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nta._Responsabilidade_civil._2022-02.pdf
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Trabalho de Responsabilidade
Unidade 1 -
I- Introdução a Responsabilidade Civil
É Área Patológica de direito das obrigações -
A Responsabilidade Civil decorre do dever geral de neminem leadere (não lesar outrem). Tem suas origens no Direito
Romano, mas evoluiu muito ao longo dos séculos: de vingança privada à reparação de danos.
Conceito:
A responsabilidade civil é sempre um dever jurídico sucessivo, decorrente da violação de um dever jurídico originário e
causa dano.
Função precípua :
“O fundamento do fenômeno ressarcitório é um dano que se valora como ressarcível e não um ato que se qualifica
como ilícito, convertendo-se de tal modo o dano no núcleo de todo o sistema da responsabilidade civil, no centro de
gravidade e no eixo em torno do qual gira". (CALVO COSTA, 2012)
Importante: Relação extracontratual (aquiliana) que deriva da culpa - Art. 927, caput + Art. 186 do CC/02 Vs. Relação
Contratual- Art. 389 do CC/02, ex.: quebra de uma cláusula que gere dano.
Em resumo -
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Origem: Direito Romano - não havia diferença entre responsabilidade civil e a penal
Culpa -
Elemento da culpa e Responsabilidade Subjetiva - Arts. 197, caput + 186 do CC/02
Responsabilidade Civil 1
É um critério de valoração moral; torna a responsabilidade civil em subjetiva
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
(a) imprudência
(b) imperícia
(c) negligência
(d) dolo
A teoria objetiva faz com que o autor de uma atividade de risco responda por todos os
danos dela advindos, independentemente de culpa. (PETEFFI DA SILVA, 2013)
É decorrente do princípio do risco ou da teoria do risco, subentende-se no caso de: retirar proveito de uma atividade
econômica lucrativa + o risco de ocorrer um dano a partir desta.
São hipóteses, no geral, previstas em legislação ou então decorrentes da natureza da atividade.
2. Ato ilícito (propriamente dito) ou Ato Antijurídico (ferir um dever jurídico originário)
3. Nexo de Causalidade
Unidade 02 -
Elementos da Responsabilidade -
Sobre os conceitos dos elementos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência (imperícia
e dolo), violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Responsabilidade Civil 2
Ato ilícito (propriamente dito) = antijuridicidade + culpa
Obs.: A responsabilidade civil objetiva fala-se somente em ato antijurídico.
Obs1.: Via de regra, não importa a gradação da culpa - com exceção para fins quantitativos de indenização, no caso de
culpa levíssima com excessiva desproporção é facultado ao juiz reduzi-la de forma equitativa- Art. 944, parágrafo único
do CC/02.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.
É aquele sujeito que age além do permitido pela lei e o bom senso - cometendo um ato antijurídico. Aqui fala-se
também na ideia de reprovabilidade, e por isso deve se fazer uma análise casuística.
A partir disto desprende-se que há um critério objetivo finalístico, ou seja, não é preciso comprovar a culpa, porém
há certa divergência doutrinária quanto a isto. De modo, que certa parcela da doutrina afirma que deve haver o
elemento culpa.
Dano -
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Legenda -
Responsabilidade Civil 3
"Tradicionalmente, define-se dano patrimonial como a diferença entre o que se tem e o que se teria, não fosse o evento
danoso. A assim chamada ‘Teoria da Diferença’, devida à reelaboração de Friedrich Mommsen, converteu o dano numa
dimensão matemática e, portanto, objetiva e facilmente calculável" (Maria Celina Bodin, 2003, p. 143).
Podem ser eles tanto patrimoniais, como ligados aos direitos da personalidade, ex.: dano moral.
Assim, mede-se o dano/prejuízo/consequência negativa pela a extensão deste na esfera patrimonial ou personalíssima.
1. Danos à Pessoa:
2. Dano à Coisa
1. Dano Emergente -
É aquilo que efetivamente perdeu, sendo necessário comprovação para a avaliação pecuniária ou extrapatrimonial.
2. Lucros Cessantes -
É aquilo que “deixou de lucrar”, é revestido de uma legítima expectativa disto. É preciso também avaliar de modo a
realizar uma média.
💡 Leading Case.: Maitê Proença - O STJ garantiu à atriz o direito a receber R$ 50 mil de indenização por
dano moral do jornal carioca Tribuna da Imprensa, devido à publicação não autorizada de uma foto extraída
de ensaio fotográfico feito para a revista Playboy, em julho de 1996.
Sobre a jurisprudência -
💡 Súmula 37 do STJ - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo
fato
É possível cumular na causa do pedido: a requisição por indenização de dano material e moral sobre o mesmo fato.
💡 Súmula 227 do STJ - A honra objetiva da pessoa jurídica por ser ofendida pelo protesto indevido de título
cambial, cabendo indenização pelo dano extrapatrimonial daí decorrente
A Pessoa Jurídica pode receber indenização por dano moral, porém apenas no Brasil ocorre esta conjuntura (crítica)
Classificação -
Dano → Certo
Dano → Presente (atual/pretérito) ou Futuro
Obs.: é diferente de dano emergente e lucro cessante
Responsabilidade Civil 4
A questão de perda de uma chance -
“Quando se fala em perda de uma chance é porque a oportunidade de vir a obter no futuro algo benéfico foi
irreversivelmente interrompido por um fato antijurídico”.
➣ Requisitos:
(a) chance séria e real
(b) perda definitiva da vantagem esperada
É a hipótese em que o dano ao corpo que é irreversível, e que é permanente e visível, é considerado um dano
extrapatrimonial/ dano à pessoa.
💡 Súmula 387 STJ - É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
Dano por Ricochete - “ é aquele que atinge outras pessoas, por estarem ligadas àquela que é vítima direta de um
determinado fato lesivo” (Noronha, 2013)
Vítima direta
Dano ↗ Ex.: A mãe que “vê” seu filho ser atropelado na sua frente.
↘
Vítima indireta
Outros exemplos -
(a) Caso de direito ambiental - Art. 14, § 1º da Lei 6.9838/81
Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal,
o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes
e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: (…)
Responsabilidade Civil 5
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao
meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos
Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos
causados ao meio ambiente.
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do
evento.
1. Dano morte
2. Dano Lesão
A legitimidade ativa - a vítima indireta do dano que convive no núcleo afetivo com a vítima direta, sendo que a
indenização desta primeira é inferior ao dano principal.
Nexo de Causalidade -
“é o elo que liga o dano ao fato gerador, é o elemento que indica quais são os danos que podem ser considerados como
consequência do fato verificado”. (NORONHA, 2015, p. 499)
“As teorias da causalidade procuram saber, dentre todos os fatos sem os quais um determinado dano não teria ocorrido,
quais devem ser selecionados como dele determinantes”. (NORONHA, 2015, p. 613)
Os fatores determinantes são causas, os demais são condições.
“todos os eventos que foram necessários para a ocorrência do dano são considerados como causas
equivalentes.”. Ou seja, para essa teoria não existe diferença entre causa e condição.
“As causas, além de necessárias, devem estar revestidas de um critério de adequação. Assim, um
fato pode ser considerado causa de um dano se, de acordo com os dados da ciência e da experiência, no momento da
sua produção, fosse possível prever que tal fato geraria o dano. Busca-se, entre as diversas causas do dano, aquelas
que apresentam a ‘possibilidade objetiva do resultado’.” (PETEFFI DA SILVA, 2013, p. 24 - 25).
“Para o exame do conceito de causalidade adequada é indício o tempo em que ocorre o fato e
o em que se verifica o evento. Mas, a distância, se maior ou menor, para fundamentar a adequação,
não é propriamente a temporal, mas a lógica.”
“O agente que deve reparar o dano não é aquele que teve a última chance de evitá-lo, mas exatamente aquele que teve
a melhor e mais eficiente oportunidade”. (PETEFFI DA SILVA, 2013, p. 24 - 25).
➣ Critério probabilístico + Análise Casuístico
Responsabilidade Civil 6
➣ Análise direta: verificar a causa elevada/determinante/predominante
➣ Parte da noção de condição necessária (conditio sine qua non), porém neste caso somente uma causa pode ser
considerada direta e imediata, ou seja, que sem ela o dano não poderia ocorrer (condição necessária).
Obs.: muitos autores dizem que o CC/02 adotou esta teoria, diante da redação do Art. 403 do CC/02, apesar deste
dispositivo estar voltado à temática de negócio jurídico contratual
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem
os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do
disposto na lei processual.
➢ É uma análise reversa: analisa-se as causas excluídas, para determinar aquela que permanece.
Toda causa será direta e imediata se não houver outra causa que rompa a relação entre essa causa e o dano sofrido
pela vítima.
Agostinho Alvim diz que a causa necessária é a que ‘explica’ o dano: “assim, é indenizável
todo dano que se filia a uma causa, ainda que remota, desde que ela lhe seja causa necessária, por não existir outra
que explique o mesmo dano”. (ALVIM, 1972, p. 356).
Causalidades concorrentes diversos lesantes; ocorre quando houver pluralidade de causas e estas forem
atribuídas a diversos agentes
Causalidade alternativa - um dano causado por diversos indivíduos que não é possível determinar aquele que foi
determinante, ex.: briga de bar
Ou seja, ocorre quando houver dois ou mais fatos atribuídos a pessoas diferentes, todos com potencialidade para
causar o dano, mas sem que seja possível determinar com exatidão qual deles foi o causador, teremos a causalidade
alternativa.
Concorrência de fatos do lesante e do lesado: ocorre quando houver um fato de um sujeito concorrendo com o
fato do próprio lesado
Obs.: Culpa Concorrente ; é um termo errôneo, haja vista que inexiste concorrência de culpa. Esta ocorre quando
ambas os sujeitos (vítima e autor) participaram/contribuíram na ocorrência do prejuízo - Art. 945 do CC/02
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização
será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do
dano.
Exemplo: O médico me prescreve um remédio inadequado para o tratamento de uma determinada doença. Porém, eu
também não faço uso de forma adequada desse remédio, ou seja, tomo os
comprimidos de forma diversa da prescrição médica. Ao final do tratamento, acabei tendo um agravamento do quadro
clínico. De fato, o médico contribuiu para tal agravamento, mas eu também tive uma conduta determinante para esse
agravamento.
Quando existe o caso de mais de um agente/autor de um dano, estes se ligam por meio de uma relação solidária.
Responsabilidade Civil 7
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos
à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão
solidariamente pela reparação.
Propõe a inversão da prova do nexo de causalidade, em regra, a prova do nexo de causalidade é da vítima.
Exemplo: Grupo de amigos que se envolve em uma briga de bar. Não se sabe, efetivamente, quem partiu para a
agressão física. Logo, a vítima entra com uma ação judicial em face de todos os membros do grupo.
Unidade 3 -
Excludentes da Responsabilidade Civil
1. Causa Estranha ao evento danoso -
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior,
se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos
não era possível evitar ou impedir.
Caso de relação jurídica contratual, porém a doutrina admite que seja utilizado em relação extracontratual
💡 Enunciado 443 da V Jornada de Direito Civil - O caso fortuito e a força maior somente serão considerados
como excludentes da responsabilidade civil quando o fato gerador do dano não for conexo à atividade
Responsabilidade Civil 8
O caso de fortuito interno é indenizável, haja vista que é uma ação/omissão própria da atividade, ex.: atraso de voos
(a) legítima defesa - Art. 188, caput, inciso I, primeira parte, do CC/02 + Art. 25, caput do CP
Deve ser proporcional a ofensa e imediata.
(b) exercício regular do direito - Art. 188, caput, inciso I, parte final do CC/02
Ex.: concorrência leal ou cumprimento de mandato por oficial de justiça que ao ingressar no imóvel derruba a porta.
⇨ Excluí a ilicitude, de modo que não cabe no caso de responsabilidade objetiva.
(c) estado de necessidade - Art. 188, caput, inciso I, parte final + Art. 229 do CC/02
Esta modalidade não exclui o dever de indenizar -
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem
culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
EMENTA - RESPONSABILIDADE CIVIL. Transporte coletivo. Assalto. Estado de necessidade. Responde pelo resultado
danoso a empresa cujo motorista pratica a ação em estado de necessidade, sob coação do assaltante, deixando a porta
aberta do veículo que mantém em movimento, do que decorre a queda do passageiro. Precedentes. Recurso não
conhecido.
Unidade 4 -
Responsabilidade Civil por Fato de Outrem e da Coisa -
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
Responsabilidade Civil 9
➣ É caso de responsabilidade objetiva - Art. 933 do CC/02
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
💡 Enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil - A única hipótese em que poderá haver responsabilidade
solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5, parágrafo único,
inciso I do CC/02 (foi revogado)
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
ENUNCIADO 660 – Art. 928: Suprime-se o Enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal.
("A única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido
emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo
Código Civil.")
Justificativa: O Enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil considera exclusivamente a emancipação
como causa de responsabilidade solidária dos menores de 18 anos, o que é contraditório ao
Enunciado 40 da mesma Jornada, que reconhece que o menor é devedor principal no caso de atos
infracionais com medida protetiva de reparação do dano. Ademais, havendo mais de um causador
do dano, e sendo o adolescente também devedor principal, este deve ser considerado devedor
solidário, conforme art. 942, parte final, do Código Civil.
Nesse sentido: “Assim é que, para os danos resultantes de ato infracional, de que é importante o
dano dolosamente causado (Código Penal, art. 163), poderá ser imposta uma responsabilidade civil
subjetiva (ECA, art. 116), sendo o adolescente solidariamente responsável com os seus pais ou tutor
(Código Civil, art. 942, parágrafo único).” (CALIXTO, Marcelo Junqueira. A culpa na responsabilidade
civil: estrutura e função. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, p. 45-46). No mesmo sentido: TEPEDINO,
Gustavo; BARBOZA, Heloisa Helena; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código Civil interpretado
conforme a Constituição da República. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2012, v. 2, p. 823.
Obs.: caso do menor emancipado de forma voluntária - os seus pais/responsáveis ainda deverão indenizar na
ocorrência de algum prejuízo ocasionado pelo menor.
Responsabilidade Civil 10
Importante - É preciso em primeiro lugar comprovar a responsabilidade subjetiva do menor/inimputável e depois
fala-se em responsabilidade objetiva de seus responsáveis - pois não há o que se falar em responsabilidade in
vigilante, como era adotado anteriormente. Caso não seja caso de responsabilidade subjetiva do menor, não irá
ocorrer a responsabilização de seu responsável.
Aqui fala-se no caso em que as pessoas responsáveis não tem a obrigação de fazê-lo ou não dispõe de meios, sendo
que o menor tem condições de bancar a indenização.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar
se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Último Inciso; é Caso de Enriquecimento sem Causa - Art. 932, inciso V do CC/02
É tido doutrinariamente com caso de enriquecimento sem causa e não um caso de responsabilidade civil por fato de
outrem.
➢ Relaciona-se com a Teoria de Guarda - é necessário que o sujeito tome conta; responsabilize-se pela coisa
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Responsabilidade Civil 11
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar
culpa da vítima ou força maior.
➢ Para haver a excludente deve se provar um fato estranho (caso fortuito ou de força maior) ou culpa exclusiva da
vítima, e não concorrente, sendo concorrente fala-se em diminuição proporcional no valor da indenização.
Sobre a Indenização -
💡 ENUNCIADO 658 da IX Jornada Direito Civil – Arts. 402 e 927: As perdas e danos indenizáveis, na forma
dos arts. 402 e 927, do Código Civil , pressupõem prática de atividade lícita, sendo inviável o ressarcimento
pela interrupção de atividade contrária ao Direito.
Só cabe a indenização se a vítima do dano, caso esta esteja praticando uma conduta lícita.
Quantificação do Dano -
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á
pelo seu valor, em moeda corrente.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de
lucrar.
Ou seja, observar a situação anterior ao dano e compará-la com a atual, é um critério objetivo que averigua de forma
documental.
➢ Critérios de fixação de danos extrapatrimoniais -
Aqui fala-se em um critério compensatório + pedagógico.
Responsabilidade Civil 12