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Verificada esta situação, podemos tratar de uma das primeiras fontes das obrigações:
- Obrigação do gestor atuar sempre de acordo
Consequências de uma gestão irregular:
2ª hipótese:
3ª hipótese:
4ª hipótese:
Modalidade: intervenção
Empobrecido: primo do A
Objeto: restituição das garrafas em 1º lugar, só se não for possível é que será o valor real.
5ª hipótese:
Enriquecido: G (1750€)
Empobrecido: F (1500€)
Teoria do triplo limite!! Acresce, para além do prejuízo em concreto, o prejuízo em abstrato (2000€, no caso)
6ª hipótese:
O pressuposto da ausência de causa não está cumprido, logo, não há enriquecimento sem causa.
Art. 644º (!!)
7ª hipótese:
Art. 476º/3
Enriquecido:
Empobrecido:
Modalidade: prestação
9ª hipótese:
474º
Enriquecido: N
Empobrecido: A
Fotografou e comercializou propriedade alheia
A restituição do valor é o valor que daria autorização para tirar as fotografias
Mas se o lucro dos calendários fosse menor era esse o valor a ser restituído
Pode haver enriquecimento sem causa por intervenção nos direitos de personalidade
ESC POR INTERVENÇÃO!!!
11ª hipótese:
12ª hipótese:
Facto (conduta humana: se for dominável – caso furtuito – se for imutável. força maior
o Ações
o Omissões
o Pode haver conduta de pessoas singulares, coletivas ou vários agentes – art. 490º
Ilicitude – desvalor objetivo
o Violação de direitos de outrem – absolutos (personalidade, reais, familiares)
o Normas de proteção – CP, CE…
o Art. 484º e 485º - concretizações de ilicitude a que se reporta às normas de proteção ou à lesão de
direitos de outrem.
o Causas de exclusão de ilicitude: art. 336 a 340º
Culpa – desvalor subjetivo
o Dolo – vontade e conhecimento da realização da conduta, não do dano; + grave!!!
o Este conhecimento pode estar relacionado com a matéria do erro – erro de facto, erro de direito e erro
quanto aos pressupostos;
1. Direto
2. Necessário
3. Eventual
o Negligência/mera culpa – não há nunca vontade nem conhecimento; apenas violou o dever de cuidado
– art. 487º
1. Consciente
2. Inconsciente
o Sem culpa
o Causas de exclusão da culpa: inimputáveis – art. 488º/1
Nexo de causalidade – relação entre o facto ilícito e culposo + dano
o Facto ser causa do dano → causalidade delimitadora
o Causalidade adequada
o Teoria do risco
Dano
o Real: destruição do carro
o Patrimonial: desvalorização do carro
o Patrimoniais
o Não patrimoniais – art. 496º
o Dano emergente (arts. 562º e ss) – prejuízo aferido no presente
o Lucros cessantes (arts. 562º e ss) – vantagem suprimida que viria a acontecer
- OBRIGACIONAL – ART. 798º
2ª hipótese:
Em relação a E:
o facto – conduta humana por ação
o ilicitude – praticar atos lícitos com o risco de causar um dano, não dá lugar a responsabilidade civil;
não há lesão de direito subjetivo; não há normas de proteção; se não cumprirmos o dever de auxilio, o
facto passa a uma omissão
3ª hipótese:
Como vimos na 3ª hipótese do caso 49, havia dúvida se o dano causado seria imputado à pluralidade das pessoas que
estavam na praia ou não. Ocorre, assim, um problema de concurso de imputações - este concurso de imputação pode
surgir em resultado de um dano poder ser imputável a uma pluralidade de sujeitos ou causas, como de resto já
tínhamos visto. Pode, assim, distinguir-se entre: concurso subjetivo (o mesmo dano é imputado a várias pessoas -
perante o lesado, todos respondem e, a nível interno, têm direito de regresso, em função da culpa ou do risco);
concurso objetivo (variedade de eventualidades que conduzam aos mesmos danos). Podemos distinguir, a respeito do
concurso objetivo, vários tipos:
Concurso necessário: dois ou mais eventos concorrem para a produção de um dano – essa concorrência é
condição essencial para a verificação do dano. Surge, em resultado, uma obrigação de indemnizar
subjetivamente complexa – arts. 490º ou 497º.
Concurso cumulativo: dois ou mais eventos provocam um dano, mas bastaria a ocorrência de qualquer um
deles para o dano se verificar. Surge, em resultado, uma obrigação de indemnizar subjetivamente
complexa – arts. 483º/1 ou 497º.
Concurso alternativo: dois ou mais eventos incidem sobre uma situação de dano, sendo impossível
demonstrar qual deles, concretamente, o provocou. Pode distinguir-se, neste, o concurso efetivo ou o
concurso virtual.
o Concurso efetivo: um dano é imputado a duas ou mais eventualidades.
o Concurso virtual: um dano é imputado a uma eventualidade, sendo certo que, a esta não ter
existindo, o dano ocorreria na mesma, sendo imputado a uma eventualidade diferente.
Quanto ao problema da causa virtual, que tem agitado a doutrina: por causa virtual entende-se o facto que
causaria o dano, não fosse a interrupção ou antecipação do processo causal por um outro facto que efetivamente
causou o dano.
Exemplo: alguém envenenou um cavalo, para lesar o proprietário deste, mas o animal veio a ser abatido a tiro, por
outra pessoa que igualmente queria lesar o proprietário do animal. O envenenamento é a causa virtual, que iria
conduzir à morte do cavalo; o tiro disparado para matar e que matou o animal é a causa real.
Relevância positiva: responsabilizando o agente que pratica o facto que é causa virtual do dano.
o A causa virtual não tem relevância positiva - se o autor da causa virtual fosse civicamente
responsabilizado, sê-lo-ia sem o pressuposto causalidade verificado (artigo 483º).
o Exemplo: a pessoa que envenenou o cavalo não teria de indemnizar o dano do cavalo; responsável é
quem abateu o animal.
Relevância negativa: desresponsabilizar o agente que praticou o facto que realmente causou o dano, ou seja,
o facto que é causa real. A pessoa que abateu o cavalo seria desresponsabilizada.
o Poderá ocorrer, são exemplos: 491º, 492º, 493º/1 e 807º/2.
o Problema: saber se é ou não excecional.
1. Maioria da doutrina entende que é excecional: a mais conforme com a legislação - na clausula
geral de responsabilidade civil, não se atribui relevância a causa virtual negativa; é a solução
mais consentânea com a função sancionatória e preventiva - conduziria a resultados absurdos
(nenhum seria responsável).
5ª hipótese:
Há facto ativo, não há ilicitude. Acaba o caso – mas apenas até ao susto
Depois do susto, há uma omissão por parte de A, ao não prestar o dever de auxílio a B, que se afogava – 486º, 495º,
496º, 200º CP
Art. 500º
o Comitente
1. Obrigação de indemnizar (comissário)
2. No exercício da função
o Direito de regresso (regra B) – art. 500º/n.º 3
o Art. 483º/n.º 2
Art. 501º
Art. 502º
Art. 503º
o Direção efetiva
o Veículo de circulação terrestre
o Utilizar no seu próprio interesse → comissário – art. 503º/n.º 3 (culpa presumida – art. 507º/508º)
o N.º 3 deste art.
Quando quem conduz é comissário, o comitente passa a responder nos termos do n.º 1 (pelo
risco) e o comissário (condutor) passa a responder pelo n.º 3 (culpa presumida) – como é que
se sabe se +e comitente? Art. 500º
Sé fora do exercício das funções, o comissário passa a responder pelo n.º 1 do mesmo art. e o
comitente não responde
Art. 505º - causas de exclusão de culpa
Art. 506º - 2 veículos ou mais
2ª hipótese:
De acordo com o art. 879º do CC a compra e venda tem como efeitos a entrega do bem e o pagamento do preço, logo
A não se pode recusar a não entregar o automóvel e simultaneamente exigir que a contraparte cumpra a sua prestação.
Esta exigência de A viola os Princípios da Pontualidade, Integralidade, Concretização e da Boa-fé (princípios do
cumprimento das obrigações). Desta forma, como foi convencionado um prazo para cumprimento de ambas as
obrigações, 10 de março, se A não entregar o carro na data convencionada, entra em incumprimento, uma vez que não
respeitou o prazo estabelecido por ambas as partes – aplica-se o art. 771º nº 1 do CC -, pois estamos perante uma
obrigação com prazo certo. Se A não entregar o automóvel entra em mora, como previsto no art. 804º do CC. Neste
caso tratando-se de mora do devedor, que não necessita de interpelação de B, por se tratar como já foi referido de uma
obrigação de prazo certo, abrangido pelo art. 805º nº 2. Trata-se de um não cumprimento temporário, que consiste
numa prestação que não foi realizada no tempo devido, mas ainda é possível, por facto imputável ao devedor, art. 804º
nº 2 do CC, desde que B ainda mantenha interesse no automóvel. A mora do devedor tem como consequências a
obrigação de indemnizar os danos causados a B, art. 804º n.º 1 do CC e inversão do risco caso a coisa se deteriore, art.
790º e 796º n.º 1 do CC. Mas a mora pode ser extinta se A e B chegarem a um acordo, ou por purgação da mora, ou se
B perder interesse no automóvel.
3ª hipótese:
A venda a prestações é uma modalidade de prestações fracionadas, e refere o art. 781º em conjugação com o art. 934º
do CC que A/credor pode exigir a B o pagamento das prestações que ainda não se venceram, uma vez que a falta de
uma prestação no caso concreto constitui 1/8 do preço do automóvel. Se A optar por exigir o cumprimento das
restantes prestações, B perde o benefício do prazo - art. 780º n.º 1 - constituindo mora do devedor - art. 804º n.º 2 do
CC. Em alternativa pode A optar por um reforço das garantias - art. 780º n.º 2. Mas se considerarmos que o prazo
ainda não terminou, uma vez que ainda estamos no dia em que se estipulou para pagamento, uma vez que o prazo foi
estipulado em benefício de ambas as partes, tendo em conta o princípio da pontualidade do cumprimento, previsto no
art. 406º do CC, A não poderá exigir ainda o pagamento integral das restantes prestações nos termos já referidos.
4ª hipótese:
Refere o art. 767º n.º 1 do CC que qualquer pessoa tem legitimidade ativa para o cumprimento da obrigação, não
podendo A opor-se, se o fizer incorre em mora - arts.768º n.º 1 e 813º do CC. Apenas B pode opor-se ao cumprimento
por parte de C, se este não tiver um interesse legítimo - 768º n.º 2. Mas para além do Principio da legitimidade ativa,
existe outro principio importantíssimo, que é o principio da integralidade - art. 763º/n.º 1 - que significa que o devedor
deve realizar a sua prestação na integra, sem prejuízo de ser uma obrigação realizada em prestações e, uma vez que B
está em mora, por ter faltado ao cumprimento de uma prestação, que teve como consequência a antecipação do
pagamento total do preço devido, num total de 7500€, não pode C efetuar o pagamento parcial do montante devido.
Pelo que A pode rejeitar o cumprimento por parte de C, sem por isso incorrer em mora (na teoria, é isto que acontece).
Na prática, o credor aceita sempre, sendo que o remanescente entra em mora e é depois pago com juros
5ª hipótese:
B pode, a qualquer momento, decidir oferecer o cumprimento da obrigação, porque o prazo está estabelecido em seu
benefício. Se A se recusar a receber, incorre em mora do credor - art. 813º do CC. O problema aqui está relacionado
com a matéria da imputação do cumprimento. A questão que se coloca é se devemos considerar que os 7500€ pagos
por B foram para pagar a prestação do carro ou para abater na dívida da casa. Como o devedor não designou qual a
dívida no momento do pagamento, conforme exigido no n.º 1 do art. 783º do CC, e uma vez que a divida ainda não
estava vencida, só com autorização do credor, esta poderia ser cumprida. Não tendo B designado a divida a liquidar,
“passou” essa faculdade para o credor. Ora, admitindo que a divida da casa é mais onerosa para o credor, tendo em
conta o seu valor, pode A, de acordo com o n.º 1 do art. 784º do CC, imputar esse valor na divida da casa.
A: devedor
B: credor
D: terceiro
E: terceiro
Trata-se de um contrato de compra e venda, que tem os seus efeitos regulados no art. 879º do CC. Não havendo um
prazo concreto, apenas se sabe que a entrega da coisa (al. b) do art. 879º) será feita no mesmo momento em que será
feito o pagamento (al. c) do mesmo art. + art. 885º/n.º 1)
2ª hipótese:
3ª hipótese:
A encarrega D, um terceiro, de fazer o pagamento da 2ª prestação. Tal é possível pois, nos termos do art. 767º/n.º 1 do
CC, tanto o devedor como um terceiro tem legitimidade ativa para cumprir a obrigação. O problema está na
legitimidade passiva, ou seja, a quem é que esta obrigação se destina. Dispõe o art. 769º do CC que só credor ou o seu
representante tem legitimidade para receber a prestação, não se considerando para efeitos de extinção da dívida se for
feito a um terceiro. Logo, o dinheiro entregue a E/terceiro, por D, não pode ser considerado como facto extintivo da
obrigação, a não ser nos termos do art. 770º - algo que não se verifica. Estando perante uma prestação realizada
terceiro/E, então B/credor pode pedir a sua repetição, assim como A/devedor exigir a sua restituição nos termos do art.
476º/n.º 2 do CC (enriquecimento sem causa).
No entanto, 8 dias depois, B/credor e E/terceiro celebram um contrato de cessão de crédito, nos termos do art. 577º do
CC. Ou seja, B/credor transferiu a E/terceiro o seu direito de crédito, correspondente às duas últimas prestações
(500€) – é apenas uma cessão de créditos parcial e não integral. Desta forma, B/credor não poderá exigir o pagamento
integral das prestações que faltam (750€), mas apenas da 2ª prestação, com juros, por A/devedor estar em mora por
falta de cumprimento desta mesma prestação – aplicam-se os arts. 804º, 805º/n.º 2/al. a) e 806º relativamente aos
efeitos da mora – indemnização quanto aos juros, risco e pagamento da prestação em falta.
Abrem-se duas subhipóteses:
o Posto isto, uma vez que E/terceiro adquiriu posteriormente o crédito, diz-nos o art. 770º/al. c) que a
obrigação feita a terceiro se extingue. E/terceiro não pode, portanto, exigir a antecipação do
cumprimento, não estando A/devedor em mora por atraso do cumprimento conforme preceituado nos
arts. 763º e 934º do CC.
OU
o E/terceiro adquiriu um crédito vencido (porque A/devedor não pagou a 2ª prestação), pelo que E pode
exigir imediatamente a 3ª e 4ª prestações, nos termos do art. 781º do CC.
Conclusão: E/terceiro, sendo irrelevante a prestação que está a receber, já tem 250€, pelo que só lhe faltam outros
250€ para concluir a cessão de crédito – aplica-se o art. 770º/al. d).
4ª hipótese:
A procuração é o ato pelo qual alguém atribui a outrem, voluntariamente, poderes representativos – diz-nos o art. 262º
- B/credor atribui a D/terceiro esses mesmos poderes representativos. A representação do credor pode ser legal ou
voluntária. O art. 769º diz-nos que a prestação deve ser feita ao seu credor ou ao seu representante. Mas, caso se trate
de representação legal, então o credor é um maior acompanhado/menor representado pelos pais/tutor e a prestação
deve ser feita ao representante, sob pena de o devedor correr o risco de ter de cumprir segunda vez; se a representação
é voluntária, pode a prestação ser feita, indiferentemente, ao representado ou ao representante, sem prejuízo do
disposto no art. 771º, que não obriga o devedor a acatar a designação unilateral feita pelo credor. Ora, se B/credor
atribui, através da procuração, esses poderes representativos a D/terceiro, estamos perante um caso de representação
voluntária e D/terceiro poderia receber a prestação.
O art. 771º salvaguarda o devedor, uma vez que este apenas é obrigado a satisfazer esta prestação caso haja convenção
nesse sentido. Ora, não havendo convenção, A/devedor pode negar o pagamento sem que entre em incumprimento.
A/devedor pode ainda argumentar que o pagamento não está a ser feito no local indicado – conforme o disposto no art.
774º, este local seria o domicílio de B/credor e não de A/devedor – a não ser que tenha sido convencionado aquele
local para o pagamento. No entanto, A/devedor, ao se recusar a pagar ao procurador, alegando que o local de
cumprimento não é aquele, deverá dirigir-se ao domicílio de B/credor para realizar o pagamento. Se não o fizer, entra
em mora do devedor. Caso a prestação não seja possível de realizar no local estipulado, irá equivaler à impossibilidade
da sua realização em absoluto, pelo que, nos termos do art. 790º do CC, a obrigação se extingue.
5ª hipótese:
Arts. 798º-816º - impossibilidade culposa e mora do devedor
3ª hipótese:
A entrega do carro, que deveria ter ocorrido no domicílio de B, no dia X, não ocorreu. Portanto, há uma situação de
não cumprimento. Esta situação de não cumprimento deve-se ao facto de A pretender receber os 500€ no seu
domicílio. Temos de avaliar se este fundamento é lícito ou não. Nos termos do art. 774º, a obrigação deve ser entregue
no domicílio do credor (A). Mas, por força do art. 939º, aplicamos o art. 885º, pelo que o pagamento do preço deve
ocorrer em simultâneo com a entrega da coisa. Por isso, a exigência de A não é lícita, o que significa que estamos
numa situação de mora do devedor. A continua obrigado a proceder à entrega do carro e B continua obrigado a pagar
os 500€. Mas B não paga juros moratórios porque há mora do credor – art.814º/n.º 2. Além disso, A deve indemnizar
B pelos danos causados.
4ª hipótese:
Há uma situação de impossibilidade. Não é imputável ao devedor, mas ocorre na pendência da mora deste. Assim
sendo, aplicamos o art. 807º, o que significa que, pelo facto de estar em mora, o devedor assume a responsabilidade da
destruição do automóvel, mesmo que a causa da impossibilidade não lhe seja imputável. O devedor tem o ónus de
demonstrar que o credor teria sofrido igual prejuízo, mesmo que não existisse uma situação de mora (807º, nº2). Neste
caso, a mora é relevante, pelo que A deve indemnizar B.
CASO PRÁTICO N.º 16