Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Leigos
Bruno Caetano
Todos os Direitos Reservados © 2018
Índice
Introdução e Aviso
Prefácio
Parte 1 : Por que investir em ações?
Esqueça o que você acha que sabe sobre ações
Um pouco de dados
Parte 2 : Introdução ao Mercado de Ações
De volta às origens
Nadando com os tubarões - como o mercado de ações deveria ser visto
Investindo como nossos pais... só que melhor!
Sobre os ombros de gigantes
Parte 3 : O que é bom saber
O técnico e o fundamentalista
Os Tipos de Ações
Eventos societários
Indicadores Fundamentalistas
Parte 4 : Investindo em Ações
O passo a passo
Ações e o Imposto de Renda
Separando o joio do trigo
Concluindo
ntrodução e Aviso
Eu não sou um analista da bolsa. Sou um cidadão comum. Desses
que acham que trabalham bastante e pagam muita conta. Desses que
cansaram de esperar a prosperidade brotar como num passe de mágica e
cair no colo. Por isso eu resolvi aprender como ganhar dinheiro. Fui a fundo
para entender como funciona o mundo do jeito que ele é hoje, e acho que
talvez eu tenha aprendido alguma coisa.
refácio
Parte 1:
Por que investir em ações?
Um pouco de dados
"Não se gerencia o que não se mede,
não se mede o que não se define,
não se define o que não se entende,
e não há sucesso no que não se gerencia."
- William Edwards Deming
O índice dolarizado evoluiu dos 3108 aos 22319 pontos entre 2002
a 2017. Seu valor, portanto, multiplicou-se aproximadamente por 7,18 nesse
período. Vou poupar você dos cálculos, mas essa multiplicação equivale,
entre as altas e baixas do período, a um rendimento médio de
aproximadamente 14% ao ano. Perceba que se eu selecionasse o período de
2002 a 2008 essa alta seria muito maior. Por outro lado, se eu selecionasse o
período contando a partir do pico de 2008, o resultado consolidado seria
uma queda acentuada no valor do índice, resultado da crise global que teve
início nesse ano. O período que eu selecionei, portanto, engloba tanto o
movimento de alta quanto o movimento de queda - a ideia é selecionar um
período representativo dos dois cenários.
Talvez eu esteja me apressando com a explicação, então vamos
recapitular: O Ibovespa é um índice formado por uma carteira de ações
fictícia, contendo as ações mais negociadas na bolsa brasileira. O que nós
observamos no gráfico é o valor desse índice expresso em dólares, de forma
que a gente possa avaliar o valor dessa carteira no mundo. Você, como
investidor individual, pode fazer escolhas melhores do que as ações que
compõem o Ibovespa, obtendo um rendimento maior, ou pode escolher
ações que tenham uma performance pior. Nós vamos usar o Ibovespa nesse
exemplo como uma espécie de "média da bolsa". Dessa forma, se em 2002
você comprasse 10 mil reais nas ações que compõem o índice (e nas
mesmas proporções), em 2017 essas ações somariam um valor que, em
dólares, teria o mesmo poder de compra de, aproximadamente, 140 mil
reais. É um bom rendimento, certo? Mas tem muito mais.
Nós ainda iremos tratar com mais detalhes sobre esse assunto mais
adiante, mas já vou adiantar para podermos contar essa história: a
valorização das ações não é a única forma de se ganhar dinheiro na bolsa.
Aliás, talvez nem seja a forma principal. Afinal, nesse mundo capitalista em
que vivemos, qual é o principal objetivo de uma empresa? Dar lucros,
certo? Pois é. E pra quem vai boa parte desses lucros? Isso mesmo, para os
donos. E quem são os donos? Os acionistas!
Ao possuir ações de uma empresa, você tem a possibilidade de ver
o seu patrimônio crescer de duas formas - pela valorização das ações, e
pelos lucros distribuídos aos acionistas (Conforme iremos ver, as empresas
distribuem parte dos lucros aos acionistas na forma de dividendos ou juros
sobre capital próprio. Não se preocupe, ainda iremos falar sobre eles). Nós
já abordamos a questão da valorização - se comprássemos as mesmas ações
do Ibovespa em 2002 e mantivéssemos esse investimento até 2017,
teríamos uma valorização de cerca de 14% ao ano, em média. Mas e a
distribuição de lucros?
Não há um valor fixo a ser distribuído aos acionistas. Na verdade,
se a empresa não tiver lucro em determinado ano ela nem é obrigada a
distribuir nada. Mas, por outro lado, se essa empresa teve um lucro líquido
relevante no ano fiscal, ela poderá distribuir uma quantia significativa.
Vamos, portanto, fazer o que temos feito até então - considerar um valor
médio. Atualmente, no mercado, é possível encontrar ações de empresas
que frequentemente pagam até cerca de 10% do valor da ação ao ano na
forma de proventos. Por outro lado, como eu afirmei anteriormente, se a
empresa não apresentar lucro em um determinado ano fiscal, ela nem
precisa distribuir nada aos acionistas, o que significa uma distribuição de
0%!
É difícil encontrar informações a respeito do valor médio de
distribuição de lucros por parte das empresas. Esse percentual de
distribuição pode variar bastante, dependendo de vários fatores, como o
momento do mercado, o setor de atuação da empresa e a própria cultura de
governança da empresa. Os dados que eu apresentarei a seguir podem ser
recalculados para diferentes valores de percentual de distribuição de lucros,
mas vou tomar um valor como média. Segundo notícia veiculada pela
Agência Estado em 2002, o valor médio distribuído pelas empresas que
compunham o Ibovespa nesse ano foi de 5,4% do valor das cotações das
ações. Ou seja - na média, se você comprasse a R$ 10,00 uma ação de uma
empresa que compusesse o Ibovespa, era de se esperar que você recebesse
em torno de R$ 0,054 por ação ao longo do ano a título de distribuição dos
lucros aos acionistas. Devo lembrar, mais uma vez, que esse é um valor
médio! Você pode facilmente encontrar exemplos de empresas que pagam
mais ou menos em relação a esse valor.
Achou pouco? 5,4 centavos por ano?? "Eu nunca vou ficar rico
desse jeito!", você deve ter pensado. Pois então vamos aos cálculos.
Um primeiro ponto a se observar é que dificilmente você irá
acumular um bom patrimônio fazendo um único investimento de 10 reais
(pelo menos não de forma lícita!). O valor que cada um disponibiliza para
investir é uma questão pessoal. Cada um sabe de seus compromissos
financeiros e de seus sonhos a serem realizados. De qualquer forma,
aproveito essa oportunidade para deixar o meu conselho (você pode me
agradecer por isso depois) - Embora algumas pessoas vivam na pobreza por
falta de oportunidades, grande parte das pessoas vivem uma vida de
escassez como consequência da sua própria vaidade. Faça uma reflexão
acerca da sua vida. Pense se você realmente necessita de um carro como o
que possui hoje, se precisa pagar o aluguel caro que paga hoje, se precisa
terceirizar tanto as suas tarefas do dia a dia, como cozinhar, lavar o carro e
limpar a casa. Talvez abrir mão de alguns luxos hoje possa permitir uma
verba maior para investir, o que consequentemente irá garantir a sua
liberdade no futuro.
Depois de parar um pouco para refletir, vamos continuar com o meu
argumento. Como o montante que cada um possui para investir varia muito,
vou considerar um cálculo unitário. Ou seja, vou apresentar os resultados
para cada 1 real investido.
A primeira comparação que quero fazer é com a modalidade de
investimento mais popular no Brasil - a poupança. Talvez eu nem devesse
chamar a poupança de investimento, visto que seu rendimento é muito
baixo, e em alguns anos chegou até a ser inferior à inflação. Mas a
poupança é muito popular no Brasil por apresentar certa segurança e
liquidez, então vale a pena analisar.
Nos últimos dez anos a poupança rendeu, em média, 7,3% ao ano.
Isso significa que, para cada 1 real que você depositou você obteve R$
1,073 em média ao final de um ano. Se você mantém esse valor na
poupança, ao final de mais um ano você receberá os juros não mais sobre 1
real, mas sobre R$ 1,073, chegando a aproximadamente a R$ 1,15, e assim
por diante. Esses são os juros compostos. Se você faz um investimento
inicial, ao final de 20 anos você terá aproximadamente R$ 4,09 para cada
R$ 1,00 investido. Parece bom, né?
Lembra que eu mencionei que eu utilizaria o Ibovespa como um
índice médio para analisar a valorização das ações? Chegou a hora.
Considerando os dados que eu apresentei, o Ibovespa teve uma valorização
média de 14% ao ano nos últimos anos. É quase o dobro da poupança. Para
cada 1 real investido, ao final de um ano teríamos R$ 1,14, ao final do
segundo ano teríamos aproximadamente R$ 1,30, e assim por diante.
Considerando essa taxa de valorização, ao final de 20 anos teríamos em
torno de R$ 13,74 para cada 1 real investido!
Me desculpe a insistência, mas preciso mencionar novamente que
estamos falando de valores médios. Essa é uma aproximação grosseira, pois
no mercado de ações nada é garantido - não há nenhuma garantia de que se
você comprar ações hoje elas irão se valorizar à taxa de 14% ao ano, nem
de que a valorização vai ser igual a cada ano. Cada ação se comporta de um
jeito, umas se valorizam mais, outras se valorizam menos, e outras
desvalorizam. Da mesma forma, ao longo dos anos, uma mesma ação pode
se valorizar em um ano e desvalorizar no ano seguinte. O que estamos
fazendo aqui é analisar uma tendência do mercado nos últimos anos -
considerando esses últimos anos, as principais ações do mercado brasileiro
oscilaram, mas considerando todo esse período elas se valorizaram na
média 14% ao ano.
Pois bem. Feitas essas considerações, devo ressaltar que a história
ainda não acabou. Como eu já mencionei, não se ganha dinheiro na bolsa
apenas com a valorização das ações. Além dessa valorização, ainda temos
que contabilizar a distribuição de lucros aos acionistas. E é aí que entra o
percentual médio de distribuição - aqueles 5,4% que consideramos como
valor médio.
Em um primeiro momento, vamos assumir que, para cada 1 real
investido receberemos R$ 0,054, equivalente aos 5,4% recebidos como
distribuição do lucro. Se considerarmos aqueles 14% de valorização média
ao ano, ao final do primeiro ano podemos esperar que os R$ 1,00 se
valorizem para R$ 1,14 e você receba mais R$ 0,054 como distribuição dos
lucros, chegando a R$ 1,194. De forma resumida, você receberá R$ 0,054
para cada 1 real investido por ano em média, o que em 20 anos equivale a
R$ 1,08 recebidos. Somando esse valor aos R$ 13,74 que calculamos
previamente, obtemos R$ 14,82 para cada 1 real investido em 20 anos!
Parece muito bom. Enquanto investindo na poupança você pode
esperar uma valorização de cerca de 309% em 20 anos (R$ 3,09 de
valorização para cada R$ 1,00 investido), investindo no longo prazo em
ações é possível (embora não seja garantido é factível) obter uma
rentabilidade de 1382% em 20 anos (R$ 13,82 de lucro sobre cada R$ 1,00
investido). Quase 5 vezes a mais!
É claro que alguns custos para investir, como a taxa de corretagem e
o possível pagamento de imposto de renda, foram omitidos para simplificar
essa análise. Mas esses valores são baixos se pensarmos no investimento a
longo prazo. Vamos falar deles mais adiante nesse livro.
E se você pensa que a comparação terminou, está enganado. Agora
vem a melhor parte.
O "pulo do gato"
Este livro está repleto de informações muito valiosas, que vão te dar
segurança para investir no mercado de ações e te dar mais confiança para ir
além e estudar mais. Mas se eu tivesse que resumir todo o livro em poucos
parágrafos, eu iria me concentrar nas próximas linhas. Portanto, preste
bastante atenção na estratégia a seguir.
Você trabalha arduamente, se dedica, poupa o seu dinheiro
conseguido com muito esforço e investe no mercado de ações. Seguindo as
dicas desse livro, estudando e investindo de forma consciente, você é então
recompensado: seu montante cresce e você, por escolher empresas
lucrativas para investir, recebe bons proventos por parte das empresas. O
que você faz então com esse dinheiro que recebeu? Gasta? Deixa na conta
pra somar com o montante no final? Não, você reinveste!
Reinvestir os lucros pagos aos acionistas é o grande "pulo do gato",
ou seja, o grande segredo para construir riqueza no mercado de ações. Isso
porque você recebe essa distribuição de lucros de forma proporcional ao
número de ações que possui. Se você usa esse dinheiro para comprar mais
ações, na próxima distribuição você terá mais a receber e, se você usa essa
quantia maior para comprar ainda mais ações, na distribuição seguinte você
terá mais ainda a receber, e assim por diante. É uma bola de neve se
acumulando!
A forma como essa bola de neve se forma é como a acumulação por
juros compostos. E esse crescimento não é intuitivo ao ser humano - no
início parece que faz pouca diferença, mas somente quando analisamos no
longo prazo podemos observar que o simples fato de reinvestir os lucros
recebidos pode potencializar e muito os seus rendimentos futuros. Portanto,
vamos fazer estes cálculos.
Vamos relembrar os números que obtivemos até aqui: considerando
estimativas de ganhos médios, para cada 1 real investido espera-se, ao
longo de 20 anos, obter R$ 4,09 colocando o dinheiro na poupança, e R$
14,82 investindo em boas empresas no mercado de ações, sendo que neste
último caso teríamos uma valorização de 1 real para R$ 13,74 somados a
R$ 1,08 recebidos na forma de proventos (distribuição dos lucros aos
acionistas).
Agora vamos considerar que, ao receber a distribuição de lucros,
vamos reinvestindo esse valor ao invés de apenas acumular. Dessa forma,
começamos com 1 real investido. Com as ações se valorizando em média
14% ao ano, esse 1 real se transforma em R$ 1,14. Com distribuição de
lucros de 5,4% sobre o valor da ação, temos R$ 0,054 de distribuição por 1
real investido. Esse valor é usado para comprar mais ações de forma que,
somando esse valor aos R$ 1,14, temos aproximadamente R$ 1,19. Ou seja,
com a valorização média e reinvestindo o lucro recebido, no segundo ano
teremos investimentos em ações equivalentes a R$ 1,19 para cada 1 real
investido no ano anterior. No segundo ano esse cálculo se repete,
considerando R$ 1,19 como valor inicial, e assim por diante.
Sabe qual o valor acumulado após 20 anos repetindo esse processo?
Incríveis R$ 34,55 para cada real investido! Pare um pouco e reflita sobre a
comparação que fizemos aqui: seja qual for o montante que você tem
disponível para investir, a decisão sobre o que você fará com o seu dinheiro
poderá fazer toda a diferença sobre o seu padrão de vida no futuro. Por isso
fizemos a comparação para cada real investido.
Forma de aporte
Parte 2:
Espero que com essa história que eu contei a respeito das grandes
navegações você possa ter percebido de onde veio a ideia central do
mercado de ações e qual o seu propósito. De forma resumida, uma ação é
uma cota de participação em um empreendimento, e deve ser vista dessa
forma. Assim, você como investidor precisa entender o que faz a empresa e
buscar fundamentos para decidir se é um negócio rentável ou não, levando
em conta as outras oportunidades no mercado (ações de outras empresas) e
o preço a ser pago pela ação que você está avaliando (Há muitas vezes em
que a empresa é boa, mas o preço da ação está alto demais. Há outras
situações, no entanto, em que a empresa não é das melhores, mas seu preço
está tão baixo que vale a pena entrar no negócio).
Acontece que muita gente não consegue enxergar isso. Boa parte
das pessoas enxerga o mercado de ações como um jogo de sorte e
especulação, no qual você escolhe um ativo que acha que vai subir, espera
ele valorizar e depois vende com lucro. E quando o inverso ocorre, essas
pessoas entram em pânico ao verem que aquele ativo em que elas
"apostaram" começou a cair, como se houvesse uma força sobrenatural
movendo o seu preço.
Essa visão errada é o que faz as pessoas terem medo do mercado de
ações, e pensarem que é preciso ser um especialista em análise técnica de
gráficos para poder "apostar com mais chances de vencer". Não é nada
disso - qualquer um que tenha curiosidade de saber mais sobre as empresas
pode e deve investir em ações. Eu quero te trazer essa segurança e por isso
estou tentando moldar essa mentalidade. Ainda tenho mais um pouco de
teoria para te passar antes de ir para a parte prática, então vamos em frente.
A modernidade líquida
O resumo da ideia
Para resumir tudo o que abordei neste capítulo, podemos fazer a seguinte
comparação:
1) A valorização de imóveis pode ser substituída pela valorização das
ações. Se imóveis adquiridos há muito tempo atrás se valorizaram com o
crescimento do país, da população, da industrialização e do consumo, o
mesmo podemos esperar de empresas bem administradas. E se essas
empresas crescem, o valor das ações também cresce;
2) O recebimento de renda recorrente através de aluguéis de imóveis pode
ser substituído pela distribuição de proventos aos acionistas. Eu uso o termo
"proventos" de forma genérica para descrever pagamentos de lucros a quem
detém ações de uma empresa, mas essa distribuição de proventos pode ser
feita de três formas:
2.1) Dividendos - é a distribuição de lucros de forma líquida (livre
de imposto de renda), de forma que o valor em dinheiro é depositado na
conta que acionista tem na corretora por onde ele investe;
2.2) Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP) - é um mecanismo
semelhante ao dos dividendos, mas tem um procedimento contábil mais
favorável. O que muda para o acionista é que sobre o valor divulgado pela
empresa, o imposto de renda de 15% é descontado no ato do pagamento
(mas o valor após o desconto é depositado na conta do acionista da mesma
forma como no dividendo);
2.3) Bonificação em ações - em determinadas situações a empresa
distribui novas ações aos seus acionistas.
O grande segredo para acumular um bom patrimônio, como já
mencionei, é reinvestir os proventos recebidos, comprando e acumulando
novas ações. No início você terá a impressão de que os proventos recebidos
representam muito pouco, mas se tiver disciplina vai ver seu patrimônio
crescer como uma bola de neve ao longo dos anos!
3) Além de apresentar características de valorização e renda recorrente
semelhantes ao caso de investimento em imóveis, o investimento em ações
apresentam também a vantagem da liquidez, o que é mais coerente com as
características do mundo em que vivemos hoje.
Décio Bazin
Lírio Parisotto
Warren Buffett
Benjamin Graham
Os Tipos de Ações
"É muito melhor comprar uma companhia maravilhosa
a um preço justo do que uma companhia justa a um
preço maravilhoso."
- Warren Buffet, em carta aos acionistas de 1989.
Ações ON e Ações PN
Tag Along
Units
Eventos societários
"Com disciplina e paciência é impossível
perder dinheiro com ações."
- Luiz Barsi Filho
Subscrição
Desdobramento
O desdobramento é quando uma ação é dividida em mais ações,
geralmente com o objetivo de dar mais liquidez aos que investem na
empresa. Lembra quando falamos sobre liquidez? Quando você investe em
um imóvel, por exemplo, sua liquidez é muito menor do que quando você
compra ações. E quanto menor é o valor da ação, maior tende a ser a sua
liquidez.
Normalmente as ações são negociadas na bolsa em lotes de 100. Se
você dá uma ordem de compra em CMIG4 (ainda veremos com mais
detalhes como isso é feito), por exemplo, você está dando uma ordem de
compra para um lote de 100 ações preferenciais da Cemig, a Companhia de
Energia Elétrica de Minas Gerais. Vamos supor que o valor da ação
preferencial da Cemig esteja a R$ 8,00. Isso significa que o valor que você
precisa ter para comprar um lote de CMIG4 é de R$ 800,00.
E se você não tiver esse dinheiro para comprar um lote, mas quiser
muito investir na Cemig? Nesse caso você pode comprar os chamados lotes
fracionários, que são lotes de 1 a 99 ações (o lote de 100 ações é chamado
de lote padrão). Os lotes fracionários tem o mesmo ticker do lote padrão,
adicionando-se um "F" na frente. Então, se você deseja comprar 30 ações
preferenciais da Cemig, por exemplo, você deve fazer uma ordem de
compra de 30 CMIG4F. A única desvantagem é que a maioria das pessoas
negocia em lotes padrão, enquanto poucos negociam lotes fracionários,
portanto a liquidez nesse caso é um pouco menor para os lotes fracionários.
Mas a boa notícia é que você pode ir comprando aos poucos em lotes
fracionários e, quando você acumula 100 ações CMIG4F elas são
automaticamente agrupadas em um lote de CMIG4.
Vamos continuar com o exemplo da Cemig para descrever o que
seria um desdobramento. Suponha que você comprou um lote de CMIG4 a
R$ 8,00. Nesse caso, conforme mencionei, você investiu R$ 800,00 mais as
taxas. Nesse nosso exemplo, vamos supor que você acertou muito no
investimento e a Cemig passou por um forte crescimento ao longo dos anos,
de forma que a cotação das ações multiplicou-se por 20, chegando à marca
de R$ 160,00 por ação. Nessa nova situação, quem quiser comprar um lote
de CMIG4 deverá disponibilizar R$ 16000,00 além das taxas! E o número
de pessoas dispostas a investir 16 mil reais em um lote de ações é muito
menor do que o número de pessoas dispostas a investir R$ 800,00. O
resultado é uma perda de liquidez - menos negócios fechados em ações
preferenciais da Cemig por causa do preço alto da ação.
É aí que entra o desdobramento. A Cemig nesse caso pode fazer um
desdobramento de 1 para 10, por exemplo, em suas ações. Isso significa que
cada ação da Cemig será transformada em 10 ações. A ação que custava R$
160,00 nesse caso passa a valer R$ 16,00. Se antes, para comprar um lote,
você deveria investir 16 mil reais, agora você só precisa investir R$
1600,00. Isso contribui para trazer a liquidez de volta.
Mas, se a ação passa a valer 10 vezes menos, então você perdeu
dinheiro com o desdobramento? A resposta é não, pois o valor da ação
diminuiu, mas o número de ações aumentou - antes você tinha 100 ações de
CMIG4 a R$ 160,00 cada, e agora você possui 1000 ações de CMIG4 a R$
16,00, com o detalhe que se você precisar vender as ações será mais fácil, já
que a liquidez aumentou.
Grupamento
O grupamento é o oposto do desdobramento, ou seja, a junção de
mais de uma ação em uma, sem alterar o capital total. É um evento mais
raro do que o desdobramento. Uma possível motivação para o grupamento é
melhorar o preço da ação em relação à volatilidade. A volatilidade está
relacionada ao quanto o preço de uma ação varia ao longo do dia em
relação ao seu preço de abertura. Se, por exemplo, você compra uma ação
mais volátil a um determinado preço, esse preço pode dobrar em uma
semana, por exemplo, mas também pode ser reduzido à metade. Ações
menos voláteis apresentam uma variação melhor. Em outras palavras, maior
volatilidade significa mais risco (e maior retorno potencial).
Considere, por exemplo, uma ação ao preço de R$ 0,50. Se essa
ação sofre uma variação de R$ 0,10 no dia, isso significa uma variação de
25%, o que é considerado uma grande variação (alta volatilidade). Suponha
que essa ação sofra então um grupamento de 20 para 1 - para cada lote de
100 ações ao preço de R$ 0,50 cada, o acionista passa a possuir 5 ações ao
preço de R$ 10,00 (Observe que o capital do acionista se manteve em R$
50,00). Após o grupamento, ao preço de R$ 10,00, uma variação no dia de
R$ 0,10 significa uma variação de 1%, ou seja, uma volatilidade muito
menor.
Ações com alta volatilidade tendem a afastar investidores, que
enxergam como um investimento de maior risco, ao passo que atraem
especuladores (que muitas vezes se impressionam com uma variação de
25% em um dia). Como os fundos de investimento (que tendem a buscar
ações com volatilidade controlada) movimentam a maior parte do dinheiro
na bolsa, em determinadas situações o grupamento com redução da
volatilidade se mostra como uma vantagem.
Indicadores Fundamentalistas
"99% dos problemas de nossa civilização
vem de uma contabilidade muito otimista"
- Charlie Munger
Dividend Yield
Índice P/L
O índice P/L significa o preço da ação dividido pelo lucro por ação.
Imagine que um amigo seu seja dono de uma mercearia e queira te vender
essa negócio. Então quando você pergunta o preço você se assusta ao
descobrir que ele está disposto a te vender a mercearia por 1 milhão de
reais! Parece uma fortuna por uma simples mercearia. Você deixa a
conversa render um pouco para não descartar o negócio de primeira e não
parecer rude, até que ele te conta que essa mercearia dá um lucro de 120 mil
reais em um ano!
Nesse caso a história muda um pouco. Você faz as contas na sua
cabeça e percebe que, se você comprar essa mercearia por 1 milhão de
reais, em pouco mais de 8 anos você terá recuperado todo o investimento, e
depois disso é só aproveitar os 120 mil que entram na sua conta todos os
anos, além dos 1 milhão recuperados.
Essa é a ideia por trás do índice P/L. Suponha que uma grande
empresa com capital aberto na bolsa tenha valor de mercado de 10 bilhões
de reais, distribuídos em 500 milhões de ações, sendo R$ 20,00 o preço de
cada ação. Para definição do índice P/L, é levado em conta o lucro da
empresa nos últimos 12 meses. Nesse exemplo, a empresa reportou lucro de
800 milhões de reais nesse período. Dividindo o lucro da empresa pelo total
de ações, temos um lucro por ação de R$ 1,60. O índice P/L é calculado
dividindo-se o preço da ação (R$ 20,00) pelo lucro por ação (R$ 1,60), que
dá um P/L de 12,5.
A interpretação para esse caso é a mesma da mercearia.
Considerando essa "fotografia" do momento da empresa, levando em conta
o preço atual da ação e o lucro nos últimos 12 meses, ao investir nesse
negócio você recuperaria o capital em 12 anos e meio. Se para você seria
justo investir com retorno de capital em 8 anos, por exemplo, você estaria
disposto a pagar no máximo R$ 12,80 pela ação, pois com esse preço e R$
1,60 de lucro por ação você teria um P/L de 8.
Observe que, quando estamos falando de lucro por ação, não
estamos falando de proventos. Lembre-se que o lucro que a empresa tem no
ano não necessariamente é 100% distribuído aos acionistas - parte dos
lucros são reinvestidos na empresa com o intuito de fazer com que ela
cresça.
Índice P/VP
Parte 4:
Investindo em Ações
O passo a passo
"Regra número 1: Nunca perca dinheiro.
Regra número 2: Não esqueça a regra número 1."
- Warren Buffet
Livro de Ofertas
Com relação às taxas que você paga para investir em ações, temos a
taxa de custódia, a taxa de corretagem, e as taxas de emolumentos e
liquidação. Falando assim parece muita coisa, mas não precisa se assustar,
pois os valores são relativamente baixos.
A taxa de custódia é uma espécie de mensalidade que você paga
para a corretora para que ela mantenha as ações e o seu saldo de dinheiro da
conta sob custódia. Os valor dessa taxa costuma ser bem baixo (geralmente
abaixo de 10 reais por mês), e inclusive algumas corretoras nem cobram
nada de custódia se você fizer pelo menos uma ou duas operações por mês.
Boa parte das corretoras oferecem custódia gratuita no caso de o
cliente fazer pelo menos um número mínimo de operações no mês porque
elas ganham através da corretagem, que é a taxa cobrada por operação de
compra ou venda. Em algumas corretoras essa taxa tem um fator
proporcional ao valor da operação, já em outras esse valor é fixo por
operação.
Além da custódia e da corretagem, o investidor paga também as
taxas de emolumentos e liquidação. Essas taxas são pagas pela corretora à
Bovespa por operação de compra ou venda, e são proporcionais ao valor da
operação. As taxas de emolumentos e liquidação são bem baixas,
geralmente da ordem de centavos.
Vamos a um exemplo do que seriam valores típicos para essas
taxas. Uma corretora fictícia cobra R$ 8,20 por mês de custódia, e isenta o
cliente de pagar essa taxa caso ele faça pelo menos uma operação no mês.
Portanto, se ele comprar ou vender ações naquele mês, ele não paga nada
dessa taxa.
Ele decide então comprar um lote de ações preferenciais da Gerdau
(ticker GGBR4), ao preço de R$ 16,32 por ação. Os valores de corretagem
cobrados pela corretora são de R$ 12,90 por ordem em lote padrão, e R$
5,40 por lote fracionário (lote com menos de 100 ações). Como esse
investidor está comprando um lote padrão, ele terá de pagar R$ 12,90 de
corretagem na operação.
Além da corretagem, o investidor também pagará as taxas de
emolumentos e liquidação, que vão para a Bovespa. Essas taxas são
proporcionais ao valor da operação, e são diferentes para operação normal
ou day trade. Day trade é quando a pessoa compra ações e as vende de volta
no mesmo dia - é uma prática comum entre especuladores, mas que não faz
muito sentido para investidores.
Os emolumentos cobrados são de 0,005% sobre o valor operado,
tanto para operação normal quanto para day trade, e a liquidação é de
0,0275% para operação normal e 0,0200% para day trade. Como no nosso
está comprando 100 ações a R$ 16,32 cada, então o valor da operação é de
R$ 1632,00. Considerando as taxas de operação normal, teríamos um total
de 0,0325% de emolumentos e liquidação sobre o valor da operação, o que
dá R$ 0,53. Nesse caso, somando todas as taxas, o investidor gastaria R$
1645,43 para comprar um lote de GGBR4 (dos quais R$ 13,43 são taxas).
Ordens de stop
Quando você compra ações, você também pode dar ordens de stop,
que nada mais é do que automatizar uma ordem de compra ou venda
programando o disparo dessa ordem a partir de um preço. O stop é muito
utilizado por especuladores e por aqueles que negociam ações no curto
prazo, pois serve como uma proteção.
Digamos, por exemplo, que você comprou ações ordinárias da
Companhia Siderúrgica Nacional (ticker CSNA3) ao preço de R$ 8,60. Por
meio de suas análises, você comprou acreditando que ela pode chegar aos
R$ 12,00. Suponha que você queria limitar suas perdas em, no máximo
10%. Nesse caso, se a ação que você comprou cair até o valor de R$ 7,74
por ação (90% do valor de compra), você vende as ações. E caso o preço
suba até os R$ 12,00 esperados, você as vende para garantir seus lucros.
De uma forma tradicional, você teria que ficar acompanhando o
preço das ações o tempo todo para garantir que você vai tomar a atitude
necessária e vender na hora certa. Mas você pode automatizar isso através
das ordens de stop loss e stop gain .
Stop loss é usado para proteger de perdas maiores. No nosso
exemplo, você programaria uma ordem de stop loss a R$ 7,74. Dessa
forma, se o preço das ações atingir esse preço ou um preço menor, o seu
home broker dispara uma ordem de venda automaticamente (no valor de R$
7,74 ou qualquer outro valor que você queira).
Já o stop gain é usado para garantir ganhos. Imagine que você está
acompanhando o preço das ações CSNA3 que você comprou, esperando
chegar aos R$ 12,00, mas você sai em viagem de férias e deixa de
acompanhar. Então, nesse período, as ações passam dos R$ 12,00 e
desabam logo em seguida! Como você não estava acompanhando, você
perdeu a oportunidade de realizar lucro. Para evitar isso, você programa
uma ordem de stop gain a R$ 12,00. Nesse caso, se o preço da ação chegar
aos R$ 12,00 ou passar desse valor, o seu home broker dispara
automaticamente uma ordem de venda ao preço que você programar.
Como eu mencionei, as ordens de stop são bastante usadas em
investimentos de curto prazo. Se o seu objetivo é investir pensando em ser
sócio da empresa e enriquecer no longo prazo, você usará pouco essa
funcionalidade. Ainda assim, é algo que vale a pena conhecer.
Pra finalizar este capítulo, gostaria de dar uma dica prática para
acompanhar as empresas que você escolheu para ser sócio. Eu já mencionei
que as empresas possuem um site de relações com investidores, onde elas
divulgam seus balanços financeiros e notícias ao mercado, além de
divulgarem quando aprovam pagamento de proventos aos acionistas e
eventos societários, como subscrição, grupamento e desdobramento.
Para que você fique informado(a) a respeito dessas notícias, sugiro
que faça o seguinte - pesquise em um site de busca pelo nome da empresa
seguido da sigla RI, que significa "Relações com Investidores". Você
encontrará então o site de RI da empresa. Cada empresa possui um formato
de site, mas boa parte dos sites de RI possuem um serviço de assinatura,
onde você pode deixar o seu e-mail e você recebe uma mensagem toda vez
que a empresa divulgar alguma notícia em seu site de RI. Além de
acompanhar diretamente pelo site da empresa, procure por notícias em
portais de economia e fóruns. Você pode ir no site do Google Notícias, por
exemplo, e buscar pelo nome da empresa.
Uma coisa são os impostos que você paga ao obter lucros. Outra
coisa é a declaração do que você ganhou ou perdeu, além do que você tem
investido. Como provavelmente você já deve saber, é preciso fazer a
declaração anual do Imposto de Renda à Receita Federal. Se você já faz por
conta própria, sem pedir a um contador, a seguir eu explico o que você deve
fazer para declarar os seus lucros (ou prejuízos) e a sua posição na bolsa.
A declaração anual do imposto de renda possui várias seções e
itens, mas a grosso modo você declara duas coisas - o que você recebeu no
ano (receitas e despesas) e o que você tem (listagem de bens e direitos).
Vamos por tópicos explicando o que declarar em cada um desses itens.
Declarando os dividendos
Os dividendos, como eu já mencionei várias vezes, são isentos de
imposto de renda. Nesse caso você deve declarar os dividendos recebidos
durante todo o ano na seção de "Rendimentos Isentos e Não Tributados".
Nessa seção, portanto, você deve separar e criar um item para cada empresa
da sua carteira com os dividendos recebidos ao longo do ano, com o tipo
"09 - Lucros e dividendos recebidos".
Existe uma condição na qual você declara dividendos na seção de
Bens e Direitos. Lembre-se que as empresas geralmente declaram o
pagamento de dividendos com antecedência - muitas vezes ela declara que
irá pagar dividendos daqui a alguns meses. Suponha, por exemplo, que a
empresa faça um anúncio de que pagará dividendos aos acionistas com base
na posição acionário do dia 17 de dezembro, e com previsão de pagamento
para fevereiro do ano seguinte. Isso significa que em fevereiro você
receberá dividendos proporcionais ao número de ações que você tiver em
carteira no dia 17 de dezembro, portanto a partir dessa data você passa a ter
um direito de recebimento de dividendos.
Como a declaração do imposto de renda é relativa ao ano, na data
do fechamento (31 de dezembro), você possui um direito de recebimento de
dividendos, mas não recebeu o valor ainda. E é isso que você deve declarar.
Se isso acontecer com você, o correto é que você declare esse valor na aba
de Bens e Direitos, com o tipo 99 ("Outros bens e direitos"), e na descrição
você deve escrever que se trata de créditos em trânsito na forma de
dividendos a receber.
Passo 1: Mentalidade
O primeiro passo é estabelecer uma mentalidade consciente da
bolsa. Esse passo já está sendo feito com a leitura desse livro. Reflita
bastante sobre o que você leu aqui, especialmente sobre os primeiros
capítulos.
A essa altura você já não pode mais estar vendo a bolsa como um
jogo de sorte, ou um cassino, mas sim como um ambiente repleto de
oportunidades de participação em negócios que realmente trazem
desenvolvimento à sociedade. Recomendo que você converse sobre esse
assunto com familiares e amigos (empreste este livro a um amigo e
converse sobre o que ele achou). Acompanhe os noticiários de economia e
procure se familiarizar com a dinâmica econômica do país - você perceberá
como os conceitos da economia afetam sensivelmente a vida das pessoas,
mesmo que elas não se deem conta disso. Economia não é algo restrito a
intelectuais - está no nosso dia a dia, desde o preço da gasolina e do pão na
padaria, ao perfil de consumo das famílias e às demissões nas empresas.
Para um dado setor que você escolheu, liste todas as empresas com
capital aberto na bolsa. Uma forma de fazer isso é buscar por "Empresas
listadas na Bovespa" em um site de busca. No site da Bovespa você pode
ver a lista de empresas com capital aberto na bolsa, e pode filtrar por setor
de atuação.
Agora vamos filtrar ainda mais. Procure saber o dividend yield e o
indicador P/L das empresas que você listou, e elimine todas as empresas
que tenham dividend yield abaixo de 6% ou indicador P/L acima de 12.
Para coletar esses dados eu utilizo o site Fundamentus
(www.fundamentus.com.br), mas se por algum motivo o site não estiver
mais no ar, procure na Internet em outros sites, seguindo as dicas que eu
mencionei no capítulo sobre indicadores fundamentalistas.
Ordene as empresas que sobrarem pelo dividend yield, do maior
para o menor. Nesse ponto você já separou empresas que talvez sejam
interessantes para investir. Para as de maior valor de dividend yield, passe
um pente fino - observe o preço sobre o valor patrimonial (P/VP) e o
endividamento (dívida sobre valor patrimonial). O objetivo desse pente fino
é determinar se o dividend yield alto indica realmente uma condição
sustentável de pagamento de proventos, ou se trata-se apenas de uma
condição atípica.
Se houver uma empresa que passou em todos os critérios, você já
tem uma opção de investimento. Se não houver nenhuma que passe nos
critérios, escolha outro setor e repita o processo. E se houver empate entre
duas empresas, dê preferência a empresa privada em relação à empresa
pública. Se ambas forem empresas privadas, use a sua intuição ou invista
nas duas!
oncluindo