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Profª. Priscila Silveira


DIREITO PENAL E
PROCESSUAL PENAL

Profª. Priscila Silveira


Princípios Básicos
Reserva Legal ou Estrita Legalidade
– art. 5º, XXXIX, CRFB c.c art. 1º CP.

Insignificância ou Bagatela

Princípios
Anterioridade – art. 5º, XXXIX,
CRFB c.c art. 1º CP.

Individualização da Pena – art. 5º,


XLVI, CRFB.

Ne bis in idem
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Princípios Básicos

Adequação Social

Intervenção Mínima

Ofensividade ou lesividade
Princípios

Humanidade

Responsabilidade pessoal

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Lei Penal no Tempo

Lei mais severa (lex Lei mais benéfica (lex Lei intermitente
gravior) - 5º, XL e XXXIX mitior) • Possuem ultra-
da CF; art. 1º do CP e; • Extra-atividade atividade (art. 3º do
art. 9º da CADH (retroatividade e CP)
• Princípio da atividade ultra-atividade) • Espécies:
(irretroatividade e não • Modalidades: excepcional e
ultra-atividade) abolitio criminis e temporária
• Novatio legis novatio legis in
incriminadora e mellius
novatio legis in pejus
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Tempo e Lugar do crime
.

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Territorialidade

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Lei Penal no Espaço

incondicionada Art. 7º, I, §1º, CP.

Extraterritorialida
condicionada Art. 7º, II, §2º, CP.
de

hipercondicionada Art. 7º, §3º, CP.

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Conceito de crime e seus
elementos Conduta
Fato Típico Resultado

Nexo Causal
Tipicidade

CRIME Ilícito Excludentes de ilicitude

Imputabilidade*

Potencial Consciência
Culpabilidade de Ilicitude

Exigibilidade de
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Profª. Priscila Silveira conduta diversa
Nexo de Causalidade
Preexistente Rompem o nexo causal
Absolutamente em relação ao resultado e
Concomitante
Independentes o agente só responde
Superveniente pelos atos praticados.
Causas
Preexistente O agente responde pelo
Relativamente resultado naturalístico
Independentes Concomitante
(CP, art. 13, caput).
Superveniente
Que não
produziram por
Rompem o nexo causal em
si só o resultado.
relação ao resultado e o
Que produziram agente só responde pelos atos
por si sós o até então praticados (CP, art.
resultado. 13, §1º).
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Tentativa

Início da Execução: a tentativa só é punível a partir do


momento em que ação entra na fase de execução.

ELEMENTOS Não consumar o crime por circunstância alheia à


vontade do agente.

Dolo em relação ao crime (total).

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Diferenciação
Desistência Arrependimento
Tentativa
Voluntária Eficaz
Art. 15, 1ª parte, Art. 15, 2ª parte,
Previsão Legal Art. 14, II, CP
CP CP
Início da O agente, depois
O agente
execução, o de esgotados os
abandona o intento
Momento agente quer atos executórios,
antes de esgotar os
prosseguir, mas abandona o
atos executórios.
não pode intento.

Fórmula de Frank
“Posso prosseguir, mas não quero” = Desistência Voluntária.
“Quero prosseguir, mas não posso” = Crime Tentado.
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Diferenciação
Desistência Arrependimento
Tentativa
Voluntária Eficaz

Não é consumado Não é consumado Não é consumado


por circunstâncias por circunstâncias por circunstâncias
Consumação
alheias à vontade inerentes à inerentes à vontade
do agente vontade do agente do agente

Regra é a
diminuição de 1/3 a O agente responde O agente responde
Consequência
2/3 pelos atos até pelos atos até
Jurídica
da pena do crime então praticados então praticados
consumado
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Excludente de Ilicitude
✓ Estado de necessidade;
✓ Legítima defesa;
GENÉRICA ✓ Estrito cumprimento do dever legal;
✓ Exercício regular do direito.
Previsto na parte especial do Código e não só,
mas única e exclusivamente em crimes que
estejam descritos expressamente, por exemplo:
ILICITUDE ✓ Aborto – art. 128, CP;
✓ Injúria e Difamação – art. 142, CP;
✓ Constrangimento Ilegal – art. 146, §3º, I e II,
CP;
✓ Violação de Domicílio – art. 150, §3º, I e II CP;
ESPECÍFICA ✓ Furto de Coisa Comum – art. 156, §2º, CP;
✓ Serviço postal abrir conteúdo suspeito –art. 10
da Lei n. 6.538/78;
✓ Legítima Defesa no Esbulho – art. 1210, §1º,
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Profª. Priscila Silveira CC;
Culpabilidade
• Menor de 18 anos;
• Doença mental/
Desenvolvimento mental
IMPUTABILIDADE retardado/incompleto;
• Embriaguez acidental
ELEMENTO completa.
S
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA • Erro de proibição
ILICITUDE inevitável/
escusável/invencível.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA • Coação moral irresistível
DIVERSA • Obediência hierárquica à
ordem não manifestamente
Revisão de véspera Politec AP ilegal.
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Concurso de Pessoas

Pluralidade de agentes e de condutas

Relevância causal das condutas


Requisitos

Liame subjetivo entre os agentes

Identidade de infração penal

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Espécies – Art. 32, CP
Reclusão
Privativas de
Detenção
liberdade
Prisão simples
Penas
Restritivas de
Art. 43, CP
Sanção penal

direito
Multa

Detentiva
Medidas de
segurança
Restritiva
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Aplicação da Pena
Sistema Trifásico

1ª FASE 2ª FASE 3ª FASE


Fixar a pena- Fixar a pena intermediária, Fixar a pena
base atentando- considerando as definitiva,
se para as agravantes (arts. 61 e 62 aplicando as causas
circunstâncias do CP) e atenuantes (arts. de aumento e
judiciais (art. 59 65 e 66 do CP). diminuição de
do CP). pena

STJ, Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e


ações penais em curso para agravar a pena-base.

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Concurso de Crimes

MATERIAL FORMAL CONTINUADO

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Lesão Corporal – Art. 129, CP
Leve (caput)

Grave (§1º)
Dolosa
Gravíssima (§2º)

Resultado morte (§3º) Conduta culposa


Lesão
corporal Causa de aumento
(§7º)

Perdão judicial (§8º)

Culposa (§6º) Causa de Aumento


VDMF (§9º)
(§§10, 11 e 12)
Lesão praticada por
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razões do sexo
Profª. Priscila Silveira feminino (§13)
Furto - Art. 155, CP
Simples (caput)

Majorado (§1º)

Privilegiado(§ Pequeno
2º) valor
Estrutura §4º - 2 a 8 e §4º-A - 4 a 10 e
NP multa multa
Meios de
explicativa Execução
(§3º)

§4º-B – 4 a 8 §4º-C – Aumento


anos de pena
Qualificado Resultado
3 a 8 anos
Posterior (§5º)
Semovente (§6º) 2 a 5 anos
substâncias
Revisão de véspera Politec AP explosivas ou de 4 a 10 e multa
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acessórios (§7º)
Roubo - Art. 157, CP Próprio
(caput)
Simples
Impróprio
(§1º)
Aumenta-se
Majorantes(§2º
1/3 até
)
metade
Roubo Majorante(2º- Aumenta-se
A) 2/3
Majorante (2º- Aplica-se o
B) dobro
Inciso I – lesão
corporal grave
Qualificado e gravíssima
(§3º) Inciso II –
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latrocínio. Crime
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hediondo.
Estelionato – Art. 171, CP
Simples (caput)

Conforme art.
Privilegiado (§1º) 155, §2º
Figuras Equiparadas
(§2º)

Fraude Eletrônica Pena – reclusão


Estelionato (§2º-A) 4 a 8 anos

Fraude Eletrônica Aumenta-se 1/3


Majorada (§2º-B) a 2/3
Ação Penal
condicionada à Fraude Eletrônica
Aumenta-se 1/3
representação (§5º) Majorada (§2º-B)

Estelionato contra Aumenta-se 1/3


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Profª. Priscila Silveira idoso /vulnerável (§4º) ao dobro
Peculato – Art. 312, CP
Peculato-
apropriação
1.Tipo fundamental
(1ª parte)
(art. 312, caput) Peculato-desvio
(2ª parte)

Tipos de Peculato

2. Peculato-furto (§1º)

3. Peculato culposo
(§2)
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Concussão – ART. 316, CP
❑ Concussão x Corrupção Passiva
Obter vantagem
indevida
CONCUSSÃO

Exigir

Obter vantagem
indevida
CORRUPÇÃO
PASSIVA
Solicitar, receber ou
aceitar promessa
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Inquérito Policial
Formas de
Início

Ação Penal Ação Penal


Privada Pública
Incondicionada
Condicionada
Requerimento de
De ofício
quem tem a Representação da
qualidade de vítima / Requisição do Juiz ou
intentá-la representante ou MP
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Profª. Priscila Silveira Requisição do MJ Requerimento do
Inquérito Policial - Encerramento
o IP
Prazo para Preso 10 dias
Conclusão
(Art. 10, CPP) Solto 30 dias
❑ Outros Prazos:
Crime Federal: réu preso 15 dias; réu solto 30 dias prorrogáveis
Lei de Drogas: réu preso 30 dias (podendo ser duplicado); réu solto 90 dias
(podendo ser duplicado);
Crime Militar: réu preso 20 dias; réu solto 40 dias + 20;
Crime contra a economia popular: réu preso 10 dias; réu solto 10 dias.
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Do Reconhecimento de Coisas e
Pessoas
❑ Arts. 226 a 228, CPP

❖ CONCEITO: “É o ato pelo qual uma pessoa admite e afirma como


certa a identidade de outra ou a qualidade de uma coisa”
(NUCCI).

Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento


de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:

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Il - a pessoa, cujo
reconhecimento se pretender,
I - a pessoa que tiver de
será colocada, se possível, ao
fazer o reconhecimento será
lado de outras que com ela
convidada a descrever a
tiverem qualquer semelhança,
pessoa que deva ser
convidando-se quem tiver de
reconhecida;
fazer o reconhecimento a
apontá-la;
III - se houver razão para recear IV - do ato de
que a pessoa chamada para o reconhecimento lavrar-se-á
reconhecimento, por efeito de auto pormenorizado,
intimidação ou outra influência, subscrito pela autoridade,
não diga a verdade em face da pela pessoa chamada para
pessoa que deve ser reconhecida, proceder ao reconhecimento
a autoridade providenciará para e por duas testemunhas
que esta não veja aquela;
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Profª. Priscila Silveira presenciais.
Da Acareação
❑ Arts. 229 a 230, CPP

❖ CONCEITO: “É o ato processual em que se colocam frente a


frente duas ou mais pessoas que fizeram declarações divergentes
sobre o mesmo fato.”

Pode ocorrer durante o inquérito policial e o processo.

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Da Acareação
➢ Poderá haver acareação:

Acusado Acusado
Acusado Testemunha
Acusado Ofendido
Testemunha Testemunha
Ofendido Ofendido
Ofendido Testemunha

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DA BUSCA E APREENSÃO (art. 240 A
250, CPP)
❑ Conceito: medida de natureza eminentemente cautelar, para
acautelamento de material probatório, de coisa, de animais, e até
de pessoas, que não estejam ao alcance espontâneo da Justiça
(PACELLI).
Busca

Pessoal Domiciliar

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DA BUSCA E APREENSÃO
Busca domiciliar: aquela realizada em residência, bem como em qualquer
compartimento habitado, ou aposento ocupado de habitação coletiva ou
em compartimento não aberto ao público, no qual alguém exerce
profissão ou atividade – art. 246, CPP. Esses locais são protegidos
constitucionalmente pela inviolabilidade do domicílio. Portanto, para que
haja a execução da medida é indispensável:
▪ - ordem judicial escrita e fundamentada;
▪ - indicação precisa do local, motivos e da finalidade da medida;
▪ - cumprimento da diligência durante o dia, salvo se consentida à noite
pelo morador;

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DA BUSCA E APREENSÃO
➢ - o uso de força e o arrombamento somente serão possíveis em
caso de desobediência ou em caso de ausência do morador ou de
qualquer pessoa no local.
➢ - Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do
mandado de busca.
➢ - Não será permitida a apreensão de documento em poder do
defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo
de delito.
➢ - Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar
pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da
expedição de mandado.
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DA BUSCA E APREENSÃO
- Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:

a) prender criminosos;

b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;

c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou


contrafeitos;

d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a


fim delituoso;

e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;

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DA BUSCA E APREENSÃO
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;

g) apreender pessoas vítimas de crimes;

h) colher qualquer elemento de convicção.

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DA BUSCA E APREENSÃO
❖ Busca pessoal: independerá de mandado, no caso de prisão ou
quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse
de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de
delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar.
Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de
que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas
letras b a f e letra h do parágrafo 1º do art. 240, CPP.
Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da
diligência serão comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o
A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
requerer.
retardamento ou prejuízo da diligência.
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Obrigada!!

@profpriscilasilveira

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