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Índice

1. 1Responsabilidade contratual e delitual


2. 2Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva
3. 3Responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor
4. 4Notas
5. 5Referências
Responsabilidade civil

Responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a


outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições
uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que
medida está obrigada a repará-lo. A reparação do dano é feita por meio da indenização, que é
quase sempre pecuniária. O dano pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de uma
pessoa.

Responsabilidade contratual e delitual

A teoria da responsabilidade civil distingue entre a obrigação do devedor no sentido de


cumprir o que estipulou com o credor (num contrato) e a obrigação de reparar o dano causado
por ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência ou imperícia (em direito civil, o
chamado "ato ilícito"). Dá-se ao primeiro caso o nome de responsabilidade contratual ou ex
contractu e ao segundo, responsabilidade delitual, aquiliana (devido à Lei Aquília, uma lei
romana de 286 a.C. sobre o assunto), extracontratual ou ex delictu.

Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva

A teoria clássica da responsabilidade civil aponta a culpa como o fundamento da obrigação


de reparar o dano. Conforme àquela teoria, não havendo culpa, não há obrigação de reparar o
dano, o que faz nascer a necessidade de provar-se o nexo entre o dano e a culpa do agente.

Mais recentemente, porém, surgiu entre os juristas uma insatisfação com a chamada teoria
subjetiva (que exige a prova da culpa), vista como insuficiente para cobrir todos os casos de
reparação de danos: nem sempre o lesado consegue provar a culpa do agente, seja por
desigualdade econômica, seja por cautela excessiva do juiz ao aferi-la, e como resultado
muitas vezes a vítima não é indenizada, apesar de haver sido lesada. O direito passou então a
desenvolver teorias que prevêem o ressarcimento do dano, em alguns casos, sem a
necessidade de provar-se a culpa do agente que o causou. Esta forma de responsabilidade
civil, de que é exemplo o art. 21, XXIII, d, da constituição federal do Brasil, é chamada
de teoria objetiva da responsabilidade civil ou responsabilidade sem culpa.
Responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor

O CDC prevê regras sobre a responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (arts. 12-17)
e sobre a responsabilidade por vício do produto ou do serviço (arts. 18-25). Como regra geral,
a responsabilidade civil nas relações de consumo é objetiva, ou seja, independente de culpa.
Por exemplo, ao tratar da responsabilidade pelo fato do produto dispõe que "O fabricante, o
construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não
colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o
defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro". Discute-se, também, se
o fabricante responde na hipótese de defeito que não podia ser detectado pela ciência e da
técnica no momento em que foi colocado em circulação (riscos do desenvolvimento),
prevalecendo o entendimento de que deve haver responsabilidade. Ainda sobre a
responsabilidade pelo fato do produto, o comerciante somente é responsabilizado nas
hipóteses previstas no art. 13 do CDC: "O comerciante é igualmente responsável, nos termos
do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os
produtos perecíveis. Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na
causação do evento danoso".

Tipos de Responsabilidade civil


TIPOS/ ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL

Art.935 do CC A responsabilidade civil é independente da responsabilidade criminal. Na


responsabilidade civil se houver dúvida quanto à culpa do réu, usa-se o princípio indúbio pro
vítima que é diferente da responsabilidade penal indúbio pro réu.
A Responsabilidade Civil pode ser:
TIPOS

Contratual – deriva do descumprimento de uma violação contida num contrato (negócio


jurídico).

Extracontratual – Vêm de fora do contrato, decorre do descumprimento da lei. Também é


chamado de Aquiliana Lex Aquilía. Lei que imputa responsabilidade as pessoas.

Criminal X Civil – Às vezes o sujeito pratica um fato e terá que responder em vários
campos. A civil independe da criminal art. 935 do CC. O mesmo fato pode fazer que
responda civilmente e penalmente. São independentes.

Subjetiva – é pautada na culpa do agente. A culpa se dá pela negligência, imprudência ou


imperícia. O agente age com dolo quando há intenção. O dolo não se confunde com a culpa,
este [e produzido pela intenção do agente. Dolo é diferente de culpa. O CC não faz distinção,
como no CP, tendo o agente agido com dolo ou culpa, não interessa, ele tem o dever de
indenizar.

Está consagrada no art. 186 do CC. RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO PRÓPRIO.
OBS: O Código Civil, diferente do Código Penal em matéria de responsabilidade civil, na faz
distinção se o agente produziu o ato por vontade (dolo) ou por culpa (imperícia, negligência
ou imprudência)
Na teoria subjetiva, a culpa é elemento imprescindível (elemento nuclear) art.186 CC e cabe à
vítima prová-la, cabe a quem alega o ônus da prova art. 333, I do CPC.

Objetiva – independe da culpa, produziu um dano independentemente da vítima provar ou


não, surge o dever de indenizar, a lei chama você a indenizar. É pautada no risco da atividade
que o agente produz. Toda vez que for responsabilidade objetiva a lei vai dizer. Ex: Art. 927,
parágrafo único do CC. A teoria objetiva surge porque muitas vezes o agente causador do
dano não paga, porque a vítima não consegue provar, às vezes as provas já eram. Atenção,
toda vez que vir “responde o agente independentemente de culpa...” é responsabilidade
objetiva art. 927 parágrafo único do CC.

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO PRÓPRIO OU POR ATO DE TERCEIRO.


OBS: Logo, pode até existir responsabilidade civil sem culpa (responsabilidade objetiva),
mas sem dano jamais.

Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes, todos respondem de
igual forma na obrigação art. 264 e 265 do CC, diferente de subsidiária, benefício de ordem.
Ex.: Chama primeiro o locatário, depois o fiador. A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante a verificação da culpa. Lei 8078/90 art.14 §4, lei
do consumidor. Ex.: Advogado que e funcionário de uma empresa, quando este comete um
dano, a empresa responde objetivamente, mas se o ato for cometido no escritório particular
deste, ele vai responder subjetivamente.

Direta – quem responde é quem cometeu o ato diretamente. RESPONSABILIDADE CIVIL


POR ATO PRÓPRIO

Indireta – ex: Art. 932 do CC. Surge toda vez que alguém, que não é responsável direto pelo
dano, é chamado a indenizar. Art. 933 responsabilidade civil indireta é objetiva. Quem
responde não necessariamente será aquele que produziu o ato, mas sim um terceiro,
dependendo da relação jurídica que se tenha. RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO DE
TERCEIRO.
Ex: Caso do incapaz. O Art. 928 traz a responsabilidade subsidiária/ mitigada do incapaz.
Dependendo da obrigação, haverá um prazo de prescrição no caso do incapaz não poder
pagar a indenização. Findo o prazo, cessa o dever de indenizar.
OBS: Existe entendimento do STJ que a emancipação VOUNTÁRIA não exclui o dever de
indenizar dos pais. E o incapaz não pode ser privado do mínimo para a sua subsistência (Art.
928, parágrafo único do CC e art. 932 do CC).
Ex.: Quem age no exercício regular do direito não pode abusar deste, pois estará cometendo
ato ilícito. (Art. 187 do CC).
Ex.: Empresa de transporte sobre motorista que causou um dano, cabendo ação de regresso
do dono da empresa contra o motorista.
Notas

1. Ir para cima↑ Caio Mário, 7.


2. Ir para cima↑ Caio Mário, 214.
3. Ir para cima↑ Constituição da República Federativa do Brasil, art. 21, XXIII, d: "a
responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa".
4. Ir para cima↑ REINIG, Guilherme Henrique Lima (2013). A responsabilidade do
produtor pelos riscos do desenvolvimento. São Paulo:
Atlas. ISBN 9788522477876. OCLC 923757493

Referências

 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
1998.

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