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SUBJETIVA
Segundo STOLZE,
LEVE – falta evitável com atenção ordinária. É a falta de diligência média que
um homem normal observa em sua conduta;
Não obstante os diferentes graus, aquele que age com culpa (mesmo que levíssima)
está obrigado a reparar (in lege Aquilia et levissima culpa venit).
Nesse sentido, SÍLVIO RODRIGUES:
CULPA IN CONCRETO
CULPA IN ABSTRACTO
CALMON DE PASSOS
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA COMO
SOCIEDADE DE RISCO
TECNOLOGIA é a maior
característica da sociedade
contemporânea ocidental.
A tecnologia está presente em todos
os setores da vida social.
É uma exigência cada vez maior em
todos os setores da vida social.
Tecnologia aumenta as
possibilidades de risco.
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TENDÊNCIA OBJETIVISTA
GUSTAVO TEPEDINO
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RC OBJETIVA NO CC/2002
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
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Teoria do Risco
Por essa teoria, compreende-se que
se alguém exerce uma atividade
criadora de perigos especiais, deve
responder pelos danos que
ocasione a terceiros. A
responsabilidade, portanto, surge
em virtude da potencialidade de
danos da atividade exercida.
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Teoria do Risco
(I) Risco-proveito: responsável é aquele que tira proveito da atividade danoso,
com base no princípio de quem aufere o bônus, deve suportar o ônus.
(II) Risco profissional: o dever de indenizar tem lugar sempre que o fato
prejudicial é uma decorrência da atividade ou profissão do lesado. Foi
desenvolvida especificamente para justificar a reparação dos acidentes de
trabalho.
(III) Risco excepcional: a reparação é devida sempre que o dano é
consequência de um risco excepcional, que escapa à atividade comum da
vítima, ainda que estranho ao trabalho que normalmente exerça.
(IV) Risco criado: aquele que, em razão de sua atividade ou profissão, cria um
perigo, está sujeito à reparação do dano que causar, salvo prova de haver
adotado todas as medidas idôneas a evitá-lo. 32
Risco –proveito
“A teoria do risco não se justifica desde que não haja
proveito para o agente causador do dano, porquanto, se o
proveito é a razão de ser a justificativa de arcar o agente
com os riscos, na sua ausência deixa de ter fundamento a
teoria.” (ALVINO LIMA)
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Risco –proveito?
Anderson Schreiber:
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De acordo com a GOOGLE, tendo o próprio TJ/MG reconhecido que o site não teve participação na criação do perfil
onde foram veiculadas as mensagens ofensivas, era incabível a sua condenação, vez que “as normas constantes nos
arts. 186 e 927 do CC impõem o dever de indenizar ao causador do ato ilícito” (fl. 345, e-STJ). O TJ/MG, por sua vez,
fundamenta o dever de indenizar da GOOGLE na falha do serviço prestado pelo site, “advinda da inexistência de
mecanismo de controle efetivo e eficaz do conteúdo das mensagens postadas pelos usuários” (fl. 320, e-STJ).
(...) Tampouco se pode falar em risco da atividade como meio transverso para a responsabilização do provedor por
danos decorrentes do conteúdo de mensagens inseridas em seu site por usuários. Há de se ter cautela na interpretação
do art. 927, parágrafo único, do CC/02.
No julgamento do REsp 1.067.738/GO, 3ª Turma, Rel. Min. Sidnei Beneti, minha relatoria p/ acórdão, DJe de
25.06.2009, tive a oportunidade de
enfrentar o tema, tendo me manifestado no sentido de que “a natureza da atividade é que irá determinar sua maior
propensão à ocorrência de acidentes. O risco que dá margem à responsabilidade objetiva não é aquele habitual,
inerente a qualquer atividade. Exige-se a exposição a um risco excepcional, próprio de atividades com elevado potencial
ofensivo”. Transpondo a regra para o universo virtual, não se pode considerar o dano moral um risco inerente à atividade
dos provedores de conteúdo. A esse respeito Erica Brandini Barbagalo anota que as atividades desenvolvidas pelos
provedores de serviços na internet não são “de risco por sua própria natureza, não implicam riscos para direitos de
terceiros maior que os riscos de qualquer atividade comercial” (Aspectos da responsabilidade civil dos provedores de
serviços da internet. In Ronaldo Lemos e Ivo Waisberg, Conflitos sobre nomes de domínio. São Paulo: RT, 2003, p. 361).
Ademais, o controle editorial prévio do conteúdo das informações se equipara à quebra do sigilo da correspondência e
das comunicações, vedada pelo art. 5º, XII, da CF/88.
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. 3ª Turma. Recurso especial REsp 1186616/MG. Rel. Min. Nancy Andrighi,
julg. 23 ago. 2011).
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