Você está na página 1de 22

Lição 5 - Plano de Contas, Registros e

Lançamentos Contábeis

Conta é o instrumento de registro que tem por finalidade reunir fatos con-
tábeis da mesma natureza, sendo aberta para encerrar os valores de realiza-
ção passada, presente ou futura, recebendo um título que a identifica.

Conta é um conjunto de levantamentos refletindo um elemento ou compo-


nente formado ou em formação, efetivo ou potencial, de um patrimônio ou
de terceiros, do qual exprime, geralmente, a variável grandeza em uma dada
medida, quase sempre monetária.

Conta ou Conta contábil é o nome técnico que identifica um elemento pa-


trimonial (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e, os elementos
formadores do resultado da entidade (Receitas, Despesas, Perdas, Ganhos e
Custos).

Para que servem as Contas? Qual a função da utilização das Contas?

É por meio das contas que a Contabilidade consegue desempenhar seu pa-
pel de registrar e controlar todos os acontecimentos responsáveis pela ges-
tão do Patrimônio.

As Contas são classificadas em dois grandes grupos:


- CONTAS PATRIMONIAIS: as contas que representam os componentes do
Patrimônio (BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES) são chamadas de contas
patrimoniais; e
- CONTAS DE RESULTADO: as que representam as variações patrimoniais
são chamadas de contas de resultado (RECEITAS e DESPESAS).

Cada empresa deverá elaborar o seu Plano de Contas, tendo em vista suas
respectivas particularidades e observando sempre:
- os princípios de contabilidade geralmente aceitos;
- as normas legais estabelecidas pela Lei 6.404/76 e suas alterações;
- a legislação específica do ramo de atividade que a empresa exerce.

1. Plano de Contas
O Plano de Contas Contábil, nos moldes aplicados atualmente, foi instituído
pela Lei nº 6404/76, de 15 de dezembro de 1976, sendo que cada entidade de-
verá elaborar seu Plano de Contas mediante adaptação às suas peculiaridades
de operação, necessidades internas, transações e contas específicas.

56
A elaboração de um Plano de Contas é fundamental pois que se deve utilizar
todo o potencial da Contabilidade, em seu valor informativo, como suporte
aos diversos usuários, partindo da perspectiva de utilização de diversos rela-
tórios oriundos das informações contábeis.

Em algumas situações, por necessidades de gestão, exige-se que gastos sejam


agrupados e identificados por centro de responsabilidade (centro de custo,
centro de resultado, departamento, filiais entre outros).

Para tanto se elaboram dois Planos de Contas, um de Contas propriamente


dito e outro, separadamente, de Centros de Gastos.

Às contas são atribuídos códigos (dígitos) que variam de acordo com o tama-
nho e complexidade das entidades, mas basicamente possuem a mesma es-
trutura:
- Contas Patrimoniais: ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Contas de Resultado: RECEITAS e DESPESAS

Essa codificação deve estar de acordo com a estrutura do Plano de Contas


para permitir que se diferencie de imediato, conta patrimonial de conta de
resultado, conta ativa de conta passiva, bem como se identifique o grupo de
contas

Para atender esses fatores de maneira adequada é importante que se desen-


volva um sistema contábil, voltado a tais objetivos e que contemple todos os
fatores relacionados:
- Elenco de contas que contemple as necessidades de informações da
entidade e dos órgãos reguladores;
- Um plano de contas comentado contemplando cada conta, seu
funcionamento, documentos de origem, conciliação, registros de
operações típicas, além de nomenclatura e codificação;

Um sistema contábil de processamento de dados compatível com as neces-


sidades.

As contas são classificadas segundo os elementos do Patrimônio que regis-


trem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da entidade.

Um plano de contas representa a organização das contas usadas pela empre-


sa para o registro das transações, com o objetivo de assegurar a uniformidade
na sua utilização.

Para a escrituração do sistema contábil, deve-se elaborar um plano de contas


da empresa, que poderá ser utilizado considerando os seguintes aspectos:
a) O Elenco de Contas contempla nomenclaturas para as mais variadas
situações que necessitam contabilização, envolvendo empresas de

57
prestação de serviços, comercial, industrial entre outros. Deve sofrer
adaptações quanto necessárias, considerando as peculiaridades da
empresa, resguardando-se, no entanto, a sua estrutura básica.
b) A função e o funcionamento das contas objetiva homogeneizar o sistema
de escrituração, classificação dos documentos, tratamento e análise dos
resultados e dos fatos contábeis.

1.1 Ativo
As contas são dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos ele-
mentos nelas registrados, nos seguintes grupos:
• Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;
• Ativo Não Circulante: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas
ou participantes no lucro da entidade;

Alguns sub grupos do Ativo Não Circulante de extrema importância:


• Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da entidade;
• Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à
manutenção das atividades da entidade, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os de propriedade industrial ou comercial;
• Intangíveis: os direitos que tenham por objeto a representatividade das
operações e seus resultados, como marcas e patentes.

1.2 Passivo
►►1.2.1 Passivo Exigível
As obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direi-
tos de ativo permanente:
• Passivo Circulante: as obrigações com terceiros quando vencerem no
curso do exercício social subsequente;
• Passivo Não Circulante: as obrigações com terceiros que vencerem após
o término do exercício seguinte, adiantamentos ou empréstimos de
sociedades coligadas ou controladas, diretores e acionistas.

58
►►1.2.2 Passivo Não Exigível (PATRIMÔNIO LÍQUIDO)
As obrigações da entidade, com os proprietários ou sócios, conhecidas como
Obrigações Não Exigíveis, pois não serão pagas, mas, remuneradas, com o re-
sultado da atividade, composto pelos seguintes elementos:
• Capital Social: os recursos investidos pelos proprietários ou sócios da
entidade;
• Reservas de Capital: serão constituídas pelos valores oriundos do Lucro da
entidade e, constituídas por exigência legal e estatutária;
• Reservas de Lucros;
• Prejuízos Acumulados;
• Ações em Tesouraria: deverão ser destacadas no Balanço como dedução
da conta do patrimônio líquido que registrar as origens dos recursos
aplicados na sua aquisição.

Ativo Passivo
• Circulante • Circulante

• Não Circulante • Não Circulante


- Realizável a Longo Praz
- Investimentos
- Imobilizado • Patrimônio Líquido
- Intangíveis

1.3 Receitas e Despesas

As Receitas representam as rendas, ganhos apurados pelas atividades do em-


preendimento, e as Despesas são os dispêndios administrativos e de controle
e, classificadas em Operacionais e Outras Receitas/Despesas Operacionais:
• Operacionais: relacionadas às atividades típicas, regulares e habituais dos
empreendimentos;
• Outras Receitas/Despesas Operacionais: oriundas de atos não relacionados
às atividades típicas dos empreendimentos.

1 - RECEITA OPERACIONAL BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS


Vendas
2 – DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
(-) ICMS sobre as vendas
(-) PIS sobre as vendas totais
(-) COFINS sobre as vendas totais
3 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS

59
4 – CUSTOS OPERACIONAIS DAS VENDAS E SERVIÇOS
(-) Custo das Mercadorias Vendidas - CMV
5 – RESULTADO OPERACIONAL (LUCRO/PREJUÍZO) BRUTO
6 – DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas financeiras
(-) Despesas tributárias
(+) Receitas financeiras
7 – OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
(+/-) Outras Receitas Despesas Operacionais
8 – RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) OPERACIONAL LÍQUIDO
9 – RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) ANTES DOS IMPOSTOS
(-) Provisão pra Imposto de Renda e Contribuição Social
10 – RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) ANTES DA PARTICAÇÕES E CON-
TRIBUIÇÕES
(-) participações
11 – RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
12 – LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

2. Modelo de Plano de Contas


O Plano de Contas, na sua estruturação segue as parametrizações do Balanço
Patrimonial e, da Demonstração do Resultado do Exercício e, possui a com-
plexidade adequada a cada entidade.

Elaborado por códigos estruturados, possuindo contas totalizadoras, que não


recebem lançamentos contábeis e, por contas analíticas, que recebem os lan-
çamentos.

Por exemplo:
1 ATIVO – é uma conta totalizadora de todo o conjunto ATIVO.
1.1 ATIVO CIRCULANTE – é uma conta totalizadora do grupo ATIVO.
1.1.01 Caixa ou Equivalente de Caixa – é conta totalizadora do grupo Caixa
(Caixa + Banco conta Movimento + Aplicações Financeiras de Liquidação
Imediata).
1.1.01.01 Caixa – é conta totalizadora de CAIXA.
1.1.01.01.001 Caixa – é conta analítica de Caixa.

No detalhamento, somente a conta analítica Caixa recebe lançamento contá-


bil, as demais somente totalizam esses lançamentos.

60
Vamos ao modelo de Plano de Contas:

1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE

1.1.01 Caixa ou Equivalente de Caixa

1.1.01.01 Caixa
1.1.01.01.001 Caixa

1.1.01.02 Banco conta Movimento


1.1.01.02.001 Banco do Brasil S/A.
1.1.01.02.002 Banco Itaú S/A.
1.1.01.02.003 Banco Bradesco S/A.

1.1.01.03 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata

1.1.01.03.001 Banco do Brasil S/A.


1.1.01.03.002 Banco Itaú S/A.
1.1.01.03.003 Banco Bradesco S/A.

1.1.02. Créditos

1.1.02.01 Clientes
1.1.02.01.001 Cliente X
1.1.02.01.002 Cliente Y
1.1.02.01.003 (-) Duplicatas descontadas
1.1.02.01.004 (-) Provisão para devedores duvidosos

1.1.02.02 Títulos a receber


1.1.02.02.001 Nota Promissória a receber
1.1.02.02.002 Cheques em Cobrança
1.1.02.02.002 (-) Títulos descontados

1.1.02.03 Adiantamento a fornecedores


1.1.02.03.001 Fornecedor X
1.1.02.03.002 Fornecedor Y

1.1.02.04 Adiantamento a Empregados


1.1.02.04.001 Adiantamento Salarial
1.1.02.04.002 Adiantamento de férias
1.1.02.04.003 Empréstimos a funcionários

1.1.02.05 Tributos a Recuperar


1.1.02.05.001 ICMS a recuperar
1.1.02.05.002 INSS a recuperar

61
1.1.02.05.003 IRRF a recuperar
1.1.02.05.004 CSLL a recuperar
1.1.02.05.005 PIS a recuperar
1.1.02.05.006 COFINS a recuperar

1.1.03 Estoques

1.1.03.01 Estoques de Mercadorias


1.1.03.01.001 Mercadoria para Revenda
1.1.03.01.002 Produtos Acabados
1.1.03.01.003 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

1.1.03.02 Estoque de Embalagens e Material Auxiliar


1.1.03.02.001 Embalagens
1.1.03.02.002 Fitas
1.1.03.02.003 Etiquetas
1.1.03.02.004 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

1.1.03.03 Importação em Andamento


1.1.03.03.01 Importação X
1.1.03.03.02 Importação Y
1.1.03.03.03 Importação Z

1.1.03.04 Materiais para Uso/Consumo


1.1.03.04.001 Papel
1.1.03.04.002 Caneta
1.1.03.04.003 Lápis
1.1.03.04.004 Borracha
1.1.03.04.005 Clips 00

1.1.04 Despesas do Exercício Seguinte

1.1.04.01 Despesas Antecipadas


1.1.04.01.01 Prêmios de Seguros a apropriar
1.1.04.01.02 Assinaturas/Anuidades a apropriar
1.1.04.01.03 Encargos Financeiros a apropriar
1.1.04.01.04 Aluguéis Antecipados
1.1.04.01.05 IPTU
1.1.04.01.06 IPVA
1.1.04.01.07 Juros s/empréstimos de capital de giro
1.1.04.01.08 Juros s/financiamento Imobilizados

1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE

1.2.01 Realizável a Longo Prazo

1.2.01.01 Clientes
1.2.01.01.001 Cliente X
1.2.01.01.002 Cliente Y

62
1.2.01.02 Títulos a receber
1.1.02.02.001 Nota Promissória a receber
1.1.02.02.002 Cheques em Cobrança

1.2.01.03 Despesas Antecipadas


1.2.01.03.01 Prêmios de Seguros a apropriar
1.2.01.03.02 Assinaturas/Anuidades a apropriar
1.2.01.03.03 Encargos Financeiros a apropriar

1.2.02 Investimentos

1.2.02.01 Obras de Arte


1.2.02.01.001 Pinturas
1.2.02.01.002 Esculturas

1.2.02.02 Participações Societárias


1.2.02.02.001 Empresa XYZ
1.2.02.02.002 Empresa XY
1.2.02.02.003 Empresa X

1.2.02.03 Ágio na Aquisição de Investimentos|


1.2.02.03.001 Empresa XYZ
1.2.02.03.002 Empresa XY
1.2.02.03.003 Empresa X

1.2.02.04 (-) Deságio na Aquisição de Investimentos


1.2.02.04.001 (-) Empresa XYZ
1.2.02.04.002 (-) Empresa XY
1.2.02.04.003 (-) Empresa X

1.2.03 Imobilizado

1.2.03.01 Imobilizado em Uso


1.2.03.01.001 Terrenos
1.2.03.01.002 Construções e Benfeitorias
1.2.03.01.003 Instalações
1.2.03.01.004 Móveis e Utensílios
1.2.03.01.005 Máquinas e equipamentos
1.2.03.01.006 Ferramentas
1.2.03.01.007 Equipamentos de Tecnologia da Informação
1.2.03.01.008 Veículos

1.2.03.02 Imobilizado em Formação


1.2.03.02.001 Construções em Andamento
1.2.03.02.002 Adiantamento a Fornecedores – Máquinas e Equipamentos

63
1.2.03.03 (-) Depreciações Acumuladas
1.2.03.03.001 (-) Depreciação Acumulada de Construções e Benfeitorias
1.2.03.03.002 (-) Depreciação Acumulada de Instalações
1.2.03.03.003 (-) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios
1.2.03.03.004 (-) Depreciação Acumulada de Máquinas e equipamentos
1.2.03.03.005 (-) Depreciação Acumulada de Ferramentas
1.2.03.03.006 (-) Depreciação Acumulada de Equipamentos de Tecnologia da
Informação
1.2.03.03.007 (-) Depreciação Acumulada de Veículos

1.2.04 Intangíveis

1.2.04.01 Custo
1.2.04.01.001 Fundo de Comércio
1.2.04.01.002 Goodwill na Aquisição de Investimento
1.2.04.01.003 Marcas
1.2.04.01.004 Patentes
1.2.04.01.005 Direito do Uso de Software
1.2.04.01.006 Direitos Autorais
1.2.04.01.007 Concessões
1.2.04.01.008 Direitos sobre Recursos Minerais

1.2.04.02 (-) Amortizações e Exaustões Acumuladas


1.2.04.02.001 (-) Amortização Acumulada de Fundo de Comércio
1.2.04.02.002 (-) Amortização Acumulada de Goodwill na Aquisição de Inves-
timento
1.2.04.02.003 (-) Amortização Acumulada de Marcas
1.2.04.02.004 (-) Amortização Acumulada de Patentes
1.2.04.02.005 (-) Amortização Acumulada de Direito do Uso de Software
1.2.04.02.006 (-) Amortização Acumulada de Direitos Autorais
1.2.04.02.007 (-) Amortização Acumulada de Concessões
1.2.04.02.008 (-) Exaustão Acumulada de Direitos sobre Recursos Naturais

2 PASSIVO

2.1 PASSIVO CIRCULANTE

2.1.01 Fornecedores

2.1.01.01 Fornecedores do País


2.1.01.01.001 Fornecedor XYZ
2.1.01.01.002 Fornecedor XY
2.1.01.01.003 Fornecedor X

2.1.01.02. Fornecedores Estrangeiros


2.1.01.02.001 Fornecedor XXX
2.1.01.02.002 Fornecedor YYY
2.1.01.02.003 Fornecedor ZZZ

64
2.1.02 Empréstimos

2.1.02.01 Empréstimos
2.1.02.01.001 Banco do Brasil S/A.
2.1.02.01.002 Banco Itaú S/A.
2.1.02.01.003 Banco Bradesco S/A.

2.1.03 Obrigações Tributárias

2.1.03.01 Tributos a Pagar/Recolher


2.1.03.01.001 ICMS a Recolher
2.1.03.01.002 ISS a Recolher
2.1.03.01.003 PIS a Recolher
2.1.03.01.004 INSS a Pagar/Recolher
2.1.03.01.005 IRRF a Recolher
2.1.03.01.006 CSLL a Pagar
2.1.03.01.007 IRPJ a Pagar
2.1.03.01.008 FGTS a Pagar

2.1.04 Obrigações Trabalhistas

2.1.04.01 Obrigações com Pessoal


2.1.04.01.001 Salários a Pagar
2.1.04.01.002 Honorários e Pró Labore a Pagar
2.1.04.01.003 Férias a Pagar
2.1.04.01.004 13° Salário a Pagar
2.1.04.01.005 Pensão Alimentícia a Recolher
2.1.04.01.006 Quitações a Pagar

2.1.05 Outras Obrigações

2.1.05.01 Adiantamentos de Clientes


2.1.05.01.001 Cliente XYZ
2.1.05.01.002 Cliente XY
2.1.05.01.003 Cliente X

2.1.05.02 Contas a Pagar


2.1.05.02.001 Aluguéis a Pagar
2.1.05.02.002 Energia Elétrica a Pagar
2.1.05.02.003 Água a Pagar
2.1.05.02.004 Telecomunicações a Pagar

2.1.06 Provisões

2.1.06.01 Provisões Trabalhistas


2.1.06.01.001 Provisão para 13° Salário
2.1.06.01.002 Provisão para Férias
2.1.06.01.003 Participações sobre Resultados de Empregados
2.1.05.01.004 Reclamações Trabalhistas Judiciais

65
2.1.06.02 Provisões Tributárias
2.1.06.02.001 Provisão para CSSL
2.1.06.02.002 Provisão para IRPJ

2.1.07 Obrigações com Pessoas Ligadas

2.1.07.01 Conta Corrente – Sócios


2.1.07.01.001 Sócio XYZ
2.1.07.01.002 Sócio XY
2.1.07.01.003 Sócio X

2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE

2.2.01 Exigível a Longo Prazo

2.2.01.01 Financiamentos
2.2.01.01.001 Banco do Brasil S/A.
2.2.02.01.002 Banco Itaú S/A.
2.2.02.01.003 Banco Bradesco S/A.

2.2.01.02 Obrigações com Pessoas Ligadas


2.2.01.02.001 Conta Corrente Sócio XYZ
2.2.01.02.002 Conta Corrente Sócio XY
2.2.01.02.003 Conta Corrente Sócio X

2.2.01.03 Provisões
2.2.01.03.001 Reclamações Trabalhistas Judiciais
2.2.01.03.002 Provisão para CSSL
2.2.01.03.003 Provisão para IRPJ

2.2.01.04 Debêntures
2.2.01.04.001 Debêntures
2.2.01.04.002 (-) Deságio em Debêntures

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.3.01 Capital Social

2.3.01.01 Capital Social


2.3.01.01.001 Capital Social Subscrito
2.3.01.01.002 (-) Capital Social a Integralizar

2.3.02 Reservas

2.3.02.01 Reservas de Capital


2.3.02.01.001 Bônus e Prêmios na Emissão de Ações
2.3.02.01.002 Alienação de Partes Beneficiárias

66
2.3.02.02 Reservas de Lucros
2.3.02.02.001 Reserva Legal
2.3.02.02.002 Reserva para Contingências
2.3.02.02.003 Reserva Estatutária
2.3.02.02.004 Reserva de Incentivo Fiscal
2.3.02.02.005 Reserva de Lucros Retidos

2.3.03 Ajustes de Elementos Patrimoniais


2.3.03.001 Ajuste de Elementos do Ativo (Analítica)
2.3.03.002 Ajuste de Elementos do Passivo (Analítica)

2.3.04 Resultado Acumulado

2.3.04.01 Lucro / Prejuízo Acumulado


2.3.04.01 001 Prejuízo Acumulado
2.3.04.01.002 Lucro / Prejuízo do Exercício
2.3.04.01.003 (Distribuição Antecipada de Lucro

2.3.05 Aquisições de Ações / Quotas Próprias

2.3.05.01 Ações / Quotas em Tesouraria


2.3.05.01.001 (-) Ações em Tesouraria
2.3.05.01.002 (-) Quotas Liberadas

3. RECEITAS

3.1 RESULTADOS DE OPERAÇÕES CONTINUADAS

3.1.01 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

3.1.01.01 VENDAS DE MERCADORIAS/SERVIÇOS


3.1.01.01.001 Vendas de Mercadorias
3.1.01.01.002 Vendas de Serviços
3.1.01.01.003 Vendas de Mercadorias – Mercado Externo
3.1.01.01.003 Vendas de Serviços – Mercado Externo

3.1.01.02 (-) DEDUÇÕES DE VENDAS


3.1.01.02.001 (-) Vendas Canceladas e Devoluções
3.1.01.02.002 (-) Abatimentos
3.1.01.02.003 (-) Descontos Comerciais Concedidos
3.1.01.02.004 (-) ICMS sobre Vendas
3.1.01.02.005 (-) ISS

4. CUSTOS E DESPESAS

4.1. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS

4.1.01. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV

67
4.1.01.01. CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV
4.1.01.01.001 Mercadorias e Produtos
4.1.01.01.002 Mão de Obra
4.1.01.01.003 Materiais de Embalagem
4.1.01.01.004 Energia Elétrica
4.1.01.01.005 Água e Esgoto
4.1.01.01.006 Manutenção

4.1.02 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP

4.1.02.01 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP


4.1.02.01.001 Materiais
4.1.02.01.002 Mão de Obra
4.1.02.01.003 Insumos
4.1.02.01.004 Energia Elétrica

4.2. DESPESAS OPERACIONAIS

4.2.01 DESPESAS DE VENDAS

4.2.01.01. Pessoal
4.2.01.01.001 Salários e Ordenados
4.2.01.01.002 Pró Labore
4.2.01.01.003 INSS
4.2.01.01.004 FGTS
4.2.01.01.005 Férias
4.2.01.01.006 13° Salário
4.2.01.01.007 Indenizações Trabalhistas
4.2.01.01.008 Prêmios de Seguros
4.2.01.01.009 Assistência Médica e Social
4.2.01.01.010 Alimentação
4.2.01.01.011 Transporte

4.2.01.02. Ocupação
4.2.01.02.001 Aluguéis e Condomínios
4.2.01.02.002 Manutenção e Reparos
4.2.01.02.003 Depreciações
4.2.01.02.004 Amortizações

4.2.01.03. Utilidades e Serviços


4.2.01.03.001 Energia Elétrica
4.2.01.03.002 Água e Esgoto
4.2.01.03.003 Telecomunicações
4.2.01.03.004 Correios e Encomendas
4.2.01.03.005 Reproduções

68
4.2.01.04. Despesas de Expediente
4.2.01.04.001 Viagens e Representações
4.2.01.04.002 Materiais de Expediente
4.2.01.04.003 Materiais de Uso e Consumo
4.2.01.04.004 Higiene e Limpeza
4.2.01.04.005 Copa, Cozinha e Refeitórios
4.2.01.04.006 Refeições e Alimentação
4.2.01.04.007 Revistas, Jornais e Livros Técnicos
4.2.01.04.008 Cartoriais
4.2.01.04.009 Instruções
4.2.01.04.010 Estacionamentos
4.2.01.04.011 Transportes
4.2.01.04.012 Brindes

4.2.02 DESPESAS ADMINISTRATIVAS

4.2.02.01. Pessoal
4.2.02.01.001 Salários e Ordenados
4.2.02.01.002 Pró Labore
4.2.02.01.003 INSS
4.2.02.01.004 FGTS
4.2.02.01.005 Férias
4.2.02.01.006 13° Salário
4.2.02.01.007 Indenizações Trabalhistas
4.2.02.01.008 Prêmios de Seguros
4.2.02.01.009 Assistência Médica e Social
4.2.02.01.010 Alimentação
4.2.02.01.011 Transporte

4.2.02.02. Ocupação
4.2.02.02.001 Aluguéis e Condomínios
4.2.02.02.002 Manutenção e Reparos
4.2.02.02.003 Depreciações
4.2.02.02.004 Amortizações

4.2.02.03. Utilidades e Serviços


4.2.02.03.001 Energia Elétrica
4.2.02.03.002 Água e Esgoto
4.2.02.03.003 Telecomunicações
4.2.02.03.004 Correios e Encomendas
4.2.02.03.005 Reproduções

4.2.02.04. Despesas de Expediente


4.2.02.04.001 Viagens e Representações
4.2.02.04.002 Materiais de Expediente
4.2.02.04.003 Materiais de Uso e Consumo
4.2.02.04.004 Higiene e Limpeza
4.2.02.04.005 Copa, Cozinha e Refeitórios

69
4.2.02.04.006 Refeições e Alimentação
4.2.02.04.007 Revistas, Jornais e Livros Técnicos
4.2.02.04.008 Cartoriais
4.2.02.04.009 Instruções
4.2.02.04.010 Estacionamentos
4.2.02.04.011 Transportes
4.2.02.04.012 Brindes
4.2.02.04.013 Legais e Judiciais
4.2.02.04.014 Serviços Profissionais

4.2.03. Tributos e Contribuições

4.2.03.01. Tributos e Contribuições


4.2.02.01.001 IPTU
4.2.02.01.002 IPVA
4.2.02.01.003 ITR
4.2.02.01.004 Taxas Municipais
4.2.02.01.005 Taxas Estaduais
4.2.02.01.006 PIS PASEP

4.2.04. Despesas com Provisões

4.2.04.01. Despesas com Provisões


4.2.04.01.001 Provisões para Perdas Diversas
4.2.04.01.002 Provisões Fiscais
4.2.04.01.003 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas
4.2.04.01.004 Provisões Cíveis

4.2.05. Despesas e Receitas Financeiras

4.2.05.01. Despesas Financeiras


4.2.05.01.001 Despesas Financeiras
4.2.05.01.002 Juros Pagos e Incorridos
4.2.05.01.003 Descontos Financeiros Concedidos
4.2.05.01.004 Comissões e Despesas Bancárias

4.2.05.02 (-) Receitas Financeiras


4.2.05.02.001 (-) Juros Recebidos ou Auferidos
4.2.05.02.002 (-) Descontos Obtidos
4.2.05.02.003 (-) Receitas de Títulos Vinculados ao Sistema Financeiro
4.2.05.02.004 (-) Receitas sobre Outros Investimentos Temporários

4.2.06. Outras Despesas e Receitas Operacionais

4.2.06.01 Outras Despesas e Receitas Operacionais


4.2.06.01.001 Participação nos Resultados de Coligadas e Controladas
4.2.06.01.002 Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos
4.2.06.01.003 Amortização de Ágio e Deságio de Investimentos
4.2.06.01.004 Ganho e Perdas na Baixa de imobilizado

70
5.RESULTADO

5.1. RESULTADO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS

5.1.01. RECEITAS

5.1.01.01. Receitas Líquidas de Vendas


5.1.01.01.001 Vendas de Mercadorias/Serviços
5.1.01.01.002 (-) Deduções de Vendas

5.1.02. CUSTOS E DESPESAS

5.1.02.01. Custos das Mercadorias Vendidas e dos Serviços Prestados


5.1.02.01.001 Custos das Mercadorias Vendidas – CMV
5.1.02.01.002 Custos dos Serviços Prestados

5.1.02.02. Despesas e Receitas Operacionais


5.1.02.02.001 Despesas e Receitas Operacionais
5.1.02.02.002 Outras Despesas e Receitas Operacionais

Como se pode observar, o Plano de Contas Contábil segue a estrutura do Ba-


lanço Patrimonial - BP e da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.

3. Registros e Lançamentos Contábeis


Toda transação é, essencialmente, uma movimentação de recursos.

O perfeito registro da transação só é possível se forem consistentemente


anotadas a origem e a aplicação dos recursos movimentados, através de cada
transação

Em virtude deste duplo registro, a metodologia adotada pela Contabilidade é


denominada: “PARTIDAS DOBRADAS”

3.1 Método das Partidas Dobradas

O Método das Partidas Dobradas empregado pela Contabilidade consiste em


anotar cada fato contábil duplamente.

Para cada fato há sempre uma partida e uma contrapartida de igual valor, ou
para cada débito há sempre um ou mais créditos de igual valor e vice-versa.

Três termos são de grande utilização ao analisarmos as transações efetuadas


pelas entidades:

71
Graficamente demonstra-se o equilíbrio entre os valores dos Bens e Direitos
(Lado Direito) confrontados com os valores das Obrigações com Terceiros e
as Obrigações com os Sócios ou Proprietários (Lado Esquerdo).

B = Bens D = Direitos

P = Passivo PL = Patrimônio Líquido

Graficamente o registro dos fatos contábeis é demonstrado através do Razão


Contábil, conhecido como Razonete ou Conta “T”, em que do lado esquerdo
registram-se os valores positivos devedores, e do lado direito registram-se os
valores negativos credores.

Esta é uma conceituação contábil, um axioma contábil, uma verdade absoluta


que não deverá ser questionada, mas aceita e utilizada, pois algum dia alguém
assim conceituou.

Razonete
Título da conta

Esquerda Direita

Débito Crédito
+ -

O confronto entre os Bens e Direitos contra as Obrigações está configurado


na Demonstração a seguir: o BALANÇO PATRIMONIAL.

Representado do lado Esquerdo pela somatória dos Bens e Direitos = ATIVO e,


do lado Direito pela somatória das Obrigações com Terceiros e com os Sócios
= PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

72
BALANÇO PATRIMONIAL

A representação gráfica do registro contábil está relacionada com as contas


de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, a seguir:

Avo Passivo Patrimônio Líquido


Devedor Credor Credor
+ - -

Avo = Passivo + PL

Débitos

Os saldos das contas sofrerão alteração de acordo com a característica do


saldo de cada uma delas, que varia de acordo com o grupo a que pertencem:

73
Ou seja:

Efetua-se um lançamento a:
Contas de
Débito para Crédito para
ATIVO Aumentar Diminuir
PASSIVO Diminuir Aumentar
PL Diminuir Aumentar

Além das contas Patrimoniais (ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO)


que compõem o BALANÇO PATRIMONIAL, existem as contas de Resultado,
que são as Contas de RECEITAS e DESPESAS, que demonstram o Resultado
da atividade operacional das entidades, que servem para remunerar o Capital
dos Sócios ou Proprietários.

De maneira favorável (LUCRO) ou de maneira desfavorável (PREJUÍZO).

A Receita é a obtenção de recursos, portanto, irá remunerar favoravelmente


o Capital Social, portanto deverá possuir a mesma característica da conta Ca-
pital Social, credora negativa, pois irá aumentar o Capital Social.

Despesas Receitas
Devedora Credora
+ -

Ao final de um período devemos apurar o resultado das atividades das enti-


dades, confrontando as Receitas com as Despesas e, o Lucro ou Prejuízo de-
verá ser transferido para o Patrimônio Líquido.

74
Ou seja:

Efetua-se um lançamento a:
Contas de
Débito para Crédito para
RECEITAS Diminuir Aumentar
DESPESAS Aumentar Diminuir

Apura-se o Resultado:

Exemplificando o registro dos fatos contábeis:

Os registros contábeis demonstram, conforme o Método de Registro diz, um


duplo registro dos fatos, a aplicação (DÉBITO) e a origem do recurso (CRÉDI-
TO), da seguinte maneira:

Aporte em dinheiro pela constituição do Capital pelo proprietário da entida-


de no valor de R$1.000,

Caixa
a Capital Social R$1.000,

Este registro demonstra o débito (Caixa) e o crédito (Capital Social). Toda a


conta que se apresentar após a letra “a” serão as contas à crédito, ou Indican-
do o DÉBITO e o CRÉDITO, conforme a seguir:

75
Após o lançamento contábil da constituição do Capital Social e o respectivo
aporte do recurso pelo proprietário, apresenta-se a seguinte situação Patri-
monial:

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Caixa 1.000,00

Patrimônio Líquido

Capital Social 1.000,00

Total Ativo 1.000,00 Total Passivo 1.000,00

Outro registro:

Compra de Matéria Prima a prazo, para constituição de estoque no valor de


R$1.000,00

Estoque
a Fornecedores R$1.000,00

ou

Indicando o DÉBITO e o CRÉDITO, conforme a seguir

76
Após o lançamento contábil da aquisição de Estoque a prazo temos a seguinte
situação Patrimonial:

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Caixa 1.000,00 Fornecedores 1.000,00
Estoque 1.000,00
Patrimônio Líquido

Capital Social 1.000,00

Total Ativo 2.000,00 Total Passivo 2.000,00

Saiba Mais
Para se executar um registro contábil de maneira correta, devem ser feitas duas perguntas e,
se essas perguntas forem respondidas de maneira correta, você não errará nenhum registro
contábil.
Lembrando que os registros contábeis sempre serão feitos considerando o valor à DÉBITO e
o valor à CRÉDITO.
Conforme já colocado anteriormente:
“Para cada fato há sempre uma partida e uma contrapartida de igual valor, ou para cada
débito há sempre um ou mais créditos de igual valor e vice-versa.”
Então vamos lá!
Analisando o que vai ser registrado, faremos as duas perguntas:
1ª - Onde estará sendo aplicado o recurso? Será sempre o registro à DÉBITO.
2ª - De onde vem o recurso? Será sempre o registro à CRÉDITO
ou seja
1ª - PARA ONDE VAI O RECURSO? = A APLICAÇÃO DO RECURSO = REGISTRO À
DÉBITO
2ª - DE ONDE VEM O RECURSO = A ORIGEM DO RECUSRO = REGISTRO À CRÉDITO
Esta regra deve ser aplicada sempre que se estiver analisando um fato que deverá ser
registrado contabilmente.

Duas Perguntas Essenciais...

Onde foram Onde foram


aplicados os aplicados os
Recursos? Recursos?

Destino Origem

Débito Crádito

77

Você também pode gostar