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Universidade católica de

Moçambique
Faculdade de Ciências Agronómicas

Curso de Administração Pública

Tema do trabalho:
Interdependência e Ganhos de comércio

Cuamba, Setembro de 2022


Olga Mónica Tiago

Tema:
Interdependência e Ganhos de comércio

Trabalho individual, a ser entregue ao


docente para efeitos de avaliação, sob
orientação do Dr. Carlos Alberto.
Cuamba, Setembro 2022

ÍNDICE
1. Introdução....................................................................................................................................1

1.1. OBJETIVOS.............................................................................................................................1

1.1. Objectivo geral..........................................................................................................................1

1.1.2. Objectivos específicos...........................................................................................................1

1.2. METODOLOGIAS...................................................................................................................1

1.Interdependência e Ganhos de Comércio.....................................................................................2

Comercio..........................................................................................................................................3

Comércio Internacional...................................................................................................................3

Interdependência Económica e de Ganhos......................................................................................5

Ganhos de Comércio........................................................................................................................6

Ponto de Vista Microeconómico.....................................................................................................6

Regras do Comércio Internacional..................................................................................................7

Conclusão........................................................................................................................................9

Referencias bibiohraficas...............................................................................................................10
1. Introdução
Interdependentes em termos de fluxos comerciais de bens e serviços e de capitais financeiros.
Essas interconexões entre as nações foram, ao longo do tempo, intensificadas pelos
investimentos estrangeiros directos e pela subcontratação internacional. Esse aumento da
interdependência foi, com destaque à década de 1990, elevando a intensidade dos fluxos entre
países desenvolvidos com países emergentes e de renda baixa, na medida em que estes
procuraram realizar reformas de mercado para uma inserção mais competitiva no cenário
internacional.

1.1. OBJETIVOS

1.1. Objectivo geral

Compreender os processos da Interdependência.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar as formas da Interdependência.
 Compreender o comercio e os Ganhos.
1.2. METODOLOGIAS

De acordo com Gil (2002), apresenta a metodologia como um conjunto de métodos ou caminhos
que são percorridos na busca do conhecimento, que pode ser apresentado sob forma de pesquisa.
A pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objectivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos. Assim sendo, toda pesquisa deve delinear os
procedimentos metodológicos utilizados para a sua realização. Quanto ao tipo de pesquisa
adoptada, com base nos objectivos propostos, o presente trabalho se caracteriza como uma
pesquisa exploratória descritiva. Exploratória porque ajudou a definir os objectivos e a formular
as hipóteses da pesquisa.
2. Interdependência e Ganhos de Comércio
De acordo com PEREIRA (2004.p73), diz que a “interdependência pode ser explicado como
uma relação entre dois ou mais países na qual as decisões tomadas em cada um possuem a
capacidade de atingir a sociedade e a economia dos demais”.

Essa relação nem sempre é simétrica, fazendo com que a interdependência não seja sempre um
fenómeno benigno, pelo contrário, quando assimétrica pode se transformar em um recurso de
poder.

Segundo BATISTA (2005), afirma que a “economia de um país tende a ser influenciada pela
troca internacional, seja de bens ou serviços, o comércio internacional pode ser visto como uma
relação de interdependência”.

O conceito de interdependência pode ser explicado como uma relação entre dois ou mais países
na qual as decisões tomadas em cada um possuem a capacidade de atingir a sociedade e a
economia dos demais.

Mas na realidade, o sistema económico é um todo do qual as partes estão conectadas e reagem
umas sobre as outras. Um aumento na renda dos produtores de um mercado irá afectar a
demanda por comodidades, e a seus rendimentos dos seus produtores, por sua reacção muda a
demanda por comodidades.

Segundo PEREIRA (2004.p78),a firma que a “Interdependência não é rígida, porque as


empresas, indivíduos e nações podem mudar a partir da produção de um conjunto de produtos
para o de outro”.

Seus efeitos são evidentes na maioria dos modelos da teoria do equilíbrio geral que normalmente
requerem um computador para resolver as complexas interacções. A interdependência
económica das nações e grupos de nações, é de especial importância. Ele descreve os países,
estados-nação ou estados supranacionais, como a União Europeia (UE) ou o Tratado Norte-
Americano de Livre Comércio, que são especializados por causa do clima, a disponibilidade de
capital e trabalho, e uma variedade de histórico e factores culturais. Essas nações ou grupos
podem ser dependentes um do outro para qualquer (ou todas) das seguintes características:
 Alimento
 Energia
 Minerais
 Produtos manufacturados
 Multinacionais/corporações transnacionais
 Instituições financeiras
 Dívida externa
 Dívida interna
2.1. Comercio

Segundo STANLEY (2006.p23), diz que “Comércio é a actividade económica que se interpõe
entre a produção e o consumo, colocando os bens à disposição dos consumidores em tempo útil.

As trocas comerciais incentivam o crescimento mundial e estimulam toda a economia aumenta


as receitas dos países exportadores proporciona aos consumidores dos países importadores uma
escolha mais vasta de bens e de serviços, a preços mais baixos, graças a uma maior concorrência.

A supressão dos entraves ao comércio contribuiu em grande medida para a sua prosperidade e
reforçou o seu empenhamento na liberalização do comércio mundial

3. Comércio Internacional
Com forme PEREIRA (2006.p30), afirma que “comércio Internacional e um Conjunto do
comércio intracomunitário e do comércio extra comunitário, ou seja o conjunto das entradas e/ou
saídas de mercadorias”.

De acordo com Werneck (2011, p. 22),

Comércio internacional é o conjunto das actividades de compra e venda de mercadorias e


prestação de serviços entre nações, isto é, em que vendedor e comprador estão em países
distintos. Comércio Exterior é o conjunto das actividades de compra e venda de
mercadorias e prestação de serviços entre países e as demais nações.

Segundo SOARES (2004, p. 13) define comércio exterior como uma operação de compra e
venda internacional como aquela em que dois ou mais agentes económicos sediados e/ou
residentes em países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte
internacional e cujo resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio.

De acordo com Souza (2003, p. 37), a:

Prática do comércio exterior pode ser conceituada como o intercâmbio de mercadorias e


serviços entre agentes económicos que operam sob a égide da legislação nacional. Na
prática do comércio exterior, ocorre o envolvimento das transacções comerciais de cunho
totalmente capitalista, sem a participação directa do governo nas operações comerciais,

Comércio internacional funcionando tão-somente como normalizador e controlador das


operações comerciais entre as empresas de diferentes países. Estas actividades e relações
comerciais desenvolvidas pelas empresas comerciais constituem-se objecto de regulamentação
pelo Direito Internacional Privado.

Portanto, comércio exterior é a forma pela qual um país se organiza em termos de políticas, leis,
normas e regulamentos que disciplinam a execução de operações de importação e exportação de
mercadorias e serviços com o exterior. O comércio exterior contempla as operações comerciais
de exportação e importação.

Exportação é a saída de mercadoria. Essa saída está baseada em especialização do país na


produção de bens para os quais tenha maior disponibilidade de factores produtivos, garantindo
excedentes exportáveis. A exportação implica entrada de divisas.

Segundo WERNECK (2011, p. 25), o conceito de exportação pode ser visto sob os
seguintes aspectos: negocial, logístico, cambial e fiscal. A exportação de mercadorias,
sob o aspecto negocial, inclui a negociação de preço e condições de pagamentos,
elaboração da factura comercial.

Na definição do preço e condições de pagamentos são utilizados os Incoterms (internacional


commercial terms), termos padronizado internacionalmente.

Souza (2010, p. 6) comenta que o Comércio Exterior é uma estrada de duas mãos – exportação e
importação. Em países em desenvolvimento, embora as exportações reflitam um bom indicador
do desempenho dos factores produtivos, cabe as importações o ônus de contribuir para aquele
desempenho. Não é por acaso que os Estados Unidos é o maior importador do mundo.
4. Interdependência Económica e de Ganhos

Com forme PEREIRA (2006.p49), diz que a interdependência pode ser compreendida como um
resultado (outcome) de mudanças provocadas pelo fenómeno da globalização.

Difere-se, portanto, do multilateralismo, patamar de negociação mais amplo pelo qual países
contornam desafios ao mesmo tempo em que buscam aproveitar de forma mais eficaz as
oportunidades oriundas da interdependência. O que se verifica após a crise de 2008, em especial,
em matéria comercial, é uma queda da eficiência do multilateralismo, mas não necessariamente
da interdependência.

Desde meados da década de 1970, as nações estão se tornando mais interdependentes em


termos de fluxos comerciais de bens e serviços e de capitais financeiros. Essas
interconexões entre as nações foram, ao longo do tempo, intensificadas pelos
investimentos estrangeiros directos e pela subcontratação internacional (GEREFFI, et al.,
2001).

Esse aumento da interdependência foi, com destaque à década de 1990, elevando a intensidade
dos fluxos entre países desenvolvidos com países emergentes e de renda baixa, na medida em
que estes procuraram realizar reformas de mercado para uma inserção mais competitiva no
cenário internacional. Cabe destacar que a distribuição dos ganhos dessa interdependência é
assimétrica, pois depende da efetividade e posição ocupada pelo país na economia internacional
(LAKE, 2009).

Difere-se, portanto, do multilateralismo, patamar de negociação mais amplo pelo qual países
contornam desafios ao mesmo tempo em que buscam aproveitar de forma mais eficaz as
oportunidades oriundas da interdependência. O que se verifica após a crise de 2008, em especial,
em matéria comercial, é uma queda da eficiência do multilateralismo, mas não necessariamente
da interdependência.

Desde meados da década de 1970, as nações estão se tornando mais interdependentes em termos
de fluxos comerciais de bens e serviços e de capitais financeiros. Essas interconexões entre as
nações foram, ao longo do tempo, intensificadas pelos investimentos estrangeiros diretos e pela
subcontratação internacional (GEREFFI, et al., 2001).
Esse aumento da interdependência foi, com destaque à década de 1990, elevando a intensidade
dos fluxos entre países desenvolvidos com países emergentes e de renda baixa, na medida em
que estes procuraram realizar reformas de mercado para uma inserção mais competitiva no
cenário internacional.

5. Ganhos de Comércio
Segundo GEREFFI, (2001) afirma que “os ganhos de comércio correspondem ao melhoramento
potencial no rendimento e no consumo proporcionado pelo comércio livre e aberto”.

Segundo a Lei da Vantagem Comparativa enunciada e demonstrada pelo economista clássico


por David Ricardo na sua obra «The Principles of Political Economy and Taxation», todos os
países podem beneficiar do comércio internacional através da especialização na produção dos
bens em que são relativamente mais eficientes.

Esta constatação de David Ricardo (e antes dele, também Adam Smith) veio contrariar os
anteriores princípios proteccionistas defendidos pelos mercantilistas que defendiam que a
acumulação de riqueza num país apenas seria possível à custa dos demais.

Segundo BORGES (1992), diz que “é neste princípio que assentam as políticas de comércio
internacional dinamizadas pela generalidade dos países a nível mundial, dando origem ao
surgimento de acordos comerciais bilaterais.

6. Ponto de Vista Microeconómico


Segundo BORGES (1992), do ponto de vista da microeconomia, o ganho de comércio pode ser
medido como a soma do excedente do consumidor (que corresponde à diferença entre o que este
estaria disposto a pagar por determinada quantidade do bem e o que efectivamente pagar) e o
excedente do produtor (que corresponde ao seu lucro económico).

Em economia, Ganhos com o comércio corresponde aos benefícios obtidos pelos agentes
económicos com o comércio voluntário entre eles. Tipicamente é descrito como resultando de:

a) Especialização da produção com a divisão do trabalho, economias de escala, escopo


e aglomeração e disponibilidade relativa de recursos para a agricultura, negócios,
localização e economia o consequente aumento das possibilidades de produção totais
trocas, através dos mercados, de produtos por outros com maior valor atribuído para o
comprador.

Segundo a teoria, os incentivos do mercado, reflectidos no preço dos produtos, atraem


os factores, incluindo o trabalho, para as actividades que proporcionam uma maior vantagem
comparativa. Isto é, para as actividades com o menor custo de oportunidade associado.

b) Os proprietários dos factores de produção usam os rendimentos acrescidos resultantes


dessa especialização para comprar bens mais valiosos, os quais teriam um custo elevado
se fossem produzidos pelos próprios. Resultam daqui os ganhos com o comércio.
O conceito pode ser aplicado a uma economia comparando as alternativas de autarquia (sem
comércio) e de comércio internacional.

c) Uma medida dos ganhos totais com o comércio á a soma dos excedentes de consumidor e
dos lucros, ou então, de forma aproximada, o aumento de produção devido à
especialização e respectivo comércio.
Ganhos com o comércio também se pode referir aos benefícios líquidos de um país resultantes da
redução de barreiras ao comércio, tais comotarifas sobre importações.
d) Adam Smith, que tem sido largamente discutido que, com competição e ausência de
distorções de mercado, esses ganhos são conseguidos promovendo o comércio livre e
abandonando autarquias ou tarifas aduaneiras exageradas.
7. Regras do Comércio Internacional
Regras uniformes do Comércio Internacional As regras uniformes no comércio internacional
objetivam dirimir os conflitos de entendimento dos vários termos utilizados nas relações
internacionais de comércio. A uniformização da linguagem permite uma melhor compreensão e
entendimento das partes envolvidas nas operações internacionais, incluindo:

 Os bancos internacionais intervenientes nas operações de transferências de dinheiro


param pagamento de importações e exportação;
 As aduanas dos países param efeitos de uniformização de procedimentos aduaneiros e
agilidade na movimentação de cargas internacionais;
 Os governos nas questões de negociações de acordos preferenciais de comércio; os
exportadores e importadores na compreensão uniforme das regras e práticas usuais de
comércio.

Para Werneck (2011, p. 83) informa que os Incoterms são termos padronizados que definem com
precisão quais as responsabilidades do vendedor e do comprador, ou seja, estabelecem quais
custos deverão ser suportados pelo exportador, quais pelo importador e em que momento os
riscos da mercadoria são transferidos de um para o outro.

Incoterms são regras básicas, padronizadas, criadas pela International Chamber of Commerce
(ICC), órgão não-governamental e autofinanciado, mundialmente reconhecido como encarregado
de orientar os negócios internacionais, assim como dirimir e resolver eventuais conflitos,
controvérsias e litígios, oriundos dos mais diversos contratos de compra e venda celebrados
internacionalmente.
8. Conclusão
Pelas pesquisas feitas, conclui que a interdependência pode ser explicado como uma relação
entre dois ou mais países na qual as decisões tomadas em cada um possuem a capacidade de
atingir a sociedade e a economia dos demais interdependência pode ser explicado como uma
relação entre dois ou mais países na qual as decisões tomadas em cada um possuem a capacidade
de atingir a sociedade e a economia dos demais.

O conceito de interdependência pode ser explicado como uma relação entre dois ou mais países
na qual as decisões tomadas em cada um possuem a capacidade de atingir a sociedade e a
economia dos demais. A interdependência económica é de especial importância, ele descreve os
países, que são especializados por causa do clima, a disponibilidade de capital e trabalho, e uma
variedade de histórico e factores culturais.
9. Referencias bibiohraficas
BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. Brasil e a Economia Internacional. Rio de Janeiro:
Campus, 2005.

BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Económico Brasileiro. O Ciclo Ideológico do


Desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
BLAUG, Mark. Metodologia da Economia: ou como os economistas explicam. 2. ed. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 1999
BORGES, Fernando Tadeu de Miranda. Economia Brasileira: posições extremas. Cuiabá: Genus,
1992.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Instituições, bom estado e reforma da gestão pública. In:
BIDERMAN, C.; ARVATE, P. (Org.). Economia do setor público no Brasil. Rio de Janeiro:
Campus-FVG, 2004.
BRUE, Stanley L. História do Pensamento Econômico. Tradução de Luciana Penteado
Miquelino. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

CHANG, Ha-Joon. Rompendo o modelo: uma economia política institucionalista alternativa à


teoria neoliberal do mercado e do Estado. In: ARBIX, Glauco; COMIN, A.; ZILBOVICIUS, M.;
ABRAMOVAY, R. (Org.). Brasil, México, África do Sul, Índia e China. São Paulo: Editora da
Unesp, 2002.

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