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Mais recentemente, porém, surgiu entre os juristas uma insatisfação com a chamada teoria
subjetiva (que exige a prova da culpa), vista como insuficiente para cobrir todos os casos de
reparação de danos: nem sempre o lesado consegue provar a culpa do agente, seja por
desigualdade econômica, seja por cautela excessiva do juiz ao aferi-la, e como resultado
muitas vezes a vítima não é indenizada, apesar de haver sido lesada. O direito passou então a
desenvolver teorias que prevêem o ressarcimento do dano, em alguns casos, sem a
necessidade de provar-se a culpa do agente que o causou. Esta forma de responsabilidade
civil, de que é exemplo o art. 21, XXIII, d, da constituição federal do Brasil, é chamada
de teoria objetiva da responsabilidade civil ou responsabilidade sem culpa.
Responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor
O CDC prevê regras sobre a responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (arts. 12-17)
e sobre a responsabilidade por vício do produto ou do serviço (arts. 18-25). Como regra geral,
a responsabilidade civil nas relações de consumo é objetiva, ou seja, independente de culpa.
Por exemplo, ao tratar da responsabilidade pelo fato do produto dispõe que "O fabricante, o
construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não
colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o
defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro". Discute-se, também, se
o fabricante responde na hipótese de defeito que não podia ser detectado pela ciência e da
técnica no momento em que foi colocado em circulação (riscos do desenvolvimento),
prevalecendo o entendimento de que deve haver responsabilidade. Ainda sobre a
responsabilidade pelo fato do produto, o comerciante somente é responsabilizado nas
hipóteses previstas no art. 13 do CDC: "O comerciante é igualmente responsável, nos termos
do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os
produtos perecíveis. Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na
causação do evento danoso".
Criminal X Civil – Às vezes o sujeito pratica um fato e terá que responder em vários
campos. A civil independe da criminal art. 935 do CC. O mesmo fato pode fazer que
responda civilmente e penalmente. São independentes.
Está consagrada no art. 186 do CC. RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO PRÓPRIO.
OBS: O Código Civil, diferente do Código Penal em matéria de responsabilidade civil, na faz
distinção se o agente produziu o ato por vontade (dolo) ou por culpa (imperícia, negligência
ou imprudência)
Na teoria subjetiva, a culpa é elemento imprescindível (elemento nuclear) art.186 CC e cabe à
vítima prová-la, cabe a quem alega o ônus da prova art. 333, I do CPC.
Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes, todos respondem de
igual forma na obrigação art. 264 e 265 do CC, diferente de subsidiária, benefício de ordem.
Ex.: Chama primeiro o locatário, depois o fiador. A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante a verificação da culpa. Lei 8078/90 art.14 §4, lei
do consumidor. Ex.: Advogado que e funcionário de uma empresa, quando este comete um
dano, a empresa responde objetivamente, mas se o ato for cometido no escritório particular
deste, ele vai responder subjetivamente.
Indireta – ex: Art. 932 do CC. Surge toda vez que alguém, que não é responsável direto pelo
dano, é chamado a indenizar. Art. 933 responsabilidade civil indireta é objetiva. Quem
responde não necessariamente será aquele que produziu o ato, mas sim um terceiro,
dependendo da relação jurídica que se tenha. RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO DE
TERCEIRO.
Ex: Caso do incapaz. O Art. 928 traz a responsabilidade subsidiária/ mitigada do incapaz.
Dependendo da obrigação, haverá um prazo de prescrição no caso do incapaz não poder
pagar a indenização. Findo o prazo, cessa o dever de indenizar.
OBS: Existe entendimento do STJ que a emancipação VOUNTÁRIA não exclui o dever de
indenizar dos pais. E o incapaz não pode ser privado do mínimo para a sua subsistência (Art.
928, parágrafo único do CC e art. 932 do CC).
Ex.: Quem age no exercício regular do direito não pode abusar deste, pois estará cometendo
ato ilícito. (Art. 187 do CC).
Ex.: Empresa de transporte sobre motorista que causou um dano, cabendo ação de regresso
do dono da empresa contra o motorista.
Notas
Referências
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
1998.