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Extensão de Cabo Delgado

Departamento de ciências Económicas e Empresariais


AULA TEORICA IV

1. PLANO GERAL DE CONTABILIDADE


1.1. Conceitos
É chamado Plano de Contas o conjunto de contas criado pela contabilidade, para
atender à s necessidades de registro dos factos administrativos, de forma a
possibilitar a construçã o dos principais relató rios contabilísticos e atender a todos
os usuá rios da Informaçã o Financeira.
Esse conjunto de Contas é chamado de Plano de Contas, porque, na realidade, ele é
criado antecipadamente ao uso de tais contas. Por isso, o Contabilista tem de
planear a estruturaçã o do Plano de Contas, de maneira que a sua principal
ferramenta seja criada para lhe possibilitar o melhor dos resultados no tratamento
da Informaçã o Financeira.
Nenhuma entidade, Pú blica e Privada, poderá gabar-se de possuir um bom serviço
de contabilidade se nã o dispuser de um Plano de Contas pró prio. É a peça de maior
importâ ncia dentro da Organizaçã o/Instituiçã o. Sem ele nã o se pode dar início aos
registros contabilísticos.
O principal objetivo das contas é possibilitar o registro dos lançamentos
contabilísticos de forma a criar condiçõ es ó ptimas de classificaçã o e acumulaçã o
dos dados.
A finalidade principal do plano é estabelecer normas de conduta para o registro
das operaçõ es da Instituiçã o, e na sua elaboraçã o devem ser considerados três
objectivos fundamentais:
1 - Atender à s necessidades de informaçõ es da administraçã o da entidade;
2 - Observar formato compatível com os princípios contá beis e com a norma legal
que regula a elaboraçã o do balanço patrimonial e das demais demonstraçõ es
contá beis.
3 - Adaptar-se tanto quanto possível à s exigências dos agentes externos à entidade
(fornecedores, bancos, ó rgã os fiscais, auditoria externa) e, particularmente, à s
regras da legislaçã o do Imposto de Renda.
O plano completo deve apresentar o título das contas, a classificaçã o, a funçã o,
explicar o funcionamento, apontar a relaçã o entre os grupos ou mesmo entre as
contas, regular o registro das contas, estabelecer a aná lise e os có digos das contas e
prever as derivaçõ es das contas.

O título de cada conta deve expressar o significado adequado das operaçõ es nela
registradas, pois as demonstraçõ es contá beis podem nã o ser apenas utilizadas
pelos usuá rios internos, mas também dos usuá rios externos. Além disso, no caso
de sociedade anó nima de capital aberto (com acçõ es negociadas em bolsas de
valores), é fundamental que suas demonstraçõ es tenham uma linguagem precisa e
clara para facilidade de seus accionistas em particular e do mercado em geral.
A classificaçã o das contas é dada em grupos que permitam a comparaçã o entre si,
evidenciando a proporcionalidade entre bens, direitos e obrigaçõ es.
O responsá vel pela elaboraçã o do plano de contas precisa ter absoluta consciência
das necessidades da empresa e das normas técnicas, fazendo com que o elenco
apresente contas de funçã o bem definida, ou seja, esclareça para que serve cada
conta e qual o papel que desempenha na escrituraçã o. Ex: caixa – registra os
movimentos de dinheiro em poder da empresa, compra de mercadorias – registra
os movimentos de aquisiçã o das mercadorias destinadas à venda.
Quando da elaboraçã o do plano de contas devem ser analisados os graus das
contas que sã o a medida de dependência na aná lise destas, sendo que a
dependente deve ter sempre classificaçã o inferior com relaçã o a principal.
Normalmente sã o empregados dois graus: conta sintética ou principal (1º grau) e
conta analítica ou derivada (2º grau).
Ex: Caixa – sintética
Caixa Nampula – analítica
Cada conta deve ser identificada por um có digo que a distingue das demais (esta
codificaçã o poderá ser numérica ou alfabética, ou ainda utilizar a combinaçã o de
letras e nú meros, isto, serve exatamente para facilitar a geraçã o de sistemas de
informaçã o contá bil, aplicada a cada entidade).
Ex: 1.1. Activo
1.1.1. Caixa Nampula
1.2. Quadro e Código de Contas
O actual plano de conta foi aprovado pele decreto 70/2009 de 22 de dezembro.
1º A contabilidade geral deve respeitar a codificaçã o, terminologia e modalidades
de funcionamento das contas das classes 1 a 8 do Plano Geral de Contabilidade
(PGC).
As classes 0 e 9 ficam reservadas à s Contas de ordem e de Contabilidade Analítica
de Exploraçã o, respectivamente.
2.º A contabilidade geral deve registar, de forma suficientemente detalhada, todas
as operaçõ es, meios e fundos do empresá rio comercial podendo, para tal, criar
subcontas de maior detalhe, quando tal se justifique, respeitando o conteú do da
conta principal.
3.º O quadro de contas é composto por 8 classes, designadamente:
- Classes de 1 a 4 que integram as contas do Activo e Passivo é integrado pelas
Classes 4 e 5;
- Classe 5 que integra as Contas de Capital e Fundos Pró prios;
- Classe 6 que integra as Contas de Custos e Perdas, e Classe 7 que integra de
Proveitos e Ganhos;
- Classe 8 que integra as Contas de Resultados.
Classe 1 – Meios Financeiros
Os meios financeiros consistem nos meios monetá rios da empresa, créditos que
detém relativamente a terceiros e títulos negociá veis realizá veis a curto prazo, isto
e’, esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem quer
o dinheiro e depó sitos bancá rios quer todos os activos ou passivos financeiros.
Classe 2 – Inventários e Activos Biológicos
Consideram-se inventá rios todos os bens armazená veis adquiridos ou produzidos
pela empresa e que se destinam a venda ou a serem incorporados na produçã o.
Esta classe integra também os activos bioló gicos (animais e plantas vivos), no
â mbito da actividade agrícola, quer consumíveis no decurso do ciclo normal da
actividade, quer de produçã o ou regeneraçã o. Em suma, Os Inventá rios e Activos
Bioló gicos integram todos os meios que constituem a actividade normal da
empresa e incluem, consoante a organizaçã o da empresa, as compras e os
inventá rios inicial e final.
Classe 3 – Investimento de Capital
Integram esta classe, os bens adquiridos pela empresa e que nela se destinam a ser
mantidos com cará cter de permanência, quer sejam sua propriedade, quer estejam
em regime de locaçã o financeira.

Classe 4 – Contas a receber, contas a pagar, acréscimos e diferimentos


Representam os bens, os direitos e as obrigaçõ es da Empresa perante terceiros,
isto e’, esta classe destina-se a registar operaçõ es relacionadas com clientes,
fornecedores, pessoal, estado e outros entes pú blicos, financiadores, accionistas,
bem como outras operaçõ es com terceiros que nã o tenham cabimento nas contas
anteriores ou noutras classes especificas. Incluem-se ainda, nesta classe, os
diferimentos e as provisõ es.
Classe 5 – Capital Próprio
Esta classe e’ representativa do capital, dando a conhecer o valor que “resta” para
investidores, apó s realizado todo o activo e liquidado todo o passivo. Destina-se a
registar o valor do capital nominal subscrito das empresas que revistam a forma
societá ria.
Nas empresas em nome individual, esta conta traduz o capital inicial e o adquirido
e, ainda, os movimentos de natureza financeira do proprietá rio.
Classe 6 – Gastos e Perdas
Comecemos por ver o que sã o os custos, e a que é que correspondem, os custos
correspondem aos fundos despendidos em bens e serviços consumidos pela
empresa para obter os proveitos do exercício contabilístico, bem como os fundos
despendidos pela empresa com as suas obrigaçõ es legais (FRIÉ DÉ RICH, Micheline;
LANGLOIS, Georges, 2005, Pá gina 85).
Esta classe agrupa as contas destinadas a registar, num dado exercício, os gastos
por natureza sendo relevantes, por um lado, os ligados com a actividade
operacional e, por outro com o financiamento.
Classe 7 – Rendimentos e Ganhos
Consideram-se proveitos ou ganhos, pelo respectivo valor da transacçã o, os
derivados de operaçõ es de qualquer natureza em consequência de uma acçã o
normal ou ocasional, bá sica ou meramente acessó ria
Classe 8 – Resultados
Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período, podendo ser
utilizada para auxiliar a determinaçã o de resultado extensivo.
O plano varia de acordo com o tipo de cada entidade e nã o pode ser rígido e
inflexível, devendo permitir as alteraçõ es que se mostrarem necessá rias por
ocasiã o de sua utilizaçã o, pois a rá pida evoluçã o da economia moderna gera
constantes modificaçõ es e aperfeiçoamentos na legislaçã o comercial e fiscal, bem
como nas normas e métodos que regulam a actividade empresarial, o que exige a
criaçã o de novas contas, o cancelamento de algumas e o desdobramento de outras,
de modo que os registros acompanhem a evoluçã o dos fatos e permitam a
constante actualizaçã o dos acontecimentos.
2. O BALANCO
Uma vez elaborado o inventá rio total torna-se necessá rio comparar o activo com o
passivo com vista a conhecer o valor e a natureza da situaçã o liquida ou capital
pró prio. Esta comparaçã o constitui o balanço. Assim, enquanto que o inventá rio
constitui apenas um arrolamento (listagem) dos valores activos e passivos, o
balanço, por sua vez leva a cabo a comparaçã o (balanceamento) entre aquelas
classes de valores.
A palavra Balanço dá -nos a ideia de equilíbrio, daí o paralelismo que muitas vezes
se estabelece com a balança em que os pratos têm o mesmo peso.
2.1. Conceito:
Balanço é um mapa de informaçã o contabilística ou seja, constitui o mapa da
situaçã o patrimonial da empresa num determinado momento. Faz-se a
comparaçã o entre o activo e o passivo para conhecer o valor e a natureza da
situaçã o líquida.
Um balanço constitui uma fotografia da situaçã o patrimonial da empresa, na
medida em que dá esta ú ltima num dado momento. A actividade da empresa
submete os seus elementos patrimoniais a uma constante alteraçã o.
2.2. Elementos constituintes do balanço
O balanço é constituído por dois membros. O primeiro é constituído pelo activo e o
segundo membro é constituído pelo passivo e situaçã o liquida. ACTIVO:
representa a parte dos valores positivos do patrimó nio, tudo aquilo que a entidade
possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos
da entidade.
PASSIVO: representa todas as obrigaçõ es financeiras que uma empresa tem para
com terceiros, provenientes de transacçõ es passadas, realizadas a prazo, com data
de vencimento e beneficiá rio certo e conhecido.
Capital próprio: é a diferença entre os valores positivos do activo (bens e direitos)
e os valores negativos do passivo (obrigaçõ es) de uma entidade em um
determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital investido
pelos só cios e está graficamente localizado no seu lado direito.
Um só balanço corresponde a uma situaçã o está tica enquanto que a comparaçã o de
balanços sucessivos representa uma situaçã o dinâ mica porquanto vai dando a
conhecer a evoluçã o patrimonial da empresa.

2.3. ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ACTIVO


As contas do activo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez
(capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de
acordo com o prazo das exigibilidades (prazo de pagamento).
Podemos visualizar esta obrigaçã o no balanço patrimonial que é um instrumento
contá bil que indica em um determinado momento a situaçã o financeira, econó mica
e patrimonial de uma entidade e no qual as contas sã o classificadas nos seguintes
grupos:
Activo Circulante: Composto pelos bens e direitos que irã o ser convertidos em
dinheiro, no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível,
realizá vel a curto prazo, estoques e despesas antecipadas.
Disponível: composto pela liquidez imediata, representada pelas contas de caixa,
bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicaçõ es no Mercado aberto.

Ex: Caixa, Bancos e Fundo de aplicaçã o financeira.


Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12 (doze)
meses.
Ex: Impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes.
Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a
actividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboraçã o, matérias-
primas e mercadorias.
Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que
serã o consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte.
Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.
Activo Realizável a Longo Prazo: Composto pelos direitos que serã o recebidos
apó s o término do exercício seguinte, isto é, apó s 12 (doze) meses. Ex: aluguéis a
receber e contas a receber, adiantamentos a só cios, adiantamentos à accionistas,
empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc...
Activo Permanente: compreende os bens fixos necessá rios para que a entidade
alcance seus objectivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e
diferido.
Investimentos: sã o todas as aplicaçõ es de recursos que nã o tem por finalidade o
objectivo principal da entidade. Ex: Imó vel para aluguel, Terrenos para expansã o,
Acçõ es em outras empresas, participaçã o em empresas coligadas, participaçã o em
empresas controladas e obras de arte.
Imobilizado: representam as aplicaçõ es de recursos em bens instrumentais que
servem de meios para que a entidade alcance seus objectivos. Os bens materiais
sofrem depreciaçã o, os bens imateriais sofrem amortizaçã o e os terrenos sofrem
exaustã o.
Ex: veículos, má quinas e equipamentos, imó veis, embarcaçõ es, marcas e patentes e
direitos autorais.
Diferido: representa as aplicaçõ es de recursos em despesas que irã o influenciar o
resultado de mais de um exercício. Ex: gastos de implantaçã o, gastos pré-
operacionais, gastos com modernizaçã o e reorganizaçã o.
ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO
Passivo Circulante: composto por todas as obrigaçõ es com prazo de vencimento
em até 12 (doze) meses. Ex. Fornecedores, duplicatas a pagar, Salá rios a pagar,
provisã o para férias, provisã o para imposto de renda e empréstimos bancá rios.
Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigaçõ es com prazo de
vencimento apó s 12 (doze) meses. Ex: Empréstimos bancá rios e financiamentos.
Neste grupo também sã o classificadas as seguintes contas: adiantamentos de
só cios, adiantamentos de accionistas, empréstimos de coligadas e empréstimos de
controladas.
Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas antecipadamente
que de acordo com o regime de competência pertence a exercício futuro. Ex:
receita antecipada e custos atribuídos à receita antecipada.
ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO
O PL pode ser encontrado através da diferença entre o Activo e Passivo.
Representa as obrigaçõ es para com os só cios, acrescidas das reservas e dos lucros
(auferidos) ou prejuízos (suportados). Subdivide-se em:
- Capital Social (CS): representa os bens ou direitos entregues ou a entregar pelos
só cios à empresa.
Pode ser:
Capital Social a Realizar (CSaR) - é a diferença entre o capital social subscrito e o
capital social realizado.
- Reservas de Capital (RC): valores com os quais se aumentará o capital social ou
se absorverá os prejuízos, conforme dispõ e a lei das S/A.
- Sã o as contas que registram doaçõ es recebidas, eventualmente, pela entidade. No
caso de sociedades anó nimas, o á gio na emissã o de acçõ es, o produto da alienaçã o
de partes beneficiá rias, entre outras.
- Reservas de Reavaliação (RR): representam aumento de valor do activo
permanente em virtude de novas avaliaçõ es.
- Reservas de Lucros (RL): formada pela retençã o de lucros por parte da
empresa. Podem ser:
Reserva Legal - obrigató ria segundo a Lei
Reserva Estatutá ria - formada de acordo com os estatutos da empresa.
Reserva Para Contingência - formada para absorver prejuízos futuros.
Reserva de Retençã o de Lucros – formada para reinvestimentos na pró pria em
presa.
Reserva de Lucros a Realizar - opcional, de acordo com o estabelecido na Lei
Lucros Acumulados (LAc): sã o a parte de lucro que a empresa ainda nã o deu
destinaçã o, ou
Prejuízos Acumulados (Pac): sã o os prejuízos suportados pela empresa e ainda nã o
absorvidos.

Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela entidade,


quando ainda nã o distribuídos aos só cios, ao titular ou ao accionista.
Resultado - Diferença entre o valor das Receitas e o valor das Despesas (D).
O resultado pode ser:
Positivo ou Lucro - quando o valor das receitas é superior ao das despesas;
Negativo ou prejuízo – quando o valor das receitas é inferior ao das despesas;
Nulo – quando o valor das receitas é igual ao valor das despesas.
2.4. CLASSIFICAÇÃO DE BALANÇO
Os balanços podem classificar-se em diversas maneiras a saber:
a) Quanto ao motivo determinante da sua elaboração
Balanço de fundação – se mostra a composiçã o do patrimó nio da empresa no
momento da sua criaçã o. É pois o seu primeiro balanço.
Balanço de liquidação – se é elaborado nas empresas que entram com liquidaçã o
e se desenvolvem.
Balanço de partilha - se corresponde ao ú ltimo balanço de liquidaçã o que é
constituído por valores definitivos.
Balanço de gestão - se tem por fim o apuramento de resultados e ou a
determinaçã o da situaçã o patrimonial.
b) Quanto a especialização de exercícios
Balanço inicial – se é elaborado no início de cada exercício econó mico (entende-se
por exercício econó mico ao período de tempo geralmente um ano no fim do qual a
empresa faz apuramento dos lucros ou prejuízos desse período).
Balanço final - se é realizado no fim de cada exercício econó mico. Este balanço
também „e designado por balanço ordiná rio.
Balanço intermédio - se sã o efectuados periodicamente dentro de cada exercício
econó mico e pelos motivos diversos tais como: falecimento do socio, cessã o de
quotas, etc. Estes balanços designam-se balanços extraordiná rios.
c) Quanto a sua estrutura
Balanço sintético – se é mera expressã o da relaçã o existente o activo e o passivo
do capital pró prio.
Balanço analítico - se nos mostra com mais ou menos pormenores a composiçã o
do activo e do passivo e o capital pró prio.

Balanço simples ou corrido – se as contas ou rubricas se encontram dispostas ao


acaso.
Balanço classificado ou ordenado - se as contas dispostas segundo uma
determinada ordem bem definida.
A ordenaçã o da rubrica do balanço esta normalmente associada a critérios pré
definidos para o primeiro membro ou seja para o activo um dos critérios é o da
liquidez (crescente ou decrescente).
Para o segundo membro os valores sã o ordenados pelo critério de exigibilidade
(crescente ou descreste) e os da situaçã o liquida pela formaçã o histó rica dos seus
respectivos valores.
2.5. EQUAÇÃO GERAL DO BALANCO
Um balanço traduz sempre uma igualdade. Comparar o activo (A) com o passivo
(P) determinando a diferença que é o capital pró prio ou situaçã o liquida (S).
Podendo esta ser activa (Sa) ou passivo (Sp) daqui resulta a igualdade ou equaçã o
geral do balanço:
A + Sp = P + Sa
Em que o A + Sp constitui o primeiro membro do balanço e a expressã o P + Sa é do
2º membro.
Pode –se sucintamente apresentar como se segue: Activo – Passivo = Situaçã o
Liquida
Ou, por outras palavras, a diferença entre “aquilo” que uma empresa tem e “aquilo”
que deve é exactamente o valor do seu patrimó nio (ou capital pró prio).
Da comparaçã o do activo com o passivo poderã o resultar três situaçõ es distintas:
1º - O activo é maior que o passivo.
A > P ---- CP > 0 ----- Neste caso, o capital pró prio é positivo e diz-se que o balanço
é de 1º género.
2º - O activo é igual ao passivo.
A = P --- CP = 0 -------- Neste caso, o capital pró prio é nulo e diz-se que o balanço é
de 2º género.
3º - O activo é menor que o passivo.
A < P ---- CP < 0 ------- Neste caso, o capital pró prio é negativo e diz-se que o
balanço é de 3º género.
Sendo o balanço um mapa de origem e de aplicaçã o de fundos, ele está sujeito a
constante mutaçõ es como se pode compreender um balanço constitui uma
fotografia da situaçã o patrimonial da empresa na medida em que dá esta ú ltima
num dado momento.
O balanço apenas nos dá os valores nas datas da sua elaboraçã o dai que um só
balanço corresponde a uma situaçã o está tica enquanto que a comparaçã o de
balanços sucessivos apresenta uma situaçã o dinâ mica porque vai dando a
conhecer a evoluçã o patrimonial da empresa. O balanço apresentar-se de duas
maneiras a saber:
a) A disposiçã o horizontal em que se indica activo do lado esquerdo e o passivo e
capital pró prio do lado directo.
b) A disposiçã o vertical em que se indica primeiro o activo que se tranca, o que
consiste na passagem de dois traços por baixo da soma. A seguir indica-se o
passivo e o capital pró prio que depois de somados também se tranca.

BALANÇO VERTICAL
Activo
Classe 4 – Contas a Receber, Acréscimos e Diferimentos
Classe 3 – Investimento de Capital
Classe 2 – Inventá rios e Activos Bioló gicos
Classe 1 – Meios Financeiros
Passivo e Capital Próprio
Classe 5- Capital Pró prio
Classe 8 - Conta 88 (RLE)
Classe 4 – Contas a Pagar, Acréscimos e Diferimentos

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