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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A fase preliminar da Lei 9.099/95: composição civil e transação penal��������������������������������������������������������2
Fase Preliminar������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Audiência Preliminar���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Composição Civil dos Danos�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Transação penal�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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A fase preliminar da Lei 9.099/95: com-

posição civil e transação penal
Fase Preliminar
A fase preliminar se inicia com o envio pela autoridade policial (Delegado de Polícia) do termo
circunstanciado de ocorrência, não havendo necessidade do inquérito policial.
O termo circunstanciado de ocorrência (TC) é um breve relato sobre os fatos e a identificação
das partes. Vale ressaltar que junto com o termo circunstanciado deverá a autoridade enviar o
autor dos fatos e a vítima ao JECRIM; não sendo possível, admite-se que o autor do fato preste o
compromisso de comparecer.
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e,
se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da
composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.

A prisão em flagrante é possível nas IMPO, contudo não se lavra o auto de prisão em flagrante,
o indivíduo se livra solta . Nos casos de o autor não poder comparecer, mas assumir o compromisso,
a ele não poderá ser imposta nem a prisão em flagrante e nem se exige uma fiança, a palavra o autor
substitui qualquer medida cautelar.
Contudo, em se tratando de violência doméstica, o juiz poderá, cautelarmente, determinar o
afastamento do lar, domicílio ou local da convivência com a vítima, desde que não se aplique a Lei
Maria da Penha. E, ainda, havendo descumprimento da medida imposta, esta poderá ser substituída
pela prisão preventiva.
Audiência Preliminar
A audiência poderá ocorrer de forma imediata ou, se não for possível, autor e vítima já saem dali
com data já designada, considerando ambos como citados.

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Se qualquer das partes faltar à audiência, será intimada. E, ainda, será exigida a presença do Re-
presentante do Ministério Público, o autor do fato e seu defensor e da vítima ou seu representante
legal, e de seu procurador.

Composição Civil dos Danos

A composição é uma proposta de acordo entre as partes, estando ambas as partes acompanhadas
de seus advogados. Poderá ser realizada tanto pelo juiz togado quanto pelo conciliador.
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação.
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferente-
mente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal.
Na audiência preliminar, as partes serão informadas sobre as propostas de conciliação, incluindo a
possibilidade da composição dos danos e de cumprimento imediato da pena não privativa de liberdade.
Se as partes chegarem a um acordo nessa fase de conciliação, será então discutida a reparação dos
danos por parte do autor do fato. Essa reparação terá natureza indenizatória civil.
A composição de danos será feita por escrito e homologada pelo magistrado, assumindo a eficácia
de um título executivo de natureza civil, de forma que se o autor não efetuar o pagamento, a vítima
poderá executá-lo no juízo civil.

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Quando o crime for de ação penal pública condicionada à representação, o ofendido, ou seu re-
presentante legal, será intimado para que ofereça no prazo decadencial de seis meses a partir do
conhecimento da autoria.
A conciliação pode restar negativa, ou seja, não ser realizada, seja ela porque as partes não
entraram num acordo ou porque não havia vítima determinada (o que ocorre nos crimes contra
uma coletividade, como nos crimes contra a saúde pública). Contudo, se não houve acordo entre as
partes, abre-se oportunidade de representação verbal se de ação pública incondicionada, respeitado
o prazo decadencial para sua representação.

Transação penal
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo
caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
Não havendo a conciliação, poderá o Ministério Público oferecer uma proposta ao infrator, de
cumprimento de pena não privativa de liberdade ou de multa. A transação penal é uma proposta de
iniciativa do Ministério Público, e não do magistrado.

Existem algumas hipóteses em que a transação não poderá ser oferecida, são elas:
I – ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II – ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste
artigo;
III – não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária
e suficiente a adoção da medida.

Importante: Se O Autor Fizer A Transação Penal, Ele Poderá Apelar Contra O Acordo.
Proposta a transação, o juiz poderá homologar o acordo e, em caso de aplicação de multa, tem a
prerrogativa de diminui-la até a metade.

A Súmula Vinculante 35 diz que a homologação do juiz na transação penal não faz coisa julgada
material, de modo que não impedirá a propositura da ação penal. Assim, se o autor do fato descum-
prir o acordo, poderá o MP propor a ação penal, a qual pode ser recebida e levada até a condenação
do indivíduo.
Súmula Vinculante 35: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz
coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao
Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição
de inquérito policial.
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Exercícios
01. Nos Juizados Especiais Criminais, a composição civil dos danos causados por infrações penais
terá a eficácia de título executivo judicial a ser executado no próprio juizado especial criminal.
Certo ( ) Errado ( )
02. Com relação aos Juizados Especiais Criminais, às nulidades, aos recursos no processo penal
e à execução penal, julgue o item a seguir. Diferentemente da suspensão condicional do
processo, a homologação da transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais faz
coisa julgada material, de forma que o descumprimento das cláusulas do acordo não permite a
continuidade da persecução penal.
Certo ( ) Errado ( )
03. A existência de ação penal, em andamento, contra o acusado não pode ser considerada indica-
dora de maus antecedentes, mas obsta a transação penal.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Errado

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