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RESPONSABILIDADE CIVIL

Prof. Clóvis Tenório


Ementa da Disciplina
Contexto Histórico-Jurídico da Responsabilidade Civil; Responsabilidade
Civil Subjetiva, Objetiva e
Culpa Presumida; Responsabilidade Civil e a legislação brasileira;
Responsabilidade Civil Contratual
e Extra-Contratual; Responsabilidade Civil e Penal – distinções;
Elementos Caracterizadores da
Responsabilidade Civil: ato ilícito, Dano e Nexo de Causalidade;
Excludentes de Ilicitude; Teoria da
Imprevisão; O Ônus da Prova; Responsabilidade pré e pós-contratual; A
Indenização e sua Liquidação; Responsabilidade Civil do Estado;
Responsabilidade Civil do Profissional Liberal e das Pessoas Jurídicas de
Direito Privado.
Histórico de Responsabilidade Civil

 Inspiração no Código Civil Napoleônico


(1804);
 Ideia de culpa do agente causador de dano;
 Não tipificação de condutas, nem de penas.
Histórico de Responsabilidade Civil

 Responsabilidade civil no Direito Romano:

 Viver honestamente (honestae vivere);


 Dar a cada um o que é seu (suum cuique
tribuere).
Histórico de Responsabilidade Civil

 Restituição integral:

 O dever de reparar assegura que o lesado, enquanto


pessoa individualizada, tenha o seu patrimônio –
material ou moral – reconstituído ao statu quo ante,
mediante a restitutiu in integrum. 
Conceito de Responsabilidade Civil

 A responsabilidade civil está ligada à conduta que


provoca dano às outras pessoas.
 Trata-se de um dever sucessivo, resultante de um
dever originário.
 Reparação dos injustos, resultantes da violação de
um dever de cuidado.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Ato ilícito;
 Culpa;
 Dano;
 Nexo de Causalidade.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Ato ilícito: É a conduta contrária ao ordenamento


jurídico, que tem por elementos a antijuridicidade e a
imputabilidade.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Ato ilícito: Segundo Venosa, trata-se de


comportamento voluntário que transgride um dever.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Ato ilícito: Os artigos 186 a 188 do Código Civil


trataram de definir o que seriam os atos ilícitos.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Antijuridicidade: É o elemento objetivo do ato


ilícito. É uma ação ou omissão que ofende a norma.

 Imputabilidade: É o elemento subjetivo


(discernimento = maturidade + sanidade).
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Culpa: Classificamos a culpa em culpa “lato sensu” e


culpa “stricto sensu”.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Culpa “lato sensu”: Abrange tanto a culpa “stricto


sensu” quanto o dolo. Trata-se de gênero do qual
são espécies a culpa “stricto sensu” e o dolo.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dolo: É a conduta fundamentada em uma vontade.


É a modalidade mais grave de culpa “lato sensu”.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dolo Direto: O agente atua para atingir o fim ilícito,


com esta intenção.

 Dolo Necessário: O agente pretende atingir fim


lícito, mas sabe que sua ação determinará
inevitavelmente o resultado ilícito.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dolo Eventual: Quando o agente atua e vista de um


fim lícito, mas com a consciência de que pode
eventualmente advir de seu ato um resultado ilícito e
quer que este se produza.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Culpa “Stricto Sensu”: Aqui o agente não quer o


resultado, não pretende causar dano, praticar o ato
ilícito, mas pela falta de cuidado pratica a conduta.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Culpa “Stricto Sensu”:

 Negligência: Há desídia.
 Imprudência: Há uma conduta comissiva.
 Imperícia: Temeridade. Falta de habilidade no
exercício de atividade técnica.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Quanto à gradação a culpa pode ser:

 Leve: Falta evitável;


 Levíssima: Falta de atenção extraordinária;
 Grave: Erro grosseiro.

*Todas levam ao dever de reparar.


Responsabilidade Civil Subjetiva

 É a regra geral do nosso ordenamento civil.

 Depende da verificação da existência de dolo ou


culpa (culpa lato sensu), na conduta do agente.
Teoria da Culpa Presumida

 Aqui há uma presunção legal de culpa, cabendo ao


autor do dano demonstrar que sua conduta não foi
culposa. Inverte-se o ônus da prova, permitindo à
vítima reparação em inúmeras hipóteses.
Teoria da Culpa Presumida

 Esta teoria não foi adotada pelo Código Civil pátrio,


no qual vige a responsabilidade civil subjetiva.

 Foi um grande passo para a teoria da


responsabilidade civil objetiva.
Responsabilidade Civil Objetiva

 Via de exceção no nosso ordenamento civil.

 Surge somente da ocorrência do fato danoso.

 Nos casos em que o Código Civil quis aplicar a teoria


da responsabilidade civil objetiva, o fez de maneira
expressa.
Responsabilidade Civil Objetiva

 Teoria do risco: Segundo Carlos Roberto Gonçalves,


o exercício de atividade que possa oferecer algum
perigo representa um risco, que o agente assume, de
ser obrigado a ressarcir os danos que venham a
resultar a terceiros dessa atividade.
Responsabilidade Civil Objetiva
 Teoria do risco:

 Art. 927, parágrafo único, CC: Haverá obrigação de


reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.
Responsabilidade Civil Objetiva

 Atividades perigosas previstas no artigo 927,


parágrafo único do CC;

 Responsabilidade de menores inimputáveis, prevista


no art. 928, do CC;
Responsabilidade Civil Objetiva

 Responsabilidade objetiva dos pais, tutores e


curadores, empregadores e donos de hotéis, prevista
no art. 932, do CC;

 Responsabilidade Civil do dono ou detentor de


animal, prevista no art. 936, do CCC;
Responsabilidade Civil Objetiva

 Responsabilidade civil do habitante do prédio de


onde caem ou são lançadas coisas, prevista no art.
938, do CC.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Culpa concorrente: Aplica-se nas hipóteses em que,


ao lado da culpa do agente, se faz presente também a
culpa da vítima pelo resultado danoso.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dano: É o resultado negativo oriundo da conduta do


agente, suportado pelo ofendido.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dano emergente: É aquele que atinge o patrimônio


presente da vítima (dano material).

 Lucros cessantes: Atinge o patrimônio esperável da


vítima (dano material).
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dano moral: Lesão a um interesse que visa à


satisfação ou gozo de um bem jurídico
extrapatrimonial contido nos direitos da
personalidade ou nos atributos da pessoa.

*Mero dissabor não causa dano moral.


Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Dano estético: Atinge aspecto físico da pessoa


humana, modificando a aparência de modo
duradouro ou permanente, prejudicando ou não sua
capacidade laboral.
Pressupostos da Responsabilidade Civil

 Nexo causal: É a relação de causa e efeito entre a


conduta do agente e o dano.

 Teoria da causalidade adequada: Causa é tão


somente aquele antecedente mais adequado à
produção do resultado. Adotada pelo CC (arts. 944 e
945).
Atividade do discente

Assistir ao vídeo do Tópico 01 da


Unidade I do AVA
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Teoria da Responsabilidade Civil Subjetiva: Esta é a


teoria adotada pelo nosso Código Civil, que, entretanto,
trará hipóteses de responsabilidade civil objetiva.
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Art. 927, parágrafo único, Código Civil: “Haverá


obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem”.
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Diploma de Regência: Arts. 186 a 188 (atos ilícitos); e


927 a 954, do Código Civil.
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Art. 186, Código Civil (ato ilícito): “Aquele que, por


ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Art. 187, Código Civil (abuso do direito): “Também


comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Boa Fé Objetiva: Trata-se de um standard de conduta.


Norma de intepretação e elemento limitador dos direitos
subjetivos, com o objetivo de estabelecer os deveres de
comportamento que as partes devem obedecer nas relações
jurídicas. Exigência de conduta ética que deverá estar
subentendida em todas as relações. 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Função Social: É de verificar, no caso concreto, se o


direito que está sendo exercido, está sendo de forma
abusiva, não dirigindo-se à função para o qual foi
legitimado pelo ordenamento jurídico. 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Função Econômica: Aqui devemos verificar se o direito


está sendo exercido de acordo com a função econômica para
a qual foi criado. 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Bons Costumes: Conceito jurídico amplo, subjetivo.


Tratamos aqui de um complexo de regras e princípios
impostos pela moral, que traduzem a norma de conduta dos
indivíduos em suas relações jurídicas. 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Da obrigação de reparação: No momento em que comete


ato ilícito, o agente torna-se sujeito passivo da obrigação de
reparar (art. 927, CC). 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 O credor que demandar o devedor antes de vencida a


dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará
obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a
descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a
pagar as custas em dobro (art. 939, CC). 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira
 Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará
obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver
cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver
prescrição, sendo que tais penas (dos artigos 939 e 940) não se aplicarão
quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o
direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido. 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Responsabilidade Civil – Obrigação Solidária: Se a ofensa tiver


mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação,
sendo solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as
pessoas designadas no art. 932 (pais, tutor, curador, empregador,
etc.). 
Responsabilidade Civil e a Legislação
Brasileira

 Transmissão Hereditária: Tanto o direito de exigir


reparação, quanto a obrigação de reparar são transmitidos
por herança. 
Responsabilidade Civil Contratual

 Decorre sempre de um contrato pretérito,


cujas disposições não hajam sido integralmente
cumpridas. O descumprimento do contrato, gera
obrigação de reparar.
Responsabilidade Civil Contratual

 A responsabilidade civil contratual poderá


advir de cláusula expressa no próprio instrumento
contratual, ou mesmo tácita, ou ainda, implícita,
regida pelas regras gerais.
Responsabilidade Civil Contratual

Cláusula limitativa ou restritiva do valor da


indenização: Trata-se de uma cláusula aposta no
contrato, no sentido de trazer limites para eventual
indenização por descumprimento contratual.
Responsabilidade Civil Contratual

Cláusula de não indenizar: É vedada a aposição


deste tipo de cláusula pelo nosso ordenamento
consumerista. Retira integralmente o direito a
indenização e a obrigação de reparar.
Responsabilidade Civil Contratual
Cláusula de não indenizar:

 Autonomia da vontade;
 Inexistência de vícios de consentimento;
 Não violação à ordem pública;
 Isonomia entre as partes;
 Inexistência da intenção de eximir o dolo ou culpa
grave do estipulante e ausência de intenção de afastar a
obrigação inerente à função.
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos de Transporte


Terrestre:
 A responsabilidade é contratual e objetiva. O lesado que não
chegue incólume ao seu destino em razão de dano sofrido no
trajeto não precisa provar a culpa do transportador, que só
será retirada se estiver presente alguma das excludentes;
aplica-se o CDC naquilo que não contrariar o Código Civil.
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos de Transporte


Aéreo:
 Responsabilidade civil objetiva, com aplicação do Código de
Defesa do Consumidor.
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos de Transporte


Gratuito:
 O transportador só será civilmente responsável por danos causados ao
transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave.
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos Bancários:


 Responsabilidade civil objetiva. O fornecedor de serviços
responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos (art.
14, CDC).
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos Bancários:

 Súmula 28, STF: “O estabelecimento bancário é responsável


pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de
culpa exclusiva ou concorrente do correntista”.
Responsabilidade Civil Contratual

Responsabilidade Civil nos Contratos Bancários:

 Súmula 297, STJ: “O Código de Defesa do Consumidor é


aplicável às instituições financeiras”.
Responsabilidade Civil Contratual
Responsabilidade Civil dos construtores e
incorporadores:

 Será contratual, havendo cláusula penal, em que haverá


responsabilização por perdas e danos.
 Será extracontratual no que respeita a solidez e segurança da
obra, caso em que após a entrega da obra ficarão os
construtores e incorporadores responsáveis durante cinco
anos pela solidez da construção.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Baseia-se na não observância do princípio da “non


lesare”, ou seja, inobservância ao dever de não causar
prejuízo sob pena de reparação integral.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Responsabilidade Civil – Obrigação Solidária:

 Art. 942, Código Civil: Se a ofensa tiver mais de um


autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Para que se veja caracterizada a responsabilidade civil


extracontratual, é preciso que estejam presentes os
elementos da responsabilidade civil, quais sejam: conduta,
dano, culpa e nexo causal (teoria subjetiva).
Responsabilidade Civil Extracontratual

Decorrente de fato próprio: Em que o próprio agente é o


responsável pelo dano.

Decorrente de fato de terceiro: Representantes legais,


em relação aos filhos, tutelados e curatelados;
hospedeiros em relação aos seus hospedes; prepostos e
empregadores etc.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Decorrente de fato próprio: Em que o próprio agente é o


responsável pelo dano.

Decorrente de fato de terceiro: Em relação à guarda de


animais, a culpa do dono é presumida desde que o lesado
comprove o dano e o nexo causal com o “fato do animal”.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Decorrente de fato próprio: Em que o próprio agente é o


responsável pelo dano.

Decorrente de fato de terceiro: É possível ao dono do


animal afastar sua responsabilidade caso comprove culpa
exclusiva da vítima ou força maior.
Responsabilidade Civil Extracontratual

O proprietário de construção é responsável objetivamente


pelo dano causado pelo desabamento do seu edifício sobre
outros edifícios ou pessoas, conforme art. 937, do Código
Civil; devendo ficar provado o dano e o nexo de
causalidade, apenas.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Art. 937, Código Civil: “O dono de edifício ou construção


responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta
provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse
manifesta”.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Teoria da perda de uma chance:


 Inspiração francesa. Se alguém, praticando um ato ilícito, faz
com que outra pessoa perca uma oportunidade de obter uma
vantagem ou de evitar um prejuízo, esta conduta enseja
indenização pelos danos causados.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Teoria da perda de uma chance:


 Segundo a jurisprudência do STJ, para que seja aplicada esta
teoria é necessário que o dano seja real, atual e certo, dentro
de um juízo de probabilidade, e não mera possibilidade. O
dano potencial não é indenizável.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Responsabilidade Civil dos Notários e Registradores:

 Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos


os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo,
pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que
autorizarem, assegurado o direito de regresso (art. 22, Lei nº
8.935/1994 – Responsabilidade Civil Subjetiva).
Responsabilidade Civil Extracontratual

Responsabilidade Civil dos Notários e Registradores:

 A gestão da serventia é privada, com base na CF, art. 236 e na Lei nº


8.935/1994.

 O Estado só é responsabilizado direta e objetivamente, conforme art.


37, § 6º, CF, com relação às serventias vagas.
Atividade do discente

Assistir ao vídeo do Tópico 2.1 da


Unidade I do AVA
Responsabilidade Civil Extracontratual

Excludentes de ilicitude:
 Estado de necessidade;
 Legítima defesa;
 Culpa exclusiva da vítima;
 Fato de terceiro;
 Caso fortuito;
 Força maior.
Responsabilidade Civil Extracontratual

Excludentes de ilicitude: Afastam a ilicitude, mas não


excluem o dever de indenizar.
Excludentes de ilicitude
Estado de necessidade (arts. 188, II, 929 e 930, CC):
 Não constitui ato ilícito a deterioração ou destruição
da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente.
 Limite do necessário: Só haverá excludente de
responsabilidade quanto ao absolutamente
necessário a remoção do perigo.
Excludentes de ilicitude

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no
exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia,
ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
Excludentes de ilicitude

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será


legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não
excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo.
Excludentes de ilicitude

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa,


no caso do inciso II do art. 188, não forem
culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Excludentes de ilicitude

Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo


ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor
do dano ação regressiva para haver a importância que
tiver ressarcido ao lesado.
Excludentes de ilicitude

Parágrafo único. A mesma ação competirá contra


aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188,
inciso I).
Excludentes de ilicitude
Estado de necessidade (arts. 188, II, 929 e 930, CC):

 Ex.: Sacrifício de um carro para salvar um ser


humano; sacrifício de um cão raivoso para
resguardar a integridade física de alguém.
Excludentes de ilicitude
Legítima defesa (art. 188, I, CC):
 Deve ser real e contra o próprio agressor para
caracterizar a excludente de responsabilidade.

 O excesso é indenizável!
Excludentes de responsabilidade
Fato de terceiro:
 Aqui só haverá exclusão de responsabilidade se a
conduta puder ser comparável ao caso fortuito
(imprevisível e inevitável).

 Ex.: O ônibus que bate na traseira do seu


automóvel.
Excludentes de responsabilidade
Fato de terceiro:
 Não exonera o dever de indenizar, mas permite a
ação de regresso em face do terceiro.
Excludentes de responsabilidade
Súmula 187, STF:
“A responsabilidade contratual do transportador, pelo
acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de
terceiro, contra o qual tem ação regressiva”.
Excludentes de responsabilidade
Culpa exclusiva da vítima:
 Somente o comportamento da vítima pode ser
atribuído como causa do dano sofrido. Exclui-se a
responsabilidade porque não há nexo de
causalidade.
 Ex.: Quem toma remédio em desacordo com a
bula ou prescrição médica; Quem entra na jaula
em zoológico.
Excludentes de responsabilidade
Culpa concorrente:
 As condutas do agente e da vítima concorrem para o
resultado, de forma que o agente não produziria o
resultado sozinho, contando para tanto com o
efetivo auxílio da vítima.
 Ex.: Autor e vítima que manuseiam arma de fogo
sem o conhecimento necessário e algum deles
acaba sendo alvejado.
Excludentes de responsabilidade
Caso fortuito e força maior:
 Tanto no caso fortuito quanto na força maior há
rompimento do nexo de causalidade; não há relação
de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano
suportado.
Excludentes de responsabilidade
Caso fortuito e força maior:
 Caso fortuito: Está ligado a fato alheio a vontade
do causador do dano.

 Ex.: Falta de freios do automóvel que causa


acidente.
Excludentes de responsabilidade
Caso fortuito e força maior:
 Força maior: Está ligado a fenômeno da natureza.

 Ex.: Grande quantidade de névoa na rodovia que


causa batida de carro.
Excludentes de ilicitude
Teoria da Imprevisão: Trata da possibilidade de revisão
contratual em casos imprevisíveis e inevitáveis, em que uma
das partes do contrato fica em posição excessivamente
onerosa, frente a outra parte.

 Com base nesta teoria o contrato deverá ser revisado e


o não cumprimento, em tese, não gera dever de
indenizar.
Responsabilidade Civil e Penal

 Há independência de instâncias, entre a


responsabilidade civil e a responsabilidade
criminal.
Responsabilidade Civil Responsabilidade Penal
ResponsabilidadeX Civil e PenalTipicidade
X Anterioridade
Atinge o particular Atinge bem jurídico público
Dano concreto Dano potencial
O lesado pode não requerer reparação Quase sempre há imperativo de
reparação
O patrimônio responde O indivíduo responde
Responsabilização por ato de terceiro Princípio da pessoalidade

Imputabilidade a incapazes, em certos Imputabilidade aos maiores de 18


casos anos, capazes.
Case 01: Mário atravessou movimentada via pública, fora da faixa de
pedestre, quando foi atingido por um ônibus que vinha na pista exclusiva
destinada ao tráfego deste tipo de veículo automotor. O ônibus pertencia a
uma concessionária de serviço público municipal. O motorista do ônibus
conduzia o veículo com a velocidade compatível com a permitida para o
local e observando o dever de cautela que lhe era exigível. Em decorrência
do atropelamento, Mário faleceu e seus filhos ajuizaram ação indenizatória
em face da sociedade empresária. Diante desta situação hipotética, os filhos
de Mário deverão ser ressarcidos pela morte do pai? A responsabilidade é
contratual ou extracontratual, no caso? Há a presença de todos os requisitos
da responsabilidade civil? Explique com base no ordenamento jurídico e
doutrina nacional.
Responsabilidade Civil e Contratos
Responsabilidade pré-contratual:

 Ainda na fase pré-contratual é possível que haja


responsabilidade civil, mas devemos observar que neste
momento ainda não podemos falar em responsabilidade civil
contratual.
Responsabilidade Civil e Contratos
Responsabilidade pré-contratual:

 Como primeiro requisito do dever de reparar que chamamos


de responsabilidade civil temos o chamado “ato ilícito”, que
pode ser verificado já na fase de formação dos contratos.
Responsabilidade Civil e Contratos
Responsabilidade pré-contratual:

 De acordo com o art. 422, do CC, já na fase pré-contratual os


contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do
contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e
boa-fé.
Responsabilidade Civil e Contratos
Elementos da responsabilidade pré-contratual:

 Fase de tratativas preliminares;


 Conduta antijurídica de uma das partes que viole
princípios do Direito;
 Dano (moral ou material);
 Dolo ou culpa do agente (Resp. Subjetiva);
 Nexo causal.
Responsabilidade Civil e Contratos
Recusa de contratar:

 Aqui já passamos da fase de tratativas, já estamos na


fase de oblação e o fornecedor se recusa a celebrar o
contrato principal, a desprezo de já haver aqui
manifestação de vontade, embora ainda não tenhamos
contrato propriamente dito.
Responsabilidade Civil e Contratos
Cláusula de indenizar:

 De acordo com a autonomia da vontade, princípio


norteador do direito contratual, é livre as partes dispor
como lhes aprouver acerca das indenizações nos
contratos, limitando-se a lei, a ordem pública,
econômica, boa fé e a função social dos contratos.
Responsabilidade Civil e Contratos
Responsabilidade pós contratual:

 Também tem como fundamento o art. 422 do CC, que


positiva o dever de boa fé no nosso ordenamento
jurídico.
Responsabilidade Civil e Contratos
Responsabilidade pós contratual:

 Aqui não há mais contrato, nem responsabilidade civil


contratual, mas há, ainda, responsabilidade civil.

 Ex.: Evicção e garantias de produtos ou serviços.


Inexecução Contratual
A inexecução do contrato, que frustra a expectativa do
outro contratante, por si, configura ato ilícito indenizável.

Observe que o inadimplemento ou inexecução podem


advir tanto de regra expressa no contrato quanto de normas e
princípios gerais (violação positiva do contrato, p. ex).
Inexecução Contratual
Regramento da inexecução ou descumprimento das
obrigações contratuais:

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por


perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo
índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.
Inexecução Contratual
Regramento da inexecução ou descumprimento das
obrigações contratuais:

Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por


inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se
devia abster.

Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem


todos os bens do devedor.
Inexecução Contratual
Nos termos do art. 391 do CC, o patrimônio irá responder
pelas obrigações do devedor, mas há exceções.

 Impenhorabilidade do bem de família (Súmula 364,


STJ);

 Impenhorabilidade aposta em testamento ou doação.


Inexecução Contratual
Não haverá responsabilização do devedor em caso fortuito
ou de força maior, exceto se houver previsão contratual
neste sentido (art. 393, CC).
Inexecução Contratual
Cláusula penal: Trata-se da previsão aposta em contrato,
do quantum indenizatório pelo seu descumprimento.
Inexecução Contratual
Inexecução total do contrato: Nas obrigações com
termo, após a ocorrência deste, sem o cumprimento, o
devedor estará em mora automaticamente, de pleno direito
(art. 397, CC).
Inexecução Contratual
Inexecução total do contrato: Nas obrigações sem
termo, para que o devedor seja constituído em mora é
necessária a interpelação, judicial ou extrajudicial (art. 397,
parágrafo único, CC).
Inexecução Contratual
Inexecução parcial: Aqui houve mal adimplemento, ou
incompleto. Cumpriram-se algumas obrigações, mas nem
todas.

 Em ambas as hipóteses a cláusula penal terá função


ressarcitória.
Cumprimento retardado do contrato
Aqui há um atraso no cumprimento da obrigação, pelo
que a cláusula penal terá função moratória, limitada ao valor
da obrigação principal.
Case 02: Durante 20 anos, empregados de uma fábrica de doce de goiaba
distribuíram, gratuitamente e sem contrato escrito, sementes de goiabas entre
os agricultores daquela região. Em troca, os empregados da referida fábrica
procuravam os agricultores, anualmente, na época da colheita, para adquirir a
safra produzida, mediante pagamento do preço de mercado. Ocorre que, no
último ano, o dono da fábrica, apesar de ter distribuído as sementes para os
mesmos agricultores, recusou-se a efetuar a compra. Os agricultores, que não
tinham oferecido o produto a outro comprador, ficaram no prejuízo. Diante do
fato narrado, a atitude do dono da fábrica é capaz de ensejar uma indenização?
No caso em tela, teríamos responsabilidade civil contratual ou
extracontratual? Há violação positiva do contrato no caso em tela? Explique
com base no ordenamento jurídico e doutrina nacional.
Tipos de Indenização
A indenização tem duplo objetivo, ao mesmo tempo que
serve para reparar o dano suportado pelo ofendido, também
serve para desestimular a prática de conduta danosa pelo
ofensor.

 Caráter ressarcitório;
 Caráter pedagógico.
Tipos de Indenização
A indenização irá compor tanto o dano emergente quanto
os lucros cessantes. Observe há hipóteses em que não cabe
falar em lucros cessantes.
Tipos de Indenização
De acordo com o art. 944, do Código Civil a indenização
será medida pela extensão do dano.

Havendo excessiva desproporção entre a gravidade da


culpa e o dano, o juiz poderá reduzir equitativamente a
indenização.
Tipos de Indenização
Culpa Concorrente: Se a vítima tiver concorrido
culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano (art. 945, CC).
Tipos de Indenização
Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie
ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente.

 Ex.: O caso das obrigações fungíveis, cuja prestação


já tenha sido executada por terceiro.
Tipos de Indenização
Indenização por Homicídio:

 No pagamento das despesas com o tratamento da


vítima, seu funeral e o luto da família;
 Na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto
os devia, levando-se em conta a duração provável da
vida da vítima;
 Demais reparações determinadas pelo juiz.
Tipos de Indenização
Indenização por Dano a Saúde:

 No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor


indenizará o ofendido das despesas do tratamento e
dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além
de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver
sofrido.
Tipos de Indenização
Indenização por Dano a Saúde:

 Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não


possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua
a capacidade de trabalho, a indenização, além das
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu. O prejudicado, se preferir,
poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de
uma só vez.
Tipos de Indenização
Indenização por Dano a Saúde:

 O disposto nos arts. 948, 949 e 950 do CC, aplica-se


ainda no caso de indenização devida por aquele que,
no exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para
o trabalho.
Tipos de Indenização
Indenização por Usurpação ou Esbulho:

 Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da


restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar
o valor das suas deteriorações e o devido a título de
lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á
reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
Tipos de Indenização
Indenização por Usurpação ou Esbulho:

 Para se restituir o equivalente, quando não exista a


própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário
e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje
àquele.
Tipos de Indenização
Indenização por Calúnia, Injúria ou Difamação:

 A indenização irá consistir na reparação do dano que


delas resulte ao ofendido.

 Se o ofendido não puder provar prejuízo material,


caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da
indenização, na conformidade das circunstâncias do
caso.
Tipos de Indenização
Indenização por Ofensa a Liberdade Pessoal:

 Perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, que se


não conseguir provar prejuízo material será fixada
equitativamente pelo Juiz.
Tipos de Indenização
Indenização por Ofensa a Liberdade Pessoal:

 São considerados ofensa a liberdade pessoal:

 Cárcere privado;
 A prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
 A prisão ilegal.
Tipos de Indenização
Danos Materiais: São danos a coisas, também chamados
de danos patrimoniais e econômicos. Quanto ao dano
material a indenização se dá de maneira direta com a
reparação do prejuízo material suportado. [dano emergente +
lucro cessante]

Danos Morais: Extrapatrimoniais ou imateriais. Aqui não


há taxatividade, a indenização será fixada com vistas a
reintegrar a lesão à moral abalada.
Tipos de Indenização
Danos em ricochete: Dano em ricochete ocorre quando o
dano não é sofrido diretamente pelo ofendido, mas lhe
atinge.

Dano estético: Apesar de não estar mais previsto de


maneira expressa no Código Civil, ainda encontra amparo
na lei.
Atividade do Discente

Assistir o vídeo do tópico 1, da Unidade IV, do AVA.

Elaborar mapa mental sobre o tema.


Responsabilidade Civil do Estado
Via de regra, a responsabilidade civil do Estado é
objetiva, independendo da verificação de dolo ou culpa.

Nos termos do art. 37, § 6º da CF, as pessoas jurídicas de


direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Responsabilidade Civil do Estado
Assim, para caracterização da responsabilidade civil do
Estado, basta a presença do conduta, nexo causal e o dano.
Responsabilidade Civil do Estado
Teoria da Falta do Serviço: Trata da conduta omissiva
do Estado, que causa dano a outrem. Ocorre quando o
serviço público não funciona, funciona mal ou tardiamente.

 Neste caso específico, devem estar presentes todos os


requisitos da responsabilidade civil subjetiva, conduta,
culpa, nexo causal e dano.
Responsabilidade Civil do Estado
Teoria do Risco Administrativo: De acordo com esta
teoria, o simples fato de o Estado prestar o serviço público,
já é capaz de ensejar a responsabilização objetiva (art. 37, §
6º, CF).
Responsabilidade Civil do Estado
Teoria do Risco Integral: Tem o Estado como grande
garantidor. Há responsabilidade civil do Estado objetiva, em
qualquer circunstância. Não comporta qualquer tipo de
excludente de responsabilidade.
Responsabilidade Civil do Estado
Casos especiais de responsabilidade civil do Estado:

 Danos nucleares: Aplica-se por via excepcional a


Teoria do Risco Integral (art. 21, XXIII, d, CF).

 Danos ambientais: Também se aplica a


responsabilidade objetiva baseada no risco integral
(art. 14, § 1º, Lei nº 6.938/1981).
Casos especiais de responsabilidade civil do
Estado
 Responsabilidade Civil do Estado por obras
públicas:

 Dano causado pelo “só fato da existência da obra”,


em que haverá responsabilização objetiva do Estado,
somente pelo fato da obra existir, sem dano direto a
ninguém.
Casos especiais de responsabilidade civil do
Estado
 Responsabilidade Civil por Atos Legislativos:

 Via de regra haverá irresponsabilidade do Estado.


Casos especiais de responsabilidade civil do
Estado
 Responsabilidade Civil por Atos Legislativos:

 Exceções:
 Leis Inconstitucionais: A reparação se dará por meio
do controle de constitucionalidade..

 Leis de Efeitos Concretos: Nesse caso a reparação se


dá de acordo com a Teoria do Risco Administrativo.
Não possuem generalidade e abstração.
Casos especiais de responsabilidade civil do
Estado
 Responsabilidade Civil por Atos Jurisdicionais:

 Em tese também há irresponsabilidade do Estado.


Casos especiais de responsabilidade civil do
Estado
 Responsabilidade Civil por Atos Jurisdicionais:

 Exceção: Responsabilidade Civil do Estado por erro


do judiciário sobretudo na esfera criminal,
aplicando-se a teoria da responsabilidade civil
objetiva, na modalidade risco administrativo.
Excludentes de Responsabilidade do Estado

 Culpa exclusiva da vítima;


 Caso Fortuito;
 Força maior;
 Fato exclusivo de terceiro.
Excludentes de Responsabilidade do Estado

 Culpa exclusiva da vítima: Mesmo raciocínio da


responsabilidade civil privada, o dano decorre da conduta
da própria vítima.;
Excludentes de Responsabilidade do Estado

 Caso Fortuito: Evento interno da Aministração


Pública, mas imprevisível e que provoca dano a outrem.
Excludentes de Responsabilidade do Estado

 Força Maior/Fato de Terceiro: Eventos


externos à Administração Pública, imprevisíveis, de força
irresistível, da natureza ou fatos jurídicos humanos, de
terceiros. Há o rompimento do nexo causal.
Atividade do Discente

Assistir o vídeo do tópico 1, da Unidade IV, do AVA.

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