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causa do resultado e a condição do
resultado, limitando-se apenas à
Direito Penal
Nexo de causalidade
1. Conceito
Nexo de causalidade é a ligação que
possibilita a imputação de um
resultado a alguém, ou seja, tem por
objetivo identificar quem deve ser
considerado o autor da ação ou
omissão indispensável para o
resultado concreto. Por tanto, por
um resultado só se pode
responsabilizar aquele que o tenha
causado.
Causa – Nexo Causal - Resultado
2. Teorias sobre o Nexo de
causalidade
2.1 Teoria da Equivalência das
Condições
Criada por Julius Glaser, para essa
teoria, o resultado é o produto da
multiplicidade de causas e anteriores, entretanto, imputam-se a
condições. Portanto, não há sentido
em separar a causa da condição
para o resultado.
A prova do nexo causal é feita a
partir da fórmula conditio sine qua
non, a qual se deve buscar a causa
através do resultado. Entretanto, é
necessário limitar a fórmula para
evitar o regresso ad infinitium, em
outras palavras, a causa da causa.
Por isso, a limitação é feita através
dos elementos subjetivos do tipo
penal, dolo e culpa.
2.2 Teoria da Causalidade
Adequada
Proposta por von Kries, esta teoria
institui que é necessário distinguir
conduta que possuísse uma
tendência geral à provocação do
resultado, ou seja quando houver a
idoneidade da conduta humana para
a produção dos resultados.
2.3 Posição do Direito
brasileiro
O nexo de causalidade é regulado
pelo art. 13 do código penal:
“Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que
depende a existência do crime,
somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação
ou omissão sem a qual o resultado
não teria ocorrido.
Superveniência de causa
independente
§ 1º - A superveniência de causa
relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só,
produziu o resultado; os fatos
quem os praticou.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente
relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de
cuidado, proteção ou
vigilância;
b) de outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o
resultado;
c) com seu comportamento
anterior, criou o risco da
ocorrência do resultado.
Logo, como nem todo crime tem
resultado naturalístico, em outras
 palavras, há a modificação do
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socorrida, sendo levada viva em
uma ambulância para o hospital X.
mundo exterior em razão de uma
conduta, o nexo de causalidade, se
faz necessário no âmbito dos crimes
materiais, exemplo, homicídio, furto
ou roubo.
3. Concausas e suas
classificações
3.1 Conceito
Quando existe a confluência, o
encontro, de mais de uma causa
para a produção de um resultado,
esse fenômeno se chama concausa.
Podendo ser as causas
absolutamente independente ou
relativamente independente. A Preexistente: Anterior à conduta do
primeira, ocorre quando uma causa
exclui a imputação do resultado, por
exemplo, Caio, com a intenção de
matar Paulo, ministra um veneno em
sua comida, todavia, antes que o
veneno fizesse efeito, um raio
fulmina Paulo, ocasionando a sua
morte.
Desta forma, a produção do
resultado se deve ao raio, não tendo
relação com a outra causa, e caio,
por conseguinte, só responderá
pelos atos anteriores, ou seja,
tentativa de homicídio. Portanto, as
causas absolutamente
independente, rompem com o nexo
de causalidade, só sendo relevante
a causa que tem direta ligação com
o resultado, criando um nexo causal
distinto da causa alheia.
Já a causa relativamente
independente, se houver há
supressão da conduta humana, o
resultado não ocorre. Como na
situação abaixo: Caio fere
gravemente Paulo, com vistas à
produção de sua morte. A vítima é
Contudo, a caminho do hospital,
Simprônio, dirigindo
imprudentemente um caminhão,
colide com a ambulância,
ocasionando a morte de todos os
seus ocupantes.
Em síntese, é crucial ressaltar a
distinção da causa dependente, que
emana da conduta do agente, da
causa independente, que foge da
linha do tradicional, é imprevisível.
3.2 Das suas classificações
As concausas podem ser:
agente.
Concomitante: Que ocorre durante
a conduta do agente.
Superveniente: Posterior à conduta
do agente.
Desta forma, para as causas
absolutamente independentes, o
autor só irá responder pela tentativa.
Já nas causas relativamente
independentes, com exceção da
superveniência, o agente responde
pela concretização do resultado.
Nos casos de superveniência da
causa relativamente independente,
onde a causa produz o resultado por
si só, somente serão imputados ao
agente os atos anteriores.
4. Causalidade nos crimes
culposos
Segundo Cerezo Mir, nos delitos
culposos a relação de causalidade
só será relevante quando a
produção do resultado foi
objetivamente previsível, pois só
então será possível apreciar uma
 inobservância do cuidado
REFERÊNCIA:
objetivamente devido.
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BRANDÃO, Cláudio. Curso de

Direito Penal - Parte Geral. 2. ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2010. p.
151-158.