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Quando uma economia está em pleno processo de crescimento, é sinal de que provavelmente existe
uma estratégia nacional de desenvolvimento por trás, é sinal que seu governo, seus empresários,
técnicos e trabalhadores estão trabalhando de forma consertada na competição econômica com as
demais nações.
Essas três classes estão engajadas permanentemente dentro de cada Estado-nação em um processo
dialético de conflito e cooperação que está relacionado com essas duas ideologias: o conflito é
interno e se dá pela distribuição interna do excedente, e a cooperação, para a construção de um
Estado-nação autônomo, é capaz de garantir a acumulação de capital e o êxito na competição
internacional.
De acordo com o critério de nível de desenvolvimento econômico, os países hoje estão divididos em
países ricos, de renda média, e pobres. Tanto os de renda média como os pobres foram
anteriormente colônias, mas enquanto os primeiros superaram parcialmente a sua condição colonial,
realizaram a acumulação primitiva necessária à revolução capitalista, e estão tentando realizar suas
revoluções nacionais, muitos dos últimos sequer conseguiram estabelecer as bases de uma
economia capitalista.
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O ‘desenvolvimento original’, dos países que primeiro se industrializaram (Inglaterra, Bélgica,
França e Estados Unidos); o ‘desenvolvimento atrasado’ de países europeus como a Alemanha, a
Rússia, a Áustria e a Suécia, e do Japão, que realizaram suas revoluções industriais na segunda
metade do século dezenove; o ‘desenvolvimento nacional-dependente’ dos países que foram
colônias desde o Século XVI, tornaram-se formalmente independentes, mas continuam a apresentar
vários graus de dependência cultural em relação ao centro, como é o caso dos países da América
Latina; e finalmente o ‘desenvolvimento autônomo’ dos países que também foram colônias ou se
submeteram ao imperialismo no século XIX, mas lograram a partir da Segunda Guerra Mundial
independência e autonomia razoavelmente plena, como é o caso da Coréia, da China ou da Índia.
Doença Holandesa Podemos definir a doença holandesa como uma apreciação de longo prazo
da taxa de câmbio de um país, porque esse país tem condições de exportar commodities com lucro a
uma taxa de câmbio substancialmente mais apreciada do que a taxa de câmbio que torna
competitivas as outras empresas industriais: o equilíbrio industrial.
O novo desenvolvimentismo rejeita o liberalismo econômico em relação a este ponto não porque
queira fechar as economias nacionais, mas porque quer se integrar de forma competitiva e não
subordinada no sistema internacional.
O novo desenvolvimentismo defende uma carga tributária relativamente alta, que financie os
grandes serviços sociais universais. Não apenas porque esses grandes serviços são mais justos, mas
também porque são mais econômicos do que aumentar salários.
Rejeitando a noção da mão invisível no livre mercado, os estruturalistas promovem a visão de que
os países em desenvolvimento devem ter, em certa medida, a estrutura industrial dos países de alta
renda como meta de desenvolvimento.
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Acemoglu et al. (2005, p. 387) descobriram que “as instituições econômicas que incentivam o
crescimento surgem quando as instituições políticas alocam poder a grupos com interesse na
aplicação ampla dos direitos de propriedade, quando criam restrições efetivas aos detentores do
poder e quando há relativamente poucas rendas a serem pagas. ser capturado pelos detentores do
poder”.
O sucesso dessas economias do Leste Asiático levou outros países do Sudeste Asiático a seguir o
exemplo na abertura de suas economias e na criação de bases industriais orientadas para a
exportação que impulsionaram seu crescimento ao longo das décadas de 1980 e 1990.
A evolução da estrutura exportadora da China nas últimas três décadas reflete a significativa
transformação estrutural no estilo dos gansos voadores que permitiu ao país passar da exportação de
produtos primários para a exportação de produtos intensivos em mão de obra, como vestuário e
têxteis, e ainda produtos manufaturados mais sofisticados, como eletrodomésticos, máquinas
elétricas e equipamentos de telecomunicações.
Muitas zonas econômicas especiais (SEZs) e parques industriais surgiram e atraíram indústrias
de mão-de-obra intensiva da China e da Índia para países em desenvolvimento de baixos salários.
Seguindo o padrão dos “gansos voadores”, muitas empresas da China e de outros as economias de
mercado mudaram-se para o Sudeste Asiático – Camboja, Laos, Vietnã e, mais tarde, Mianmar –
criando milhões de empregos em setores manufatureiros intensivos em mão de obra, como mostra o
aumento de suas participações nos setores manufatureiros.
Terceiro, os países da Europa Oriental e da antiga União Soviética sofreram com a “terapia de
choque” inadequada para sua transição econômica, incluindo “acertar os preços”, liberalizar as
contas de capital e “privatização em massa” de uma só vez, levando à hiperinflação, depreciação da
moeda, fuga de capitais e perda maciça de riqueza nacional.
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TEXTO 4 – SIEDENBERG (2006 – CONCEITUAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO)
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Todo processo de mudanças que se resume num aumento quantitativo daquilo que já existe (seja
uma máquina do mesmo tipo numa empresa, seja uma empresa do mesmo tipo numa cidade)
configura um processo de crescimento. Já o conceito de desenvolvimento é reservado
exclusivamente para identificar os processos de mudança qualitativa no âmbito individual da
organização; ou seja, desenvolvimento ocorre quando essa entidade passa a ter uma capacidade
qualitativamente diferenciada em relação à sua condição anterior. Finalmente, o conceito de
evolução identifica processos qualitativos de mudança (melhorias) no contexto de coletividades.
Assim, conclui-se que o desenvolvimento socioeconômico, um termo que muitas vezes também é
utilizado como sinônimo de crescimento e de evolução - ou também como um processo de
mudanças subentendido automaticamente em suas mais diversas concepções e conotações - só
ocorre quando os mecanismos de apropriação e incorporação, de assimilação e adaptação e de
escolha e mudança estão presentes e são acionados.
Dar capacidade e competitividade aos Estados-nação para que eles possam concorrer e aumentar a
sua capacidade e capital humano por si só.
Estado como provedor da infraestrutura, para permitir uma maior competição dos países, enquanto
a visão neoliberal, de livre mercado, está focada nos ganhos, nos rendimentos, e exploração dos
recursos, mas sem pensar no provimento de uma estrutura e na competitividade dos países (ideia
financeiro-rentista).
Fragilidade da Energia como alternativa para o transporte público (a tecnologia de hoje é muito
fraca) Necessidade de Política Pública para explorar essa tecnologia.
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Sofisticação da Produção Agrícola Agregar valor por meio tecnologia (estresse hídrico e outras
tecnologias).