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TELEFÔNICAS E
TELEMÁTICAS
- LEI Nº 9.296/96 -
Profa. Denise Leal F. Albano Leopoldo
Lei de Interceptações Telefônicas (Lei Nº 9.296/96)
QUESTÕES PRELIMINARES:
• Proteção constitucional ao direito à privacidade e à intimidade.
• Respeito às garantias e a busca pela efetividade do processo penal.
• Devido processo penal e reserva de jurisdição.
OBS: Foi a partir da Lei do chamado pacote anticrime (Lei Nº 13.964/19) que a
gravação telefônica ou ambiental autorizada judicialmente passou a ser admitida
legalmente como meio de prova.
• Luiz Flávio Gomes lembrava que quem lê o art. 5º, II da CF/88
desavisadamente pode chegar à conclusão enganosa de que apenas a
violação das comunicações telefônicas seria relativa. Os demais sigilos (de
correspondência e das comunicações telegráficas e de dados) seriam,
consequentemente, absolutos, não se admitindo, em hipótese alguma, a
quebra. Mas, conforme entendimento amplamente cristalizado, nenhum
direito ainda que fundamental é absoluto.
STF
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de
interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a
sua realização.
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação
interceptada, será determinada a sua transcrição.
§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da
interceptação ao juiz, acompanhado de auto circunstanciado, que deverá
conter o resumo das operações realizadas.
§ 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providência do art. 8° ,
ciente o Ministério Público.
Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a
autoridade policial poderá requisitar serviços e técnicos especializados às
concessionárias de serviço público.
OBS: Consultar a Resolução Nº 738/ANATEL
ATENÇÃO! Como toda medida restritiva de direito fundamental deve ter limites, não é
possível autorizar a quebra do sigilo das comunicações por tempo indeterminado. Foi visto
que uma parte da doutrina defende que a renovação somente pode ocorrer uma única vez,
ou seja, jamais seria possível a interceptação por mais de trinta dias. Outra parte entende
diferente e afirma que não existe limite e o juiz pode autorizar quantas vezes forem
necessárias, desde que com razoabilidade e fundamentadamente. Mas, quanto ao sigilo,
pela própria natureza da medida, a interceptação telefônica transcorre sob sigilo e a defesa
terá assegurado o direito ao contraditório de forma diferida.
CRIMES
REFERÊNCIAS
• BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. São Paulo: RT, 2020.
• GOMES, Luiz Flávio & CUNHA, Rogério Sanches. Legislação Criminal
Especial. 2. ed. São Paulo, RT, 2010.
• LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Penal Especial Comentada. 4. ed.
Salvador, JusPodium, 2016.
• SMANIO, Giampaolo Pagglio & MORAES, Alexandre de. Legislação Penal
Especial. 12. ed. São Paulo, Atlas, 2012.
• TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito
Processual Penal. Salvador, Juspodium, 2016.