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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

JOÃO VITOR RODRIGUES DE ARAÚJO

O debate em torno do fenômeno da Grande Divergência de


renda entre os países e o Modelo de Solow (i) Básico, com
(ii) Tecnologia e com (iii) Capital Humano que busca
explicar esse fenômeno.
Prova I da disciplina Teoria Macroeconômica III

Teresina – PI
Janeiro/2023
JOÃO VITOR RODRIGUES DE ARAÚJO
Prova I da disciplina Teoria
Macroeconômica III
Universidade Federal do Piauí

Prof. Guilherme Nunes Pires

Teresina – PI
Julho/2022
GRANDE DIVERGÊNCIA DE RENDA ENTRE PAÍSES

Os enormes diferenciais de renda e de bem-estar entre as nações podem ser explicados, em


grande parte, pelos fatores de divergência entre os níveis de produtividade das economias nacionais.
Sob uma perspectiva histórica da economia, nota-se que, até o início da revolução industrial, as
nações estavam presas a um ambiente de escassez e nulo desenvolvimento econômico à medida que
o aumento de produção e desenvolvimento tecnológico não acompanhavam os níveis de
crescimento demográfico. Somente com a revolução industrial que esse cenário se transformou
significativamente, ao proporcionar um incremento da renda individual. Todavia, esse fenômeno
ocorrera em um seleto grupo de países mais avançados. Tal fato se deve principalmente pelo
aprofundamento do peso da indústria no produto. Ao se analisar estudos estatísticos quanto a
estrutura de produção em diferentes regiões do planeta, nota-se um maior peso do setor industrial
nos países da Europa e Amarica do Norte, enquanto que nos demais países periféricos predominou
durante maior parte do tempo uma economia agrária e de exploração de produtos minerais,
resultando em um crescimento potencial deste setor nas economias avançadas contra um lento
crescimento nos países de terceiro mundo. Nota-se, portanto, que a concentração no setor industrial
representa um importante indicador que diferencia os países em divergência.
Segundo Clark, a lógica da economia malthusiana se dá por três pressupostos básicos. A taxa
de crescimento populacional aumenta com a elevação dos padrões de vida, que acarreta igualmente
numa redução das taxas de mortalidade, mas os padrões de vida declinam à medida que a população
aumenta, o que reduz, em consequência, a renda disponível para o conjunto da população. Ainda,
devido a terra ser o principal fator de produção da época, por se caracterizar como um montante
fixo, a produção média per capita diminui sem avanços tecnológicos. Esse fator resulta em uma
sociedade a nível de subsistência. Tais características presentes em uma típica economia malthusiana
propiciavam o aparecimento, de forma recorrente, de crises alimentares e epidemias de fome. A
consagração do rompimento desse tipo de economia se deu fundamentalmente com a explosão
industrial nas regiões no qual ela foi possível. Todavia isso só foi possível devido ao conhecimento
acumulado, nessas regiões, quanto a natureza e fontes de energia, sendo estes capazes de alterarem
os padrões de qualidade de vida até antes da revolução Industrial. Esses elementos foram capazes de
criar uma primeira grande divergência de renda per capita entre os países da Europa ocidental e os
países periféricos. Destaca-se que, para os países de língua inglesa, estes tiveram desempenho
significativamente superior não somente aos países periféricos do globo, mas ainda em relação à
periferia europeia. Já durante o período entre da Grande Guerra e do início da Segunda Guerra
Mundial, nota-se uma diminuição desse diferencial de renda entre os países europeus e os países da
periferia, segundo os dados apresentados por Maddison. Destaque para Ásia oriental, em especial ao
Japão, que tiveram notável desempenho na taxa de crescimento econômico do PIB per capita. Os
aprofundamentos da grande divergência se situam, predominantemente, na capacidade que os
países de economia industrial avançada têm em absorver know how industrial mais avançado,
quanto na faixa de relações econômicas internacionais que estes mantinham, sendo eles capazes de
capturar renda de uma região para outra.
A economia do conhecimento é um conceito amplo que abarca tanto a acumulação do saber
cientifico quanto a disseminação desse conhecimento, sendo este último, que ocorrera na revolução
científica e, ainda, através do aprendizado adquirido através de empreendimentos práticos, testados
de forma pragmática por empresários, e, ainda, por aqueles que estavam envolvidos em atividades
agrícolas ou manufatureiras. Este tipo de economia foi de fundamental importância para
concentração da produção industrial do seleto grupo de países da economia industrial avançada.
Cientistas e empreendedores, que atuavam cada um à sua maneira em busca de prestígio e riqueza,
foram responsáveis pela explosão da inovação tecnológica no final do século 18, evento intitulado
por alguns historiadores como Revolução Industriosa. Essa prática desenvolveu um ambiente no qual
era possível que se aplicasse todo saber científico adquirido por meio da pesquisa científica
acumulada nas décadas anteriores. O processo de difusão do progresso técnico, nessa época, em
especial para as indústrias de energia, têxtil e de transporte, ocorrera pela emigração de técnicos
treinados, espionagem industrial, transmissão empírica e por aventureiros. Estes foram responsáveis
pela disseminação da industrialização ao redor do mundo à medida que carregavam novas
descobertas, máquinas, processos e know how de um país para outro. Como é de se imaginar, esse
processo de disseminação variou em relação às regiões absorvedoras. Esse processo de disseminação
pode ser quantificado pelo economista historiador Gregory Clark. Os resultados de sua pesquisa
mostraram um período menor de disseminação das inovações para os países da Europa ocidental e
maior para maior parte dos países latino americanos. Todavia, não foi apenas o atraso de inovações
tecnológicas que retardaram o ingresso dos países latino americanos na primeira Revolução
Industrial, mas ainda devido a diversos fatores institucionais, como os de políticas comerciais
protecionistas e restrições de diversas ordens ao investimento estrangeiro.
Nota-se que, dados os fatos históricos mencionados no texto, as desigualdades de renda são
uma característica presente desde bem antes às economias contemporâneas, desse modo, é de
fundamental importância a descoberta de vias para superação desses problemas. Para meios de
ponto de partida para responder à questão que se coloca, é de fundamental importância observar
que os países no qual deram início a um processo de desenvolvimento sustentável, com distribuição
de renda, foram aqueles que tiveram uma melhor produtividade do fator produtivo, sobretudo pela
forma desempenhada pelo capital humano no processo produtivo. Ainda, é necessário entender a
estrutura dos países periféricos e como ela se consolidou. Para isso, é necessário saber que durante o
processo de globalização, o fim das barreiras comerciais favorecera o comércio de produtos
primários, sobretudo nos países periféricos. Dessa forma, os países periféricos se consolidaram nesse
tipo de exportação ao passo que os países centrais se especializavam na exportação de
manufaturados. Segundo Williamson, esse tipo de comércio internacional, reforçou a
desindustrialização da periferia e atenuou a industrialização dos países centrais, aumentando,
consequentemente, as desigualdades entre esses grupos de países.
CRESCIMENTO EXÓGENO – MODELO BÁSICO DE SOLOW

O modelo de Solow está preocupado em entender as questões centrais do crescimento sem se


preocupar com as questões fundamentais que dão base para que essas questões centrais aconteçam.
Dessa forma, esse modelo está preocupado com os fatores que fazem com que um país cresça,
sendo estes os fatores de produção sem se preocupar com a tecnologia, sendo este último dado de
forma exógena.

Hipóteses do modelo

O modelo de Solow, que é um modelo neoclássico, é um modelo que tenta explicar essencialmente a
diferença de renda entre os países e, ainda, porque a taxa de crescimento entre os países diverge.
Por ser uma simplificação da realidade, o modelo assume algumas hipóteses básicas para uma
análise mais direta dessas economias. (i) Uma das hipóteses básicas desse modelo é a de que o país
produz um único bem; (ii) O segundo pressuposto é o de que não há comércio; (ii) Um outro
pressuposto é a questão do investimento, segundo esse modelo o investimento é determinado pelo
investimento.
O modelo assume ainda uma hipótese central, a tecnologia é exógena, ou seja, a tecnologia
disponível é a mesma para todos os países. Essa tecnologia é dada pela seguinte função de produção:

Y =F ( K , L )=K a L1−a , onde 0< a<1 ;

Essa função de produção tem dois insumos, o capital K e o trabalho L gerando o produto. Ainda, essa
função possui retornos constantes de escala, ou seja, ao dobrar os fatores de produção dobra-se o
produto. Dessa forma:

F(2K, 2L) = 2Y;

Dado que existem mais de um fator de produção e todos eles contribuem para o crescimento,
consequentemente, há um retorno decrescente em relação aos próprios fatores de produção. Isso
significa que ao dobrar de forma isolada o fator trabalho K, não dobrará Y, vai ser um retorno menor
do que o dobro de Y.
Ainda, é importante ressaltar que, a função do tipo Cobb Douglas, K^a.L^1-a, é importante para
entender a forma de crescimento dentro do modelo, à medida em que esses dois fatores são
substituíveis entre si, ou seja, existe uma quantidade de K que compensa uma redução na
quantidade de L. Esse comportamento se difere de um modelo complementar ou substituto perfeito.

O que é analisado no modelo?

O modelo busca analisar essencialmente o produto por trabalhador, definido por y. Assim:

y = Y/L

Ao desenvolver melhor a equação, chega-se ao seguinte resultado:

Y K a L1−a Ka
Se y= e , y = , tem−se y=
L L L
K a
Assim , se k= , tem−se y=k
L
A equação mostra que o capital per capita contribui ao crescimento, positivamente, a taxas
decrescentes, ou seja, quando aumenta o capital, ele gera mais produto, todavia, o produto
incremental é decrescente.
Em relação à poupança, o modelo assume que capitalistas e trabalhadores poupam a uma função
constante da renda, assim, a taxa de poupança assume a seguinte forma:

s = S/Y

Ainda, o modelo assume a hipótese neoclássica de que toda a poupança é investida, dessa forma, I =
sY. Segundo essa lógica, as taxas de juros são definidas de acordo com a oferta de poupança na
economia, conforme ela for mais baixa, mais caras serão as taxas de juros e menores serão os
investimentos, e, ainda, conforme a poupança for mais alta, mais baratas serão as taxas de juros e
maiores serão os investimentos.

Estoque de capital

A função de acumulação é aquilo que se assume como o movimento de acumulação do capital, ela
analisa como o K varia ao longo do tempo, este depende positivamente do investimento e
negativamente pelo capital depreciado, ou seja, aquele capital que é destruído ao longo do tempo.
Assim:

K’ = I – xK e K’ = Sy – xK, onde x é a taxa de depreciação do capital. Dessa forma, o investimento


líquido I – xK, será o quanto aumenta no estoque de capital.

Acumulação de trabalhadores

No modelo de Solow, não existe desemprego, todos os indivíduos da economia estão trabalhando,
dessa forma, o número de empregados da economia cresce à mesma taxa de crescimento
populacional. Assim:

L’ = Ln, onde n = L’/L e n = taxa de crescimento populacional.

Estoque de capital por trabalhador

O capital por trabalhador evolui de acordo com o investimento por trabalhador menos a depreciação
somada a taxa de crescimento populacional multiplicado pela razão do capital por trabalhador.
Assim:

k’ = s.y – (x + n)k

Assim, o crescimento populacional contribui negativamente devido o capital por trabalhador


ser afetado negativamente por esse crescimento. Dessa forma, se não houverem investimentos que
compensem o crescimento da mão de obra, a renda por trabalhador cai. Dessa forma, ao analisar os
níveis de investimento por trabalhador e os níveis de depreciação é possível chegar a três situações
possíveis. A primeira delas é onde o nível de investimento por trabalhador é superior ao nível de
depreciação, nesse caso, temos então um acumulo de capital por trabalhador positivo. Já o segundo
caso é aquele no qual os níveis de depreciação são maiores do que os níveis de investimento por
trabalhador, assim, o acumulo de capital por trabalhador será negativo. Já para um último caso, onde
os níveis de investimento por trabalhador são iguais aos níveis de depreciação do capital, o acumulo
de capital por trabalhador será nulo e a economia estará no que se chama de estado estacionário.
Análise do estado estacionário

O crescimento do capital no estado estacionário é igual a zero, e, o quanto se gera de investimento


por trabalhador será igual à taxa de depreciação do capital por trabalhador. Nesse caso, a renda per
capita dependerá da taxa de poupança, crescimento da população, da taxa de depreciação e dos
fatores que determinam a produtividade relativa dos fatores capital e trabalho. Assim:

a
' s 1−a
y =( )
x +n

Analisando a taxa de poupança, em especial, devido esta ser mais suscetível às políticas monetárias,
podemos retirar algumas conclusões efetuando variações nessa variável individualmente. Ao
aumentar a taxa de poupança, muda-se o estado estacionário da economia, resultando em um
crescimento da renda por meio do crescimento do capital até que este volte ao novo estado
estacionário. Dessa forma, a poupança determina o nível de renda per capita de uma economia.
Todavia, é necessário que se chegue a uma taxa ideal de poupança, isso porque elevados níveis de
poupança são vantajosos pelo lado produtivo, todavia, os consumidores objetivam elevar os seus
níveis de consumo, não apenas de investimentos. Desse modo, é necessário descobri uma taxa de
poupança onde o consumo é maximizado. Matematicamente, esse valor é representado pela
máxima diferença entre a curva da renda per capita e a reta de depreciação do capital por
trabalhador, situação onde as duas curvas têm a mesma inclinação. Embora, nesse ponto, a renda
per capita seja menor, o consumo será maior.

CRESCIMENTO EXÓGENO – MODELO DE SOLOW COM TECNOLOGIA

O modelo com tecnologia foi um modelo desenvolvido por Solow com o objetivo de deixar explicito o
fator tecnológico, isso é importante porque ela permite considerar a tecnologia como capaz de se
desenvolver independentemente dos fatores de produção. Solow insere a tecnologia como um fator
aumentador de trabalho, ou seja, ela faz com que o trabalho seja mais produtivo, assim:

a 1−a
Y =F ( K , L )=K AL , onde 0<a<1 ;

Nesse modelo, a tecnologia é considerada exógena ao modelo, popularmente chamado de “o maná


que cai do céu”, não sendo possível que as empresas direcionem recursos para o seu aumento. A
função de acumulação de tecnologia é dada pelo quanto a tecnologia varia dividido pelo nível inicial
dela, assim:

A'
g= , e, A’ = gA(t), onde g é a taxa de variação da tecnologia.
A (t)

Crescimento com tecnologia

A função de produção em termos do produto por trabalhador ficará da seguinte forma:

a 1−a
Y K (AL)
= e , y=k a . A 1−a
L L

Essa função é importante ao possibilitar identificar de que forma o progresso tecnológico e a


acumulação de capital por trabalhador influenciam no produto por trabalhador y. De forma geral, é
possível identificar que a taxa de variação do produto por trabalhador depende da taxa de variação
do capital por trabalhador e da taxa de variação do progresso tecnológico.

Diagrama de Solow com tecnologia

No modelo básico, o diagrama é construído em função do y e do k, já para o modelo com tecnologia


analisa sob novas variáveis denominadas como k~ = k/A e y~ = y/A. Assim, a função de produção e de
acumulação ficarão da seguinte forma:

y =k a
k =sy −( n+ x + g ) k

Nesse caso, a taxa de crescimento da tecnologia afeta negativamente o capital por trabalhador e
tecnologia, mas não afeta negativamente a economia. Nesse caso, quando a poupança por
tecnologia é maior do que fica maior do que a depreciação, tem-se uma situação onde a acumulação
de capital por trabalhador e tecnologia tem variação positiva. Já no caso onde esse nível de
poupança é menor do que a depreciação, tem-se então uma situação onde a variação da acumulação
de capital por trabalhador e tecnologia é negativa. Já para um último caso, onde a o nível de
poupança é igual à depreciação, a variação de capital por trabalhador e tecnologia será nulo, tendo
assim um estado estacionário. No modelo básico, renda por trabalhador, no estado estacionário,
crescia apenas com a variação da poupança. No modelo com tecnologia, o mesmo ocorre para renda
por trabalhador e tecnologia, todavia, se há progresso tecnológico, o mesmo ocorre
proporcionalmente ao avanço dessa tecnologia, isso devido y’ = Ay~.

CRESCIMENTO EXÓGENO – O MODELO DE SOLOW COM CAPITAL HUMANO

Os modelos básicos e com tecnologia considera todo trabalhador como igual, todavia, nem todo
trabalho é igual, trabalhadores com maiores qualificações tendem a ser mais produtivos. A nova
função de produção incrementa agora o capital humano, ficando da seguinte forma:

a 1−a
Y =F ( K , L )=K HL ,onde 0<a<1 ;

Nesse caso, o K significa exclusivamente o capital físico, e, ainda, o H representa o trabalho


aumentado pelo ganho de produtividade do trabalhador. De forma empírica, observa-se que para
cada ano de estudo a mais de um trabalhador, seu salário aumenta em 10 %. Dessa forma, a função
que relaciona escolaridade e produtividade do trabalhador pode ser dada da seguinte forma:

H=eφu L

Sua produtividade H será maior quanto maior forem os dois fatores φ e u, sendo esta uma medida do
impacto da escolaridade sobre a produtividade, sendo esta uma medida proporcional. Assim, o
crescimento do capital humano é dado pela taxa de variação do número de trabalhadores e pelo
crescimento do nível de escolaridade dos trabalhadores. O modelo possibilita, portanto, identificar o
impacto do nível da escolaridade sobre o nível da produtividade. Esse tipo de análise é de
fundamental importância para analisar os níveis de crescimento econômico em países que possuem
diferentes níveis de escolaridade, mostrando como a produtividade pode variar só em função da
diferença de capital humano. Se o fator u, significa que esse trabalhador não está aumentando em
nada a produtividade, dado que e 0=1, já para o caso de um país que possui 7 anos de escolaridade
terá um ganho de produtividade por trabalhador de 100%, dado que e 0,7 ≅ 2. Destarte, o capital
humano pode ser definido como a capacidade do trabalhador de absorver tecnologia, em sua
capacidade de usar tecnologia, afinal, um trabalhador sem escolaridade dificilmente conseguira
manusear tecnologias mais avançadas.
Para a análise com capital humano, os novos fatores a serem analisados ficarão da seguinte forma:

y =k a
k ≅ sy − ( n+ x+ g ) k
y k
Onde , y = ek =
Ah Ah

Em uma análise de estado estacionário, o produto por trabalhador será dado pelos mesmos fatores
do modelo com tecnologia multiplicado pelo capital humano por trabalhador h. Sob essa nova
análise é possível chegar à conclusão de que nem todo trabalhador é igual, afetando o percentual de
produtividade.

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