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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS E


MINERALOGIA
CURSO DE DIREITO
ECONOMIA POLÍTICA

NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL

ESTUDANTE:

FRANCISCO SEANE
MARIA LIZETE
NITA BEULA
PATRÍCIO MEQUE

DOCENTE:
DR. Nixon Vicente Jacinto Manuel

TETE

2022
ÍNDICE
Introdução........................................................................................................................................1

Objectivo geral.............................................................................................................................1

Objetivos Específicos..................................................................................................................1

1. Noções de comércio Internacional...........................................................................................2

1.1. O Comércio internacional.....................................................................................................2

2. Taxa de Cambio........................................................................................................................3

2.1. Conceito.........................................................................................................................3

2.2. Cotações da taxa de câmbio..................................................................................................4

3. Balança de pagamentos............................................................................................................5

4. Teorias do Comércio Internacional.........................................................................................6

4.1. As Teorias Clássicas de Comércio Internacional..............................................................7

4.1.1. Teoria das Vantagens Absolutas................................................................................7

4.1.2. Teoria das Vantagens Comparativas.........................................................................7

4.2. Teoria Neoclássica do Comércio Internacional................................................................8

4.2.1. Teoria de Heckscher-Olhin........................................................................................8

4.2.2. A teoria de Stolper-Samuelson..................................................................................8

4.2.3. Teoria de Equalização do preço dos fatores..............................................................9

4.2.4. Teoria de Rybczynski................................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas.............................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho em sede da cadeira de economia política discorre da análise das noções de
comércio internacional. De referir que o comércio permite que os países ou regiões se
especializem naquilo que fazem melhor e possam desfrutar, assim, de uma maior quantidade de
produtos e serviços. Nesta conformidade, pretendemos iniciar o estudo conceitualizando aquilo
que são as nocoes básicas tais como o próprio comércio internacional, as taxas de cambio e as
balanças de pagamento e o respectivo papel no comércio internacional.

Posto isto, estaremos habilitados a falar das teorias do comércio internacional com particular
destaque para as teorias clássicas e neoclássicas que foram em grande medida os pilares para a
tomada de decisões no âmbito do comércio internacional num contexto do mercado globalizado.

O presente trabalho apresenta o objectivo geral e especifico que a seguir se indica:

Objectivo geral
Analisar as noções gerais do comércio internacional

Objetivos Específicos
 Descrever os conceitos fundamentais do comércio internacional;
 Identificar as noções de balança de pagamentos
 Debruçar sobre o papel da taxa de câmbio na alteração da economia;
 Descrever as teorias do comércio internacional;

1
1. Noções de comércio Internacional

1.1. O Comércio internacional


Pode-se definir o comércio internacional como sendo todas as trocas de bens e serviços que
ocorrem através de fronteiras internacionais.

As dimensões dadas algumas vezes ao tratamento do comércio entre países podem sugerir que
apenas os governos tomam decisões a respeito do comércio.

Em se tratando das economias de mercado, cabe sinalizar que a maior parte das decisões que
determinam a magnitude, o conteúdo e a direção do comércio são tomadas pelas famílias e
empresas.

Contudo, é claro que, em alguns momentos, os governos podem, evidentemente, agir através de
mecanismos de política económica (incentivos fiscais, subsídios, política cambial etc.) e políticas
proteccionistas (taxação na importação de alguns bens, fixação de quotas de importação).

Conforme ensina KRUGMAN, o comércio internacional também permite que os países se


especializem na produção de faixas mais estreitas de alimentos, dando a eles maior eficiência na
produção em larga escala. Os benefícios do comércio internacional não estão limitados apenas ao
comércio de bens tangíveis. A migração internacional e os empréstimos internacionais também
são formas de negociação mutuamente benéficas — a primeira delas é uma negociação de
trabalho em troca de mercadorias e serviços, a segunda é uma negociação de mercadorias
presentes em troca da promessa de mercadorias futuras.1

Adverte ainda KRUGMAN que, embora as nações geralmente ganhem com o comércio
internacional, é bem possível que o comércio internacional possa prejudicar grupos específicos
dentro das nações — em outras palavras, esse comércio internacional terá fortes efeitos sobre a
distribuição de renda. 2

1
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 5.
2
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 5.

2
Os efeitos do comércio sobre a distribuição de renda são há muito tempo uma preocupação dos
teóricos de comércio internacional, que enfatizam3 que:

 O comércio internacional pode afectar adversamente os proprietários de recursos que são


“específicos” de indústrias que competem com importações, ou seja, não podem
encontrar emprego alternativo em outras indústrias.
 O comércio também pode alterar a distribuição de renda entre grupos amplos, como os
trabalhadores e os donos do capital.

2. Taxa de Cambio
2.1. Conceito
Dentro de uma nação, as transações realizam-se com a mesma moeda. No entanto, no comércio
internacional utilizamos moedas diferentes. Daí surge a necessidade de convertermos uma moeda
em outra, como forma de facilitar os intercâmbios comerciais.

A taxa de câmbio é o mecanismo através do qual essa troca é possível, ou seja, é a expressão do
número de unidades da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira.

Sua variação altera diversas variáveis económicas, sobretudo aquelas relacionadas ao comércio
exterior. No comércio internacional não há apenas uma moeda a ser empregada para pagamento
das transações, já que os países trocam entre si bens e serviços.

Todavia, ao se fecharem as referidas transações, o saldo é contabilizado em uma única moeda.


Em outras palavras, é necessário que exista alguma forma de conversão. A operação conhecida
como taxa de câmbio faz a conversão da moeda nacional em moeda estrangeira.

O número de unidades necessárias, em moeda doméstica, para adquirir uma unidade em moeda
estrangeira tem sido regulado pela taxa de câmbio.

Por exemplo, considere que a atual taxa de câmbio do metical em relação ao dólar seja
equivalente a 63,83 Mts. Neste cenário podemos dizer que para obtermos US$ 1,00 entregamos
aproximadamente 63,83 Mts.

A este respeito, refere KRUGMAN


3
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 5.

3
que as taxas de câmbio desempenham um papel central no comércio internacional,
porque nos permitem comparar os preços das mercadorias e serviços produzidos em
diferentes países. Um consumidor que vai decidir qual entre dois carros norte-
americanos irá comprar, deve comparar seus preços em dólar, por exemplo, US$ 44.000
(para um Lincoln Continental) ou US$ 27.000 (para um Ford Taurus). Mas como o
mesmo consumidor pode comparar qualquer um desses preços com os 2,5 milhões de
ienes japoneses necessários para comprar um Nissan Maxima do Japão? Para fazer essa
comparação, ele ou ela deve saber o preço relativo entre dólares e iene. Os preços
relativos das moedas podem ser vistos em tempo real na Internet. 4

2.2. Cotações da taxa de câmbio


Uma taxa de câmbio pode ser cotada de duas formas:

 Como o preço da moeda estrangeira em termos de dólar (por exemplo, US$ 0,0102685
por iene) ou da forma inversa, o preço de dólares em termos de moeda estrangeira (por
exemplo, ¥97,3850 por dólar).5

A primeira das cotações cambiais (dólares pela unidade da moeda estrangeira) diz-se ser em
termos directos (ou “norte- -americanos”). A segunda (unidades da moeda estrangeira por dólar)
é em termos indiretos (ou “europeus”).6

O mercado e moeda estrangeira

A taxa de câmbio é determinada pela relação entre a oferta e demanda da moeda estrangeira no
país.

4
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 270.
5
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 270.
6
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 270.

4
3. Balança de pagamentos
Além das contas de renda nacional, os economistas do governo e os estatísticos também mantêm
um balanço das contas de pagamento, um registro detalhado da composição do saldo da
conta-corrente e das várias transações que ela financia.7

Uma compreensão completa da contabilidade do balanço de pagamentos irá ajudar-nos a avaliar


as implicações das transações internacionais de um país. 8

O balanço de contas de pagamentos de um país mantém o controle tanto de seus pagamentos


quanto de seus recebimentos do exterior. Qualquer transação que resulte em um recebimento do
exterior entra no balanço de contas de pagamentos como um crédito. Qualquer transação que
resulte em um pagamento ao exterior entra como um débito.9

A partir do que foi dito acima, podemos conceituar o balanço de pagamentos como o registro
contábil dos pagamentos efetuados entre os agentes residentes e os não-residentes em
determinado país.

Para KRUGMAN10 são três os tipos de transações internacionais registradas no balanço de


pagamentos:

 Transações que surgem da exportação ou importação de mercadorias ou serviços e,


portanto, entram direta- mente na conta-corrente. quando um consumidor francês
importa um jeans norte-americano, por exemplo, a transação entra no balanço de contas
de pagamento estadunidense como um crédito na conta-corrente;
 Transações que surgem da compra ou venda de ativos financeiros: um activo é
qualquer uma das formas nas quais a riqueza pode ser mantida, como dinheiro, ações,
fábricas ou débito governamental. A conta financeira do balanço de pagamentos registra
todas as compras ou vendas internacionais de ativos financeiros;

7
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 255.
8
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 255.
9
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 255.
10
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 255.

5
 Algumas outras atividades que resultam em transferências de riqueza entre países
são registradas na conta de capital.

Sendo o balanço de pagamentos, o registo sistemático estatístico-contabilista das transações de


um país com as outras nações durante um determinado período de tempo, o resultado desse
balanço é obtido através do somatório das contas:

a) Conta-corrente: que por seu turno é formada por três subcontas.


 Balança comercial: regista a movimentação de mercadorias. Seu saldo é dado pela
diferença entre vendas de mercadorias efetuadas pelo país ao exterior e compras de
mercadorias efetuadas pelo país no exterior.
 Balança de serviços: regista as transacções com os serviços. Essas transações são
consideradas intangíveis.
 Transferências unilaterais: refere-se ao resultado das doações, remessa de dinheiro feita
ou recebida pelo país etc.
b) Movimentos de capitais autónomos: formados pela entrada ou saída de capitais, sendo
representados pelo capital de risco (investimento directo), de empréstimo ou
especulativo.
c) Erros e omissões: conta de ajuste devido às dificuldades de mensuração de algumas
transações.
d) Reservas (capital compensatório ou induzido): quando o balanço de pagamentos
apresenta resultado negativo (deficitário), deve-se cobrir essa lacuna com as reservas. Do
contrário, se o resultado for positivo, ampliam-se as reservas.

4. Teorias do Comércio Internacional


Abordar as teorias do comércio internacional é relevante porquanto estas teorias foram essenciais
na tomada de decisões ao longo dos anos no que toca ao comércio exterior. Ademais, são teorias
que formam a base das estratégias para que se mantenha uma balança comercial equilibrada com
a maior vantagem absoluta e/ou a menor desvantagem comparativa. Começaremos pelas teorias
clássicas abordando os seus percursores e só depois rumaremos às teorias neoclássicas do
comércio internacional.

6
4.1. As Teorias Clássicas de Comércio Internacional
4.1.1. Teoria das Vantagens Absolutas
Adam Smith11 teve o seu pensamento filosófico e económico estampado nas suas duas obras,
“Teoria dos Sentimentos Morais” (1759) e em “Riqueza das Nações” (1776).

Adam Smith desenvolveu a teoria das vantagens absolutas no comércio internacional. Nesta
teoria dizia-se que a vantagem obtida por uma determinada nação, de determinado bem resulta
de uma maior produtividade. Nisto resulta que utilizando uma menor quantidade de insumos para
produzir esse bem enfrentando menores custos.

Adam Smith pensava não ser sempre necessário que um país obtenha excedentes de comercio
exterior para que as trocas comerciais internacionais sejam vantajosas e que as trocas voluntárias
entre países podem beneficiar todos aqueles envolvidos na operação. Para Adam Smith, cada
país deve se concentrar na produção de bens que lhe ofereçam vantagem absoluta.

Adam Smith serviu-se das relações comerciais entre Portugal (tradicional país produtor de
vinhos) e Inglaterra (tradicional país produtor de tecidos). Pela teoria de Adam Smith, se
Portugal tivesse que deslocar parte de seu capital, empregado na produção de vinhos, para
produzir tecidos, certamente obteria menos tecidos e com qualidade inferior aos tecidos ingleses.

4.1.2. Teoria das Vantagens Comparativas


David Ricardo12 inspirado na obra de Adam Smith aprimorou a teoria das vantagens absolutas.

Para expor sua teoria, Ricardo também partiu do exemplo do comércio entre Portugal e
Inglaterra, usado por Adam Smith que tem como pressuposto a especialização de cada país na
exportação do produto do qual tem vantagem comparativa melhor.

Um país tem vantagem comparativa na produção de um bem se tiver um custo de oportunidade


menor que outro país na produção deste mesmo bem. A comparação do preço interno com o
preço praticado internacionalmente para o mesmo produto, portanto, com a mesma qualidade,
indica que, se houver diferença entre eles (computado o custo de transporte), a região que tem

11
Filósofo, teórico e economista, nascido na Escócia em 1723 e falecido em 1790, dedicou-se, quase
exclusivamente, ao magistério. É considerado: o pai da Economia Política Clássica Liberal.
12
Nasceu em Londres, em 1772, filho de pai judeu ortodoxo, abandonou a fé judaica e dedicou-se à atividade de
corretor na Bolsa. Começa a interessar-se pela teoria econômica em 1799, após ler a Riqueza das Nações de Adam
Smith.

7
menor preço tem vantagem comparativa na produção desse bem. Isto significa que o preço
praticado lá fora reflete o custo de oportunidade do produto internamente. Portanto, o comércio
entre os países se baseia, em linhas gerais, na vantagem comparativa.

4.2. Teoria Neoclássica do Comércio Internacional


4.2.1. Teoria de Heckscher-Olhin
A teoria de Heckscher-Olhin refere que os países tendem a exportar mercadorias que são
intensivas nos fatores com os quais eles são fornecidos abundantemente.13

Desta forma, os países exportarão os produtos que usam de maneira intensiva o factor de
produção, cuja dotação for relativamente intensiva;

Até os anos 1990, o principal arcabouço teórico para compreender os possíveis impactos do
comércio internacional sobre a desigualdade era o modelo de Hecksher-Ohlin e seus
desdobramentos sobre o mercado de fatores desenvolvidos por Stolper-Samuelson.

4.2.2. A teoria de Stolper-Samuelson


De acordo com JONES & NEARY, a teoria de Stolper-Samuelson nos diz que a elevação no
preço relativo de um dos bens aumenta o retorno do fator utilizado intensivamente na sua
produção e reduz o retorno de outro.14

Além disso, há o chamado magnification effect: a elevação no preço relativo não apenas aumenta
o retorno relativo do fator utilizado intensamente, mas também o faz mais que
proporcionalmente à mudança de preço relativo. 15

Os corolários deste teorema são:

i) quando há mudanças de preços relativos, existe pelo menos um factor ganhador e um


factor perdedor;
ii) mudanças de preços relativos têm efeitos de equilíbrio geral – ou seja, se um factor é
perdedor, ele será perdedor em todas as indústrias;

13
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional (tradução Ana Júlia
Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p. 88
14
JONES, R. W.; NEARY, P. The positive theory of international trade. Handbook of International Economics.
Amsterdam: Elsevier, 1984, pp. 1-6.
15
JONES, R. W.; NEARY, P. The positive theory of international trade. Handbook of International Economics.
Amsterdam: Elsevier, 1984, pp. 1-6.

8
iii) e, um factor escasso é beneficiado pelas barreiras comerciais, enquanto o factor
abundante é prejudicado.

Em síntese esta teoria preconiza que, se o preço dos produtos intensivos em capital subir, a
remuneração do capital aumentará, e a do trabalho será reduzida. Assim sendo a elevação no
preço relativo de um dos bens aumenta em torno.

4.2.3. Teoria de Equalização do preço dos fatores


Segundo a teoria de equalização, quando o preço dos produtos comercializados pelos países são
equalizados, então o preços dos factores também o serão; Dito de outro modo com o livre
comércio quando os preços das mercadorias como tecido e alimentos se igualam entre dois
países são igualados os preços dos factores de produção entre os dois países.

4.2.4. Teoria de Rybczynski


Se os preços dos produtos forem mantidos fixos, o aumento na dotação relativa de um dos
fatores terá como resultado uma expansão mais que proporcional na produção relativa do bem
intensivo no fator que sofreu o aumento, e uma redução absoluta na produção de outro.16

Portanto quando ocorre um aumento da dotação de um fator de produção em um país, haverá um


aumento da produção do produto que usa intensivamente esse fator, e uma redução na produção
do outro produto.

Conclusão
O presente trabalho encerrou em si uma abordagem da temática das noções do comércio
internacional. Desta feita, chegou-se a conclusão de que o comércio internacional se refere às
trocas de bens e serviços através de fronteiras internacionais.
16
JONES, R. W.; NEARY, P. The positive theory of international trade. Handbook of International Economics.
Amsterdam: Elsevier, 1984, pp. 1-6.

9
Nesta conformidade, concluímos que o comércio internacional permite que os países ou regiões
se especializem naquilo que fazem melhor e possam desfrutar, assim, de uma maior quantidade
de produtos e serviços.

Foi possível constatar que no âmbito do comércio internacional é necessário que existam regras
rigorosas a serem seguidas para que haja uma boa relação comercial entre os países, por forma a
garantir os benefícios e minimizando prejuízos aos países envolvidos.

Discutidas as teorias do comércio internacional ficou demonstrado que estas teorias formam a
base das estratégias para que se mantenha uma balança comercial equilibrada com a maior
vantagem absoluta e/ou a menor desvantagem comparativa, possibilitando a tomada de decisões
no fórum internacional.

Referências Bibliográficas
JONES, R. W.; NEARY, P. The positive theory of international trade. Handbook of
International Economics. Amsterdam: Elsevier, 1984

10
KRUGMAN, Paul R.; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J., Economia Internacional
(tradução Ana Júlia Perrotti-Garcia), 10ª ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.

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