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SALVADOR
2020
AL OF PM PIMENTA (N° 05, 3° CFOPM “A”)
AL OF PM MATEUS VIEIRA (N° 13, 3°CFOPM “A”)
AL OF PM CHAVES (N° 25, 3°CFOPM “A”)
AL OF PM DOMINGUES (N° 45, 3°CFOPM “A”)
SALVADOR
2020
1-INTRODUÇÃO
2- INTERCEPÇÃO TELEFONICA
2.1-CONCEITO
2.2 -ADMISSIBILIDADE
[...]
Art. 2° [...]
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a
situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação
dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
2.3.1-SERENDIPIDADE
2.5 -PRAZOS
3- PACOTE ANTICRIME
Código Penal
I. Da Legitima Defesa
II. Da Conversão da Multa
III. Dos Limites das Penas
IV. Dos Requisitos do Livramento Condicional
V. Dos Efeitos da Condenação
VI. Das Causas Impeditivas da Prescrição
VII. Do Crime de Roubo
VIII. Do Estelionato
IX. Do Crime de Concussão
I) Da Legitima Defesa
O art. 75, CP com a redação dada pela reforma de 1984 além da manutenção
do teto de 30 anos, trazido em seu caput, trouxe também parágrafos versando sobre
a unificação de penas aplicadas de forma sucessiva e ascensão de nova
condenação durante a execução de uma pena anterior.
Em 2019 o Pacote Anticrime englobou uma nova redação do art. 75, CP.
Essa nova redação elevou o teto de cumprimento de pena privativa de liberdade de
30 anos para 40 anos. Esta elevação de teto se coaduna com o aumento de
expectativa de vida no Brasil. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
divulgou que “a expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses e 4 dias,
de 2017 para 2018, alcançando 76,3 anos. Desde 1940, já são 30,8 anos a mais que
se espera que a população viva. Este aumento de teto reverberou também, por via
de consequência, na unificação de penas, para fins de composição do quantum de
40 anos, quando há condenações sucessivas, bem como em relação à
superveniência de condenação por crime havido após o início da execução penal,
excluindo do cômputo o período de pena já cumprido.
Art.83
III – comprovado:
a) bom comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;
VIII) Do Estelionato
O estelionato sempre teve ação de natureza pública incondicionada. Isto é, a
autoridade policial deveria instaurar o inquérito policial de ofício, e o membro do
Ministério Público independia da vontade da vítima para oferecer a denúncia contra
o autor. Para melhor entendimento segue uma breve descrição acerca da temática
“incondicionada e condicionada”.
As ações penais são classificadas como condicionadas ou incondicionadas à
representação da vítima. Essa representação significa que a vítima tem que querer
que o processo ocorra, ou seja, é necessário o consentimento e requerimento da
vítima para que o processo penal inicie.
A exemplo disso têm-se os crimes de menor potencial ofensivo, tais como a
injúria, calúnia e difamação, onde a vítima ter que representar contra o ofensor para
que ele seja processado. Essa é uma ação de natureza condicionada à
representação da vítima, não basta a autoridade ter o conhecimento do fato, requer
a representação.
Já as ações de natureza incondicionada à representação, são aquelas que o
Ministério Público tem a titularidade da representação, uma vez que se tem a autoria
e a materialidade do crime, independe da representação da vítima, a ação irá
prosseguir, como exemplos temos furto, roubo, sequestro, basta que a autoridade
policial tenha conhecimento do fato.
O crime de estelionato, em regra, é de difícil elucidação. O rastreamento da
coisa subtraída geralmente é dificultado por sucessivas simulações e pelo
desconhecimento da própria vítima sobre o autor. Assim, a investigação por vezes
não era realizada a contento, geralmente pelo próprio excesso de serviço diante das
condições humanas e materiais ofertadas às polícias judiciárias estaduais.
Ciente desta situação, o legislador acrescentou o parágrafo 5º ao artigo 171
do Código Penal, tornando a ação do crime de estelionato pública condicionada à
representação (com exceções). Assim, não basta que a vítima comunique o fato
criminoso à autoridade policial, sendo agora necessário, em regra, formalizar sua
vontade de que o Estado persiga o autor de referido delito.
Diante da nova redação da Lei, houve a inclusão do parágrafo 5º:
O juiz de garantias é descrito pelo texto da lei como aquele que será responsável
pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos
individuais.
Sendo assim, uma das finalidades do acordo de não persecução penal, além
de garantir uma maior celeridade, eficiência e economia processual, tem o objetivo
de reparação do dano à vítima, ao passo que uma das condições para a propositura
do acordo é a de reparação à vítima.
Alguns requisitos precisam ser cumpridos para a propositura do acordo de
não persecução penal, tais como:
I) reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de
fazê-lo;
II) renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério
Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
III) prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços,
em local a ser indicado pelo juízo da execução;
IV) pagar prestação pecuniária, a entidade pública ou de interesse social, a
ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função
proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo
delito;
V) cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério
Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
Dessa forma, o modelo de justiça negocial é fortalecido no atual momento,
onde a justiça criminal não objetiva tão somente a punição do agente infrator, mas,
sobretudo, a reparação dos danos causados, bem como, onde os defensores
ganham espaço para se tornaram negociadores, sempre em prol dos interesses de
seus constituintes.
As medidas cautelares são aquelas que podem ser impostas ao suspeito para
evitar que ele interfira na investigação, prejudique testemunhas ou vítimas ou
mesmo fuja.
Tais medidas possuem três principais finalidades: a aplicação da lei penal;
assegurar a investigação ou a instrução criminal, pois visa proteger a investigação
ou o processo contra a atuação do acusado. E a terceira finalidade é neutralizar o
risco de prática de infrações penais. Este requisito é chamado de garantia da ordem
pública, sendo que o que se busca é evitar a reiteração criminosa. A provável
continuação da prática delitiva justifica a decretação da medida cautelar em face do
acusado, quando demonstrada concretamente.
De acordo com o pacote anticrime, o juiz não poderá mais decretar uma
medida cautelar por conta própria (de ofício), sem pedido das partes, do delegado
ou do Ministério Público. No entanto, embora o juiz não possa mais decretar a
medida cautelar de ofício, poderá substituir por outra ou revogá-la se não houver
mais motivo. Da mesma forma, poderá voltar a decretá-la se outras razões surgirem.
X) Do Recurso Extraordinário
Legislação Extravagante
I) Crimes Hediondos
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar 55 arma de fogo, acessório ou munição
de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4
(quatro) a 12 (doze) anos.
Veja a antiga redação: Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer,
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar. Vê-se que a nova redação retira a hipótese de
a arma ser proibida, inserindo-a na qualificadora recém-criada do § 2º. As condutas
equiparadas que residiam no parágrafo único passam a residir no § 1º, tendo em
vista que agora há mais de um parágrafo.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
aumentada da metade se: I - forem praticados por integrante dos órgãos e
empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou 57 II - o agente for
reincidente específico em crimes dessa natureza.
Trata-se de tipo misto ou alternativo, tendo em vista que o sujeito ativo pode
praticá-lo por mais de um núcleo do tipo: vender ou entregar. O objeto das condutas
pode ser a própria droga ou a matéria-prima, o insumo ou o produto químico
destinado à preparação de drogas. Ademais, o tipo é de conduta duplamente
vinculada, dado que a venda ou a entrega deve ser feita sem autorização ou em
desacordo com a determinação legal ou regulamentar e o destinatário deve ser
agente policial disfarçado. A nota distintiva da nova figura criminal parece ser a
passagem quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
Art. 1º(...) § 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se
a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes.
O artigo 50 da Lei de Execução Penal foi alterado, tendo sido incluída mais
uma hipótese de falta grave, consistente na insubmissão a procedimento de
identificação do perfil genético.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e,
quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o
preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da
sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características: I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; II -
recolhimento em cela individual; III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas
por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o
contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso
de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; IV -
direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de
sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com
presos do mesmo grupo criminoso; V - entrevistas sempre monitoradas,
exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o
contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial
em contrário; VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; VII -
participação em audiências judiciais preferencialmente por
videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo
ambiente do preso. § 1º O regime disciplinar diferenciado também será
aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros: I
- que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento
penal ou da sociedade; II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de
envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa,
associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave. § 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que
tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o
regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em
estabelecimento prisional federal. § 4º Na hipótese dos parágrafos
anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o
preso: I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal de origem ou da sociedade; II - mantém os vínculos
com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no
grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de
novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. § 5º
Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado
deverá contar com alta segurança interna e externa, principalmente no que
diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de
sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de
grupos rivais. § 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será
gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização
judicial, fiscalizada por agente penitenciário. § 7º Após os primeiros 6 (seis)
meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita
de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
agendamento ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos.
CONCLUSÂO
REFERÊNCIAS
BARROS, Francisco Dirceu. O arquivamento do inquérito policial pelo ministério
público após a Lei Anticrime. Disponível em:
http://genjuridico.com.br/2020/01/09/inquerito-policial-lei-anticrime/. Acesso em: 12
de abr. 2020
NUCCI, Guilherme Souza. Código Penal Comentado, São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2015