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civil não tem tipo especifico o direito civil tem regras gerais sobre
responsabilidade.
OBS: o professor de direito processual penal Miguel Fenech distingue muito bem a
responsabilidade civil e da responsabilidade penal.
existente essa responsabilidade contratual tem base nos arts. 389 e ss., e 395 e
ss., do CC.
legal pré-existente essa responsabilidade tem base nos arts. 186, 187 e 927, do
CC.
A responsabilidade extracontratual tem base nos arts. 186, 187 e 927, do CC.
O art. 186 do CC consagra a regra geral da responsabilidade civil no Brasil esse artigo
define ato ilícito.
O art. 927 do CC complemente afirmando que quem comete ato ilícito é obrigado a
indenizar.
O art. 186 do CC não é uma ilha, ou seja, ele não está isolado, pois ele é complementado
pelo art. 187 do CC.
CC – Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
O art. 187 do CC define o abuso de direito, conectando-se ao ato ilícito pois o abuso de
direito também é tratado como uma modalidade de ilicitude.
Pergunta: existe diferença entre a ilicitude do art. 186 do CC e a ilicitude do art. 187 do
CC?
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Intensivo Regular – Módulo I
Resposta: sim, uma vez que a ilicitude prevista no art. 186 do CC é subjetiva, ao
passo que a ilicitude do art. 187 do CC é objetiva, porquanto na definição do abuso de
direito o legislador utilizou um critério apenas finalístico.
OBS: essa pergunta é respondida por Daniel Boulos, que escreveu a obra “o abuso de
direito no novo CC”, da Editora Método.
Então:
a) No art. 186 do CC a ilicitude é subjetiva ela está baseada na culpa.
O sistema brasileiro é dual, é dualista ele tanto reconhece uma ilicitude com culpa,
como uma ilicitude sem culpa.
OBS: vale lembrar que não caracteriza abuso de direito a situação de surrectio, e
conseqüente supressio, por conta da incidência do princípio da confiança quando se
caracterizar essas figuras, não se trata de abuso de direito, e sim de aplicação do
princípio da confiança.
A surrectio traduz uma situação jurídica favorável que se consolida ao longo do tempo,
mesmo ao arrepio de uma norma, à luz do princípio da confiança, determinando, em
contrapartida, a perda de um direito ou faculdade originariamente conferido à outra parte
(supressio).
Porém, o primeiro requisito é a conduta humana não devemos dizer que o primeiro
requisito é o ato ilícito se falarmos que o primeiro requisito é o ato ilícito estaremos
entrando em contradição, pois pode haver responsabilidade civil sem ilicitude existem
comportamento lícitos que geram responsabilidade civil então, o primeiro requisito é a
conduta humana.
Ex01: uma pessoa está dirigindo um veículo, vem uma ventania e lança esse carro em
cima de uma casa nesse caso não há conduta humana.
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Intensivo Regular – Módulo I
Ex02: uma pessoa está vendo um quadro em uma exposição de quadros, respeitando a
distancia necessária porém, essa pessoa tem uma hemorragia e involuntariamente
espirra sangue no quadro nesse caso, não há conduta humana voluntária.
Essa teoria tem um grande problema essa teoria não diferencia os antecedentes
com isso, podemos ser levado a um espiral infinito de causalidade.
Ex: uma pessoa compra uma arma, e dá o tiro em outra pessoa por essa teoria,
será causa aquele que vendeu, aquele que fabricou a arma, etc...
b) Teoria da causalidade adequada essa teoria foi desenvolvida pelo filósofo Von
Kries, e é mais refinada do que a teoria anterior essa teoria sustenta que nem
todo antecedente é causa causa é apenas o antecedente abstratamente idôneo
ou adequado a produzir o resultado danoso;
Ex: a compra de uma arma em uma loja registrada e autorizada pelo governo não é
abstratamente causa adequada da a morte de alguém.
Pergunta: uma pessoa tem o vôo marcada para as 13 horas as 12:30 ele vai ao
banheiro do aeroporto porém uma pessoa vê que ele está no banheiro e decide
fazer uma brincadeira, e coloca um durepox em sua maçaneta, e ele fica no
banheiro e perde o vôo como ele perdeu o vôo, ele teve que pegar o vôo das 14
horas porém, esse avião caiu e ele morreu aquela pessoa que colocou
durepox na maçaneta deu causa ao resultado morte?
Resposta: trancar alguém no aeroporto não é causa adequada da morte de
alguém.
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Intensivo Regular – Módulo I
Essa teoria é defendida por Mazeaud, Carbonnier, e Cavalieri Filho essa teoria é
adotada no CC da Argentina.
Essa teoria é defendida por Agostinho Alvim, Gustavo Tepedino e Carlos Roberto
Gonçalves eles interpretam que essa foi a teoria adotada pelo nosso CC, com
base no art. 403 do CC.
Para o prof. Pablo Stolze, essa foi a teoria adotada pelo nosso CC.
Para Felipe Braga essa é a teoria adotada pelo STJ e pelo STF.
Ex: “A” vende uma arma à “B” “B” atira em “C”, que vem a morrer a conduta
da venda da arma não é causa da morte.
Dano ou prejuízo o dano ou prejuízo traduz uma lesão a um interesse jurídico tutelado,
material ou moral.
c) A certeza do dano não se indeniza dano hipotético, abstrato o dano, para ser
indenizável, tem que ser certo.
OBS: esse requisito é relativizado pela teoria francesa da perda de uma chance
(perte d’une chance).
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Intensivo Regular – Módulo I
Perda de uma chance segundo Fernando Gaburri, a perda de uma chance ocorre nos
casos em que o ato ilícito retira da vítima a possibilidade futura de experimentar uma
situação superior ou mais favorável do que a atual.
Ex01: o corredor Vanderlei estava em primeiro lugar, mas veio uma pessoa que estava
assistindo a maratona e invadiu a corrida e o segurou com isso, os outros corredores
ultrapassaram ele e ele não ganhou a corrida nesse caso, ocorreu a perda de uma
chance.
Ex02: TJ/RS, na AC 7000.095.8868 decidiu que o advogado pode ser responsabilizado
pela perda de uma chance quando não faz o preparo do recurso.
Ex03: advogado perdeu o prazo para contestação e o seu cliente foi revel.
Ex04: o médico diagnostica uma doença em um paciente esse médico tem um
procedimento mais adequado para curar o paciente, mas ele não adota esse
procedimento, e o paciente morre aqui, ocorreu a perda de uma chance por parte do
paciente.
Ex05: STJ – Resp 436.135 traz o caso de perda de uma chance no programa show do
milhão.
É razoável defender a tese de que na perda de uma chance a indenização deve ser
reduzida.
Porém a doutrina majoritária entende que o parágrafo único do art. 944 do CC não é
inconstitucional, e está em vigor.
Como se trata de um redutor que se analisa a culpa, tem-se entendido que ele só se
aplica à demandas de responsabilidade subjetiva, ou seja, em que a culpabilidade é
discutida.
8. DA RESPONSABILIDADE CIVIL
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Intensivo Regular – Módulo I
Diferenças:
Teoria Aquiliana
ATO ILÍCITO – é o praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem.
Tal dever é imposto a todos no art. 159 do CC, que prescreve:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano”. Portanto, ATO ILÍCITO é fonte de
obrigação, a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado.
R.: É a situação originada por ação ou omissão de sujeito de Direito Público ou Privado
que, contrariando norma jurídica objetiva, se obriga a responder com sua pessoa ou com
seus bens.
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R.: Consiste na obrigação de alguém, que pratica ato ilícito, de reparar, mediante
indenização quase sempre pecuniária, o dano causado a outrem.
R.: É aquela que ocorre quando funcionário público desrespeita um dos deveres relativos
ao cargo, comprometendo o bom funcionamento do serviço.
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Intensivo Regular – Módulo I
526) Quais as diferenças entre a responsabilidade penal e a civil?
529) Quanto ao ato ilícito, de que maneiras pode ser o comportamento do agente?
R.: Pode ser positivo, isto é, o agente pratica um ato ilícito, e pode ser negativo, isto é, o
agente se omite, e sua omissão ocasiona prejuízo a outrem.
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530) Como pode ser a atuação ou omissão do agente quanto à prática do ilícito?
R.: Pode ser imputável à consciência do agente, por dolo ou por culpa.
R.: Significa que o agente desejava praticar o ato ou abster-se de fazê-lo, ou ao menos
assumiu o risco de causar prejuízo por sua ação ou omissão.
R.: É o desleixo, o descuido, a desatenção com que o ato é praticado. É o caso do médico
que, ao operar, esquece material cirúrgico no interior do paciente.
R.: É a falta de habilidade ou de destreza com que o ato é praticado. É o caso de pessoa
não capacitada para realizar determinado reparo, que danifica aparelho a ela entregue
para conserto, ou de condutor de veículo que o dirige sem carteira de habilitação.
R.: É a primitiva teoria da responsabilidade civil, fundada na Lei Aquilia, dos romanos, que
consiste em conceder-se reparação do dano quando o fato gerador for moralmente
imputável a alguém identificado, originário de sua vontade determinada ou de sua
atividade consciente. Inexistindo dolo ou culpa (negligência, imprudência ou negligência),
não terá a vítima como obter ressarcimento pelo dano sofrido.
R.: Em culpa grave (ou lata), consistindo na falta não peculiar ao homem comum, o bonus
pater familias; em culpa leve, quando a falta cometida poderia ter sido evitada mediante
atenção; e em culpa levíssima, quando a falta somente poderia ter sido evitada se o
agente tivesse empregado extraordinária atenção ou zelo na prática do ato.
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R.: É a que deriva da falta de fiscalização, por parte do empregador, relativamente a seus
empregados ou à coisa.
R.: A primeira ocorre quando o ato ilícito é praticado pelo agente, e a segunda, quando o
fato ilícito se dá em decorrência da omissão do agente.
R.: Verifica-se a culpa in abstracto quando o agente pratica o ato sem o devido zelo e
diligência que costuma empregar em seus próprios negócios, própria do homem médio. E
a culpa in concreto é a que deve ser verificada caso a caso, observando-se as
peculiaridades inerentes ao ato praticado.
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R.: Consiste na obrigação de reparar o dano pela prática de ato ilícito, ou por omissão,
sem considerar-se a culpa do agente.
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Intensivo Regular – Módulo I
R.: Atualmente, enfoca-se a teoria da responsabilidade objetiva sob dois prismas: a teoria
do risco e a teoria do dano objetivo.
R.: O ressarcimento dos danos não é tão amplo como no caso da indenização pelo Direito
comum, pois o risco não cobre todo o dano causado pelo acidente. As indenizações são
pagas mediante tabelas previamente determinadas, catalogadas pelos institutos oficiais
de Previdência Social, e seus valores são fixados em índices mais módicos, segundo o
tipo de infortúnio.
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552) Quais exigências comuns devem ser obedecidas nos casos de responsabilidade
civil?
R.: Deve haver ofensa a norma preexistente ou erro de conduta; deve haver dano, que
deve ser certo, embora possa ser material ou moral; deve haver nexo causal, isto é,
relação de causa e efeito entre o fato gerador da responsabilidade e o dano.
R.: É aquela em que tanto o causador do dano quanto a vítima têm parcela de
responsabilidade no evento.
R.: Tem caráter de reparação, gerando direitos pessoais do credor (vítima ou seus
herdeiros) contra o devedor (agente). Posição doutrinária de que a indenização se reveste
de caráter alimentar não tem sido acolhida pela jurisprudência.
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R.: Normalmente, em 50%, exceto se a culpa da vítima tiver sido quase inócua para a
produção do dano, e a do ofensor, decisiva.
558) Ocorrendo dano por culpa exclusiva da vítima, como será arbitrada a indenização?
R.: Havendo dano por culpa exclusiva da vítima, o autor não será obrigado a indenizá-la.
559) Ocorrendo o caso por motivo de força maior ou caso fortuito, será cabível pedido de
indenização?
560) Qual o prazo prescricional das ações envolvendo responsabilidade civil, visando à
obtenção de indenização?
R.: O prazo prescricional é o das ações pessoais, de 20 anos, pelo art. 177 do CC.
562) Em quanto tempo prescreve a ação de reparação contra ilícito praticado por órgão
da Administração Pública, direta ou indireta?
R.: O art. 178, § 10, VI, que fixava o prazo prescricional em 5 anos, foi revogado pelo
Decreto n.° 20.910, de 06.01.1932, e pelo Decreto-Lei n.° 4.597, de 19.08.1942. O prazo
prescricional de 5 anos, no entanto, foi mantido pelos referidos dispositivos.
R.: Transmite-se no limite das forças da herança e em proporção das cotas hereditárias,
ainda que o autor da herança seja devedor solidário, incluindo tanto o dano material
quanto o dano moral.
R.: A vítima, ou seus sucessores, poderão ingressar imediatamente no juízo cível com
pedido de execução para a reparação do dano.
R.: Não, pois a responsabilidade civil, que obriga à reparação do dano, no cível, efeito
secundário da sentença condenatória penal, independe desta, subsistindo mesmo após
extinta a punibilidade da sentença penal condenatória, que somente prescreve no prazo
das ações pessoais de 20 anos. É conseqüência prevista no art. 67, Il, do CPP.
R.: O dano moral - que não é o oposto do dano físico, e sim, do dano econômico - tem
sido reparado sempre que dele resulte prejuízo econômico. Busca-se compensação para
o preço da dor (pretium doloris), levando-se em conta a extensão da ofensa, o grau de
culpa e a situação econômica das partes.
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Intensivo Regular – Módulo I
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R.: É responsabilidade objetiva, baseada na Lei n.° 2.681, de 07.12.1912, que regula a
responsabilidade civil das estradas de ferro, mas cujo alcance foi ampliado pela
jurisprudência, abrangendo qualquer tipo de transporte.
571) Para obter reparação do dano causado durante transporte, o que deverá a vítima
comprovar?
R.: Basta comprovar o fato do transporte e a ocorrência do dano, não sendo necessário
provar a culpa do transportador.
R.: A referida Lei prevê que, mesmo no caso de culpa concorrente, não haverá redução
do valor da indenização.
R.: Somente em casos de culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força maior, estará o
transportador isento da responsabilidade.
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577) Qual o prazo previsto em lei para a propositura de ação de indenização em caso de
dano causado por transportador ferroviário?
578) Quando o transporte é feito gratuitamente, por mera cortesia, como deve ser
regulada a indenização no caso de acidente?
R.: O transporte gratuito é contrato unilateral, regido pelo art. 1.057 do CC. Assim sendo,
a responsabilidade do transportador, por danos causados ao transportado, é condicionada
à prova de existência de dolo ou de culpa grave.
R.: Quanto aos danos materiais, o condenado por crime de homicídio deverá arcar com
as despesas havidas com o tratamento da vítima, se tiver ocorrido, antes de falecer, bem
como com o funeral e também com alimentos, caso a vítima os devesse a alguém. A
indenização dos danos morais à família cobrirá o luto, entendido não somente como as
roupas sóbrias utilizadas à época do funeral e época posterior, mas principalmente a dor
espiritual dos familiares, causada pela perda da pessoa querida (pretium doloris e pretium
lutus).
580) Qual a extensão da reparação do dano causado por agente condenado por lesões
corporais?
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Intensivo Regular – Módulo I
R.: Quanto aos danos materiais, o agressor deverá ser condenado a indenizar o agredido
quanto às despesas de tratamento médico-hospitalar, inclusive cirurgias plásticas
reparadoras, além dos lucros cessantes até o momento da volta ao trabalho. Quanto ao
dano moral, a indenização será, em regra, fixada, levando-se em conta a média das
multas criminais. Se da lesão resultou dano estético irreparável, o dano moral deverá ser
indenizado, levando-se em conta o sofrimento da vítima pela deformidade permanente,
sua extensão, refletindo o resultado em sua vida pessoal e profissional.
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581) Qual a extensão da reparação do dano, caso o agente seja condenado por lesões
corporais que causem aleijão ou deformidade?
R.: Quanto aos danos materiais, todas as despesas de tratamento deverão ser pagas e
também os lucros cessantes até a volta ao trabalho, se possível. Se o aleijão ou
deformidade incapacitarem a vítima de forma permanente para o trabalho, os lucros
cessantes incluirão os rendimentos do trabalho que a vítima normalmente receberia.
Quanto ao dano moral, o CC estipula que a indenização será dobrada. Discute-se, na
doutrina e na jurisprudência, em relação a que valor a palavra dobrada deve ser
entendida, encontrando-se opiniões que defendem que o valor de referência seria a multa
criminal, ou os valores do tratamento e dos lucros cessantes.
R.: Além dos danos materiais, indenizáveis na forma da questão anterior, surge a questão
da extensão da reparação dos danos morais, porque a gravidade do aleijão ou da
deformidade influiria na possibilidade de a vítima casar-se ou voltar a contrair matrimônio.
A solução é dada pelo pagamento de um dote arbitrado, levando-se em conta a situação
econômica do ofensor, as circunstâncias pessoais da vítima e a gravidade da lesão.
583) Qual a extensão da reparação do dano, caso o agente seja condenado por lesões
corporais que causem perda ou diminuição permanente da capacidade da vítima ao
trabalho?
R.: Além dos danos materiais e morais, pagos quando ocorre lesão corporal, o ofensor
deverá pagar à vítima uma pensão, arbitrada segundo a diminuição na capacidade de
trabalho da vítima, ou, se a lesão incapacitou a vítima permanentemente, aos
vencimentos que a vítima deveria receber normalmente por seu trabalho.
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Intensivo Regular – Módulo I
584) Qual a extensão da reparação do dano, caso o agente seja condenado por crime
contra a honra (injúria, calúnia ou difamação)?
R.: O dano causado à honra do ofendido poderá ter repercussões econômicas em sua
vida. A indenização cobrirá, na realidade, os reflexos do dano moral na vida econômica da
vítima, que são, em última análise, traduzidos em danos materiais.
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585) Caso alguém seja injustamente privado da liberdade de ir e vir, por autoridade
policial, poderá exigir reparação de danos, e em que medida?