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1º BLOCO ...........................................................................................................................................................................................

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I. Interceptação Telefônica ........................................................................................................................................................ 2
• Natureza Jurídica das Interceptações................................................................................................................................ 2
• Requisitos Para a Interceptação Telefônica ...................................................................................................................... 3
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 4
I. Requisitos Para a Interceptação Telefônica ........................................................................................................................... 4
II. Pedido de Interceptação ........................................................................................................................................................ 4
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 6
I. Diligências .............................................................................................................................................................................. 6

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
CF ART. 5° XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
(Vide Lei nº 9.296, de 1996)
Sistemas de informática e telemática.
Art. 1° Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações
em sistemas de informática e telemática.
Ato de interceptar, interferir, intrometer, interromper em conversa alheia, colocar-se entre duas pessoas.
 É o estranho que toma conhecimento do assunto tratado entre os interlocutores.
A interceptação se efetiva pelo grampeamento.
 Interferir numa central telefônica.
Gravação Telefônica:
 Interceptação telefônica em sentido estrito.
 Gravação clandestina.
 Escuta telefônica.
 Gravação clandestina ou sub-reptícia.
• Um dos interlocutores realiza a gravação da conversa sem o conhecimento do outro. Em regra ela é
autorizada, salvo se houver cláusula de sigilo ou reserva.
 Escuta telefônica:
• Terceiro realiza a captação da conversa com anuência de um dos interlocutores.
Gravação ambiental: Leis das organizações criminosas.
 Interceptação ambiental.
 Gravação ambiental.
 Escuta ambiental.
 Interceptação Ambiental:
• Captação da conversa entre presentes, realizada por terceiro, com o desconhecimento destes.
 Gravação Ambiental:
• Registro da conversa entre presentes por um dos participantes, com desconhecimento do outro.
 Escuta Ambiental:
• Quando terceiro intercepta a conversa com conhecimento de um dos interlocutores.
• NATUREZA JURÍDICA DAS INTERCEPTAÇÕES
Natureza Cautelar (prova cautelar).
 Provas cautelares: interceptação.
 Provas não repetíveis: laudo pericial com possível perda do objeto da perícia
 Provas antecipadas: oitiva de pessoa doente – há o contraditório e ampla defesa.
 Medidas cautelares preparatórias – fase policial.
• Incidental: fase judicial.
• Inaudita altera pars.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
• REQUISITOS PARA A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
1. Ordem do juiz competente para julgamento da ação.
 Principal: cláusula.
 Reserva de jurisdição – não pode o MP, nem o delegado.
 Foro por prerrogativa de função.
• Juiz – Presidente do Tribunal.
• Governador – Presidente do STJ.
 Comissão Parlamentar de Inquérito.
 Verificação a posteriori. Nulidade.
EXERCÍCIOS
No que diz respeito à prova no âmbito do direito processual penal, julgue os itens a seguir.
1. A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, ainda que
ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação, é considerada prova ilícita.
2. A interceptação telefônica reclama
a) Instauração de inquérito policial.
b) Instauração de processo administrativo.
c) Recebimento da denúncia.
d) Competência do juiz da ação principal.
e) Justificação judicial.
Julgue o item referente a direito processual penal.
3. Considere que, no curso de uma investigação policial, tenha sido constatada, por meio de interceptação
telefônica devidamente autorizada pelo juízo de primeira instância e regularmente cumprida pela autoridade
policial, a participação de agente político com foro por prerrogativa de função junto ao Superior Tribunal de
Justiça. Nessa situação, de acordo com o sistema processual brasileiro, a incompetência absoluta enseja a
nulidade de todos os atos judiciais praticados, repercutindo a nulidade na prova até então produzida.
GABARITO
1 - ERRADO
2-D
3 - ERRADO

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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. REQUISITOS PARA A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
1. Ordem do juiz competente para julgamento da ação.
2. Indícios razoáveis de autoria ou participação em ação penal.
 Pressupõe um fato já existente.
 Não serve interceptação preventiva.
3. Infração penal seja crime punido com reclusão.
 Não cabe em infração administrativa.
 Crime: não cabe em contravenção penal.
 Reclusão: não cabe em detenção e contravenções.
• Salvo conexão.
4. Não existe outro meio de se produzir prova.
 Busca e apreensão, reconhecimento pessoal.
 Provas testemunhais.
 Único meio capaz de evidenciar a autoria e materialidade.
5. Finalidade instituir investigação policial ou processo criminal.
 Não pode para processo cível, por exemplo.
• Separação por adultério – detetives grampeando.
 Quem realiza a interceptação?
• Autoridade policial, dando ciência ao MP, que poderá acompanhar.
• Administração penitenciária.
II. PEDIDO DE INTERCEPTAÇÃO
 Autoridade policial – somente na investigação
 MP – na investigação e na instrução processual penal.
 Querelante.
 Assistente de acusação.
 De ofício? Art. 3º, caput: é possível.
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício
ou a requerimento:
I. Da autoridade policial, na investigação criminal;
II. Do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual
penal.
O pedido conterá a demonstração de que a sua realização é necessária à apuração da infração penal com a
indicação dos meios a serem empregados.
 Pedido oral? – autorização escrita.
• Concessão condicionada à sua redução a termo.
Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a
sua realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem
empregados.
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que
estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão
será condicionada à sua redução a termo.
 Prazo para decisão sobre o pedido – 24 horas.
§ 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.
 Manifestação do MP? Não é necessária.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
 Prazo para realização da diligencia.
 15 dias renovável por igual período, uma vez comprovada a necessidade – não é necessária a transcrição
total das conversas. Entendem os tribunais que os prazos podem ser renovados sucessivamente de acordo
com a complexidade da causa.
 Fundamentação da autoridade (sob pena de nulidade).
 É possível a renovação do prazo com o mesmo fundamento da primeira autorização.
EXERCÍCIOS
Julgue o item subsequente do instituto da interceptação telefônica.
1. Não se admite a interceptação telefônica quando o fato investigado constituir infração punida, no máximo, com
pena de detenção.
2. As informações e provas obtidas em interceptação telefônica relativa a outro processo não podem subsidiar
denúncia com base em crimes puníveis com pena de detenção, tendo em vista que a lei somente autoriza a
interceptação para crime punido com reclusão.
GABARITO
1 - CORRETO
2 - ERRADO

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I. DILIGÊNCIAS
 Transcrição das gravações (poderá ser perito oficial) - só transcrevem as interceptações gravadas.
 Encaminho do resultado da interceptação ao juiz.
 Acompanhado de auto circunstanciado (elemento essencial - nulidade relativa).
 Com o resumo das operações realizadas.
Poderão se contratados serviços técnicos e especializados das concessionárias de serviços públicos.
 Destruição das conversas gravadas.
 A interceptação correrá em autos apartados.
 Os autos serão apensados aos autos principais, garantindo o sigilo (decorre da lei).
• Inquérito - antes do relatório.
• Processo.
 Acesso do defensor aos autos do Inquérito Policial (Súmula vinculante 14, STF)
 Acesso amplo aos elementos de prova.
Súmula Vinculante nº 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
 Gravação que não interessa à prova.
 Será inutilizada por decisão judicial.

• Requerimento do MP ou parte interessada.


• Não pode ser inutilizada pelo delegado.
 De acordo com a Jurisprudência, não configura interceptação telefônica:
 Dados da base física do computador.
 Identificação da internet protocolo.
 Conversas da sala de bate papo.
 Comunicação da conversa entre cliente e advogado.
 São Protegidas pelo sigilo profissional.
 Poderão ser interceptadas se o advogado for o investigado.
 Quebra de sigilo telefônico
 Número de ligações registradas.
 Encontro fortuito de provas (Serendipidade)
 Caso se descubra algum novo crime ou um novo criminoso, a interceptação só será válida se o novo crime
ou o novo criminoso tiver alguma relação com o objeto da interceptação. Em relação aos demais crimes, a
interceptação valerá como notitia criminis.
 Prova emprestada
 É a utilização da interceptação em outro processo. Entende o STF que é o possível a utilização da
interceptação telefônica em processo administrativo disciplinar, ainda que a prova seja utilizada contra outros
coautores da infração disciplinar.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
 Crime (art. 10 da lei 9296/96)
 Constitui crime realiza a interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática ou quebrar
o segredo de justiça, sem autorização judicial.
 Realizar a interceptação (admite a tentativa).
 Quebrar o segredo de justiça (não precisa estar nos autos).
• Nesse segundo caso o crime próprio.
• Consumação: quando o segredo é revelado.
 Competência: Justiça Estadual.
 Impugnações contra a autorização ou negativa de interceptação
• Caso a autoridade judiciária defira a interceptação é cabível HC contra essa interceptação telefônica pelo
investigado.
• Caso a autoridade judiciária indefira o pedido de interceptação, é cabível MS contra esse indeferimento
pelo MP.
EXERCÍCIO
De acordo com a lei das interceptações telefônicas, julgue o item seguinte:
1. No conhecimento ou encontro fortuito de provas, os elementos probatórios relativos a outro crime, encontrados
casualmente à investigação de um determinado delito, durante interceptação telefônica judicialmente autorizada,
podem ser valorados quando, por exemplo, guardarem relação de conexão com o delito que justificou a medida.
GABARITO
1 - CORRETO

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.

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