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ROTEIRO 3 - RESPOSTAS
(favor não copiar para essa folha de respostas os enunciados das questões)

Questão 1
Resposta:
a) Nesse caso, a condição é que a poupança das famílias, que é destinada ao mercado de
capital, seja igual ao investimento realizado nesse mercado. Ou seja, a poupança das famílias
deve ser igual à demanda por investimentos para garantir um fluxo constante de produtos e
serviços.
b) Nessa situação de economia com governo, além da igualdade entre poupança e
investimento, é necessário que o governo também equilibre suas receitas e despesas. A
condição geral é que a soma da poupança das famílias, investimento privado e superávit
orçamentário do governo seja igual ao investimento total na economia.
c) Nesse caso, economia com governo e setor externo, além das condições anteriores, é
necessário que a balança comercial (diferença entre exportações e importações) seja
equilibrada. Isso significa que a poupança das famílias, investimento privado, superávit
orçamentário do governo e saldo comercial devem se igualar ao investimento total na
economia.

Questão 2
Respostas:
a) O conceito de produto de acordo com a macroeconomia, pode se entender-se como uma
medida ampla do valor total de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia,
é conhecido também como o Produto Interno Bruto de um território nacional.
É importante considerar, nesse caso, que o “produto” tem a característica de temporalidade
presente em seu conceito, o que significa que o produto de uma economia se mede a partir de
um certo tempo, podendo ser trimestral, semestral ou anual, por exemplo.
b) O “produto” deve ser entendido como um fluxo justamente pelo fato de ser medido com
relação a temporalidade, ou seja, se refere à produção de bens e serviços em um determinado
período de tempo, e não à acumulação desses bens e serviços ao longo do tempo.
Outro fator determinante para o “produto” ser considerado um fluxo, é o fato de ser um
processo contínuo que ocorre constantemente na economia. As empresas produzem bens, os
consumidores demandam e consomem esses bens, e esse ciclo se repete ao longo do tempo,
sendo assim, essa quantidade de produto é variável, o montante pode aumentar ou diminuir
em caso de consumo ou produção adicional de produtos e serviços na economia. Portanto, o
produto é considerado um fluxo contínuo de produção, pois reflete a atividade econômica em
andamento com relação a uma periocidade.
c) Apresente as três óticas de mensuração do “produto” utilizadas pela Contabilidade
Nacional, mostrando seus elementos constitutivos.
Na macroeconomia neoclássica, podemos descrever e chegar ao resultado do produto de uma
economia a partir de três diferentes óticas: pela demanda agregada, pelo valor adicionado e
pela renda agregada em uma economia.
Na ótica da produção, o produto é medido pelo valor bruto da produção, que representa o
valor total dos bens e serviços produzidos na economia, menos o consumo intermediário, que
são os insumos utilizados na produção. O valor resultante é o valor adicionado, que
representa o valor criado pelas empresas na produção.
Na ótica da despesa, o produto é medido pelos gastos finais dos setores da economia. Isso
inclui o consumo final dos consumidores, o investimento das empresas em capital fixo e
estoques, os gastos do governo em bens e serviços, e as exportações líquidas, que são as
exportações menos as importações.
Na ótica da renda, o produto é medido pela renda gerada pelos fatores de produção. Isso
inclui a remuneração dos empregados (salários e benefícios), a renda bruta dos proprietários
(lucros e rendimentos das empresas), os impostos indiretos líquidos de subsídios e a renda
disponível, que é a renda disponível para consumo e poupança.
d) Antes de explicar a relação dos conceitos, deve-se definir o significado de cada um de
acordo com a macroeconomia. O produto, como já visto acima, é medido pelo Produto
Interno Bruto (PIB) e representa o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos
em uma economia durante um determinado período de tempo. Ele engloba tanto a produção
de bens tangíveis quanto a prestação de serviços intangíveis.
Outro conceito importante é o Valor adicionado, que reflete a diferença entre o valor dos bens
e serviços produzidos por uma empresa e o valor dos insumos utilizados na produção. Em
outras palavras, é o valor que uma empresa adiciona ao processo produtivo. O valor
adicionado é calculado subtraindo-se os custos dos insumos (como matérias-primas, energia e
salários) do valor das vendas da empresa. Ele representa a contribuição líquida da empresa
para a economia em termos de geração de valor.
Já o significado de valor bruto da produção refere-se ao valor total de todos os bens e
serviços produzidos por uma empresa ou setor sem considerar os custos dos insumos
utilizados na produção. É o valor antes de qualquer dedução de custos ou despesas. O valor
bruto da produção reflete o total de vendas ou receitas geradas pela produção de bens e
serviços, sem levar em conta os insumos utilizados.
A partir dos conceitos estabelecidos, a relação entre esses conceitos se dá pelo fato de que o
valor bruto da produção é o valor total das vendas ou receitas geradas pela produção de bens
e serviços, e o valor adicionado é a contribuição líquida de uma empresa ou setor para a
produção, representando o valor gerado acima dos custos dos insumos, já o produto, medido
pelo PIB, é a soma de todos os valores adicionados de todos os setores da economia,
representando o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado
período de tempo.
Questão 3
a) A poupança pode ser caracterizada como basicamente o não consumo, isso quer dizer que
quando os agentes em uma economia optam por não consumir, nesse caso realizar um
investimento também é considerado consumo, eles estão guardando dinheiro e não pondo tal
quantia em circulação dentro do fluxo monetário no curto prazo. Outra consideração, é que a
poupança significa a parte da renda que não é consumida imediatamente pelos agentes
econômicos, mas sim reservada para uso futuro.
b) Sim, em uma economia simples, deve-se entender por duas óticas, a da renda agregada e
demanda agregada. A partir disso, a identidade da renda agregada, considerando a ausência
de governo e em uma economia fechada, é dada por: Y= C + S, sendo Y a renda agregada, C
o consumo e S a poupança das famílias, essa identidade revela que as unidades familiares
podem consumir ou guardar seu dinheiro (poupar). Agora, precisa-se explicitar a identidade
por ótica da Demanda agregada que pode ser escrita como: DA = C + I, significa que a
demanda geral é dada pelo consumo e o investimento em uma economia. Ou seja, de acordo
com essa identidade, toda poupança é direcionada para investimentos, especificamente, o
investimento no mercado privado.
c) Sim. A identidade entre poupança e investimento não se mantém quando consideramos a
existência do governo. Isso ocorre porque o governo pode ter uma poupança própria, que não
está disponível para investimentos na economia. A "poupança do governo" é representada
pelo superávit orçamentário, ou seja, a diferença entre a receita e a despesa governamental.
Essa poupança do governo pode ser utilizada para reduzir o déficit público ou para
investimentos públicos, afetando a relação entre poupança e investimento.
d) Sim. Quando consideramos além do governo, o setor externo, a identidade entre poupança
e investimento ainda pode ser afetada. A "poupança externa" refere-se ao fluxo de recursos de
poupança provenientes do exterior. Se um país tem déficit comercial, importando mais do
que exportando, ele está recebendo recursos externos que podem ser usados para
investimentos. Por outro lado, se um país tem superávit comercial, exportando mais do que
importando, está fornecendo recursos externos que reduzem sua capacidade de investimento.
Portanto, a poupança externa afeta a relação entre poupança e investimento na economia,
tornando a identidade entre eles dependente do setor externo.

Questão 4
Resposta:
a) Não é possível dizer que toda a população contribui para o produto interno de um país.
Para explicar essa proposição, primeiramente é necessário explicitar alguns conceitos
relacionados a população e a sua forma de atuação no “produto” de um Estado nacional. Dito
isso, PIA (População em idade ativa) é a população que está apta a se inserir no mercado de
trabalho, de acordo com o IBGE, são pessoas de 14 anos ou mais, a PIA pode ser
caracterizada como a junção da PEA (População economicamente ativa) e do número de
inativos no mercado de trabalho. Os inativos correspondem a parcela da população que não
conseguem arrumar emprego, por que desistiram ou tem outra renda que, ou seja, são as
pessoas que estão aptas a trabalhar, mas não procuram emprego. Já a PEA é a população apta
ao mercado de trabalho que está interessada a procurar emprego ou já está empregada.
Agora, a População economicamente ativa está dividida entre dois grupos, os ocupados que
são as pessoas inseridas no mercado de trabalho, integrados no mercado informal ou formal.
Já os desocupados representam o grupo de pessoas que estão desempregadas, e possuem
desejo de ingressar no mercado de trabalho. É interessante que o critério do IBGE para
definir se uma pessoa é considerada desocupada ou ocupada, é baseado nas horas de trabalho
por semana, ou seja, se uma pessoa exerceu uma atividade remunerada por no mínimo duas
horas em 1 semana, ela é considerada ocupada, senão está no grupo de desocupados.
b) O conceito de taxa de ocupação refere-se a proporção da população em idade ativa que
está no mercado de trabalho, ou seja, trabalhando ou procurando ativamente por emprego. Já
a taxa de ocupação representa a proporção da população em idade ativa que está empregada.
Ambos os indicadores são utilizados para analisar a dinâmica do mercado de trabalho e a
disponibilidade de emprego em uma determinada economia. A taxa de participação revela o
nível de engajamento da população no mercado de trabalho, enquanto a taxa de ocupação
indica o grau de utilização da mão de obra disponível.
c) O "efeito desalento" ocorre quando desempregados desistem de procurar emprego,
impactando negativamente as taxas de participação e ocupação. A taxa de participação
diminui à medida que pessoas desalentadas deixam de buscar trabalho, reduzindo a proporção
de pessoas ativas no mercado. Isso pode criar uma falsa melhoria na taxa de desocupação,
pois os desalentados não são mais considerados na força de trabalho. No entanto, essa
diminuição não reflete um mercado de trabalho saudável, pois está relacionada ao desalento e
não à criação de empregos.
d) O desemprego conjuntural está associado a flutuações econômicas de curto prazo,
ocorrendo quando há uma diminuição na demanda agregada e na atividade econômica, o que
resulta na redução de empregos. O desemprego friccional ocorre quando as pessoas estão em
transição entre empregos ou procurando seu primeiro emprego, representando um período
temporário de desemprego enquanto procuram por novas oportunidades. Por fim, o
desemprego estrutural está relacionado a mudanças na estrutura da economia, onde ocorrem
alterações significativas nas indústrias e na demanda por habilidades específicas, levando a
um desajuste entre a oferta e a demanda de empregos.
Questão 5
a) O raciocínio por trás dessa afirmação é que, quando as empresas produzem bens e
serviços, elas geram renda para os trabalhadores, que por sua vez se tornam
consumidores. Os trabalhadores recebem salários e outras formas de remuneração pela
sua contribuição na produção, e esse pagamento se torna sua renda disponível para gastar.
No entanto, é importante notar que a Lei de Say não implica necessariamente que as
famílias gastem toda a sua renda. Embora a produção gere renda para os trabalhadores, as
famílias têm a liberdade de escolher como gastar essa renda. Elas podem optar por gastar
parte da renda em consumo, economizar uma parte para o futuro ou investir em ativos
financeiros.
b) Segundo a "Lei de Say", a oferta cria sua própria demanda, o que implica que a produção
de bens e serviços gera automaticamente uma demanda equivalente. Embora essa lei
tenha sido amplamente discutida e criticada, é possível argumentar que em certas
condições a validade da "Lei de Say" pode garantir as condições para a manutenção de um
fluxo constante.
No caso relacionado a questão 1, em um cenário de pleno emprego, onde todos os
recursos produtivos estão sendo utilizados e a demanda agregada está equilibrada, a
produção de bens e serviços geraria uma demanda suficiente para absorver toda a oferta.
Nesse caso, a "Lei de Say" seria aplicável e o fluxo constante de produção e demanda seria
mantido.
c) O dinheiro desempenha um papel fundamental, pois permite a troca direta de bens e
serviços. Em vez de precisar recorrer à troca de um bem por outro, as transações
comerciais podem ser realizadas por meio do uso do dinheiro como meio de troca. O
dinheiro facilita a troca eficiente de bens e serviços, eliminando a necessidade de
coincidência de desejos entre os participantes da transação. Dessa forma, o dinheiro
permite que a produção seja trocada por bens e serviços de forma mais ágil e flexível. Ele
fornece liquidez à economia, permitindo que os agentes econômicos realizem transações
comerciais de maneira mais conveniente, sem depender exclusivamente da troca direta de
mercadorias.
d) O determinante do crescimento do fluxo monetário é amplamente influenciado por fatores
como a política monetária adotada pelos bancos centrais, a criação e distribuição de crédito,
as taxas de juros e as expectativas dos agentes econômicos. Mudanças nessas variáveis
podem afetar a quantidade de dinheiro em circulação na economia e, consequentemente,
influenciar a demanda agregada.
Questão 6
a) Falsa. A Lei de Say não implica necessariamente que a economia opere com pleno
emprego do capital fixo. A igualdade entre o produto efetivo e o produto potencial depende
de outros fatores além da Lei de Say, como a eficiência na alocação dos recursos, a
estabilidade macroeconômica e a ausência de restrições estruturais.

e) Falsa. Nem toda poupança é automaticamente investida. A decisão de investir está


sujeita a diversos fatores, como a taxa de juros, as perspectivas de retorno dos
investimentos, a confiança dos empresários e as condições econômicas gerais. A poupança
representa a parte da renda que não é consumida imediatamente, mas sua destinação para
o investimento depende de diversas variáveis e decisões individuais ou empresariais.

Questão 7
O "princípio da demanda efetiva" apresentado por John Maynard Keynes é uma das
principais teorias da macroeconomia desenvolvida no livro "Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda", publicado em 1936. Essa teoria busca explicar a dinâmica da economia e
as flutuações do nível de emprego e da atividade econômica.
De acordo com o princípio da demanda efetiva, a atividade econômica de um país é
determinada principalmente pela demanda agregada, ou seja, pela soma dos gastos realizados
pelos consumidores, empresas e governo em bens e serviços. Keynes argumentava que a
oferta agregada (a produção disponível na economia) não é o fator determinante do nível de
atividade econômica, mas sim a demanda agregada.
Keynes acreditava que a demanda agregada poderia não ser suficiente para utilizar
plenamente a capacidade produtiva da economia, levando ao desemprego e a uma situação de
recessão. Isso ocorre quando a demanda agregada é insuficiente para sustentar a produção
total da economia, deixando uma lacuna entre a capacidade produtiva disponível e a demanda
efetiva.
Keynes defendia que o governo poderia desempenhar um papel crucial nesse processo, por
meio da implementação de políticas fiscais e monetárias expansionistas. Por exemplo, o
governo poderia aumentar seus gastos, reduzir impostos e adotar políticas monetárias
expansionistas para estimular os investimentos e o consumo, aumentando assim a demanda
agregada.
Questão 8
Segundo a teoria keynesiana, manter o governo preso aos princípios das "finanças sadias" ou
"finanças sólidas" pode ter riscos significativos. Essa abordagem enfatiza a importância de
equilibrar o orçamento e reduzir o endividamento público, priorizando a austeridade fiscal.
No entanto, Keynes argumentava que durante períodos de recessão ou baixa demanda
agregada, seguir estritamente esses princípios pode levar a consequências negativas, como o
aprofundamento da recessão e o aumento do desemprego.
Na perspectiva keynesiana, o governo deve atuar na economia por meio de políticas fiscais
expansionistas, como aumentar os gastos públicos ou reduzir impostos, a fim de estimular a
demanda agregada e impulsionar o crescimento econômico. Essas políticas podem ajudar a
reduzir o desemprego, aumentar a produção e promover a estabilidade econômica. Keynes
acreditava que o governo tinha um papel crucial a desempenhar na gestão da economia,
atuando como um estabilizador para combater recessões e promover o pleno emprego.
Questão 9
a. Um economista adepto à Lei de Say responderia que uma queda no consumo agregado das
famílias não teria efeitos negativos sobre os níveis agregados de produto, poupança e
investimento. De acordo com a Lei de Say, a oferta cria sua própria demanda, o que significa
que a produção de bens e serviços automaticamente gera uma demanda equivalente. Portanto,
mesmo que as famílias reduzam seu consumo, a produção e o investimento seriam ajustados
para manter o equilíbrio da economia, garantindo que a demanda agregada se iguale à oferta.
b. Um economista adepto ao princípio da demanda efetiva responderia que uma queda no
consumo agregado das famílias teria efeitos negativos sobre os níveis agregados de produto,
poupança e investimento. Segundo o princípio da demanda efetiva, a demanda agregada
desempenha um papel fundamental na determinação do nível de atividade econômica. Se as
famílias reduzem seu consumo, a demanda agregada diminui, o que pode levar a uma redução
na produção, na poupança e no investimento. Isso ocorre porque a queda na demanda pode
levar as empresas a reduzirem a produção e os investimentos, afetando negativamente os
níveis agregados da economia.

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