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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - ICSA


FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - FACICON

VICTOR RAFAEL DOS SANTOS LIMA

INDICADORES FINANCEIROS / ECONÔMICOS

Belém – PA
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) 4

CÁLCULO DO PIB5 5

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC) 6

CÁLCULO DA DFC 7

FORMAS DE APRESENTAÇÃO 7

CONCLUSÃO 7

REFERÊNCIAS 8

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ESTATÍSTICA APLICADA A CONTABILIDADE
Prof. Roger Quaresma
Pesquisa sobre indicadores financeiros e econômicos

INTRUDUÇÃO

Com o avanço da globalização, os fluxos comerciais se intensificaram e por um


grande número de transações diariamente, foram necessários ferramentas que
pudessem ajudar no fornecimento de informações que retratassem fielmente (ou
pelo menos o mais próximo possível) a realidade econômica e financeira da
empresa ou instituição, entradas e saídas de recursos (DFC), relatórios periódicos
(balanços e DRE), anual (cálculo do PIB) e mensal (como é o caso do IPCA). O
fornecimento desses índices financeiros é tão relevante que as instituições por lei,
são intimadas a fornecer esses dados tanto para o governo, quanto para a
população (dependendo da empresa/instituição).

Ao adentrar no assunto de cada item específico, é necessário entender


primeiramente que os termos “indicador financeiro” e “indicador econômico”
diferem-se. No que diz respeito ao indicador financeiro, os dados apresentados
serão fornecidos com foco na geração de caixa, ou seja, na quantidade de dinheiro
que determinada atividade gera por mês. Já o indicador econômico, demonstra os
resultados com base na produção e na comercialização de bens e serviços. Ambos
se complementam com suas respectivas informações e análises. Entendendo isto,
podemos partir para seus estimadores e entender como essas ferramentas estão
atuando no mercado financeiro e no planejamento estratégico de crescimento
econômico de pequenas, médias e grandes empresas assim como também os
países e suas economias.

Para a elaboração desta pesquisa, foram abordados dois indicadores muito


utilizados no setor financeiro e econômico, que são: PIB (calculado pelo IBGE), e
Liquidez imediata. Uma análise desses indicadores por diferentes perspectivas é
essencial para desenvolver estratégias de crescimento e aplicação de novos
investimentos no mercado que tem um alto nível de concorrência e cada vez mais
necessita de informações bem fundamentadas para a tomada de decisão. O
objetivo é conceituar e definir o papel desses estimadores, tais como as relações e
aplicações no cotidiano das empresas.

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PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

O PIB é um indicador econômico que representa o valor de mercado do fluxo de


bens e serviços finais fornecidos por uma economia em determinado período de
tempo (geralmente um ano) isso significa que o valor dos produtos ou serviços
intermediários não entram nesse cálculo para não serem somados duas vezes,
propiciando o acompanhamento de suas modificações estruturais e de seu curso
conjuntural.

O cálculo do PIB é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE) com base em parâmetros recomendados pela Organização das nações
Unidas (ONU), a partir de um levantamento de dados e sistematização de
informações primárias e secundárias apuradas ou apropriadas por aquela
instituição.

O PIB pode ser ajustados a preços correntes (nominais ou monetários) e


constantes (reais). Ambos representam importantes medidas de desempenho. Os
valores monetários servem para dar uma ideia da dimensão do sistema, pois
resultam da agregação da produção física de todos os bens e serviços pelos
respectivos preços, descontadas as transações intermediárias.

Dessa forma é possível medir quanto uma região está produzindo em dinheiro,
Como o PIB é a soma do valor de todos os produtos e serviços produzidos para o
consumidor final, é possível compreender quanto em dinheiro que a região produz.
Por isso, o PIB é uma forma de medir a riqueza ou o tamanho economia de uma
cidade, estado ou país.

É possível perceber se uma região está crescendo economicamente através


da análise do PIB de anos anteriores. De um modo geral, PIB mais alto significa
mais dinheiro circulando – o que geralmente é resultado de mais empregos.
Mas para uma análise completa de crescimento econômico é importante cruzar
a informação do Produto Interno Bruto com outros dados sobre a região, como
o índice de inflação e a taxa de desemprego.

A partir da performance do PIB, pode-se analisar o PIB per capita (divisão do PIB
pelo número de habitantes), que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de
um país se todos recebessem partes iguais, entre outros estudos.
O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a
compreender um país, mas não expressa importantes fatores, como distribuição de
renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um país tanto pode ter um PIB
pequeno e ostentar um altíssimo padrão de vida, como registrar um PIB alto e
apresentar um padrão de vida relativamente baixo.

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CÁLCULO DO PIB

Para se calcular o PIB é possível analisar tanto o lado da oferta de bens e


serviços como o lado da demanda. É importante notar que qualquer que seja o
cálculo o resultado do PIB é o mesmo. Mas essa essa divisão é importante para
analisarmos a situação da economia por dois pontos de vista distintos.

Oferta:
O cálculo do PIB pelo lado da oferta é baseado naquilo que é produzido,
bastando totalizar a soma das riquezas de cada um dos três setores no período:

Indústria + Serviços + Agropecuária

Demanda:
O cálculo do PIB pelo lado da demanda leva em consideração tudo o que é gasto
no Brasil. Ele é feito a partir da fórmula:

PIB = C + I + G + (X – M)

C: consumo das famílias em bens e serviços


Com a queda da inflação e das taxas de juros e uma ligeira retração no
desemprego, as famílias passam a gastar um pouco mais no supermercado, por
exemplo.

I: investimento das empresas


Esse indicador geralmente reflete a percepção das empresas sobre o cenário
econômico, pois diz respeito a investimentos como a ampliação de fábricas ou a
compra de equipamentos para expandir a produção.

G: gastos do governo em bens e serviços


Tudo aquilo que o governo gasta com o salário dos funcionários públicos,
programas sociais como o Bolsa Família, a previdência social e os investimentos
governamentais em estradas e habitação, por exemplo, entra neste cálculo.

(X – M): balança comercial


Trata-se do cálculo das exportações menos as importações.

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)

A demonstração do fluxo de caixa é um indicador financeiro que busca evidenciar


todas as origens e aplicações de determinado recurso dentro de uma instituição,
de forma que devem ser mostradas todas as saídas e entradas, bem como
apresentar quais foram os resultados desse fluxo. A partir da Lei n. 11.638/2007, a
DFC passou a ser obrigatória para todas as companhias de capital aberto (aquelas
que vendem ações na Bolsa de Valores) e, também, para todas as empresas que
declaram um patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões.

Segundo Marion (2009) Todo mundo tem seu fluxo de caixa. Por mais simples
que uma pessoa seja, ele tem de memória quanto entrou de dinheiro no mês e
quanto saiu, quanto foi gasto.

Com isso, podemos entender que o objetivo da DFC é analisar a capacidade de


uma empresa gerar caixa em determinado período de tempo e identificar se todos
os recursos estão sendo aplicados corretamente em suas devidas destinações.

Essa ferramenta deve ser aplicada por um padrão que denominamos regime de
caixa, onde todas as receitas de determinada empresa deverão ser apuradas no
momento em que houver seu respectivo recebimento á vista, ou seja, vendas a
prazo não deverão ser consideradas. O modelo a ser seguido na demonstração de fluxo
de caixa é estabelecido pelo Pronunciamento Técnico CPC n. 03 e traz todas as contas que
precisam estar no demonstrativo. Entre elas, estão as contas que refletem as atividades
operacionais, de investimento e de financiamento.

De acordo com o CPC n.03, a apresentação da demonstração de fluxo de caixa tem


como base para a sua estrutura três atividades principais. São elas:

Atividades operacionais: abrange todo o fluxo relativo à produção e de entrega de produtos


e serviços por parte da organização. Dessa forma, devem ser consideradas as despesas,
os custos de produção, as contas a receber e os pagamentos à vista. Para isso, podem ser
utilizados dados obtidos a partir da DRE

Atividades de investimento: refere-se ao uso de dinheiro feito pela companhia


na aquisição de ativos que podem gerar frutos no futuro. Um exemplo disso é a compra de
bens considerados para o ativo imobilizado, como um imóvel

Atividades de financiamento: são contas que estão ligadas à captação de recursos, sejam
eles oriundos de sócios ou de terceiros, isso por causa da escassez de dinheiro no caixa da
companhia

Resultado: por fim, a análise da DFC irá apresentar como está a saúde financeira da
empresa, além de mostrar se houve algum tipo de erro contábil ou fraude no período.

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FORMAS DE APRESENTAÇÃO

Existem duas formas de apresentar uma DRE que se chamam método direto e
indireto. Através do método direto, as empresas irão somar as receitas e
pagamentos realizados, assim será possível descobrir o fluxo de determinado
período. Pelo método indireto, utiliza-se a demonstração do resultado do exercício
(DRE), que é feita pelo regime de competência, a partir disso são utilizados o lucro
líquido e a depreciação para chegar no fluxo de caixa. Geralmente é usado o lucro
líquido, mas também pode ser feito através do EBIT (Earnings Before Interest and
taxes) que é o lucro antes dos juros e impostos. Dependendo do ponto de partida,
é necessário fazer ajustes para que o resultado seja correspondente ao verdadeiro
fluxo de caixa da empresa.

CÁLCULO DA DFC

O cálculo da DFC é realizado pela seguinte equação:


Lucro antes de juros e impostos de renda+ Desvalorização – Impostos
O resultado dessa expressão matemática é chamado de lucro operacional e pode
ser encontrado no relatório anual da empresa, sem que haja a necessidade de
calculá-lo. Esse valor é uma das várias medidas financeiras que
possibilitam calcular os lucros de uma organização, porém, é também um dos mais
importantes e sólidos, já que faz referência ao real valor das operações e é
praticamente impossível de ser manipulado.

CONCLUSÃO

Após entender todos os conceitos apresentados, podemos visualizar como esses


indicadores tem um papel específico e suas respectivas funções, dessa forma é
impossível que empresas e países que tenham um planejamento de crescimento,
possa alcançar seus objetivos sem essas ferramentas que estão disponíveis e
influenciando no fornecimento de dados para a tomada de decisão. O PIB é um
critério que possibilita relações comerciais com outros países, em que um verifica
onde há mais oportunidades de crescimento econômico no território do outro e
assim pode aplicar investimentos. A DFC auxilia na gestão dos recursos e a
detectar falhas no planejamento financeiro de instituições.

7
REFERÊNCIAS

MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10.ed. São Paulo: Atlas,2009. 262 p.

MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade


empresarial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 289 p.

SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008

MARTINS, Pablo Luiz; CARMO, Gisleine; NUNES, Igor Almeida; ANDRADE, Lidiane
conceição; SILVA, Tayná Gabriele. Indicadores Financeiros: um estudo comparativo
entre três organizações do setor varejista de eletromóveis. UFSJ: simpósio de excelência
em gestão e tecnologia.

BRASIL. Lei n. 11.638, de 27 de dezembro de 2007. Altera os arts. 176 a 179, 181 a 184,
187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 dez.2007.

IBGE. Produto interno bruto – PIB. Disponível em: https://ibge.gov.br/explica/pib.php/

FERREIRA, Renan. DFC: o que é e como analisar. Sociedade do investidor. Disponível


em: https://sociedadedoinvestidor.com.br/acoes/dfc-demonstrativo-do-fluxo-de-caixa

TOTVS. Indicadores financeiros: conheça os 15 que sua empresa deve acompanhar.


Disponível em: https://www.totvs.com/blog/negocios/indicadores-financeiros/

VEXTER. Principais indicadores econômicos – financeiro de crescimento das


empresas. 18 de fevereiro. 2020. Disponível em: https://blog.vexter.com.br/indicadores-
economico-financeiros/

MARTIN, Erica. Conheça os 12 indicadores econômicos que mais afetam seu bolso.
Invest News. 26 de outubro. 2021.Disponível em:
https://investnews.com.br/financas/indicadores-financeiros/

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