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SEMANA 04

Sumário
Atos e fatos administrativos......................................................................3
Escrituração..............................................................................................4
Livros contábeis........................................................................................5
Método das partidas dobradas..................................................................7
O Balancete...............................................................................................8
O resultado econômico e o resultado financeiro.......................................9
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE..................................10
Detalhes da informação da DRE.............................................................10

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Atos e fatos administrativos
Atos Administrativos

Sabemos que os acontecimentos numa empresa podem ou não alterar o seu patrimônio. Aos
acontecimentos que não alteram o patrimônio, chamamos de ATOS ADMINISTRATIVOS. Por-
tanto, Atos Administrativos são aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam alte-
rações no Patrimônio. Sendo assim, não são contabilizados, pois, uma vez que não alteram o
patrimônio da empresa não necessitam de contabilização.

Exemplos:

●● Admissão de funcionários;

●● Assinatura de um contrato de seguro contra incêndio;

●● Envio de duplicatas a receber ao banco para cobrança


simples, etc.

Fatos Administrativos

Fatos administrativos ou fatos contábeis são todos os acontecimentos que provocam alterações
qualitativas e/ou quantitativas no patrimônio da empresa.

Exemplos:

●● Pagamento de salário a funcionários;

●● Pagamento de seguro contra incêndio;

●● Recebimento de duplicatas através de cobrança bancá-


ria simples, etc.

Os fatos administrativos, por sua vez, são classificados em três grupos:

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Escrituração
A escrituração é uma técnica que consiste em registrar nos livros próprios todos os acontecimen-
tos que ocorrem na empresa e que provocam modificações no patrimônio.

Dizemos que a escrituração tem uma função Histórica, os re-


gistros dos fatos são feitos na ordem cronológica (Livro Diário); e
sistêmica, pois consiste na organização dos elementos contábeis
de acordo com sua natureza e valores respectivos (Livro Razão).

O processo de Escrituração pode ser manual, mecanizado ou por processamento de dados.


Todo lançamento deve estar apoiado em documentos hábeis e idôneos e adequado aos tipos de
operação.

O controle contábil das empresas começa com a escrituração dos Fatos no Livro Diário, comple-
tando-se, depois nos demais livros de escrituração.

É através dos Fatos administrativos que ocorre a gestão Patrimonial das empre-
sas; esses Fatos são registrados por meio da Escrituração.

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Livros contábeis
Dos vários livros usados pelas empresas, vamos mencionar apenas os utilizados para a contabi-
lização dos Fatos Administrativos.

Os principais livros utilizados pela Contabilidade são: Livro Diário, Livro Razão, Livro Contas-
-Correntes e Livro Caixa.

a) Livro Diário

O Diário é um livro obrigatório; nele são lançados dia a dia todos os acontecimentos que ocorrem
na empresa e que provocam modificações no Patrimônio. Por ser obrigatório está sujeito às for-
malidades extrínsecas e intrínsecas.

●● Formalidades extrínsecas (externas): o livro Diário deve ser encader-


nado com folhas numeradas sequencialmente; deve conter termos de
Abertura e encerramento, na primeira e na última página do livro, res-
pectivamente; ser submetido à autenticação no órgão competente.

●● Formalidades intrínsecas (internas): estão relacionadas à escritura-


ção, que no Diário, será completa, em idioma e moeda corrente nacio-
nais, em forma mercantil, com individualização e clareza, ordem crono-
lógica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco nem entrelinhas,
borraduras, rasuras, emendas,...

O livro Diário tradicional pode ser substituído por fichas, escriturado por processo
manual, mecanizado ou por processamento eletrônico de dados (computador).
No entanto, seja qual for o sistema de escrituração adotado, a empresa deverá
cumprir os requisitos intrínsecos, previstos na lei.

b) Livro Razão

O livro Razão é um livro de grande utilidade para a contabilidade porque registra o movimento
individualizado de todas as contas.

O Razão é o livro mais importante para a Contabilidade, porque permite o controle do movimento
de cada conta, separadamente. O primeiro passo para escriturar este livro é abrir uma página
para cada conta usada na escrituração do livro Diário.

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c) Livro Contas-Correntes

O contas-correntes é um livro auxiliar do livro Razão. É usado para controlar a movimentação


das contas que representam Direitos e Obrigações.

Para escriturá-lo, partimos também do livro Diário, e toda vez que registramos no Diário um Fato
que envolva uma conta pessoal devemos escriturar o referido fato no livro Contas-Correntes.

d) Livro Caixa

O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os Fatos Administrativos que envol-
vam entradas e saídas de dinheiro.

O saldo do livro Caixa deve corresponder exatamente à existência física em poder do responsá-
vel pelo Caixa, e pode ser composto pelos seguintes valores:

a. dinheiro, em moeda corrente;

b. cheques recebidos e ainda não apresentados aos respectivos


bancos para resgate ou depósito;

c. cheques emitidos pela própria empresa para pagamento de fa-


turas, despesas, salários, etc..., ou para depósito em outro ban-
co, ainda pendentes de conclusão da respectiva operação.

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Método das partidas dobradas
Esse método de escrituração é de uso universal e foi divulgado no séc. XV (1494) na Itália, e
consiste no seguinte:

Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que
haja devedor, sendo que a cada débito corresponde um crédito
de igual valor.

Daí, em dado momento, ser a soma dos débitos igual à soma dos créditos. É esse o princípio
que determina a equação entre o ativo e o passivo do patrimônio. Os valores ativos representam
sempre saldo devedor, e, os passivos, saldo credor, sendo a soma do ativo sempre igual à do
passivo.

Por esse método, registramos todos os acontecimentos que se verificam no patrimônio, conhe-
cendo-se a qualquer momento, o valor de cada componente do patrimônio, suas variações e os
resultados, positivos ou negativos da atividade econômica.

O método das partidas dobradas exige o aparecimento do devedor e do credor, aos quais se-
guem o histórico do fato ocorrido e a importância em dinheiro. A seguir, uma das fórmulas de
lançamentos, a mais simples, quando aparece apenas uma conta debitada e uma creditada.

Lançamento: Compra de mercadoria a prazo:

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O Balancete
Periodicamente, os responsáveis pela contabilidade deverão verificar se os lançamentos contá-
beis realizados no período estão corretos.

Uma técnica bastante utilizada para atingir tal objetivo é o Balancete de Verificação, que tem
como base o método das partidas dobradas. Portanto, se por um lado somarmos todos os débi-
tos e, por outro, todos os créditos, deveremos ter o mesmo total. Assim, verificamos se os lança-
mentos a débito e a crédito foram realizados adequadamente.

Podemos concluir que quanto menor for o período de abrangência do balancete,


mais eficiente será a contabilidade. Os bancos, por exemplo, levantam balance-
tes diários em razão da grande quantidade de lançamentos, não passando erros
de um dia para o outro dia.

Grande parte das empresas verifica sua contabilidade por meio de balancete mensal. O que não
podemos recomendar são os balancetes anuais, uma vez que, na constatação de erros, precisa-
ríamos pesquisar a contabilidade do ano todo (o que se torna inviável).

Conforme discutimos, o Balancete comporta todas as contas movimentadas no período que pos-
suem saldo no final de um período qualquer. Essas contas podem ser Patrimoniais (de balanço)
ou de Resultado (receitas e despesas, que estudaremos mais verticalmente nos próximos capí-
tulos). Na tabela abaixo temos a apresentação de um balancete em forma simplificada.

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O resultado econômico e o resultado financeiro
Situação Financeira

Observamos que o Balanço Patrimonial – BP evidencia a situação patrimonial (Bens, Direitos


e Obrigações) da empresa. Poderíamos, ainda, numa abordagem mais específica, atribuir ao
BP a função de indicador da Situação Financeira da entidade, ou seja, a capacidade de paga-
mentos da empresa.

A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do


BP uma visão panorâmica da situação financeira da empresa a curto prazo.

Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente às dí-


vidas da empresa (Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa
forma, normalmente, se o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante, a
empresa terá dificuldades em pagar seus compromissos; portanto, sua situação
financeira não é boa.

Situação Econômica

Por outro lado, podemos também identificar pelo BP a situação econômica da empresa.

Uma forma de avaliar é observar o Patrimônio Líquido – PL da empresa e sua variação. Eviden-
temente, o crescimento real do PL vem fortalecer sua situação econômica.

O fortalecimento do Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros propicia à empresa uma


posição mais sólida, não se tornando vulnerável a qualquer revés que possa ocorrer no dia a dia.

A principal fonte de fortalecimento do PL é o lucro. A constante obtenção de resultado positivo (lu-


cro) vem contribuir para uma situação econômica mais sólida. Assim como o prejuízo (resultado
negativo) vem enfraquecer a situação econômica da empresa.

Porém, é importante frisar que uma boa parcela do lucro deva ser retida na em-
presa (não distribuída aos proprietários) – Lucros Acumulados, pois será o fator
de equilíbrio e fortalecimento da situação econômica da empresa.

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Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Para entendermos as variações do Patrimônio Líquido, cujo principal atributo está o Lucro da
empresa, e sua atribuição a situação econômica da empresa é necessário estudarmos como este
lucro é apurado pela contabilidade.

Neste momento conheceremos a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, também


denominado de Demonstrativo do Resultado Econômico, que mostra justamente o resultado
(lucro ou prejuízo) do período, bem como chegar ao referido resultado.

A DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da em-


presa em determinado período. O resultado final da empresa é
apurado ao final dos 12 meses, mas recomenda-se que a DRE
seja apurada mensalmente para acompanhamento dos resulta-
dos e possíveis aprimoramentos na gestão.

É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e,


em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo), conforme exemplificado na figura abaixo.

A DRE pode ser simples, para micro e pequenas empresas, ou completa, exigida por lei, qual
fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, destaque dos impos-
tos, custos...

Detalhes da informação da DRE


A preocupação na elaboração de um relatório contábil é a riqueza de detalhes, sem complica-
ções, no sentido de propiciar um maior número de informações para a tomada de decisões. As
parcelas dedutivas são agrupadas de acordo com suas características.

Na figura abaixo, vamos admitir uma indústria elaborando o resultado para os usuários dos rela-
tórios contábeis:

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A seguir, temos um exemplo de DRE de uma empresa fictícia com valores.

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