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1.1.3. RESULTADO
Conduta
Resultado
Nexo causal
Tipicidade
Dolo/culpa
Previsão legal:
-
RESULTADO NATURALÍSTICO RESULTADO JURÍDICO
Presente nos crimes materiais, mas não Presente nos crimes materiais, nos
nos crimes formais (independem de formais e nos de mera conduta.
resultado naturalísticos) e nos de mera
conduta (inexiste resultado
naturalísticos).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Nem todo delito gera resultado naturalístico, a exemplo dos crimes de mera
conduta. Ex.: ingresso em domicílio alheio.
De acordo com o resultado naturalístico, as infrações classificam-se em
materiais (exigem o advento de resultado naturalístico para consumação), formais
(consumam-se com a prática de conduta, mas comportam resultado naturalístico,
embora este seja dispensável) e de mera conduta (consumam-se com a prática de
conduta, não comportando resultado naturalístico).
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Fato típico Antijurídico Culpável
Conduta
Resultado
Nexo causal
Tipicidade -
1.1.4.1. Conceito
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, 123
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Para esta teoria, atribuída a Von Buri, considera-se causa todo o fato sem o qual
não teria ocorrido o resultado. Assim, pela redação do CP, causa é todo e qualquer fator
-
que exerça influência no resultado produzido. A teoria não estabelece níveis de
importância entre os antecedentes causais.
Então, pergunta-se: como saber se o fato foi ou não determinante para a
ocorrência do resultado?
Devemos nos utilizar do método da eliminação hipotética dos antecedentes
causais de Thyrén: exclui-se, mentalmente, determinado evento. Se o resultado não
tivesse ocorrido da mesma forma, é porque ele faz parte do nexo causal e, portanto, é
sua causa. De maneira oposta, se no campo mental da suposição, mesmo com a
supressão mental do fato, o resultado tivesse ocorrido da mesma forma, ele não será
considerado como sua causa.
Da conjugação da teoria da equivalência dos antecedentes causais com a teoria
da eliminação hipotética chega-se à causalidade objetiva ou efetiva do resultado (mera
relação entre causa e efeito).
A crítica que se faz a essa teoria é que se permite o regresso ao infinito. Ex.: Os
pais de um homicida ingressam no nexo causal, porque, sem eles, o autor do crime não
teria nascido e o resultado não teria ocorrido.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Esta teoria, desenvolvida por Von Kries, estuda o nexo causal de maneira
jurídica (ou não naturalística). Considera-se causa a pessoa, fato, ou circunstância que,
além de praticar um antecedente indispensável à produção do resultado, realize uma
atividade adequada à sua concretização.
Antecedente causal é somente aquilo que for necessário e adequado a causar
o resultado, conforme o bom senso e a razoabilidade (alguns adotam o critério da
probabilidade ou da previsibilidade).
Ganhou notoriedade a partir dos anos 1970, pelas mãos de Claus Roxin. Para
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essa teoria, a existência do nexo causal depende, além da relação física de causa e efeito
(nexo físico), do nexo normativo.
A rigor, a imputação objetiva chega a extrapolar o âmbito do nexo causal,
servindo como estrutura do funcionalismo no tocante à delimitação do fato típico e
atribuição de responsabilidade.
-
A imputação objetiva requer a criação ou incremento de um risco
juridicamente intolerável e não permitido ao bem jurídico tutelado, além da
concretização desse perigo em resultado típico, devendo estar o resultado dentro do
alcance do tipo.
Ou seja, para imputação do resultado, é preciso: 1º) criação ou incremento de
um risco juridicamente intolerável e não permitido (proibido) ao bem jurídico tutelado.
2º) concretização desse perigo em resultado típico. 3º) resultado dentro do alcance do
tipo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
prudente no momento da prática da ação, a prognose não deixa de ser realizada pelo
juiz, ou seja, depois da prática do fato”.
-
Agente ingressa em residência e efetua disparo contra a vítima.
Porém, ela já havia sido envenenada e acaba falecendo por conta do
Preexistente envenenamento.
O agente que efetuou o disparo responde por homicídio tentado
(mesmo que não tivesse atirado, a vítima morreria envenenada).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
No Brasil:
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Natureza jurídica da omissão (art. 13) Mista/eclética
-
1.1.4.4.2. Omissão nos crimes omissivos próprios
1.1.4.4.3. Omissão nos crimes omissivos impróprios (ou comissivos por omissão)
Relevância da omissão
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
1.1.5. TIPICIDADE
Conduta
Resultado
Nexo causal
Tipicidade
1.1.5.1. Conceito
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Formal (legal) – Subsunção do fato praticado ao tipo penal. Ex.: Paulo subtraiu,
para si, objeto de Pedro. O fato se amolda ao tipo penal do furto. Na tipicidade formal
não se fala em princípio da insignificância.
Material – Não basta à subsunção do fato ao tipo penal, abrangendo também
a efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado, ou seja, deve-se valorar a
conduta e o resultado. Ex.: Se o objeto que Paulo subtraiu de Pedro foi uma folha de
papel, embora formalmente seja uma conduta típica, materialmente não é. Fala-se no
princípio da insignificância.
Para Eugênio Raul Zaffaroni, o juízo de tipicidade deve ser analisado a partir do
sistema normativo considerado em sua globalidade.
A tipicidade abrange a tipicidade formal e a tipicidade conglobante, que é
composta pela tipicidade material (elemento implícito) e pela antinormatividade
(conduta não permitida ou não fomentada pelas leis de um ordenamento jurídico
considerado como um todo). Logo, para esta teoria, quem age em estrito cumprimento
do dever legal ou em exercício regular de direito não pratica um fato típico. Estas são 129
causas de exclusão da tipicidade penal.
Tipicidade
material
Antinormatividade
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Tipo penal não se confunde com tipicidade penal. O tipo penal é a descrição
legal e abstrata de uma conduta. Resulta da atividade imaginativa do Poder Legislativo,
-
podendo ser composto de elementos objetivos e subjetivos. O tipo penal pode ser
incriminador ou permissivo.
Para além da descrição de uma conduta proibida, o tipo penal exerce algumas
funções:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Título ou rubrica (nomen juris) – É o nome dado pelo legislador à figura penal.
Ex.: homicídio, roubo, estupro. 132
Preceito primário – Descrição da conduta proibida nos tipos penais
incriminadores. Ex. “matar alguém”; ou das condutas permitidas nos tipos penais
permissivos. Ex. legítima defesa, estado de necessidade, aborto necessário, etc.
Preceito secundário – Descrição da sanção.
Exemplo: -
Rubrica/título Furto
Preceito secundário
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
(descrição da sanção)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Tipo simples é o que possui uma única conduta punível (1 verbo). Ex.: “matar
alguém” (art. 121), “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel” (art. 155) etc.
Tipo misto é o que possui mais de uma conduta punível (mais de 1 verbo). Ex.:
“adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
ou oculte” (art. 180). São os crimes de ação múltipla ou conteúdo variado.
O tipo misto pode ser:
O tipo pode ser alternativo e cumulativo ao mesmo tempo. Exemplo: CP, art.
242 – Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar
recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil.
Cumulativo Alternativo
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dar parto alheio como próprio;
-
1.1.6.4.2. Tipo básico e tipo derivado
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.1.7.1. Dolo
-
Dolo direto (determinado ou imediato) - É a vontade dirigida especificamente
à produção do resultado típico (o dolo direto se subdivide em: dolo direto de primeiro
grau e dolo direto de segundo grau).
Dolo indireto (indeterminado) - Divide-se em dolo eventual e dolo alternativo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
A brangência
O dolo deve envolver TODOS os elementos objetivos do tipo. Se deixar de
abranger algum elemento, poderá surgir o denominado erro de tipo. Afasta-se o
dolo, podendo o agente responder a título de culpa, se o crime comportar a
modalidade culposa.
A Tualidade
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
O dolo deve estar presente no momento da conduta. Não existe dolo antecedente
nem subsequente à conduta.
Ex.: sujeito, por imprudência, atropela um pedestre. Ao descer do veículo, verifica
que a vítima era seu inimigo capital. O crime culposo não se transformará em
doloso.
-
Dolo genérico – o agente deseja praticar a conduta descrita no tipo, sem uma
finalidade específica. Ex.: matar alguém.
Dolo específico – o agente deseja praticar a conduta visando a uma finalidade
específica, que é elementar do tipo penal. Ex.: art. 159.
Na verdade, trata-se de uma linguagem causalista e desatualizada. No
finalismo, fala-se apenas em elemento subjetivo do tipo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
(efeitos colaterais). Ex.: traficante coloca bomba em avião para matar seu inimigo,
sabendo que, na explosão, o piloto e os passageiros também morrerão.
Diferencia-se do dolo eventual porque, neste, o agente apenas assume o risco
de produzir o resultado (ex.: atira contra o motorista do ônibus, assumindo o risco de
ocorrer um acidente e morrerem passageiros). No dolo de 2º grau o agente sabe que o
resultado ocorrerá (ex.: explode o ônibus para matar o motorista, sabendo que os
passageiros também vão morrer na explosão). O dolo de 2º grau é considerado uma
espécie de dolo direto.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.1.7.2. Culpa
O crime culposo, previsto no art. 18, II, do CP, consiste numa conduta voluntária
que realiza evento ilícito não pretendido ou não aceito pelo agente, mas que lhe era
previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que
poderia ter sido evitado se o agente empregasse a cautela esperada.
De acordo com a maioria da doutrina a culpa deve ser tratada como elemento
normativo da conduta, inserida no fato típico. A punição pelo crime culposo
fundamenta-se na violação da inobservância do dever objetivo de cuidado.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
OBSERVAÇÃO: No dolo eventual, o agente prevê o resultado, mas não se importa que
ele venha a acontecer. O agente assume o risco do resultado, que lhe é indiferente.
(num linguajar simples: “Dane-se”)
Na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, espera sinceramente
que ele não ocorra. Acredita que sua habilidade fará que o resultado previsto não
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ocorra. (num linguajar simples: “Danou-se”)
OBSERVAÇÃO: De acordo com o entendimento majoritário do STJ o racha é conduta
animada pelo dolo eventual; quanto ao homicídio culposo cometido por motorista
embriagado, há polêmica: também há certa tendência na doutrina em se estabelecer
o dolo eventual, mas para os Tribunais Superiores, majoritariamente, o crime é
-
culposo (animado pela culpa consciente).
OBSERVAÇÃO: a culpa própria é gênero cujas espécies são culpa consciente e culpa
inconsciente.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Predomina que não existem graus de culpa. Contudo, é possível usar a maior
ou menor desatenção, além de outros elementos do caso concreto, na dosimetria da 142
pena.
Não existe em Direito Penal. Cada agente responde de acordo com sua própria
-
culpa no fato. Além disso, a culpa concorrente da vítima não isenta o agente de sua
responsabilidade.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.1.7.3.1.1. Elementos
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
CRIME
OBSERVAÇÃO! Quer se adote a teoria causalista, quer se adote a teoria finalista 144
(tripartite ou bipartite), a ilicitude é considerada o segundo substrato do crime.
Para que o crime exista é necessário que a conduta tenha gerado um resultado
com ajuste, formal e material, a um tipo penal.
Se “A” mata “B”, pratica um fato típico, pois a conduta se encaixa no tipo penal
previsto no art. 121 do CP. -
Em seguida, faz-se necessário verificar se esta violação típica é ou não
permitida pelo ordenamento jurídico. Se não houver permissão, haverá ilicitude; se,
porém, o fato não for contrário ao ordenamento jurídico, não haverá ilicitude do
comportamento, desaparecendo, portanto, o próprio crime. É o que ocorre, por
exemplo, se “A” tiver matado “B” em legítima defesa, que é contemplada pelo
ordenamento. Logo, embora o fato seja típico, não será ilícito. E, não sendo ilícito, não
configura crime.
O que é ilicitude formal e ilicitude material?
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.2.2. FASES
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Estado- de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o
fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É o que se extrai do art. 24, caput (“cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se”) e do § 2º (“embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços”).
Assim, se o bem sacrificado for de valor igual ou inferior ao do bem protegido,
será reconhecida a excludente de ilicitude.
Porém, se o bem sacrificado for de valor superior ao do bem protegido, haverá
crime, sendo possível apenas a diminuição da pena, de um a dois terços (art. 24, § 2º,
do CP).
TEORIA UNITÁRIA
Bem protegido < Bem sacrificado Há crime, mas a pena será reduzida (1 a
2/3)
TEORIA DIFERENCIADORA
1.2.3.1.2. Espécies
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
a) Perigo atual
Atual é o perigo imediato, que está ocorrendo no momento presente, gerado
por fato humano ou comportamento de animal.
Há duas correntes sobre o tema:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Observações Finais:
-
É a defesa contra agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou de
terceiro, mediante o emprego dos meios necessários.
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput
deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente
de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão
a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Se a pessoa pode fugir ou enfrentar o perigo, caso opte por fugir, ocorre o
denominado “commodus discessus” (saída mais cômoda). Na legítima defesa, a vítima
não é obrigada a adotar o commodus discessus. Já, no estado de necessidade, sim, ou
seja, deve evitar o perigo.
OBSERVAÇÃO! Não existe legítima defesa presumida (ex.: não se presume que atua em
legítima defesa quem mata invasor do domicílio). É preciso verificar os requisitos no
caso concreto.
Erro na execução
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de
execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no
§ 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
153
art. 70 deste Código.
Ex.: vítima, ao repelir injusta agressão, para se defender do algoz que pretendia
matá-la, efetua um disparo contra ele, mas erra o tiro e atinge terceiro inocente.
Subsiste a hipótese de legítima- defesa, pois a reação deve ser considerada como se
praticada contra o real agressor, desprezando-se as características da vítima efetiva.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Hipótese na qual o agente, por erro, acredita estar agindo em legítima defesa.
Trataremos melhor disso no tópico “descriminantes putativas”.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
agarra o outro, e entram em luta corporal. Contudo, “A” pegaria apenas um celular, e
“B”, um lenço.
d) Legítima defesa real x legítima defesa subjetiva
Ver tópico “legítima defesa subjetiva” acima.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.2.3.3.1. Ofendículos
É a prática de uma conduta determinada pela lei (que deve ser entendida em
seu sentido amplo, englobando, portanto, lei em sentido estrito, atos administrativos
-
emitidos em estrita correspondência à lei, cumprimento de decisões judiciais, etc.),
tornando lícito um fato típico, pois, não raras vezes, o agente público, no desempenho
de suas atividades, é obrigado a intervir de forma lesiva sobre determinados bens
jurídicos. Essa intervenção, dentro dos limites aceitáveis, estará justificada pelo estrito
cumprimento do dever legal.
Apesar de certa discussão doutrinária, prevalece que essa excludente pode ser
invocada não apenas por funcionário público ou pelo particular no exercício de função
pública, mas também, por particular agindo como tal, quando atua no cumprimento
de dever legal. Ex.: advogado que se recusa a depor sobre fatos que tomou
conhecimento no exercício da função não comete falso testemunho (Lei 8.906/1994,
art. 7º, XIX).
O estrito cumprimento de dever legal é incompatível com delitos culposos, pois
não há determinação legal para alguém atuar com imprudência, negligência ou
imperícia. Contudo, no caso concreto, é possível que a conduta culposa esteja amparada
pelo estado de necessidade. Ex.: policial conduz viatura em alta velocidade para salvar
uma pessoa em perigo iminente, danificando um outro veículo no trajeto.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Tem-se entendido que não pode ser reconhecida a excludente se o bem jurídico
for indisponível, pois sobre estes incide o interesse do Estado na sua tutela.
Por tal razão, afirma-se que é ilícita a conduta de quem pratica eutanásia, por
o bem vida ser indisponível.
Excesso punível
Art. 23, Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses
deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
158
A lei prevê a punição pelo excesso, ou seja, um atuar que extrapola os limites
da inicial situação de legalidade, e que pode decorrer do dolo (consciência e vontade)
ou da culpa (inobservância do dever de cuidado).
Por construção doutrinária e jurisprudencial, surgiram também o excesso
exculpante e acidental.
-
Também chamado de excesso voluntário. O agente,
deliberadamente, se excede no modo ou no uso do meio escolhido
para a reação. Ex.: agente aborda vítima no trânsito e pede que
Doloso entregue o celular. A vítima acelera o carro e atinge o assaltante, que
cai desmaiado. Em seguida, intencionalmente, dá ré no veículo para
passar com este sobre o corpo do bandido. Responderá pelo excesso
doloso.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1.3. CULPABILIDADE
CRIME
Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa
1.3.1. CONCEITO
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ATENÇÃO!
Funções da Culpabilidade:
1. Fundamento da Pena: se o fato não é culpável, a pena não será aplicada. Ex: no 160
perdão judicial.
2. Limite da Pena: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade” (art. 29 do Código Penal).
3. Fator de Graduação da Pena ou Circunstância Judicial: o juiz deverá analisar a
culpabilidade, dentre outros critérios, para (art. 59 do Código Penal):
-
- Estabelecer a pena aplicável
- Fixar a quantidade de pena aplicável
- Determinar o regime inicial de cumprimento de pena
- Analisa a possível substituição da pena privativa de liberdade.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Tem como expoentes Franz von Liszt e Ernst von Beling (séc. XIX). Coaduna-se
com a visão causalista do crime. A teoria causalista submete o direito penal às regras
inerentes às ciências naturais, orientadas pelas leis da causalidade.
Para os clássicos, a conduta é o movimento corporal voluntário que produz
modificações no mundo exterior. A conduta é elemento do fato típico, ao passo que o
dolo e a culpa estão na culpabilidade, sendo suas espécies.
O pressuposto fundamental do terceiro substrato do crime é a imputabilidade,
compreendida como a capacidade do ser humano de entender o caráter ilícito do fato
e determinar-se conforme tal entendimento.
A teoria psicológica concebe a culpabilidade como a relação psíquica entre o
autor da conduta e o resultado praticado, na forma de dolo ou culpa.
Para a Teoria Psicológica, o dolo é composto por:
Pressuposto da culpabilidade:
Imputabilidade
Conduta (sem finalidade) Espécies de culpabilidade:
Resultado Dolo/culpa (dolo normativo, pois
Nexo causal contém a consciência da
ilicitude)
Tipicidade
Atenção: dolo e culpa são
espécies e não elementos da
culpabilidade.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
Teoria Pura ou Extremada da
Teoria Limitada da Culpabilidade
Culpabilidade
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
pela culpabilidade, que distingue o erro incidente sobre os pressupostos fáticos de uma
causa de justificação do que incide sobre a norma permissiva. Tal como no Código
vigente, admite-se nesta área a figura culposa (artigo 17, § 1º).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Assim, como crítica, há quem defenda que os mais agraciados devem ter um
tratamento penal mais severo, justamente por terem um maior âmbito de
autodeterminação, o que afastaria a coculpabilidade, tratada como responsabilidade
que o Estado teria em delitos cometidos por pessoas marginalizadas pela atuação
precária das instituições estatais.
Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Existem:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Inimputabilidade Semi-imputabilidade
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
1.3.3.1.2.3. Inimputabilidade em razão da embriaguez completa acidental ou fortuita
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É aquela causada por um acidente. Pode advir de caso fortuito ou força maior.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Ex.: agente tropeça e cai em um tonel de bebida / agente que não sabe que
determinada substância possui efeito inebriante / agente é obrigado a ingerir bebidas
alcoólicas.
Consequência - Se completa, exclui a imputabilidade acarretando absolvição
(isenção de pena) (art. 28, § 1º, do CP).
- Se incompleta, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3 (art. 28, § 2º do CP).
C. Embriaguez patológica
D. Embriaguez preordenada
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Consciência e vontade
Consciência e vontade
presentes
(projetadas)
A doutrina vem afirmando que a actio libera in causa deve ser interpretada
restritivamente (apenas nos casos em que o agente, ao se embriagar, tem o desejo de
praticar o crime ou, pelo menos, vislumbra tal possibilidade). Em outras palavras, é
preciso que o dolo ou a culpa estejam presentes no momento em que o agente se
embriaga. Se estiverem ausentes na origem, não haveria o que se projetar para o
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momento do fato, e a punição do agente constituiria responsabilidade penal objetiva
(sem dolo nem culpa).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Não acidental
Não exclui a culpabilidade (art. 28, II, do CP).
(voluntária/culposa)
Acidental incompleta Redução de pena de 1/3 a 2/3 (art. 28, § 2º, do CP).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
O erro de proibição pode ser definido como a falsa percepção do agente acerca
do caráter ilícito do fato típico por ele praticado - que valora, equivocadamente, acerca
da reprovabilidade de sua conduta.
O agente conhece a existência da lei penal, mas desconhece ou interpreta mal
o seu conteúdo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Nesta espécie, o agente não sabe que o que faz é proibido, nem tinha como
alcançar a possibilidade de tal compreensão.
Haverá a exclusão da culpabilidade, em face da ausência da potencial
consciência da ilicitude, o que lhe acarretará a absolvição própria (sem medida de
segurança).
Neste caso, o erro poderia ter sido evitado pelo agente caso ele tivesse 175
empregado maior diligência acerca da compreensão do caráter ilícito do fato.
O agente será condenado, podendo o juiz reduzir a pena de 1/6 a 1/3.
O próprio art. 21, em seu parágrafo único, traz conceito do que se considera
um erro evitável.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
incidirá a agravante descrita no art. 62, III, 1ª parte do CP; para o subalterno, aplica-se a
atenuante genérica do art. 65, III, “c”, do mesmo diploma.
CULPABILIDADE
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Erro de tipo essencial Recai sobre elemento essencial, constitutivo do tipo penal
(como no exemplo do caçador).
-
Erro de tipo acidental Recai sobre elemento secundário, acessório do tipo penal
(ex.: pretendendo furtar uma carteira, leva um celular).
Inescusável, vencível, evitável É aquele tipo de erro que poderia ter sido evitado
pelo agente se tivesse empregado mais diligência.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Essa hipótese não está prevista no CP. Ex.: sujeito entra em loja
Sobre o objeto e subtrai um celular velho, pensando estar subtraindo um
(error in objecto) celular novo. A punição se dá considerando o objeto
efetivamente subtraído.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Agente
- não conhecia o caráter ilícito do fato, mas teria
Evitável / inescusável condições de saber. Falta de consciência atual da ilicitude. É
causa de diminuição de pena de 1/6 a 1/3.
Descriminantes putativas
Art. 20, § 1º, do CP - É isento de pena quem, por erro plenamente
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo
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185
1.4. PUNIBILIDADE
Extinção da punibilidade
Art. 107 do CP – Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato
como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
São hipóteses que afastam a possibilidade de o Estado impor uma sanção penal.
Em regra, o crime continua existindo, exceto em 2 casos:
1.5.1.1. Distinções
CP, art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes
previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou
ilegítimo, seja civil ou natural.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
Gerais – aplicáveis para qualquer crime. Ex.: morte do agente, abolitio criminis,
etc.
Específicas – aplicáveis somente em alguns crimes. Ex.: retratação da vítima nos
crimes contra a honra.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
ANTES DEPOIS
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
1.5.2.1. Certidão de óbito falsa
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Anistia, graça e indulto são formas de renúncia estatal ao seu direito de punir, 192
advindas de órgãos estranhos ao Poder Judiciário.
Abaixo, apresentamos um quadro comparativo com as características e
diferenças.
Para facilitar o estudo, observe que graça e indulto são muito parecidos, tanto
que a graça é chamada de indulto individual. Contudo, INdulto é voltado a pessoas
INdeterminadas e INdepende- de provocação. Graça é voltada a pessoa determinada e
depende de provocação.
Graça
Anistia Indulto
(indulto individual)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
(promulgada pelo
Presidente da
República).
Voltado a pessoas
indeterminadas. É
benefício coletivo, que
independe de
provocação do
Voltada à pessoa interessado.
Voltada a fatos determinada. É É modalidade de
criminosos. benefício a título clemência concedida
Objeto
individual e, espontaneamente
portanto, depende pelo Presidente da
de provocação. República a todo o
grupo de condenados
que preencher os
requisitos do decreto
(subjetivos e
objetivos).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
integrantes das
corporações de fazerem
movimentos
reivindicatórios ou
greve, assim como pune
insubordinações).
Efeitos primários
Extingue Extingue Extingue
da condenação
Efeitos
Extingue Não extingue Não extingue
secundários penais
Efeitos
secundários Não extingue Não extingue Não extingue
extrapenais 195
O procedimento envolvendo a anistia, graça e indulto faz parte dos estudos
sobre execução penal.
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1.5.5. PRESCRIÇÃO
1.5.5.1. Conceito
1.5.5.2. Fundamento
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4 espécies:
1. Em abstrato ou propriamente dita;
2. Retroativa;
3. Superveniente, intercorrente ou
subsequente;
4. Virtual (sem amparo legal).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Furto simples
Art. 155 do CP - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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A lei nº 12.234/10, de 05 de maio de 2010, alterou esse prazo. Antes era 2 anos:
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
crime -é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da
coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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202
Regra especial - Lei de Falências (Lei 11.101/05 – art. 182) – Data
da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial
ou com a homologação do plano de recuperação extrajudicial.
BIGAMIA E FALSIFICAÇÃO OU
Da data em que o fato se tornou
ALTERAÇÃO DE ASSENTAMENTO DO
conhecido
REGISTRO CIVIL
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Data da última das ações que constituem o fato típico (STF. 87.987/RS. Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, 1ª T., j. 09.05.2006).
4º passo – Sabemos qual é o prazo prescricional e quando ele teve início. Resta
verificar se há causa interruptiva ou impeditiva do prazo prescricional. Ver abaixo.
5ª passo – Verificar se decorreu o prazo em algum dos lapsos.
Alguns apontamentos:
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Causa aplicável no rito dos crimes dolosos contra a vida (como é um rito mais
demorado, foram introduzidos mais marcos de interrupção).
Em tais casos, é a publicação da decisão de pronúncia que interrompe a
-
prescrição. Assim, se o réu for impronunciado e a acusação recorrer, o provimento do
recurso pelo Tribunal vale como pronúncia e interrompe a prescrição na data da sessão
de julgamento do recurso.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
OBSERVAÇÃO: Regra especial: Lei de Falências (art. 182, p. único, Lei 11.101/05) – “A
decretação da falência interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado com a
concessão da recuperação judicial ou com a homologação do plano de recuperação
extrajudicial”.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
I I I
São causas que suspendem a prescrição, o prazo prescricional não corre (fica
paralisado, “pausado”). O rol do art. 116 do CP é exemplificativo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Nos termos do art. 366 do CPP, se o acusado, citado por edital, não
CPP, art. 366 comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Porém, prevalece que essa suspensão não pode durar por prazo
indeterminado. Nesse sentido é a súmula 415 do STJ: “O período
de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da
pena cominada”. O tema será estudado com mais detalhes em
processo penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
210
OBSERVAÇÃO: Veja como é simples calcular a prescrição da pretensão punitiva
retroativa: ocorrendo o trânsito em julgado da sentença ou acórdão condenatório para
a acusação no tocante à pena imposta, deve-se fazer a mesma operação demonstrada
acima, mas a base para os cálculos não mais será a pena máxima cominada em abstrato,
mas sim a pena concretamente aplicada.
-
1º passo – Encontrar a pena que servirá como base de cálculo.
R.: Aqui não adotamos a pena máxima prevista, mas sim a pena concretamente
aplicada. Ou seja, 1 ano.
2º passo – Encontrar o prazo prescricional.
Se a pena é 1 ano, verificando nossa tabela de prazos, temos que a prescrição
se dá em 4 anos.
3º passo - Encontrar o termo inicial da prescrição.
R.: Data da publicação da sentença (10.08.2016), verificando-se
retroativamente se houve a prescrição.
4º passo - Verificar se há causa interruptiva ou impeditiva do prazo
prescricional.
Houve causa(s) suspensiva(s)?
R.: Não.
Houve causa(s) interruptiva(s)?
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LEI 12.234/2010
INCABÍVEL PRESCRIÇÃO
RETROATIVA -
I I
INCABÍVEL
PRESCRIÇÃO
RETROATIVA
I I I I
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
Assim como a prescrição da pretensão punitiva retroativa, é calculada pela
pena concreta.
Efeitos – são os mesmos da prescrição da pretensão punitiva em abstrato e
retroativa, ou seja, apaga tudo - Impede todos os efeitos de eventual condenação (não
gera maus antecedentes, não gera reincidência, não gera dever de indenizar no cível).
Prazos – são os mesmos do artigo 109 do CP (tabela de prazos).
Termo inicial - publicação da sentença ou acórdão condenatório (desde que
haja trânsito para acusação quanto à pena).
I I I
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Exercício: Paulo está sendo processado por furto simples (art. 155 CP – pena de
1 a 4 anos). O Estado o condena a 1 ano de prisão. O MP não recorre, mas a Defesa sim.
Qual o prazo para o Tribunal julgar os recursos?
1º passo – Encontrar a pena que servirá como base de cálculo.
- A pena é de 1 ano.
2º passo – Encontrar o prazo prescricional.
- Se a pena é de 1 ano, o prazo prescricional é 4 anos. Esse é o prazo para julgar
os recursos!
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VI - pela reincidência.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
C. Causa impeditiva
-
Art. 116, parágrafo único, do CP - Depois de passada em julgado
a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o
tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
Não corre a prescrição enquanto o condenado está preso por outro motivo.
Ao interpretar o referido dispositivo legal, o STJ pacificou o entendimento de
que o cumprimento de pena imposta em outro processo, ainda que em regime aberto,
em prisão domiciliar ou livramento condicional, impede o curso da prescrição
executória.
Note bem:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Duas regras:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
Súmula 497 do STF - Quando se tratar de crime continuado, a
prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se
computando o acréscimo decorrente da continuação.
A pena privativa de liberdade é mais grave que a pena restritiva de direitos que
é mais grave que a pena de multa.
Exemplo:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Se a medida socioeducativa for aplicada sem termo final, deve ser considerado
o prazo máximo de 3 anos de duração da medida de internação, previsto no art. 121, §
3º, do ECA, para o cálculo do prazo prescricional da pretensão socioeducativa.
-
E, sendo o agente menor de 21 na data do fato, o lapso prescricional é reduzido
de metade.
Perdão judicial
Art. 120 do CP - A sentença que conceder perdão judicial não
será considerada para efeitos de reincidência.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
2. LEGISLAÇÃO
3. JURISPRUDÊNCIA
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
4. QUESTÕES
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
5. GABARITO COMENTADO
-
1. Resposta: Letra D
A) Incorreta. Regula-se pela pena aplicada. (Art. 110, §1º do CP e Súmula 146 do STF)
B) Incorreta. Não pode, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa (Art. 110, §1º do CP).
C) Incorreta. É modalidade de prescrição da pretensão punitiva. (Art. 110 do CP e Súmula
220 do STJ).
D) Correta. A prescrição retroativa é forma de prescrição da pretensão punitiva e, por
esse motivo, são afastados todos os efeitos, principais e secundários, penais e
extrapenais, da condenação. Portanto, não marca os antecedentes do acusado, nem
gera futura reincidência. (art. 115 do CP).
2. Resposta: Letra C
(A) Incorreta. Súmula 191 do STJ: ainda que haja desclassificação do crime pelo Tribunal
do Júri, a pronúncia será causa interruptiva da prescrição.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
(B) Incorreta. Art. 119 do CP: em se tratando de concurso de crimes, a prescrição incidirá
sobre a pena de cada um deles, isoladamente.
(C) Correta. Art. 30 da Lei 11.343/06: Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a
execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts.
107 e seguintes do Código Penal.
(D) Incorreta. Súmula 220 STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da
pretensão punitiva.
3. Resposta: Letra B
(A) É tranquilo o entendimento na doutrina no sentido de que todas as excludentes de
ilicitude admitem o excesso dolos ou culposo.
(B) CORRETA. Arts. 22 e 65, III, “c” do Código Penal.
(C) INCORRETA. Art. 16 do CP, que prevê o arrependimento posterior até o recebimento
da denúncia.
(D) INCORRETA. art. 13, 2º do Código Penal. Ademais, é uma contradição falar em
superveniência de causa preexistente, pois se a causa era anterior, não é que se falar
em superveniência. Redação contraditória e sem sentido.
(E) INCORRETA. O feminicídio também abrange o menosprezo ou discriminação à
condição de mulher, independentemente da violência doméstica. Art. 121, §2ºA, II do
CP.
224
4. Resposta: Letra C
a) INCORRETA. O MP fica impedido de agir na ação penal condicionada a representação,
pois havendo decadência do direito de representar, o parquet não poderá atuar.
b) INCORRETA. Trata-se de representação e não de queixa-crime.
-
c) CORRETA.
d) INCORRETA. Trata-se de representação e não de queixa-crime.
5. Resposta: Letra C
(A): ERRADA. Súmula 527, STJ. O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.
(B): ERRADA. Súmula 522, STJ. A conduta de atribuir-se falsa identidade perante
autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.
(C): CERTA. Súmula 438, STJ. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição
da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal.
(D): ERRADA. Súmula 442, STJ. É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso
de agentes, a majorante do roubo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
APRESENTAÇÃO
Prezados,
O tema controle de constitucionalidade é um dos mais instigantes e
importantes no Direito Constitucional, sobretudo no que se refere à preparação para
concursos públicos.
Como visto no material de Raio-X, o tema está entre os tópicos de maior
incidência nas provas do TJ-SP.
O escopo deste material é fazer uma revisão geral, conjugando a objetividade
típica de uma turma de Reta Final com o aprofundamento necessário em alguns temas.
Busquei inserir ao longo do material quadro-resumos com a ideia central de
assuntos importantes, bem como questões ilustrativas da forma de cobrança do
conteúdo.
Ao final, separei diversas decisões do STF com relevância para fins de prova
(importante ler e reler para memorização).
Sem mais delongas, vamos iniciar os estudos!
Professora Rhaila Said
225
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1.1.1. INTRODUÇÃO
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
-
1.1.2. SISTEMA AUSTRÍACO VS. SISTEMA NORTE-AMERICANO DOS EFEITOS DO
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE -BREVE HISTÓRICO
Nos EUA, o primeiro caso noticiado deu-se em 1798 (Calder vs. Bull) onde se
afastou uma lei estadual, mas não se desenvolveu a teoria do controle de
constitucionalidade. A teoria se desenvolveu, de fato, no caso Marbury vs. Madison,
que passou à história como o primeiro caso de controle de constitucionalidade, julgado
pelo juiz Marshall em 1803 (já cobrado em provas).
O Juiz entendeu que a Lei que atribuía competência para a Suprema Corte julgar
o caso seria inconstitucional. Para tanto, buscou elementos na teoria do controle de
constitucionalidade para afastar a aplicabilidade do “Judiciary Act”, por conflitar com a
norma fundamental. Desta forma, reconheceu a todos juízes o poder de afastar a
aplicação de leis inconstitucionais, pois estas seriam nulas desde a origem, lançando as
bases do controle difuso, concreto e incidental, que é a matriz norte-americana.
Na Europa o controle de constitucionalidade só vai surgir em 1920, nas
Constituições da Áustria e da Tchecoslováquia por influência do Hans Kelsen. Kelsen
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229
ATENÇÃO! NÃO CONFUNDA: em posição mais abrangente (ex: José Afonso da Silva),
pode ser qualificado como controle de constitucionalidade político quando exercido
pelo poder Legislativo e Executivo.
No Brasil, é possível observar a participação de órgãos políticos no controle de
constitucionalidade, como no caso do parecer das Comissões de Constituição e Justiça
e do veto jurídico, em regra -com feição preventiva.
No que tange à classificação, contudo, o Brasil não adota o sistema político de
controle.
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jurisdicional. Ex: na Suíça, as leis federais ficam sob controle político da Assembleia
Nacional, e as leis locais se submetem ao controle jurisdicional.
ATENÇÃO! Memorize: o controle difuso foi trazido pela primeira vez pela Constituição
de 1891. O controle concentrado, conforme alguns doutrinadores, surgiu em 1934 com
a previsão da representação interventiva. A EC 16/65, emenda ao texto constitucional
de 1946, por sua vez, trouxe o controle concentrado-abstrato de constitucionalidade.
Assim, atenção à forma de questionamento em provas. Os enunciados costumam
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
OBSERVAÇÃO: Percebam que a ADC não foi prevista no texto originário da CF/88, mas,
sim, decorre da vontade do poder constituinte derivado (tal informação já foi cobrada
em concurso público).
GANCHO: ADC e ADI tem caráter ambivalente, pois a procedência de uma implica na
improcedência da outra, desde que alcançado o quórum necessário, caso contrário não
haverá o efeito vinculante.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ATENÇÃO! A sanção do projeto de lei NÃO supre o vício de iniciativa legislativa (já
cobrado em provas).
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ATENÇÃO! O art. 12, III, da Lei nº 13.300/2016 afirma expressamente que o mandado
de injunção coletivo pode ser promovido por associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 ano. Assim, entende-se que está dispensada a
autorização especial dos associados, assim como no mandado de segurança coletivo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Constituição Federal, tendo em vista que o mandado de injunção tem por objetivo suprir
omissão do Poder Público em relação às normas constitucionais.
Ainda que beneficiados pela falta de regulamentação, eventuais particulares
não poderão figurar no polo passivo do mandado de injunção, visto que não possuem o
dever de editar quaisquer normas.
O STF já decidiu que a legitimidade passiva do mandado de injunção é do
responsável pelo encaminhamento do projeto de lei, ou seja, daquele que detém o
poder de iniciativa, pelo menos até que seja apresentada a proposta normativa ao órgão
legislativo adequado.
D. COMPETÊNCIA
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ATENÇÃO! A lei não fixa um prazo exato para que o impetrado promova a edição da
norma regulamentadora do direito. A lei usa a expressão prazo razoável. Já cobrado
em provas.
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