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O autor faz um breve comentário sobre a primeira guerra mundial abordando que
houve desenvolvimento nos países socialistas quando teve inicio a Revolução Russa,
surgindo assim países como China e União Soviética. Outro exemplo que ele cita foram
os movimentos denominados por ele de movimentos revolucionários nacionalistas,
revoluções que foram feitas por países que eram colônias. Com esse levantamento os
países que não eram desenvolvidos tinham problemas de progressão econômica e que
foram fatores centrais para estudar o tema de planificação.
Dentro desse aspecto Lange diz que os agentes principais da revolução social foram
a estatização dos setores de indústrias, comércio, finanças e transportes. Fazendo uma
reforma agrária adequada e assim abolindo elementos feudais e dividindo a terra. Se
voltarmos no tempo e analisar a situação da América do Norte e Américo do Sul
percebemos que são bem distintas e há uma diferença na colonização de ambos, EUA e
Brasil. Se no Brasil em tempos passados fosse criado sistemas de estatização isso iria
fornecer lucros para novos investimentos industriais, assim iria gerar reinvestimentos
sobre os próprios lucros, mas isso era inviável, pois não existia estado e muito menos
indústria. A indústria que existia todo seu lucro iria para a capital sugadora.
Em alguns países parte dos camponeses, que receberam terras, contribuía com um
pequeno imposto, o Estado recolhia esse imposto para novos investimentos, mas o
Brasil na situação que vivia era inviável tal prática, pois era uma sociedade na base da
escravidão e cobrar imposto de escravo é muito contraditório, muitos até pagaram
imposto só que esse foi com sua própria vida.
A planificação econômica tem sua origem nas economias socialistas, e essa mesma
planificação tem o objetivo de promover o desenvolvimento econômico. O
desenvolvimento não ocorre do Big Bang, mas de planificação econômica. O fator
estratégico da planificação é o investimento produtivo, havendo esse investimento ele
deve ser canalizado para setores da economia que iram aumentar o produto da economia
nacional.
O investimento nos meios de produção não são únicos, para Lange é necessário
mais dois tipos de investimentos, na agricultura aumentando a produção de alimentos,
com parte da população empregada na área industrial é necessário aumentar o nível de
produção alimentícia, pois o padrão da vida aumenta. O outro tipo de investimento é na
infraestrutura, sistema de transporte, estradas etc. Lange diz: “ um dos problemas de
muitos, se não da maioria dos países subdesenvolvidos era – e isso fazia parte do
sistema colonial ou imperialista – que ocorria uma significativa construção dessa
infraestrutura econômica puramente para atender ás necessidades de exploração
colonial, não para o desenvolvimento do poderio produtivo do país” (p.15). Vendo essa
afirmativa pensamos no caso do Brasil em sua época de exploração e prostração aos
Europeus.
Lange cita o equilíbrio físico que faz uma avaliação entre investimento e produção,
fala de equilíbrio monetário, que é o equilíbrio nas rendas da população, o equilíbrio
entre consumo e a produção de bens de consumo. É preciso existir um sistema de preços
para contabilizar os custos. O sistema de preços torna-se base para a contabilidade e
incentivo. O problema nas economias socialistas e nacionalistas-revolucionarias é
assegurar o crescimento da capacidade produtiva. No estágio inicial a questão é
mobilizar recursos para o investimento produtivo e dar direção para setores da economia
que aumenta mais rapidamente o potencial produtivo do país, utilizando formas de
tecnologia com maior índice de produtividade.
Existem duas opções para tais economias subdesenvolvidas, empregar mão de obra
com técnicas atrasadas de trabalho que resultam numa renda mais baixa. Outra forma
seria adotar técnicas mais sofisticadas de produção, segundo Lange poderá ocasionar
alto desemprego ou subemprego devido ao capital ser escasso. Percebe-se aqui que a
teoria do equilíbrio econômico é falha. Com a mão de obra totalmente empregada a
renda da economia será baixa.
Total de emprego
O capital estrangeiro que vem para os países subdesenvolvidos não são reinvestidos
no país, mas simplesmente tomado por grande parte dos monopolistas. Parte do lucro,
extraído dos países subdesenvolvidos, destinam-se a países metrópoles. Lange afirma
que esse capital, grande parte dele, é reinvestido nos países subdesenvolvidos em forma
de indústrias de bens de consumo e produção de matérias primas e produtos
alimentícios, essa análise retrata o caso de países como o Brasil onde muitos estados
brasileiro são pobres quando se fala de desenvolvimento.