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RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
Responsabilidade objetiva Responsabilidade subjetiva
Ilicitude:
Ato proibido por lei (483º nº1);
Viola o direito de outrem ou normas que protejam interesses alheios
o delitos específicos- 484º, 485º+483º, 4386º;
o Direitos de outrem: direitos absolutos (d. personalidade, d. real);
o Não se aplica a direitos relativos (exceto teoria do terceiro
cúmplice 490º-483º);
Culpa:
Tem de ser imputável, para tal tem de cumprir 2 características:
1 característica: ser livre (caso contrário não pratica atos voluntários);
2 característica: ter discernimento (consciência) necessário para o ato ser
voluntário
Necessita de vontade autónoma
o 488º: não é imputável quem no momento da ação estava
incapacitado de querer/entender;
o 488º nº2: presunção ilidível de que os menores são incapacitados
até aos 7 anos.
Nota: Existe dolo e mera culpa quando o sujeito atua, estas são duas
modalidades diferentes:
Dolo:
Direto: visa atentar diretamente;
Necessário: para, porém em prática determinado comportamento
necessita realizar um ato culposo;
Eventual: uma pessoa aceita um resultado eventual;
Mera culpa:
Negligência consciente, atua não contra normas jurídicas, mas
contra deveres de cuidado
Pode diminuir o valor de uma indemnização (494º);
Nexo causalidade:
Este artigo apenas pode ser aplicado após afastada a presunção de culpa.
Todos os animais possuem um perigo especial da sua espécie, se causou
danos é porque houve um perigo especial, imputando assim danos sem
culpa.
Apenas se aplica a animais sem dono;
Caso seja um animal sem dono quem se responsabiliza é o Estado a
menos que consiga afastar a sua culpa;
2. Imputável a terceiro:
Causa não provocada pelo condutor do veículo (ex.: peão,
condutor de outro veículo, passageiro do meu veículo);
507º- Responsabilidade solidária por força da lei: quando existe culpa por parte
de mais do que um agente estes dividem as despesas dos danos de forma
solidária;
509º- Dano por instalação de gás/luz: A indemnização pode ser inferior ao dano;
2 pressupostos:
Direção efetiva da instalação;
Utilizar a instalação no próprio interesse
509º nº2: situações de força maior que excluem a imputação da
culpa;
Regra:
Responsável tem de reconstruir a situação que existia antes do dano
(562º);
Se a reconstrução não for de forma natural, for demasiado onerosa ou
não cumprir, passa-se para a prestação pecuniária;
566º: aplica-se a teoria da diferença- calcula-se o dano e deduz-se (ex.:
benefícios que o lesado retirou devido ao dano;
570º: quando o lesado age com culpa para a produção do dano deduz-se
do valor a contribuição deste para o seu próprio dano
o Nº2: aplica-se o 491º/492º/493º;
o 483º/487º: o agente não tem de indemnizar ficando o lesado com
o dano;
o 571º: presunção de culpa estende-se ao próprio lesado,
indemnização não é excluída neste caso;
Princípios:
1. Boa-fé (227º): cumprimento efetivado de boa-fé- 762º);
2. Princípio da pontualidade (406º): o contrato deve ser cumprido ponto
por ponto, cumprindo todas as clausulas do contrato (ato ligado ao
contrato, forma, prazo);
3. Princípio da integralidade (763º): cumprimento feito na totalidade e não
por partes (ex.: 1000€ na hora de cumprimento e não aos bocados);
Possui exceções previstas na lei/convencionadas pelas partes ou
estipuladas em usos:
Pagamento por cheque/letras/compensação (exemplo: B
deve 1000€ a A e este deve 500€ a B, B entrega 500€ a A e
este entrega 0);
Fracionamento convencionado;
Possibilidade de excecionar a integralidade da prestação,
prevalecem sobre o princípio da integralidade da prestação;
Prazos de cumprimento
Prazo de exigibilidade:
Momento a partir do qual o credor pode pedir o cumprimento da
obrigação;
Regra: inicia-se com a celebração do contrato;
Neste prazo não decorre em incumprimento;
Prazos naturais:
são aqueles em que condições normais uma pessoa deve cumprir;
para que se transforme num prazo de vencimento é necessário que o
credor notifique judicialmente ou extrajudicialmente o devedor para
cumprir (805º nº1).
Verificando-se o prazo o credor notifica o devedor para cumprir, dá-se o
nome de interpelação (fixa prazo de vencimento);
No dia da interpelação o devedor não entra logo em incumprimento
(tem de haver um prazo razoável dependendo do tipo de prestação);
Quando as partes não determinam de forma completa o prazo este
podem ficar a cargo do tribunal (777º nº2)
Quando o devedor puder cumpre: quando ele puder inicia-se o prazo de
exigibilidade, transforma-se em vencimento através da interpelação
fixando o prazo certo;
Quando o devedor quiser: não há forma de o obrigar a cumprir, trata-se
de uma obrigação natural. (Caso ele morra o credor pode exigir aos seus
herdeiros, a partir daí a obrigação passa a ser exigível);
Obrigação pura:
São obrigações sem prazo;
777º nº1 em princípio o credor pode pedir a qualquer momento o
cumprimento da obrigação;
O devedor pode cumprir com a sua prestação a qualquer momento;
O prazo de exigibilidade inicia-se desde a constituição da obrigação;
Para entrar em mora é necessário interpelação e fixação de prazo de
vencimento;
Prazo de vencimento:
Prazo certo;
Neste prazo o credor não tem de exigir, o devedor é que tem de cumprir;
Caso não cumpra incorre em incumprimento;
Exemplo: prazos legais e prazos convencionais com prazo certo;
Alargamento/redução de prazo:
Alargamento (moratórias):
Podem ser legais, convencionais e judiciais.
o Legal: a lei prolonga o prazo de cumprimento;
o Judiciais: o tribunal por algum motivo decide alargar o prazo
(exemplo: alteração normal das circunstâncias, 437º);
o Convencionais: ambas as partes acordam o alargamento do prazo
previamente previsto no contrato, carece da vontade de ambas as
partes.
Antecipação/reduções de prazo:
Necessário verificar quem possui o benefício do prazo (regime 779º).
Prazo a favor do devedor: este beneficia do prazo, ou seja, o credor não
pode exigir o cumprimento antes do prazo (devedor pode decidir cumprir
antecipadamente).
Prazo a favor do credor: O credor pode exigir antes do prazo, mas o
devedor não pode tomar iniciativa de cumprir antes do prazo
Prazo a favor de ambos: Caso seja a favor de ambos, o devedor não pode
cumprir antes do prazo e o credor não pode exigir antes do prazo
(nenhum deles pode tomar iniciativa, não há antecipação de
cumprimento).
Lugar de cumprimento:
Imputação do cumprimento
Próprio devedor indica qual divida pretende pagar (783º e SS), regra;
Quando não indica:
784º: a quantia é dividida por todas as dividas, exceção ao princípio da
integralidade;
785º: Imputa-se a quantia primeiro nas despesas, em seguida em
indemnizações e por fim capital pois inicia-se com as obrigações mais
difíceis de provar;
Efeitos do cumprimento:
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL
2. Prazos de prescrição:
3. Princípios distintos:
Extracontratual: princípio da solidariedade (497º)
Contratual. Princípio da responsabilidade conjunta (513º);
Há responsabilidade contratual sempre que a prestação não for realizada nos termos previstos
(exceto impossibilidade de cumprimento não culposo);
Culposa: 801º e ss;
Não culposa: 790º e ss
1. Incumprimento definitivo:
Devedor por culpa sua impossibilita definitivamente o cumprimento
da prestação;
Devedor possui prazo certo e não o cumpre no prazo de vencimento:
entra em mora e o credor nesse momento ou mais tarde perde
objetivamente o interesse na prestação (808º nº1);
Quando a prestação não foi cumprida no prazo estipulado e há um
segundo prazo estabelecido pelo credor: se o devedor não cumprir
entra em incumprimento definitivo (808º);
Devedor comunica que nunca irá cumprir com a prestação, ou seja,
incumprimento definitivo;
Efeitos:
1. Indemnização;
2. Resolução do contrato;
3. Execução especifica (827º e ss);
3. Execução especifica:
827º: faz distinção entre tipos de cumprimento;
828º: pede para contratar outro para cumprir;
829º: Não fazer, pede para que o ato seja retirado;
Infungível: Não é possível cumprir, há sanção pecuniária compulsória
(coima diária até que seja efetuado o cumprimento da prestação, nem
sempre é possível se o devedor invocar as suas qualidades essenciais);