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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA


CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Contabilidade Social

Professor: Diego Pitta


Contas Nacionais:
Estrutura Básica
Intodução

 Várias podem ser as maneiras de se apresentarem as


informações do sistema de contas nacionais sem que sejam
desrespeitados os conceitos básicos que lhe dão origem. Em
função disso, o formato concreto do sistema pode variar, e
de fato varia, de país para país.
 Todavia, a necessidade de estabelecer comparações fez com
que a ONU divulgue, de tempos em tempos, um conjunto de
recomendações, que a maior parte dos países procura seguir, a
fim de tornar mais homogêneo possível esse formato.
 O System of National Accounts (SNA) de 1968 vigorou por
um longo período de tempo e foi recentemente substituído
pelo SNA de 1993.Os técnicos da ONU ratificam que seu
objetivo é apresentar um sistema de contas que, embora
mantendo os fundamentos, seja atualizado, flexível e
harmônico.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Dada a identidade PRODUTO=DISPENDIO=RENDA,


verificou-se que há três formas de mensurar o produto
de determinada economia.
 O produto, ou a produção, é a principal variável a ser
enfocada: sem produção não pode haver renda nem
pode haver dispêndio.
 Assim, a conta de produção afigura-se na conta mais
importante do sistema, já que é a partir dela que todas
as demais encontram a sua razão de ser.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Em uma economia fechada, quantas contas são


necessárias para apresentar o movimento da economia?
Como se dá o equilíbrio em cada uma das contas? E o
equilíbrio das contas como se estabelece?

 Vamos relembrar alguns conceitos???


As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

Todo bem que, por natureza, é final, deve ter seu valor
considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo
bem cujo valor entra no calculo do produto é bem final por
natureza.
A ótica do dispêndio avalia o produto de uma economia
considerando a soma dos valores de todos os bens e
serviços produzidos no período que não foram destruídos
(ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens
ou serviços.
 Tendo isso em mente, pode acontecer que nem todos os
bens finais tivessem sido vendidos, de modo que se
teria também, ao final do período uma quantidade não
consumida – Estoques ou variação de estoques.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Assim, na conta de produção, de um de seus lados,


estará contabilizado o produto e, de outro, sua
utilização ou destino, ou seja, consumo pessoal e
variação de estoques.
 O que são estoque? Ou melhor, do que eles são
constituídos? Eles são constituídos por mercadorias que
representam o consumo futuro. Tudo que é produzido
num período mas não é consumido nesse período,
significando ou ensejando, consumo futuro, tem um
nome: chama-se investimento.
 Será que a variação de estoque é a única forma de
investimento?
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

O investimento costuma ser dividido em variação de


estoque, que congrega os bens cujo consumo ou absorção
futuros irão se dá uma única vez, e a formação bruta de
capital fixo, que agrega os bens que não desaparecem
depois de uma única utilização e possibilitam a produção
(e, portanto, o consumo) ao longo de um determinado
período de tempo, ou seja, possibilitam a produção de um
fluxo de bens e serviços.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Diferença entre variação de estoque e formação bruta


de capital fixo
 Os bens incluídos na rubrica formação bruta de capital fixo
se desgastam com o tempo, ainda que isso não ocorra de
uma única vez. Isso leva a criação de uma nova rubrica:
depreciação.
 Apesar de ambos serem considerados investimentos, a
formação bruta de capital fixo é normalmente resultante
de um planejamento das empresas, enquanto a variação
de estoque é, ao menos em parte, resultante do
comportamento de variáveis que escapam ao controle das
empresas, sendo, nesse sentido, não planejada.
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Economia fechada e sem governo

 A depreciação leva a criação de dois conceitos


diferentes de produto: bruto e líquido.
Para obter o valor do produto líquido de uma economia
num determinado período de tempo é preciso deduzir, do
valor total produzido, ou seja, do valor do produto bruto,
aquela parcela meramente destinada à reposição da parte
desgastada do estoque de capital da economia, a que se dá
o nome de depreciação.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Temos agora todos os instrumentos para apresentar a


conta de produção que é a conta mais importante do
sistema, já que é dela que decorre todas as demais
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

O princípio das partidas dobradas reza que, a um


lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro
de mesmo valor a crédito. O equilíbrio interno refere-se a
exigência de igualdade entre o valor do débito e do crédito
em cada uma das contas, enquanto o equilíbrio externo
implica a necessidade de equilíbrio entre todas as contas
do sistema.
 Logo, isso implica a consideração das demais contas
componentes desse modelo simplificado de uma
economia fechada e sem governo, a saber a conta de
apropriação e a conta de capital.
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Economia fechada e sem governo

 Considerar essas duas outras contas implica, portanto,


considerar os sistema como um todo, o que leva a
perceber o segundo sentido da conta de produção. Se o
primeiro sentido é revelar o produto como dispêndio, o
segundo é revelar a produção em sua dimensão de
elemento gerador de renda.
 Podemos agora montar uma segunda versão da conta de
produção, em que o produto seja representado como
somatório das diversas remunerações ocorridas como
contrapartida de cessão dos fatores de produção.
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Economia fechada e sem governo
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 Como fica claro pela observação da segunda versão da


conta de produção, ela, por si só, demonstra a
identidade produto=renda=dispêndio, que de modo
geral norteia a lógica do sistema todo.
 Ao considerar agora as duas contas desse sistema
simplificado, temos condições de agora como o sistema
atende a exigência do equilíbrio externo imposto pelo
princípio das partidas dobradas.
 Com a conta de apropriação começamos a compreender
com mais clareza a forma de fechamento do sistema e,
por que na conta de produção acontece a situação de a
despesa ficar do lado do crédito enquanto o produto
fica do lado do débito da conta?
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Economia fechada e sem governo

 O sentido lógico da conta de apropriação é mostrar de


que maneira as famílias alocam a renda que recebem
pela cessão dos seus fatores de produção. Trata-se de
uma espécie de “conta espelho” da conta de produção.
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Economia fechada e sem governo

 Considerando o sentido dessa conta, ou seja, o de ser


uma conta que demonstre de que maneira uma
determinada renda foi utilizada, parece bastante
razoável que as remunerações recebidas pelos
proprietários dos fatores de produção sejam lançadas a
crédito, enquanto, no débito, figurem os usos e destinos
dessa renda (consumo e poupança).
 Ainda considerando o conta de apropriação, procuramos
agora investigar mais de perto a forma de
funcionamento do principio das partidas dobradas.
Assim fazendo, descobriremos também o que está
faltando para fechar esse sistema simplificado.
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Economia fechada e sem governo

 Precisamos, pois, para fechar o sistema, de uma


terceira conta que contemple exatamente esses
lançamentos que faltam. Essa terceira conta é a conta
de capital.
As contas nacionais
Economia fechada e sem governo

 A conta de capital, portanto, fecha o sistema,


garantindo seu equilíbrio externo, já que com ela,
temos todos os lançamentos necessários para completar
os pares a descoberto.
 Além disso, a conta de capital demonstra a identidade
investimento=poupança, quase tão importante para a
lógica do funcionamento, quanto a identidade
produto=renda=despesa.
 Na verdade, a identidade investimento=poupança nada
mais é do que uma forma alternativa de representar a
identidade produto=renda=despesa.
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Economia fechada e sem governo
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As contas nacionais
Economia aberta e sem governo

 Admitindo a existência do setor externo, em uma economia


qualquer parte da sua produção, em um período de tempo,
foi vendida ao resto do mundo, ou seja, exportada.
Simultaneamente, temos também que admitir que parte do
que foi consumido nesse período pode ter sido produzido
fora do país, ou seja, importado.
 Esses dois tipos de transações constitui um elemento muito
importante do Balanço de Pagamentos: a balança
comercial. O Balanço de Pagamentos contém ainda a
balança de serviços, que registra transações externas
envolvendo os chamados “invisíveis” ou mercadorias
intangíveis.
 Contudo, esse tipo de distinção não é a que melhor se
presta, do ponto de vista das contas nacionais. A distinção
que importa fazer diz respeito às transações envolvendo
bens e serviços não fatores e às transações envolvendo
fatores de produção (lucros, juros, alugueis e royalties).
As contas nacionais
Economia aberta e sem governo

 Assim, do ponto de vista agregado, o que importa é o


saldo dessas operações. O que significa um país enviar,
liquidamente, renda ao exterior? Significa, que no
período em questão, utilizou mais fatores de produção
estrangeiros (de não-residentes) do que foram utilizados
os fatores de produção de seus residentes pelas
economias de outro país. Neste caso, seu produto
interno vai apresentar um valor maior que seu produto
nacional.
 Mas do ponto de vista dos agregados, como ficamos?
Qual deles é o melhor, ou mais adequado ou mais
correto: nacional ou interno?
 Não há uma resposta a essa pergunta.
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Economia aberta e sem governo

 Assim, é preciso ter claro que:


Para se obter o produto nacional de uma economia, é
preciso deduzir de seu produto interno a renda líquida
enviada ao exterior ou, se for o caso, adicionar a seu
produto interno a renda líquida recebida do exterior.
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 Na nova conta do setor externo, devem aparecer, além


das exportações e importações, a renda liquida enviada
(ou recebida) do exterior.
 Contudo, falta ainda um elemento para completar a
estrutura da nova conta do sistema. A soma desses dois
saldos é o próprio resultado do Balanço de Pagamentos
em transações correntes. Se esse resultado for positivo
temos um superávit, se for negativo temos um déficit. É
essa, portanto, a rubrica que completa a estrutura da
conta do setor externo.
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 Assim, podemos perguntar o que é que o resto do mundo considera


como débito em relação ao nosso país? A resposta é: as exportações de
bens e serviços não fatores e a utilização de fatores de propriedade de
residentes no nosso país. Inversamente, o resto do mundo pode
considerar como crédito contra nosso país as importações de bens e
serviços não fatores e a renda gerada por fatores de produção de
propriedade de não-residentes.
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 Mas por que aparece do lado do débito o déficit do


Balanço de Pagamentos em transações correntes?
 A resposta mais imediata que podemos dar é que isso se
deve à exigência de equilíbrio interno das contas
(débito=crédito), imposta pelo princípio das partidas
dobradas. Mas o que isso significa do ponto de vista
econômico? Continuando com a suposição anterior, que
o país é importador líquido de capitais, isso significa
que os créditos que o resto do mundo acumulou contra
o país superam os débitos que o resto do mundo
contraiu com o país
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 Vejamos como ficam as demais contas do sistema a


partir da introdução dessa quarta conta.
 As contas afetadas por novos lançamentos decorrentes
da introdução da conta do setor externo são a conta de
produção e a conta de capital.
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Economia aberta e sem governo
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Economia aberta e sem governo
 Modificações na conta de produção
 Contemplará não só o valor produzido com fatores de produção
nacional, mas também o valor produzido com a utilização de
fatores de produção de propriedade de não residentes. Será
registrado, portanto, não o produto nacional bruto, mas o produto
interno bruto.
 Mas a necessidade de garantir o equilíbrio externo do sistema
impõe uma outra mudança de grande importância para a própria
natureza da conta. Na conta de será lançada a débito a rubrica
importações, necessário para compensar o lançamento a crédito
feito na conta do setor externo. Logo, a conta de produção não vai
mostrar o produto, mas a oferta total da economia.
 No movimento contrário, as exportações serão lançadas a crédito
na conta de produção, compondo a demanda total da economia.
 Logo, a conta de produção apresenta do lado do débito, o PIB mais
importações de bens e serviços não fatores (oferta total), que
devem igualar-se a demanda total de bens e serviços.
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Economia aberta e sem governo

 Com essa nova disposição da conta de produção, damos


conta dos lançamentos inversos necessários para
garantir o equilíbrio externo do sistema depois da
introdução da conta do resto do mundo com exceção de
um: o item H.
 Assim, para completar o fechamento do sistema, é
preciso encontrar um lançamento a crédito que
compense um lançamento a débito do déficit do
balanço de pagamentos em transações correntes. É na
conta de capital que vamos encontrá-lo.
As contas nacionais
Economia aberta e sem governo
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Economia aberta e sem governo

 Mecanicamente, entendemos por que o item H é


lançado a crédito na conta de capital. Mas o que isso
representa em termos econômicos, lembrando que a
conta de capital demonstra a identidade
investimento=poupança?
 Isso indica que, no período em questão, parte do
investimento efetuado deveu-se a importação de
capital.
 O déficit do Balanço de Pagamentos em transações
correntes acaba por ser coberto com a entrada de
capitais externos, o que significa que a economia em
questão para fazer à sua absorção interna está
importando capital, ou seja, poupança.
As contas nacionais
Economia aberta e com governo

 O governo interfere significativamente na vida


econômica de qualquer país. Além de arrecadar
impostos e consumir bens e serviços para fornecer à
população outros bens e serviços (como segurança e
educação), ele também realiza transferências e
subsídios determinado setores.
 Dependendo do tipo de imposto e dos subsídios que o
governo fornece, ele pode interferir nos preços das
mercadorias.
 Para dar conta de todas essas operações e tendo em
vista sua especialidade, costuma-se introduzir no
sistema uma quinta conta, chamada conta do governo.
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 Os impostos e outras receitas correntes do governo vão


aparecer do lado do crédito dessa conta, enquanto o
consumo, as transferências e os subsídios vão aparecer
do lado do débito.
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 A conta do governo busca mostrar:


 Qual foi o valor da receita do total do governo num
determinado período de tempo
 Como o governo alocou ou, em outras palavras, o que fez
com ela
 A igualdade entre o débito e crédito da conta, exigida
pelo seu equilíbrio interno, requer o lançamento do
saldo do governo em conta corrente no lado do débito.
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 Do cortejo entre a receita que o governo arrecada e os


gastos que tem com salários, bens e serviços,
transferência e subsídios, surge o saldo que pode ser
tanto positivo quanto negativo.
 Se for positivo, significa que, no período em questão, o
governo arrecadou mais do que gastou, gerando uma
poupança do governo;
 Se for negativo, ou seja, se ele tiver um déficit, isso
significa que ele gastou mais do que arrecadou e foi
financiado por poupança do setor privado (interno ou
externo)
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Economia aberta e com governo

 Quais são as consequências que a introdução da conta do


governo traz para a forma de registro dos agregados e para
as estrutura das contas?
 Os impostos que ele arrecada podem ser classificados como
diretos e indiretos. Os impostos diretos incidem sobre a renda
ou a propriedade e são recolhidos e pagos como impostos.
 O exemplo mais importante dessa categoria é o imposto de renda
que no Brasil é um atributo federal. Mas há outros igualmente
importantes como o IPTU (municipal) e o IPVA (estadual).
 Os imposto indiretos não são pagos como impostos mas como
parte dos preços das mercadorias (daí serem indiretos).
 Os exemplos mais conhecidos no Brasil são o imposto sobre
produtos industrializados (IPI), que é um tributo federal, e o
imposto sobre circulação das mercadorias e serviços (ICMS), que é
atributo estadual.
 Por serem pagos indiretamente, ou seja, por meio dos preços dos
bens e serviços, eles alteram esses preços relativamente a uma
situação hipotética em que tais impostos não existiriam.
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 Levando em conta essa distinção entre impostos diretos e


indiretos, torna-se mais fácil compreender a natureza das
devoluções que o governo faz.
 O que é uma transferência? Teoricamente considera-se
transferência aquele tipo de operação que só tem um
sentido: um dá e o outro recebe, sem dá nada em troca.
 Os subsídios, na maior parte das vezes, não significam
propriamente a redistribuição de uma receita coletada por
impostos, mas uma abdicação, por parte do governo, de
uma receita a qual teria direito.
 Assim, a concessão de subsídios mexe com os preços das
mercadorias, mas no sentido inverso ao provocado pela
incidência de impostos indiretos. Os subsídios podem ser
considerados impostos indiretos com sinal trocado.
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 A primeira consequência importante da existência do


governo sobre a contabilidade social é que ela provoca uma
nova dicotomia na forma de registro dos agregados.
 A atuação do governo via impostos indiretos e subsídios
altera os preços das mercadorias relativamente aos preços
que seriam observados se tais operações não existissem.
Assim, por um lado, as mercadorias tem seu valor
aumentado pelo impostos indiretos compensados dos
subsídios, mas, por outro lado, esse acréscimo de valor não
tem como contrapartida pagamentos a fatores de
produção. Como registrar esse diferencial?
Para resolver esse problema foram criados dois conceitos de
produto: produto a preços de mercado, que inclui o valor dos
impostos indiretos compensados dos subsídios, e o produto a
custo de fatores, que não considera esse valor adicional.
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 A conta de produção é o espeço no qual vamos encontrar a maior
parte dos lançamentos compensatórios exigidos pela introdução da
conta do governo. Relativamente a versão anterior, encontramos do
lado do débito dessa conta, os seguintes lançamentos adicionais:
p1-m1, Q–N e R.
 O primeiro lançamento diz respeito aos impostos diretos pagos
pelas empresas líquidos das transferências governamentais
recebidas por elas. Assim, é preciso registrá-los no lado do débito
da conta de produção, para que essa renda seja contabilizada.
 Não podemos esquecer dos lucros (a2.1 e a2.2), também
registrados do lado do débito na conta de produção, devem ser
considerados como líquidos do pagamento dos impostos.
 Os dois outros lançamentos (Q-N e R) impõe-se pela necessidade de
considerar o aumento do produto e da renda provocada pela
atuação do governo.
 No lado do crédito da conta de produção, o lançamento adicional
que surge é precisamente o consumo do governo (L), que compensa
lançamento idêntico feito do lado do débito da conta do governo.
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 Investiguemos agora a conta de apropriação.


Relativamente, a sua versão anterior, duas novidades
aparecem nessa conta, depois da introdução do
governo: o lançamento p2, do lado do débito, e o
lançamento m2, do lado do crédito.
 Os lançamentos p1, m1 e R compensam-se
internamente, isto é, no interior da própria conta de
apropriação. Eles só estão ali incluídos para permitir
que se apresente, como resultado dessa conta, a RNLcf
mais transferências.
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 A conta de capital traz um lançamento adicional do lado


do débito. Trata-se precisamente do saldo do governo
em transações correntes (O), que compensa lançamento
idêntico no lado do crédito da conta do governo e indica
que o governo é, ao lado do setor privado e setor
externo, a terceira conta geradora de poupança e,
portanto, de investimento.
 Se o saldo for negativo, ou seja, se houver um déficit do
governo ao invés de um saldo positivo, esse registro deve
evidentemente ser efetuado com sinal negativo.
Fechamos com isso o sistema. O equilíbrio interno das
contas está, por suposto, garantido, e procuramos mostrar
que o equilíbrio externo também está.
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