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O tipo tanto pode ser realizado através de uma ação proibida, como através da omissão de um

comportamento juridicamente exigido. O agente não levou a cabo ação esperada/imposta, vale o
princípio da inversão. Função da ação juridicamente esperada e devida.

Ao agente deve ser imputada uma ação sempre que criar/aumentar o perigo que vem a concretizar-se no
resultado. Uma omissão sempre que ele não diminua aquele perigo.

Princípio da confiança: p. que decorre da negligencia, pessoas podem confiar que os outros também estão
a cumprir. Deixa de ser possível invocar o pc: quando nos é dado algum sinal que não posso continuar a
confiar num cumprimento da regra, ex: vir um carro na minha direção e não me desviar: posso ser punido
por negligência. Ex: enfermeira assistente apercebe-se que o cirurgião experiente está alcoolizado: pode
ser punida por negligencia. Passamos do P. da confiança para o p. da desconfiança. Punimos no momento
em que atua.

O agente é completamente empenhado, mas não tinha capacidade ou instrumentos para cumprir aquela
tarefa, punimos por negligência no momento em que aceita desempenhar a tarefa sem ter condições, e
não no momento da execução do facto. Punido: negligência na aceitação ou negligencia na assunção do
risco.

Existência do dever de garante para ser condenado!


Tipos de crimes por omissão:
1. Pura: apenas é punida a omissão, punido porque não fez uma coisa que a lei previa,
independentemente da relevância penal
a. Art. 200; 138º b); Art. 190º; 284º

2. Impura: o que interessa não é a omissão, mas sim o resultado por causa da omissão. Nos crimes
impróprios a imputação objetiva do resultado só pode ser feita àquele sobre o qual recaia “ um
dever jurídico que pessoalmente o obrigue a evitar esse resultado”
a. Tem de ser um crime previsto na parte especial do código como crimes por ação. Não se
encontram descritos em tipo legal de crime torna-se necessário o recurso à Cláusula de
equiparação da omissão à ação, do art. 10. São crimes de resultado.
b. Crimes de resultado: crimes cuja consumação exige um resultado típico.
c. Crime de execução livre
d. Existir um dever de garante relativamente ao dever jurídico protegido. Quando tenho esse
direito de garante, fontes tradicionais do dever de garante:
1) Lei, ex: relação familiar,
2) Contrato formal, assinado, ex: guarda costas: relação fática de confiança.
3) Ingerência, quando por ação coloco a pessoa em situação de perigo e por causa
disso tenho mais responsabilidade em tirá-la dessa situação de perigo.
1) Dever de vigilância e assistência, ex: guarda um doente mental; baby-sitter
2) Domínio da fonte de perigo
3) Monopólio de facto, ser a pessoa melhor posicionada

Imputação do resultado à conduta por omissão:


1. Teoria da causalidade adequação: é normal e previsível segundo as regras da experiência comum
que aquele omissão possa gerar aquele resultado, art. 10º
2. Teoria da conexão do risco: imputamos o resultado à conduta omissiva do agente quando se
puder dizer uma probabilidade próxima da certeza que se este tivesse optado por agir teria
conseguido evitar o resultado, ou pelo menos diminuí-lo.

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