupção de menores:

 Constranger alguém,  Induzir alguém menor de 14


mediante violência ou grave anos a satisfazer a lascívia de
ameaça, a ter conjunção Violência sexual mediante fraude: outrem;
carnal ou a praticar ou  Reclusão, de 02 a 05 anos.
permitir que com ele se  Ter conjunção carnal ou outro  Se a vítima possui 14 anos
pratique qualquer outro ato ato libidinoso com alguém, exatos, ou 18 anos ou mais:
libidinoso; mediante fraude ou outro Crimes Sexuais contra o Mediação para
 Reclusão, de 06 a 10 anos; meio que impeça ou dificulte Vulneráveis satisfazer a lascívia de
 Se resultar lesão corporal de a livre manifestação de outrem, na forma
natureza grave ou se a vítima vontade da vítima; Estupro de Vulnerável:
simples.
é menor de 18 anos ou maior  Reclusão, de 02 a 06 anos;
de 14 anos: Estelionato sexual.  Ter conjunção carnal ou outro
 Satisfação de lascívia mediante
o Reclusão, de 08 a 12 ato libidinoso com menor de presença de criança ou adolescente:
anos. Importunação Sexual: 14 anos, ou, de forma
 Se resultar em morte: equiparada, enfermidade ou  Praticar, na presença de
 Praticar contra alguém e sem deficiência mental, não possui
o Reclusão, de 12 a 30 alguém menor de 14 anos, ou
a sua anuência ato libidinoso discernimento, ou que não
anos. induzi-lo a presenciar,
com o objetivo de satisfazer a pode oferecer resistência;
 Agente for Ascendente, conjunção carnal ou outro ato
própria lascívia ou a de  Reclusão, de 08 a 15 anos;
padrasto, madrasta, irmão, libidinoso, a fim de satisfazer
terceiro;  Se resultar lesão corporal de lascívia própria ou de outrem:
cônjuge, companheiro, tutor
 Reclusão, de 01 a 05 anos, se natureza grave:  Reclusão, de 02 a 04 anos.
ou curador, preceptor,
o ato não constituir crime o Reclusão, de 10 a 20
empregador, da vítima ou
assumiu obrigação de mais grave. anos. Favorecimento da prostituição ou
cuidado:  Se resultar em morte: outra forma de exploração sexual de
o A pena deverá ser Assédio Sexual: o Reclusão, de 12 a 30 vulnerável:
majorada pela anos.
metade.  Constranger alguém com o  Presunção absoluta – não há  Submeter, induzir ou atrair à
 Se do estupro resultar intuito de obter vantagem possibilidade de prova em prostituição ou outra forma de
gravidez? econômica ou favorecimento contrário; exploração sexual alguém
o Aumento de 2/3 até a sexual, prevalecendo-se o  Crime Hediondo; menor de 18 anos ou que, por
metade. agente da sua condição de  A pena se aplica enfermidade ou deficiência
 Menor de 14 anos: superior hierárquico ou independentemente do mental, não tem o necessário
ascendência inerentes ao consentimento da vítima ou discernimento para a prática
o Estupro de vulnerável.
exercício de emprego, cargo do fato de ela já ter mantido do ato, facilitá-la, impedir ou
 A prática de duas condutas
ou função; relações sexuais dificultar que a abandone;
diferentes (conjunção carnal e
 Detenção, de 01 a 02 anos; anteriormente ao crime.  Reclusão, de 04 a 10 anos;
ato libidinoso) em contextos
 Aumento de 1/3 se a vítima é  Crime Hediondo.
diferentes, mas nas mesmas
menor de 18 anos.
condições de tempo, lugar e
modo de execução, não
Divulgação de cena de estupro ou de
cena de estupro de vulnerável, de
cena de sexo ou de pornografia:

 Oferecer, trocar,
disponibilizar, transmitir,
vender ou expor à venda,
distribuir, publicar ou divulgar,
por qualquer meio – inclusive
por meio de comunicação de
massa ou sistema de
informática ou telemática –,
fotografia, vídeo ou outro
registro audiovisual que
contenha cena de estupro de
vulnerável ou que faça
apologia ou induza a sua
prática, ou, sem o
consentimento da vítima,
cena de sexo, nudez ou
pornografia:
o O mero acesso a estes
registros e o
armazenamento não
configura o delito.
 Reclusão, de 01 a 05 anos, se
o fato não constituir crime
mais grave;
 Não há crime quando o
agente pratica as condutas
em publicação de natureza
jornalística, cultural ou
acadêmica com a adoção de
recursos que impossibilite a
identificação da vítima,
ressalvada sua prévia
autorização, caso seja maior
de 18 anos.
Resumo – Crimes contra a Administração Pública II
Crimes praticados por Particular  Detenção, de 02 meses a 02 Servidor Ausente  Reclusão, de 02 a 05 anos;
contra a Administração Geral anos;  Crime contra a honra do o Não cabe mais
 (QUALIFICADORA) Se o ato, funcionário público. suspensão condicional
 Crimes comuns; em razão da resistência, não do processo;
 Administração Pública como se executa: Tráfico de Influência o Admite-se prisão
sujeito passivo. o Reclusão, de 01 a 03  Solicitar, exigir, cobrar ou preventiva;
anos. obter, para si ou para o Prazo prescricional
Usurpação de Função Pública outrem, vantagem ou de 12 anos.
 Usurpar o exercício de Desobediência promessa de vantagem, a  Aplica-se em dobro se o
função pública;  Desobedecer a ordem legal pretexto de influir em ato crime é praticado em
 Não possui qualquer vínculo de funcionário público; praticado por funcionário transporte aéreo, marítimo
com a Administração,  Detenção, de 15 dias a 06 público no exercício de sua ou fluvial.
diferente do que ocorre com o meses, e multa; função;  Consuma-se quando a
exercício funcional ilegal;  O crime não se configura  Reclusão, de 02 a 05 anos, e mercadoria ultrapassa a
 É necessário que o agente quando o réu desobedece a multa; barreira alfandegária ou
pratique atos inerentes à ordem que possa lhe  Alegar que a vantagem fronteira do país.
função, não basta somente incriminar; também é destinada ao
que ele se apresente como funcionário? Descaminho
funcionário público; Desacato o Aumento da pena pela  Iludir, no todo ou em parte, o
 Detenção, de 03 meses a 02  Desacatar funcionário metade. pagamento de direito ou
anos, e multa. público no exercício da imposto devido pela
 (QUALIFICADORA) auferir função ou em razão dela; Corrupção Ativa entrada, pela saída ou pelo
vantagem  Detenção, de 06 meses a 02  Oferecer ou prometer consumo de mercadoria;
o Reclusão, de 02 a 05 anos, ou multa; vantagem indevida a  Crime formal;
anos, e multa.  Quem comete o desacato funcionário público, para  A mercadoria é legal, no
também for funcionário determiná-lo a praticar, entanto, o que se pune, é a
Importante público? omitir ou retardar ato de burla ao sistema tributário;
Contravenção: o É possível em ofício;  A mera omissão em
 Finge ser funcionário qualquer caso, mas  Reclusão, de 02 a 12 anos, e declaração ao fisco
público (apenas se se exige que o multa; configura crime de
apresenta como tal) infrator não esteja  A existência de corrupção descaminho;
Usurpação: no exercício de suas ativa independe da  Consuma-se com a liberação
 Pratica atos de funcionário funções. passiva, e vice-versa; na alfândega, sem o
público.  A mera crítica, desde que  Mero pedido de favor não pagamento dos impostos
feita com urbanidade, não configura crime. devidos – crime formal;
Resistência constitui desacato;  Reclusão, de 01 a 04 anos;
 Opor-se à execução de ato Contrabando  Aplica-se em dobro se o
legal, mediante violência  Exige-se que o desacato  Importar ou exportar crime é praticado em
(contra funcionário público) ocorra em razão da função mercadoria proibida; transporte aéreo, marítimo
ou ameaça a funcionário exercida pelo servidor.  Mercadoria é ilícita, ou seja, a ou fluvial;
competente para executá-lo Importante sua importação ou  Princípio da Insignificância –
ou quem lhe esteja prestando Funcionário presente exportação, por si só, é prejuízo inferior ao patamar
auxílio;  Desacato vedada;
estabelecido pela Fazenda identificar ou cerrar qualquer o Bons antecedentes;
Nacional. objeto; o Valor inferior àquele
o STJ – igual ou inferior  Detenção, de 01 mês a 01 estabelecido.
a R$ 10.000,00 ano, ou multa.  Crime Privilegiado:
o STF – R$ 20.000,00; o Pessoa física;
o Tributos Federais. Subtração ou Inutilização de Livro o Salário não ultrapassa
 STF – pagamento do tributo, ou Documento 1.510,00;
no caso de descaminho, o Redução da pena de
ANTES do recebimento da  Subtrair, ou inutilizar, total ou 1/3 até a metade, ou
denúncia, gera a extinção da parcialmente, livro oficial, apenas multa.
punibilidade; processo ou documento
 STJ – pagamento não gera a confiado à custódia de
extinção da punibilidade. funcionário, em razão de
ofício, ou de particular em
Impedimento, Perturbação, ou serviço público;
Fraude de Concorrência  Reclusão, de 02 a 05 anos, se
 Impedir, perturbar, ou fraudar o fato não corresponder crime
concorrência pública ou venda mais grave.
em hasta pública, promovida
pela administração federal,
estadual ou municipal, ou por Sonegação de Contribuição
entidade paraestatal; afastar Previdenciária
ou procurar afastar  Suprimir ou reduzir
concorrente ou licitante, por contribuição
meio de violência, grave previdenciária e qualquer
ameaça, fraude ou acessório, mediante as
oferecimento de vantagem; seguintes condutas:
 Detenção, de 06 meses a 02 o Omitir folha de
anos, ou multa, além da pena pagamento;
correspondente à violência; o Reclusão, de 02 a 05
 Incorre na mesma pena quem anos, e multa.
se abstém de concorrer ou  Crime Omissivo;
licitar, em razão da vantagem  Crime material;
oferecida.  Se antes do início do fisco
o agente se retrata e presta
Inutilidade de Edital ou de Sinal as informações corretas,
extingue-se a punibilidade,
 Rasgar ou, de qualquer forma, não sendo necessário o
inutilizar ou conspurcar edital pagamento.
afixado por ordem de  O pagamento integral do
funcionário público; violar ou débito, antes do trânsito em
inutilizar selo ou sinal julgado, extingue a
empregado, por determinação punibilidade.
legal ou por ordem de  Perdão Judicial ou multa:
funcionário público, para o Réu primário;
Resumo – Crimes contra a Administração Pública
Crimes Funcionais: do cargo, ou desviá-lo em praticou o crime de peculato-furto, e José Inserção de Dados Falsos em
 Próprios / Puros – ausente a proveito próprio ou alheio; responderá pelo crime de peculato Sistema de Informações
condição de “funcionário  Reclusão, 02 a 12 anos, e culposo.
público” ao agente, a multa;  “Peculato-eletrônico”
Peculato-culposo: Não há modalidade
conduta passa a ser  É necessário que o bem, valor 
 Concorrer culposamente para
considerada um indiferente ou coisa seja desviado para o culposa;
penal; o crime de outrem; Inserir ou facilitar, o
patrimônio de alguém (agente 
 Detenção, 03 meses a 01
ou terceiro); funcionário autorizado, a
 Impróprios / Impuros –  O bem deve ser infungível – ano; inserção de dados falsos,
ausente a condição de  Se um funcionário público alterar ou excluir
não pode ser substituído por
“funcionário público ao outro da mesma espécie; contribui culposamente para a indevidamente dados
agente, a conduta será  O bem deve ser não prática de um crime praticado corretos nos sistemas
desclassificada para outro por um estranho que não seja informatizados ou bancos da
consumível – cujo uso importa
delito. funcionário público? administração pública, com o
em destruição imediata;
o Embora a doutrina fim de obter vantagem para si
Funcionário Público  Particular que concorre levemente majoritária ou para outrem ou para
 Exerce cargo ou função para o crime de peculato entender que não há causar dano;
pública, mesmo que responde da mesma forma peculato culposo  Reclusão, de 02 a 12 anos, e
transitoriamente ou sem que o funcionário público, mas nesses casos, as multa;
remuneração; somente se souber da bancas entendem que  Modificar ou alterar, o
 “Múnus público” não é condição de funcionário há peculato culposo. funcionário, sistemas de
considerado funcionário público.  Reparação do dano antes do informações ou programa de
público; **Não é necessário que o dinheiro seja trânsito em julgado? informática sem autorização
 Defensores dativos são público! o Extinta a ou solicitação;
considerados, segundo o STJ; punibilidade.  Detenção, de 03 meses a 02
 Atividade típica da Peculato-furto:  Reparação do dano após o anos, e multa;
administração;  Peculato impróprio; trânsito em julgado? o Resultar dano?
 Cargo em comissão ou  Não se caracteriza pela o Redução da pena Aumento de 1/3 até a
direção e chefia – aumento apropriação ou desvio do bem pela metade. metade.
de 1/3; que fora confiado ao agente
o Não se aplica às em razão do cargo, mas da Peculato por erro de outrem / Extravio, Sonegação ou
Autarquias. subtração de um bem que Peculato-estelionato: Inutilização de Livro ou
estava sob a guarda da  Apropriar-se de dinheiro ou Documento
Peculato administração; qualquer utilidade que, no
Peculato-apropriação / peculato-  Reclusão, 02 a 12 anos, e exercício do cargo, recebeu  Extraviar livro oficial ou
desvio / peculato comum: multa. por erro de outrem; qualquer documento, de
o Se o erro foi quem tem a guarda em
 Apropriar-se o funcionário EXEMPLO: José, funcionário público, ao praticado razão do cargo; sonega-lo
público de dinheiro, valor ou final do expediente, deixa o notebook dolosamente? ou inutiliza-lo, total ou
qualquer outro bem móvel, pertencente ao órgão sobre a mesa, e não Responde por parcialmente;
tranca a porta. Paulo, outro funcionário, estelionato.
público ou particular, de  Reclusão, de 01 a 04 anos, se
que trabalha no mesmo órgão, aproveita-  Reclusão, de 01 a 04 anos, e
quem tem a posse em razão se da facilidade encontrada (porta aberta) o fato não constituir crime
e subtrai o notebook. Neste caso, Paulo multa. mais grave.
Emprego Irregular de Verbas ou  Se o funcionário exige o Detenção, de 03  Condescendência
Rendas Públicas tributo ou contribuição meses a 01 ano, ou criminosa – deixar o
social que sabe ou deveria multa. funcionário, por indulgência,
 Dar às verbas ou rendas saber indevido, ou quando de responsabilizar
públicas aplicação diversa devido, emprega na cobrança Facilitação de Contrabando ou subordinado que cometeu
da prevista em lei; meio vexatório ou gravoso, Descaminho infração no exercício do
 Detenção, de 01 a 03 meses, que a lei não autoriza;  Facilitar, com infração de cargo ou, quando lhe falte
ou multa;  Reclusão, de 03 a 08 anos, e dever funcional, a prática de competência, não levar o
 Sempre no interesse da multa; contrabando ou fato ao conhecimento da
Administração.  (QUALIFICADORA) Se o descaminho; autoridade competente;
funcionário desvia, em o Não é necessário que o Detenção, de 15 dias
proveito próprio ou de outrem, o crime efetivamente a 01 mês, ou multa.
o que recebeu se concretize para a o CABE JECRIM
indevidamente para consumação do fato (suspensão
recolher aos cofres típico. condicional do
públicos:  Reclusão, de 03 a 08 anos, e processo)
o Reclusão, de 02 a 12 multa.
Concussão anos, e multa. Advocacia Administrativa
 Exigir, para si ou para Prevaricação, Prevaricação  Patrocinar, direta ou
outrem, direta ou Corrupção Passiva Imprópria e Condescendência indiretamente, interesse
indiretamente, ainda que  Solicitar ou receber, para si Criminosa privado perante a
fora da função ou antes de ou para outrem, direta ou  Retardar ou deixar de administração pública,
assumi-la, mas em razão indiretamente, ainda que praticar, indevidamente, ato valendo-se da qualidade
dela, vantagem indevida; fora da função ou antes de de ofício, ou pratica-lo contra de funcionário;
 Consumação: Momento da assumi-la, mas em razão disposição expressa de lei,  Detenção, de 01 a 03 meses,
exigência! dela, vantagem indevida, ou para satisfazer interesse ou multa;
 Reclusão, de 02 a 12 anos, e aceitar promessa de tal ou sentimento pessoal; o Cabe JECRIM –
multa; vantagem;  Detenção, de 03 meses a 01 Suspensão condicional
 Concussão – ameaça de mal  Reclusão, de 02 a 12 anos, e ano, e multa; do processo.
amparado nos poderes do multa;  Favor gratuito – corrupção  (QUALIFICADA) Interesse
cargo;  Aumento de 1/3: passiva privilegiada; Ilegítimo
 Extorsão – ameaça de mal o Retarda ou deixa de  Satisfação de interesse o Detenção, de 03
(violência ou grave praticar, em próprio – prevaricação. meses a 01 ano, e
ameaça) estranho aos consequência da  Prevaricação Imprópria – multa.
poderes do cargo; promessa de Deixar o Diretor de
 Não confundir com vantagem, qualquer Penitenciária e/ou agente Violência Arbitrária
corrupção passiva – aqui, o ato de ofício ou o público, de cumprir seu dever  Praticar violência, no
agente apenas solicita, pratica infringindo de vedar ao preso o acesso a exercício da função ou a
recebe ou apenas aceita dever funcional. aparelho telefônico, de rádio pretexto de exercê-la;
promessa de vantagem;  Se o funcionário pratica, ou similar, que permita a  Detenção, de 06 meses a 03
 Não há violência ou grave deixa de praticar ou retarda comunicação com outros anos, além da pena
ameaça. ato de ofício, com infração do presos ou com o ambiente correspondente à violência.
dever funcional, cedendo a externo; Importante
Excesso de Exação pedido ou influência de o Detenção, de 03 Parte da Doutrina e da Jurisprudência
(Espécie de concussão) outrem; meses a 01 ano. entendem ter sido este artigo revogado
pela Lei de abuso de autoridade.
Abandono de Função Anotações
 Abandonar o cargo STJ – o princípio da insignificância
público, fora dos casos é inaplicável aos crimes contra a
previstos em lei; Administração Pública.
 Detenção, de 15 dias a 01
mês, ou multa;  É aplicado aos crimes
 Prejuízo público? tributários.
o Detenção, de 03
meses a 01 ano, e STJ – O peculato de uso não
multa. configura ilícito penal, mas tão
 Lugar compreendido na faixa somente administrativo. Todavia, o
de fronteira peculato desvio é modalidade típica.
o Detenção, de 01 a 03
anos, e multa.

Exercício Funcional Ilegalmente


Antecipado ou Prolongado
 Entrar no exercício de
função pública antes de
satisfeitas as exigências
legais, ou continuar a exercê-
la, sem autorização, depois de
saber oficialmente que foi
exonerado, removido,
substituído ou suspenso;
 Detenção, de 15 dias a 01
mês, ou multa.

Violação de Sigilo Profissional


 Revelar fato de que tem
ciência em razão do cargo
e que deva permanecer em
segredo, ou facilitar-lhe a
revelação;
 Detenção, de 06 meses a 02
anos, ou multa, se o fato não
constituir crime mais grave;
 Aplica-se inclusive ao
funcionário aposentado ou
afastado;
 Aplica-se também quando o
agente permite ou facilita o
acesso de pessoas não
autorizadas a banco de dados
da administração pública.

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