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Intensivo Rede LFG

Processo Penal
Professor: Nestor Tavóra.

Aula 1
Inquérito Policial
O processo penal servirá para o estudo da persecução penal e a perseguição do
crime. A persecução penal no Brasil possui duas etapas bem delineadas. Uma
etapa prelimiar que vai ser o inquérito policial e uma etapa subsequente que vai
ser o processo criminal.
Obs: A polícia encontra disciplina no artigo 144 da CF. O primeiro braço da
polícia nada mais é do que a polícia administrativa, também conhecida como
polícia ostensiva. A políca administrativa tem um papel de prevenção. Ex: Polícia
Militar. Além da Polícia Militar temos as Policias rodoviária, Ferroviária e
Maritima.
Polícia Judiciária ou Polícia Civil; Seja ela na esfera Estadual ou Federal.
Obs: As Policias Civis é integrada por delegado de carreira, vale dizer concursados
e necessariamente bacharéis em direito. No aspecto funcional cabe a Polícia Civil o
papel de auxiliar o Judiciário e de elaborar o inquérito Policial. Lei 12.830/13.
Conceito: É um procedimento administrativo preliminar presidido pela autoridade
policial (Delegado) e tem por objetivo apurar a autoria, a materialidade (é a
própria existência do crime) e as circunstâncias da infração. E com prazo e que
tem por finalidade contribuir na formação da opinião delitiva do titular da ação.
(opinião delitiva convencimento). Conclusão: Percebe-se que o inquerito servirá
para convencer o titular da ação quanto a deflagração ou não do processo.
Advertência: Como lembra Auri Lopes Junior o Inquérito servirá ainda para
fornecer lastro indiciário na adoção de medidas cautelares ao longo da persecução
penal.
Natureza Jurídica (qual é a essência deste instituto. É o enquadramento daquele
instituto no ordenamento jurídico) do inquerito Policial.
Aula 02
Características do Inquerito Policial
2.1- Procedimento Inquisitivo. Forma de gestão do Inquérito Haverá concentração
de Poder na figura do delegado. Podemos concluir que não haverá contraditório ou
ampla defesa. Processualização dos procedimentos. Para o Professor Miguel
Calmom vamos aplicar o devido processo legal e se sua carga oxiologica aos
procedimentos investigativos admitindo assim contraditório e o exercicios da
defesa na dosagem adequada para preservação dos direitos e garantias
fundamentais. (Posição minoritária).
Obs: Vale lembrar que determinados inquéritos podem suportar contraditório e
ampla defesa como acontece com o inquerito para expulsão do estrangeiro.
É um mero procedimento informativo de caráter informativo.
2.2- O Inquerito é um procedimento discricionário.
Conceito: O delegado conduzirá a investigação adaptando o inquerito a realidade
do crime investigado.
Obs: O inquerito policial não possui rito pré concebito em lei. O ritmo da
investigação é dado pela autoridade policial.
Obs: Os requerimentos apresentados pela vitima ou pelo suspeito podem ser
indeferidos, salvo o exame de corpo de delito quando o crime deixar vestígios.
( artigo 158 do CPP).
Obs: Vale lembrar que aas requisições emanadas do MP ou do Juiz serão
necessariamente cumpridas por imposição normativa mesmo não havendo vinculo
hierárquico, ressalve-se as hipóteses de manifesta ilegalidade.
2.3- Procedimento escrito: Vai preponderar a forma documental. Os atos
produzidos oralmente será reduzido a termo.
Obs: Inovação: Atualmente as novas ferramentas tecnológicas podem ser
utilizadas para documentar o inquerito com: captação de som e imagem e até
mesmo e até mesmo a estenotipia que nada mais é do que uma técnica de resumo
de palavras por símbolos.
2.4 – Procedimento sigiloso:
Aula 03
Não lhe é aplicável a publicidade ordinária (a publicidade comum) artigo 93 IX da
CF. Cabendo ao Delegado velar pelo sigilo. Artigo 20 do CPP.
Classificação do sigilo ( Professor Fauzi Hassan)
1) Sigilo externo- É aquele aplicado aos terceiros desinteressado. Ex:
Imprensa.
2) Sigilo Interno: Seria aplicável ao integrantes ou participantes da persecução
penal. O sigilo interno é frágil porque ele não atinge o acesso aos autos. Ex;
MP, o Juiz, o advogado ou defensor. Com direito não se transige. O direito
do advogado ou do defensor não é um direito prospectivo. Eles não podem
ter acesso o que está por vir. O que eles podem ter acesso é aquilo que já foi
produzido e está devidamente documentado.
3) O direito engloba o que já foi produzido e está documentado não
contemplando as diligencias futuras.
4) Embasamento normativo: este direito está contemplado na lei federal artigo
7º XIX, EOAB, Lei organicada Defensoria Pública e Súmula vinculante 14.
Cabe mandado de segurança, reclamação constitucional e até mesmo
mandado de segurança.
5) Havendo denegação do acesso caberá mandado de segurança, Reclamação
constitucional já que temos súmula vinculante regulamentando a matéria e
segundo o STJ até mesmo Habeas Corpus.
6) Desdobramento:
7) Nas certidões de antecedentes eventualmente emitidas não constaram
eventuais inquéritos instaurados em homenagem a presunção de não
culpabilidade ( paragrafo único do artigo 20 do CPP).
8) Foco na vitima: O Juiz poderá decretar o secreto de justiça da investigação
de forma que informações não poderão ser compartilhadas com a imprensa
preservando-se a vítima na sua intimidade, vida privada e família. ( artigo
201 § 6º do CPP). A decretação do segredo não obsta o acesso do advogado
ou do defensor ao autos.
9) 2.5- Procedimento unidirecional
O inquérito é direcionado ao titular da ação que formará a sua opinião
delitiva, quanto a deflagração ou não do processo.

Procedimento temporário
O CPP e a legislação especial regulamentam a dosagem temporal da
investigação. Artigo 10 do CPP.

Processo Penal
Aula 4

Inquérito Policial
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
2.7. O INQUÉRITO É UM PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL. Em nenhuma
hipótese o delegado poderá arquivar a investigação. Não existe exceção. (Artigo 17 do
CPP).
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
O delegado não pode arquivar interna corpus.
2.8. PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
O inquérito é um procedimento dispensável.
Percebe-se que a deflagração do processo independe da previa elaboração de inquérito
policial. O membro do MP pode deflagrar o processo sem que tenha inquérito.
OBS: inquéritos não policiais são aqueles presididos por autoridades distintas da policia
judiciária.
PRINCIPAIS HIPÓTESES DE INQUÉRITO NÃO POLICIAL.
a)Inquérito Parlamentar. É aquele elaborado pelas CPI’S.
Ao chegar no MP o inquérito parlamentar será analizado em caráter de urgência. Artigo
3º da lei 10.001/2000.
b) Inquérito Militar: ele tem por objeto as infrações militares. Ele será presidido por um
oficial da respectiva instituição militar.
c) Havendo indícios que um membro do MP está envolvido em infração penal a notícia
criminis ou os autos da investigação serão remetidos a respectiva. Procuradoria Geral.
d) Membros da Magistratura: A notícia criminis ou os autos de eventual investigação
serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente para julgar o magistrado.
(Artigo 33 parágrafo único da lei completar 35/799.
e) demais autoridades com foro por prerrogativa de função.
Segundo o STF o indiciamento e a evolução da investigação pressupões autorização do
Tribunal. Onde a autoridade goza do foro por prerrogativa funcional. (STF inquérito
24/1).
f) Inquérito Ministerial ou PIC (procedimento investigativo criminal).
I-Para o STF/STJ e para doutrina majoritária o Mp poderá presidir investigação criminal
que conviverá harmonicamente com o inquérito policial. (STF HC 91.661, Helen
Gracie). Obs: desdobramentos.
II- Embasamento Normativo.
O STF utilizou a teoria dos poderes implícitos afinal se o MP detém o poder dever de
processar (artigo 129 Inc I da CF) é sinal implicitamente que poderá invstigar.
III- Principal crítica ao papel investigativo do MP.
Para Luiz Flávio Borges Durso a crítica resile na inexistência de Lei federal
regulamento a atividade investigativa do MP.
O conselho Nacional do MP editou uma resolução 13 disciplinando a matéria.
3- VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO.
3.1-Segundo Tourinho Filho o inquérito tem valor probatório relativo pois ele serve de
base para deflagração do processo e para adoção de medidas cautelares mas não se
presta sozinho a sustentar eventual condenação. (Artigo 155 CPP).
3.2- Elementos Migratório
São aqueles produzidos na fase investigativa e que podem ser valorados na futura
sentença.
Hipóteses: A) provas irrepetíveis- São aquelas de iminente prerecimento e que
dificilmente podem ser refeitas na fase processual. Ex: Vc é parado pela polícia e é
submetido a fazer o exame de aferição de ar alveolar vulgarmente conhecido como
bafômetro. O bafômetro é uma perícia se vc sobrar e ficar constatado a embriaguez e
será utilizada na fase processual. Eu não tenho como repetir esse exame em 24 horas o
organismo elimina o álcool.
B) Provas Cautelares: São justificadas pelo binômio Necessidade e urgência. Ex:
interceptação telefônica.
Advertência: Vale lembrar que na fase processual elas serão submetidas ao exercício da
defesa e ao contraditório deferido ou postergado no tempo.
C) Incidente de produção antecipada de prova
Ele é instaurado perante o Juiz e já conta com um efetivo contraditório e o exercício da
defesa, além da intervenção das futuras partes do processo.
4. Vício ou Irregularidades do Inquérito
São os defeitos ocasionados pelo descumprimento da lei ou dos princípios
constitucionais.
4.2. Consequências do inquérito estar viciado.

AULA 5
Desdobramentos: Para o STJ no Súmula 234 o promotor que investiga não é suspeito ou
impedido para atuar na fase processual.
I- Para o STJ na súmula 234 o promotor que investiga não é suspeito ou
impedido para atuar na fase processual.
II- Embasamento Normativo o STF utilizou a teoria dos poderes implícitos a
final se o M.P detém o poder dever de processar artigo 129, I da CF é sinal
implicitamente de que poderá investigar.
III- Principal crítica ao papel investigativo do MP. Para Luiz Flávio Borges
D’urse a crítica resile na inexistência de Lei Federal regulamentando a
atividade investigativa do MP.
IV- Advertência- Vale lembrar que o Conselho Nacional do MP editou a
resolução nº 13 disciplinando a matéria.
3- Valor probatório do Inquérito.
3.1- Segundo Tourinho Filho o Inquérito tem valor probatório relativo, pois ele
serve de base para deflagração do processo e para adoção de medidas cautelares mas
não se presta sozinho a sustentar eventual condenação. ( artigo 155 do CPP).
3.2- Elementos Migratórios
I- São aqueles produzidos na fase investigativa e que podem ser valorados na futura
sentença.
II- Provas Irrepetíveis: São aquela de iminente perecimento e que dificilmente pode
ser feita na fase processual. Ex: Bafômentro.
B- Provas Cautelares: São justificadas pelo binômio necessidade urgência. Ex:
Interceptação telefônica.
Advertência !!Vale lembrar que na fase processual elas serão submetidas ao
exercício da defesa e ao contraditório diferido ou postergado no tempo.
C- Incidente de Produção Antecipada de Prova: Ele é instaurado perante o Juiz e já
conta com o efetivo contraditório e o exercício da defesa, além da intervenção das
futuras partes do processo.
4- Vício ou Irregularidades do Inquérito
4.1 conceito: São os defeitos ocasionados pelo descumprimento da lei ou dos
princípios constitucionais.
4.2- Consequencias do vício.
Aula 6
Para o STF e o STJ os vícios do inquérito estão adestritos a investigação e não tem o
condão de contaminar o futuro processo.
Advertência!!De maneia excepcional retiram da incial a justa causa devemos
reconhecer que o processo deflagrado é nulo.
5- Incomunicabilidade no Inquérito Policial.
5.1- Era a possibilidade do preso no inquérito não ter contato com terceiros. Por
decisão do juiz pelo prazo de 3 dias e sem prejuízo do acesso do advogado.
5.2-Filtro constitucional. Atualmente a Constituição Federal não admite a
incomunicabilidade nem mesmo durante o estado de defesa de forma que o Artigo
21 do CPP não foi recepcionado pelo artigo 136,§ 3, Inciso IV. Da CF. Operou-se
quanto ao artigo 21 revogação tácita.
5.3- Legislação especial
Atualmente não há incomunicabilidade se quer para os presos no R.D.D ( Regime
Disciplinar Diferenciado) Artigos 52 e seguintes da lei de execuções penais.
6. Prazo
6.1- Delegado estadual
a- Preso: 10 dias para concluir o inquérito se o suspeito esta preso. 10 dias
improrrogáveis. Conclui do jeito que está e encaminha para autoridade competente.
b- como o suspeito solto tem o prazo de 30 dias prorrogáveis pelo tempo e as vezes
que autoridade delimitar pelo tempo e pelas vezes que o juiz deliberar desde que
seja provocado pelo delegado.
6.2- Delegado Federal
a- Suspeito preso: 15 dias para concluir o seu inquérito prorrogáveis uma vez só por
mais 15 dias.
b- Se o suspeito esta solto: - como o suspeito solto tem o prazo de 30 dias
prorrogáveis pelo tempo e as vezes que autoridade delimitar pelo tempo e pelas
vezes que o juiz deliberar desde que seja provocado pelo delegado.
6.3- Legislação Especial
a- Tráfico de drogas
Traficante preso: 30 dias (duplicáveis) prorrogáveis uma vez por mais 30 dias.
Se o traficante está solto o prazo é de 90 dias duplicáveis por mais 90 dias.
Advertência!!! A prorrogação na lei de tóxicos pressupões deliberação do juiz com
previa oitiva do MP.
Aula 7
Atribuição (Competência).
7.1 Conceito: é o poder especificado em lei e que delimita a margem de atuação de
determinada autoridade.
7.2- Critérios
a- Critério Territorial: Por ele a atribuição é definida pela circunscrição da
consumação da infração. Conclusão : Circunscrição é a delimitação territorial da
atuação do delegado.
b- Critério Material: Por ele teremos delegacias especializadas no combate a
determinado tipo de delito. Ex delegacias especializadas a determinado tipo de
delito. Delegacia de homicídios.
A policia Federal excepcionalmente poderá investigar crimes estaduais.
Advertência: O artigo 144 da CF autoriza a atuação da Polìcia Federal em delitos
estaduais que exigem apuração uniforme por sua repercussão interestadual ou
internacional. (Lei 10.446/2002). Nada impede que a polícia estadual continue a agir
mesmo com a atuação da polícia federal.
c) Critério Pessoal: Para Luiz Flávio Gomes a atribuição ainda poderá ser definida
em razão da figura da vítima.Ex: Delegacia da Mulher.
Procedimento da Investigação Policial.
8.1- Primeira etapa: Início.
O inquérito se inicia por uma portaria.
I-Portaria é uma peça escrita que demarca o início da investigação policial.
II-Noticia crime
É a comunicação da ocorrência da infração a autoridade que possui atribuição para
agir. É o que vulgarmente chamam de queixa.
b- Legitimidade:
b1- Destinatários – Delegado, Membro do MP: Advertência: é mais comum que ele
requisite o delegado o inquérito. Se a notícia crime já possui lastro indiciário ele
pode oferecer a denúncia de pronto. Se o membro do MP perceber que peça de
informação é fato atípico pode requer arquivamento desta peça de informação.
A notícia crime pode ser prestada ao juiz. a- o juiz estaria autorizado a requisitar a
instauração do inquérito policial. b- Abrir vista ao MP para que o promotor analise
o que é mais adequado a ser feito.
B2. Legitimados a prestar a notícia crime.
Aula 08
a) Legitimidade ativa- Noticia crime Direta (Cognição Imediata).
É aquela que eu vou atribuir a atuação das forças policiais ou a atuação da imprensa.
Advertência!!!
O que é uma notícia apócrifa ou inqualificada? Denuncia anônima!
Diante de uma denúncia anônima o delegada precisa-se acautelar. É necessário que
se afira a plausibilidade dessa notícia, a verrosilimilhança e só então vc deflagrará o
inquérito policial.
Noticia Crime Indireta ( Cognição Imediata).
É aquele prestada por pessoa estranha a polícia. Ela denuncia um fato. EX: Hipóteses
Vitima ou seu representante legal (menos de 18 anos). OBS havendo denegação haverá
recurso administrativo endereçado ao chefe de policia. Obs: Nos crimes de ação privada
e de ação pública condicionada a instauração do inquérito pressupõe manifestação de
vontade do legitimo interessado.
M.P ou Juiz é através de requisição. O delegado tem que atender a requisição salvo se
ela for manifestamente ilegal.
Qualquer do povo pode noticiar fato criminoso ela é denominada de delação. É cabível
em ação pública incondicionada.
Noticia Crime com força coercitiva: é aquela que eu extraio da prisão em flagrante
podendo ser direta ou indireta a depender de quem promove a capetura ( Artigo 301 do
CPP).
EVOLUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
Como o inquerito evolui, ganha força muscular. Ele vai evoluir por meio do
cumprimento de diligências efetivadas discricionariamente.
Obs: Os artigos 6º e 7º do CPP de forma não exaustivas apontam uma serie de
diligencias que podem ou devem ser cumpridas para melhor aparelhar o inquerito
destacando-se as seguintes:
a) A reprodução simulada do fato (reconstituição do crime). O suspeito não esta
obrigado a participar a constituição e o pacto de são josé da costa rica tem
previsão legal. Não haverá reprodução simulada que ofenda a moralidade e a
ordem pública.
b) Identificação criminal (Lei 12.037) Fotografia e impressão digital e colheita de
material biológico para realização de exame de DNA. Não pode ser invasivo.
Tem que se descartável. Ex: fronha, fio de cabelo etc.
Aula 09
Encerramento da Investigação
O inquerito policial vai se encerrar por meio da elaboração do relatório.

Conceito: é a peça iminentemente descritiva que aponta as diligências realizadas


e justifica as que não foram feitas por algum motivo especifico.
Desdobramento procedimental
Concluído os autos do inquérito policial os autos serão remetidos ao Juiz (Artigo
23 CPP). É necessário consignar que o destinatário do inquérito é o titular da
ação. (MP) é aquele que exercer o direito de processar.
Recebidos os autos do inquerito policial para ao juiz ele abre vista ao MP.
Recebidos os autos pelo MP ele pode entender que existem indícios de autoria,
materialidade ou das circunstâncias da infração. Cabendo a ele oferecer
denuncia
Na expectativa da deflação do processo.
Ele pode perceber que não existem indícios de autorias e materialidade ele pode
concluir que há esperança de que eles sejam rapidamente colhidos. Cabe a ele
requisitar novas diligencias que sejam imprescindíveis a deflagração do
processo. Art. 16 do C.PP.
Situação prisional. Se o agente estava preso, a prisão deve ser relaxada por
ausência de justa causa.
O membro do MP pode analisar os autos do inquerito e concluir que não há
viabilidade para deflagrar o processo. Cabendo a ele requer o arquivamento. Se
o membro do MP requerer o arquivamento ele vai protocolizar esse
requerimento perante o juiz. O Juiz pode concordar e homologar o pedido de
arquivamento. Quem arquiva os autos do Inquerito é o juiz com requerimento do
juiz. Percebe-se que o arquivamento é feito pelo Juiz, pressupondo requerimento
do MP, o que o caracteriza como um ato complexo.
O Juiz pode discordar do pedido de arquivamento cabe a ele invocar o Art.28
CPP e remeter os autos ao procurador geral.
O procurador Geral poderá oferecer denúncia como primeira alternativa. A
segunda alternativa é designar outro membro do MP para denunciar. E o
membro do MP está obrigado a atuar? Primeira corrente para Romulo Moreira
esse membro do MP não está obrigado a atuar. Para Tourinho Filho o membro
designado está obrigado atuar por delegação do procurador geral estando
obrigado a atuar. O procurador poderá insistir no arquivamento e o juiz esta
obrigado a atuar.
Aula 10
O MP pode declinar do feito por entender que não tem atribuição para agir. Ex:
competência do MP Federal. Ele deve requer a remessa dos autos para uma outra
esfera jurisdicional. Se requerimento é feito ao Juiz. A primeira alternativa o juiz
pode concordar e o juiz defere a remessa para outra esfera.
Segunda alternativa o Juiz pode discordar do requerimento de remessa. O juiz
deve invocar o artigo 28 do CPP e remeter para o Procurador Geral. Este
fenômeno é chamado de arquivamento indireto.
Advertência 1: Esfera Federal
Quando o juiz federal invoca o artigo 28 do CPP os autos serão remetidos para
câmara de coordenação e revisão do MPF, que atua por delegação do procurador
geral da república.
Advertência 2: Súmula 524 do STF verso artigo 18 do CPP.
O arquivamento do inquérito de regra não é apto a imutabilidade pela coisa
julgada material, tanto que, se surgirem novas provas enquanto não extinta a
punibilidade, o MP terá aptidão para oferecer denúncia.
Percebe-se que o arquivamento seguira a clausula Rebus SIC Stantibus a
clausula como as coisas estão.
Por sua vez o artigo 18 do CPP autoriza que a polícia cumpra diligencias na
expectativa de angariar novas provas que viabilizem a deflagração do processo.
Vale lembrar que cabe ao MP como titular da ação patrocinar o desarquivamento
dos autos do inquerito.
Advertência: Definitividade do arquivamento.
Para o STF o arquivamento é apto a imutabilidade pela coisa julgada matéria
quando pautado na certeza da atipicidade do fato, não cabendo denuncia nem
mesmo pelo surgimento de novas provas. Obs: Segundo a doutrina o mesmo
ocorrerá se o fundamento é a extinção da punibilidade.
Obs 2: Se o juiz homologa amparado na certeza da atipicidade, desta decisão
caberá apelação.
Aula 11
Advertência 4: Arquivamento Implícito.

Segundo Afrânio Silva Jardim deveremos aplicar as penas do arquivamento


expresso para regulamentar as omissões do MP quanto a eventuais infratores
(Arquivamento implícito subjetivo) ou quanto a eventuais infrações
(arquivamento implícito objetivo) que foram apuradas no inquérito mas não
foram comtempladas na inicial acusatória.
Conclusão: Neste caso deve o juiz ao perceber a omissão invocar o artigo 28 do
CPP remetendo os autos ao procurador geral. Em acréscimo caso o MP adite a
inicial para incluir incidentalmente os elementos faltantes, este aditamento deve
estar lastreado por provas novas.
Conclusão 2: O arquivamento implícito não tem ressonância nos Tribunais
Superiores.
Advertência: TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).
De acordo com o artigo 69 da lei 9.009/95 ele caracteriza a investigação
simplificada para apurar as infrações de menor potencial ofensivo. Quais sejam
os crimes com pena máxima de até dois anos e as contravenções penais
OBS: Atualmente existe forte defesa pelo permissivo da elaboração do TCO
pela polícia militar e até mesmo pela secretária do juizado especial.
Advertência: Indiciamento- de acordo com o § 6º artigo 2º da lei 11.830/2013 o
indiciamento é ato privativo do delegado exigindo a adequada motivação e a
constatação dos indícios de autoria da materialidade e das circunstâncias do
crime.
Obs: Atualmente o artigo 15 do CPP está tacitamente revogado já que as
poessoas com 18 anos completos são absolutamente capazes, não mais havendo
a figura do curador.
Termo circunstanciado ou Termo Circunstanciado de Ocorrência
É o procedimento informal adotado para noticiar a pratica de uma infração de
menor potencial ofensivo. Ela é endereçada ao juizado especial criminal contem
objetivamente as narrações dos fatos, dos envolvidos, eventuais testemunhas e
circunstâncias que se deram tais fatos. Tem menor rigor formal.

Fazer a leitura da lei seca

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