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Lista de exercícios economia política  

Clara Fernanda Fernandes Coutinho


DRE: 122147099
Turma C

Questão 01:
Dentro da economia, os bens podem ser livres e econômicos. No que se refere
aos bens econômicos, eles são escassos e necessitam de emprego de
recursos produtivos para sua obtenção, podendo ser classificados em bens de
consumo, bens intermediários e bens de capital, dependendo do uso e o
destino que a eles é dado no sistema econômico. Os bens de consumo tem
como finalidade a satisfação de necessidades humanas, sendo destinados ao
consumidor final, como as famílias, por exemplo. Os bens intermediários -
matérias-primas e insumos - são produtos que ainda não se transformaram em
bens finais, de consumo ou de capital, e, assim como os bens de capital, são
destinados às empresas. Por fim, os bens de capital são os bens finais
utilizados no processo produtivo das firmas. Dessa forma, diferenciam-se dos
bens livres, que são encontrados de maneira abundante, não necessitando de
grande esforço humano para a sua obtenção e podendo se converter também
em bens econômicos, como o exemplo da água potável.

Questão 02:
O consumo é uma parte da renda usada em função dos bens e serviços, tendo
como finalidade satisfazer a necessidade humana. O restante da renda, dessa
forma, é chamado de poupança, a qual é montante de lucros gerados mas não
distribuídos, isto é, lucros repetidos na empresa. Parte dessa poupança será
investida em títulos de propriedade, títulos de empréstimo público ou privado,
depositados em bancos e outras instituições financeiras.

Questão 03:
Para calcular o valor do lucro de uma firma que possui como custos mensais o
valor da mão de obra e o custo do aluguel de uma sala no valor de 2.000 reais,
e que emprega 10 trabalhadores com o salário de 500 reais, produzindo uma
receita de 10.000 reais, é necessário fazer o cálculo que se traduz no valor do
lucro sendo igual a diferença entre a receita da firma e seus custos. Dessa
forma, para obter a quantidade total de custo, é necessário fazer o somatório
das quantidades e preços de todos os recursos produtivos e insumos utilizados
na produção (2.000 + 10x500). Assim, o lucro da firma ao final do processo
produtivo será de 3.000 (L= 10.000 - 7.000/ L= 3.000).

Questão 04:
O balanço de pagamentos representa todas as trocas da economia doméstica
com o resto do mundo, expressando as relações econômicas entre os países
em âmbito internacional. Sua estrutura é composta pelo balanço comercial
(importações FOB e exportações FOB), serviços de renda (viagens
internacionais, transporte, seguros, rendas de capitais, serviços diversos,
serviços governamentais), transferências unilaterais correntes (donativos em
divisas ou mercadorias), balanço de transações correntes (A+B+C), conta
capital e financeira (investimentos diretos líquidos, reinvestimentos,
empréstimos e financiamentos, amortizações, capitais de curto prazo), erros e
omissões, saldo do balanço de pagamentos (D+E+F) e variações das reservas
(- G).

Questão 05:
O mercado de câmbio pode ser regulado através de quatro regimes cambiais,
nomeados como regime de câmbio fixo, regime de câmbio flutuante, regime de
bandas cambiais e flutuação suja. O regime de câmbio fixo ocorre quando o
Banco Central determina um preço fixo para a moeda estrangeira e se
compromete a comprar e vender moeda estrangeira ao preço fixado,
atendendo à demanda e se ajustando à oferta de moeda estrangeira. O regime
de câmbio flutuante, por sua vez, ocorre quando o Banco Central não interfere
na taxa de câmbio, deixando que ela varie de acordo com a demanda e oferta
de moeda estrangeira. Já o regime de bandas cambiais é a situação na qual o
Banco Central determina um limite mínimo e máximo dentro do qual a taxa de
câmbio pode variar, comprando e vendendo moeda estrangeira caso a taxa
cambial se aproxime, respectivamente, do limite mínimo (câmbio está se
valorizando) ou do limite mínimo (câmbio está se desvalorizando). E, por fim,
na flutuação suja, ou dirty floating, o Banco Central pode fazer intervenções
pontuais e não antecipadas no mercado cambial; trata-se de um regime
cambial que fica entre o câmbio flutuante e as bandas cambiais, pois o governo
pode operar com bandas cambiais não divulgadas para o público e interferir, de
forma não antecipada, sempre que julgar necessário.

Questão 06:
A teoria das vantagens comparativas de David Ricardo baseia-se na
especialização com base na produtividade do trabalho. Nesse sentido, em
termos globais, a especialização em produtos nos quais os países são
relativamente mais produtivos traria benefícios para todos que participassem
do comércio global. Isso ocorreria pois, ao multiplicar a produtividade de cada
país pela quantidade de horas de trabalho disponível e verificar quanto
produziram individualmente e globalmente com e sem especialização, é notório
que a especialização dos países na produção de apenas um produto, aquele
que produzem de certa forma mais eficiente, gera um produto global maior que
aquele que seria possível sem a especialização. No entanto, a crítica cepalina
afirma que a premissa da teoria das vantagens comparativas está incorreta,
visto que pressupunha uma distribuição igualitária do processo técnico entre
todos os países participantes do comércio internacional. Entretanto, isso não se
verificaria na dinâmica efetiva do comércio internacional, em que os países
mais industrializados acabavam se apropriando de parcela maior dos ganhos
de produtividade gerados globalmente por meio das  internacionais. Desse
modo, como remunerações médias mais elevadas estão associadas a
determinados fatores de produção, como trabalho qualificado, capital e
recursos naturais, não só a dotação de fatores de produção é diferente em
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas também existe uma diferença
relativa à elasticidade-renda dos produtos comercializados por esses dois
países.

Questão 07:
Na década de 1990, há uma mudança na forma de atuação do Estado na
economia, que passa de um Estado Interventor para um Estado Regulador.
Com o advento do neoliberalismo, o Estado deixa de ter uma função produtora,
envolvendo planejamento e planos de desenvolvimento, para se restringir a
uma função reguladora, através de agências reguladoras e reformas
institucionais.

Questão 08:
A inflação é definida como o aumento persistente e generalizado no nível de
preços da economia. A inflação é medida pelos índices de preço, como o IPCA
e corrói o poder de compra da moeda. Em situações de hiperinflação a moeda
perde todas as suas três funções, ou seja, deixa de ser capaz de expressar o
valor das mercadorias, de reter valor ao longo tempo, acabando por deixar de
ser utilizada como meio de troca. O aumento descontrolado dos preços gera
incertezas no ambiente econômico. No entanto, a deflação também não é
desejada, uma vez que leva potencialmente ao desaquecimento da atividade
econômica. A inflação pode ter múltiplas causas: inflação de demanda, inflação
de oferta (ou de custos), inflação inercial, inflação de expectativas. A inflação
de demanda ocorre quando a demanda agregada se encontra em patamar
superior à produção de bens e serviços. Na inflação de oferta, também
conhecida como inflação de custos, os preços aumentam porque as firmas
verificam um incremento em seus custos de produção, que são repassados
para o preço dos bens e serviços. A inflação inercial se reproduz através do
mecanismo de memória inflacionária e, nesse caso, os preços aumentam
porque os agentes econômicos utilizam mecanismos de indexação formal de
contratos, salários e aluguéis e mecanismos de indexação informal, através de
reajustes de preços no comércio e na indústria. Por fim, segundo os cepalinos,
a inflação dos países subdesenvolvidos seria explicada por questões
estruturais, ou seja, esses países teriam uma inflação estrutural. A existência
de estruturas produtivas agrárias e oligopólicas, associadas a uma inserção
primário-exportadora no comércio internacional, provocaria uma inflação
estrutural nos países subdesenvolvidos.

Questão 09:
As três principais funções da moeda são: função de meio de troca, reserva de
valor e unidade de conta. Como função de meio de troca, a moeda é utilizada
para intermediar trocas. A função de reserva de valor remete à capacidade da
moeda de manter e carregar o valor dos produtos ao longo do tempo. E, por
último, a função de unidade de conta é o papel de medir o valor dos produtos e,
portanto, o objeto que funciona como moeda deve ser capaz de expressar o
valor dos produtos dos menores aos maiores valores, ou seja, a moeda deve
ser divisível.
Questão 10:
O Banco Central está submetido ao Conselho Monetário Nacional (CMN),
responsável pela formulação das regras que irão normatizar o funcionamento
do sistema financeiro e tem por objetivo garantir a liquidez da economia e
seguir as regras formuladas no âmbito do CMN.O Banco Central é o emissor
primário de moeda. O Papel Moeda Emitido (PME) é deduzido do caixa do
Banco Central (CBC), fornecendo o total de Papel Moeda em Circulação
(PMC). Desse PMC, uma parte se destina aos encaixes dos bancos comerciais
(EBC) e outra se converte em Papel Moeda em Poder do Público (PMPP).
Dessa forma, o Banco Central possui instrumentos para controlar a oferta de
moeda: operações de open market, taxa de redesconto, depósito compulsório.
As operações de open market representam a compra e venda de títulos
públicos. Quando o BCB compra títulos públicos em posse dos agentes
econômicos, este coloca moeda em circulação; quando vende títulos públicos,
retira moeda de circulação. A taxa de redesconto é uma taxa cobrada pelo
Banco Central para emprestar dinheiro para bancos com desequilíbrios
momentâneos em seus sistemas de compensação diária de valores. Por fim, o
depósito compulsório é um percentual de depósitos que os bancos devem
manter junto ao Banco Central e que não pode ser emprestado, ou seja, não
pode ingressar no circuito do multiplicador monetário.

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