Você está na página 1de 21

O MÉTODO BARSI 2.

0
AULA 2: É impossível perder dinheiro com ações
(investindo assim)
#SUPER DESCONTO E
EVENTO PRESENCIAL
Quer cursar o MBA em Value Investing com
Luiz Barsi com até R$ 7.000 de desconto?

30/
aidonãçrcs ua F 01/23e
! l e ví spo t n c d r i a m g
Outro benefício exclusivo para os primeiros inscritos
será o direito de participar de um evento presencial com
Luiz Barsi em São Paulo.
As vagas para o evento são limitadas pelo espaço físico:
os primeiros inscritos terão o direito de participar e os
demais não vão participar.
Então já converse com sua família, seus pais, seu
cônjuge, seus filhos e comunique sua disposição em
participar do MBA.

Na segunda-feira (30/01) enviaremos o link de


inscrição pelo grupo de WhatsApp.

Prepare-se para ser um dos primeiros inscritos e


garantir sua vaga com os maiores benefícios!

2
O MÉTODO
BARSI
Comprar ações que pagam dividendos é um ótimo começo, mas o Método
Barsi vai muito além: são oito pilares fundamentais, que são tão importantes
que o Barsi considera impossível perder dinheiro os seguindo. Ele não
apenas considera as ações mais rentáveis que a renda fixa, como também
mais seguras. Desde que você adote os seguintes princípios:

- Invista majoritariamente em ações;


- Priorize empresas que distribuem generosos dividendos;
- Compre ações pensando em segurá-las para sempre;
- Só invista em negócios perenes, que não vão quebrar;
- Pague preços adequados por suas ações;
- Tenha prioridade, paciência e disciplina para não se desviar do plano;
- Quando as crises vierem, não entre em pânico e aproveite para comprar
mais;
- Feche os olhos para as distrações que aparecerão no caminho.

O risco de perder dinheiro não está na Bolsa de Valores em si, mas na forma
como o investidor se comporta. As chances de perder dinheiro aumentam
dramaticamente para aqueles que tentam adivinhar o futuro, se aventuram no
day trade, usam alavancagem indiscriminadamente, compram e vendem como
se estivessem apostando em um cassino, não controlam suas emoções, não
sabem lidar com períodos de queda, seguem a manada ou dicas de algum guru,
compram ações por preços elevados e só investem em empresa que não são
lucrativas. Para estes a Bolsa é arriscadíssima, pois não são investidores, mas
especuladores.

Investimento, na concepção de Barsi, é se tornar um pequeno dono de algum


negócio que você admira, investindo em ações negociadas a preços razoáveis,
com perspectivas de longo prazo. Não se deve ter medo de comprar uma ação se
a finalidade for a de investir ao invés de especular. Em sua longa experiência na
Bolsa, Luiz Barsi viu que apenas investidores de longo prazo – que compravam
empresas com perspectivas de perenidade, negociadas a bons preços,
reinvestindo os dividendos recebidos e mantendo a posição por muitos anos ou
décadas – conseguiram prosperar.

3
Carteira focada em ações
Um dos argumentos do Barsi para investir em ações é a inflação. Ele
considera que o IPCA é um índice que falha em mostrar a verdadeira
inflação brasileira, já que é muito comum que o gasto de muitas pessoas
com alimentação, saúde, educação, moradia, lazer, transportes e outros
suba 15% ou 20% de um ano para o outro, enquanto o IPCA mostra que
nossa inflação média fica próxima a 6% ao ano neste século. Por isso, o
único investimento que te dá a chance de obter um retorno superior a esse
são as ações. Renda fixa, imóveis, fundos imobiliários ou outros ativos não
apresentam uma verdadeira oportunidade de multiplicação de capital.

O professor Jeremy Siegel, de Wharton, realizou uma pesquisa em que analisou


os retornos das principais aplicações financeiras americanas nos últimos 210
anos, apresentada no livro “Investindo em Ações para o Longo Prazo”. Os
resultados foram os seguintes:

- As ações americanas tiveram um retorno acima da inflação de 6,6% ao ano


em 210 anos;
- Os títulos do Tesouro americano tiveram uma rentabilidade real de 3,6% ao
ano;
- O ouro subiu só 0,7% ao ano acima da inflação;
- O dólar perdeu 1,4% ao ano em relação à inflação.

4
Um dólar investido na Bolsa americana em 1802 teria se transformado no
equivalente a 704.997 dólares, 210 anos depois, já descontada a inflação. Já
em todas as demais aplicações o investidor não teria nem 2.000 dólares. Ou
seja, as ações tiveram um retorno real ao menos 390 vezes superior do que
todo o resto. A linha de tendência traçada sobre a linha de retorno das ações
no gráfico mostra que, ao longo de décadas, o investidor sempre consegue
obter um retorno de 6% a 7% ao ano acima da inflação comprando ações
americanas, mesmo passando por períodos de crises, guerras, eleições
etc. Muita coisa gera volatilidade de curto prazo no mercado, mas essas
oscilações de curto prazo que tanto preocupam o mercado, a imprensa ou
os investidores iniciantes são insignificantes para investidores que estão
preocupados apenas com seus retornos de longo prazo.

No resto do mundo, a realidade é bastante parecida com a americana:


um estudo do Credit Suisse avaliou o retorno de ações e de investimentos
em renda fixa em 25 países do mundo desde 1900. No gráfico, os retornos
das ações são as colunas em verde água. Em todos os 25 países, as ações
tiveram retornos reais anualizados superiores à renda fixa, que são as
colunas em verde escuro e verde claro. Na média mundial, as ações tiveram
um retorno anual de 5,2% ao ano acima da inflação - contra 2,1% ao ano
para os títulos do Tesouro.

5
No Brasil, há uma dificuldade de levantamento de cotações de muitas
décadas atrás devido às diversas mudanças de moedas pelas quais o país
passou. Geralmente os estudos brasileiros são feitos a partir de 1994, ano
de implementação do Plano Real. De lá para hoje, o CDI apresenta uma
performance superior à da Bolsa porque os juros foram muito altos no
início do Real – chegaram a até 45% ao ano. Mas não se sabe se esses
juros seguirão tão altos no futuro e, mesmo assim, carteiras de ações bem
escolhidas conseguem bater o CDI. O Barsi, assim como muitos fundos de
ações, prova isso.

Em seu estudo, Jeremy Siegel constatou também que, considerando prazos


mais longos, as ações têm menor desvio-padrão, menor volatilidade e
menor risco que os títulos de renda fixa. Confira o gráfico abaixo:

6
No eixo horizontal, o gráfico mostra diferentes prazos em que um
investimento em ações ou títulos de renda fixa é mantido. Já no eixo vertical
pode-se ver o retorno máximo e mínimo dos investimentos. O retorno
máximo é uma medida de rentabilidade e o retorno mínimo é uma medida
de risco. Os retornos mínimos das ações são as colunas em preto no gráfico.

Em seu estudo, Siegel considerou todas as janelas móveis de 1, 2, 5, 10, 20


ou 30 anos desde 1802. O gráfico mostra que as ações têm maior risco
que a renda fixa em períodos de 1 ou 2 anos. Para períodos de 5 anos, no
entanto, o risco de ações e títulos de renda fixa é bastante parecido. O
pior retorno das ações em janelas de 5 anos foi negativo em 11,9% e o pior
retorno dos títulos foi negativo em 10,1%.

Mas a partir de 10 anos de investimento, o cenário se inverte e o risco das


ações fica menor. O pior desempenho das ações americanas em janelas
de 10 anos foi negativo em 4,1% ao ano, contra -5,4% dos títulos do Tesouro
americano. Em janelas de 20 e 30 anos, também há casos de rendimento
negativo para os títulos do Tesouro. Já no caso das ações, em todas as
janelas de 20 ou 30 anos o rendimento foi positivo.

O estudo de Siegel mostra que, de fato, as ações têm maior risco no curto
prazo. Mas é virtualmente impossível perder dinheiro com ações se você
é um investidor de longo prazo, diferente da renda fixa. Ainda mais no
Brasil, onde a renda fixa possui alta volatilidade. Investir em títulos públicos
prefixados ou atrelados à inflação implica em correr um risco de mercado
bastante elevado no Brasil, como mostra o gráfico da WHG abaixo:

7
A segunda coluna, em verde, mostra que investir em títulos públicos
prefixados de 10 anos no Brasil faz com que o investidor tenha que conviver
com uma volatilidade anualizada de 23%. Na Alemanha, Estados Unidos
ou China, a volatilidade desses títulos é próxima a apenas 4%. Portanto, o
investidor deve considerar que as ações não são tão arriscadas para quem
investe para o longo prazo, assim como a renda fixa não é tão segura quanto
se afirma.

Na realidade, quem corre grandes riscos são os que investem em ativos


que não pagam juros nem dividendos, como ouro, commodities, bitcoin,
dólar, terrenos, obras de arte, ações de empresas ruins e outros. Luiz Barsi
considera que tudo isso é apenas especulação – e não investimento – pois
o comprador depende da “teoria do tolo maior”, ou seja: da esperança de
aparecer alguém disposto a comprar esses ativos por um valor ainda maior.
Uma característica marcante da especulação é comprar algo com base
em um feeling de que algum tolo ainda mais otimista estará disposto a
pagar mais caro ainda. Esse é um comportamento que deve ser fortemente
evitado.

Apreço pelos dividendos


Uma das recomendações de Luiz Barsi é que o investidor não se atenha
ao patrimônio. O valor da conta bancária só satisfaz o ego, mas o que vale
mesmo é o dividendo, a quantidade de recursos que o investidor recebe a
cada mês ou ano, pois é isso que paga as contas e permite o acúmulo de
cada vez mais ações através do reinvestimento. O gráfico abaixo mostra o
resultado de um investimento de apenas 1.000 dólares em ações americanas
desde 1960.

8
Sem reinvestir os dividendos, esse investidor teria hoje 460 mil dólares. Já
reinvestindo os dividendos recebidos, o patrimônio seria de mais de 2,5
milhões de dólares. Ou seja: mais de 5 vezes mais. Jeremy Siegel calculou
que se uma pessoa investisse 1,33 milhão de dólares em ações americanas
em 1802 e fosse reinvestindo todos os dividendos recebidos, 210 anos
depois essa pessoa teria dinheiro suficiente para comprar todas as ações
negociadas nos Estados Unidos. Ainda que essa conta seja hipotética – já
que o dinheiro vai sendo gasto ao longo de gerações, com apenas uma
parte menor sendo reinvestida, e boa parte das heranças nos EUA viram
impostos pagos ao governo – serve para ilustrar o poder da estratégia do
reinvestimento de dividendos ao longo de décadas.

Longo prazo
Luiz Barsi segue a máxima de Warren Buffett: o melhor horizonte de
investimentos é para sempre. Ou seja: se estiver dando certo, o Barsi
compra ações para nunca mais vender. São os casos de Klabin e Banco do
Brasil, das quais Barsi é acionista há mais de 30 anos e acumula ganhos de
mais de 10.000%. Esse tipo de retorno só é possível para quem sabe esperar
um investimento produzir seus resultados.

Comprar e vender o tempo todo dificilmente vai gerar grandes resultados.


Quando gera, são lucros de 10% ou 20%, insignificantes frente aos retornos
de quem acerta um investimento que prospera no longo prazo. Comprar na
baixa e vender na alta é uma proposta especulativa postulada pelas bolsas e
corretoras, que se beneficiam do giro dos papéis, por meio de cobrança de
emolumentos, corretagem e outros custos. Os bilionários da Bolsa compram
ações para segurar por décadas, reduzindo seus custos de trading.

9
Veja a tabela abaixo, extraída do livro “Iludidos pelo Acaso” de Nassim Taleb,
que mostra as chances de ganhar dinheiro na Bolsa de Valores de acordo
com o prazo de seu investimento.

Perceba que o curtíssimo prazo, como o day trade, é quase como apostar
em cara ou coroa. Só que os custos de transação pesam e colocam as
chances contra o especulador. Quanto maior o prazo do investimento,
maiores são as chances de o investidor ganhar dinheiro. Quando se olha
para prazos como 20 ou 30 anos, o investidor ganha dinheiro em 100% das
vezes. Por isso, é fundamental olhar para a Bolsa como um meio para se
tornar um pequeno dono de negócios. Com esse olhar, o investidor não se
sente tentado a vender sua participação diante de uma alta no preço.

Pensar em décadas evita que se caia em armadilhas como day trade,


opções, alavancagem etc. Na verdade, quanto mais rápido um sujeito
quiser ficar rico, mais facilmente ele será manipulado e levado a apostar em
pirâmides, robôs de trading, cursos enganosos e outros golpes do gênero.

O Barsi tinha ações do Econômico em 1995 e não vendeu nem mesmo


depois da falência da instituição. As ações estavam lá esquecidas em algum
lugar e o próprio Barsi chegou a achar que tinha perdido tudo. Mas meses
atrás, o BTG anunciou a compra da massa falida do Banco Econômico,
que havia quebrado em 1995. Assim, o Barsi recebeu quase 50 milhões de
reais do BTG por suas ações. É mais um exemplo de como o longo prazo
aumenta as chances de sucesso do investidor.

10
Comprar boas empresas a bons preços e deixar o tempo fazer seu trabalho
é muito melhor do que ficar tentando comprar e vender ações simplesmente
com base em achismos do que será o futuro próximo. Para evitar cometer
erros e cair na armadilha da especulação, recomenda-se que o investidor
não fique olhando todo dia para as ações, mas foque em reinvestir os
dividendos quando caírem na conta.

Perenidade
Quando o objetivo é comprar para nunca mais vender, não se pode comprar
qualquer coisa. É preciso olhar para empresas que estarão de pé, e pagando
dividendos, por muitas décadas ou para sempre. Assim, para evitar maus
investimentos, o investidor deve olhar para o histórico das empresas e
setores com intuito de entender quais foram os piores negócios para os
investidores nas últimas décadas e não investir neles.

Para o Barsi, os setores em que os investidores historicamente têm baixa


chance de sucesso são varejo, companhias aéreas, turismo, empresas de
saúde, companhias de transportes, construção civil, frigoríficos e prestação
de serviços. O varejo, por exemplo, trabalha com margens muito baixas
e não tem nenhum tipo de barreira de entrada a novos competidores.
A ascensão das vendas online só agravou esse cenário, pois agora as
varejistas brasileiras concorrem diretamente até com as chinesas.

Por outro lado, alguns setores são notabilizados por conter empresas que
pagam dividendos altos e crescentes ao longo de muitos anos.

11
Muitas empresas desses setores estão há 50 ou até 100 anos entregando
dividendos aos acionistas. A Itaúsa, por exemplo, paga dividendos todos os
anos desde 1980. No caso de empresas de energia ou água, as pessoas não
deixam de consumir nem mesmo se perderem o emprego, pois são itens
básicos para sobrevivência. Essas empresas atuam em setores regulados,
em que a concorrência é limitada por regras governamentais, além de
conseguirem reajustar suas tarifas de acordo com a inflação todos os anos.

Quando o investidor escolhe bem os negócios em que vai investir, suas


ações cuidarão de si mesmas, pois a maior margem de segurança é se
associar às empresas mais lucrativas e perenes.

Não pagar caro


Para obter bons resultados, todo investidor deveria buscar ações com
múltiplos razoáveis. Ações com dividend yields superiores a 6% podem
ser investimentos bastante interessantes, assim como ações negociadas
próximas ao valor patrimonial – ou seja, próximas ao valor investido pelos
sócios para a criação e expansão da empresa – indicam que a ação pode
não estar cara. Empresas negociadas por até 10 vezes seu lucro líquido
também parecem ter um múltiplo razoável se forem negócios em franco
crescimento.

Quando alguém quer vender suas ações em um ato de desespero após


forte queda e o investidor tem caixa, a melhor decisão é comprar. Já se
a incompetência do mercado é tamanha que uma ação começa a ser
negociada a um patamar absurdo como 500 vezes lucro ou 1.000 vezes
lucro, o investidor deve considerar a venda. Mas nunca o contrário, pois
preço importa. Milhões de brasileiros que compram porque está subindo e
vendem porque está caindo. É praticamente impossível prosperar na Bolsa
com esse comportamento.

12
Jeremy Siegel apresentou dados interessantes sobre a importância de não
pagar caro por ações. Confira a situação apresentada abaixo:

P.D.P – Prioridade, paciência e disciplina


Prioridade é, por exemplo, estabelecer que quer ter 100 mil ações que
pagam bons dividendos e correr atrás desse objetivo. Não é preciso
renunciar ao que gosta nem de gastos importantes para você e sua família,
mas o que sobra deve ser direcionado à Bolsa ao invés de gastar com
supérfluos.

13
Paciência é outro ingrediente essencial para quem quer vencer no mercado
acionário, pois o investidor não controla para onde o mercado vai. Muitas
vezes ele irá numa direção diametralmente oposta ao esperado. Faz parte da
vida do investidor comprar uma ação e vê-la desabar logo na sequência ou
vender no pior momento possível. Crises também virão, como sempre. Mas
é preciso ter consciência de que para obter retornos superiores no longo
prazo, muitas vezes é preciso ter paciência para aceitar retornos inferiores
no curto prazo.

Em situação de pânico na Bolsa, a volatilidade vai transferir dinheiro dos


impacientes para os pacientes. O Barsi diz que seu caminho até o bilhão
nunca foi isento de turbulências, pois a ansiedade sempre foi um adversário.
Quando as teses de investimentos demoravam a se concretizar ou quando
uma empresa demorava a se recuperar, o Barsi começava a se sentir
ansioso. Quando o mercado insistia em caminhar para o lado oposto que
o Barsi esperava, ele sempre revisitava seus escritos e sua tese. A partir do
momento em que ficou claro que seu jeito de investir funcionava de verdade,
o Barsi foi aprendendo a controlar a ansiedade.

A disciplina é um atributo fundamental para qualquer investidor, pois o


mercado testa as convicções de todos. Quando o investidor confia em seu
método e em sua análise, deve seguir em frente mesmo quando disserem
que ele está errado. Na vida de Barsi, Unipar é um grande exemplo disso.
Mais da metade da fortuna do Barsi foi amealhada com essa empresa, que
até 10 anos atrás ninguém queria. A companhia chegou a ser negociada em
Bolsa por menos de 200 milhões de reais. Em uma visita às instalações da
Unipar, Barsi comentou que não acreditava que tudo aquilo valia apenas R$
200 milhões. Hoje a empresa vale quase 50 vezes mais, mas no caminho até
isso se concretizar foram muitos os que disseram que ele estava errado.

A paciência e disciplina se encontram quando o assunto é construção de


patrimônio. Por exemplo: investindo 1.000 reais ao mês por 60 anos, que é
algo que uma parte dos brasileiros consegue, alcança-se um patrimônio de
3 bilhões de reais se rentabilizar o dinheiro a uma taxa de 1,5% ao mês. Mas
é preciso uma disciplina incrível para investir 1.000 reais todos os meses por
60 anos.

14
Crises são oportunidades
Muitos falam que crises são grandes momentos para comprar ações, mas
quando elas acontecem os compradores desaparecem. O gráfico abaixo, da
Nord Research, mostra em vermelho as maiores quedas da Bolsa desde o
Plano Real.

As barras em amarelo mostram a rentabilidade que seria obtida por um


investidor se ele marcasse o fundo de uma crise e depois segurasse o
investimento por 1 ano. As barras azuis mostram o que acontece se esse
mesmo investidor segurar as ações por dois anos. Perceba que em todas as
crises o investidor obteve uma rentabilidade de ao menos 77% apenas um
ano depois. Ou seja, é comprando nas crises que se planta a rentabilidade
futura.

15
Nas crises, o investidor tem a chance de comprar excelentes empresas
com um dividend yield de 10%, 15% ou talvez até 20%. Isso deveria ser
comemorado, mas a maioria das pessoas só se sente confortável em
comprar ações quando o mercado está subindo. E quando o mercado
começa a cair, muita gente sente muito mais vontade de também vender
para estancar aquela perda momentânea do que vontade de comprar para
aproveitar a oportunidade. Por mais que as pessoas já tenham ouvido que
crises são grandes oportunidades para o dinheiro mudar de mãos, na hora
elas travam e não têm coragem de agir.

O Barsi tem um longo histórico de compras ao som de canhões. Em 2012,


quando uma medida provisória do governo Dilma gerou forte desvalorização
das ações de empresas do setor elétrico, ele aproveitou para comprar
diversas ações de elétricas a preços extremamente descontados.

Barsi costuma dizer que toda crise tem solução. Uma crise política pode
ser solucionada pelo impeachment ou pela próxima eleição. Se a crise é
financeira, governos podem agir para dar suporte aos mercados. Quando
o problema é a pandemia, surgem as vacinas. Muitas vezes a humanidade
vai estar diante de problemas que aparentemente não têm solução, mas
a verdade é que em todas as crises uma solução sempre aparece. É difícil
agir com essa convicção quando não se sabe nem quando nem como tudo
vai se resolver, mas quando se souber o quando e o como, os preços já não
serão mais os mesmos. A incerteza torna os preços atrativos.

16
Não cair em armadilhas e distrações
Está cheio de fórmula que promete dinheiro mais rápido sendo oferecida
por aí, oferecendo a chance de obter um retorno de 5% ou 10% ao mês.
Não caia nessas armadilhas. Jim Simons obteve um retorno de 66% ao ano
durante 20 anos. Peter Lynch conseguiu 29% ao ano por 13 anos. Warren
Buffett lucrou 20% ao ano por 55 anos. Estes são três exemplos que estão
entre os maiores investidores de todos os tempos. Portanto, não acredite em
promessas de rentabilidades ilusórias oferecidas por golpistas e mentirosos
de redes sociais. Ignore e siga firme em seu plano.

Outra distração é achar que vai acertar a hora certa de comprar e a hora
certa de vender ações. Quem compra ao ler notícias boas no jornal e vende
quando lê notícias ruins, provavelmente vai acabar comprando topos e
vendendo fundos. Fazendo isso continuamente, não há patrimônio que
resista. Veja o gráfico abaixo:

17
O desempenho do índice de ações S&P está representado nas barras
em laranja. Já os retornos dos investidores de fundos de ações estão em
azul. Repare que o retorno do investidor é sempre menor que a média do
mercado em todos os períodos. Isso acontece porque o investidor compra
quando todo mundo está otimista e vende quando estão todos pessimistas.
Tal fenômeno é conhecido como behavior gap, representado na imagem
abaixo. Os investidores obtêm um retorno menor que os investimentos
devido a essa lacuna comportamental.

As pessoas pensam que são capazes de adivinhar o curto prazo – mas


não são. O S&P 500 teve um retorno anual médio de 8,2% ao ano em
um período de 20 anos, mas quem esteve fora do mercado apenas nos
30 melhores pregões teve retorno igual a zero no período. Ou seja: tentar
acertar movimentos de curto prazo na Bolsa provavelmente vai ocasionar a
dilapidação do seu patrimônio.

18
CONCLUSÃO
Seguir o Método Barsi – desenvolvido com a sabedoria de décadas de
experiência – não só vai te colocar em linha com o comportamento de
quem fez fortuna de bilhões na Bolsa como também te livrará de muitas
armadilhas danosas a seu patrimônio. Investir majoritariamente em
ações pagadoras de dividendo, pagando bons preços e com perspectiva
de longuíssimo prazo tornará perder dinheiro uma verdadeira missão
impossível. Ademais, o investidor deve se lembrar dos princípios
comportamentais para seguir firmemente o plano: esquecer as distrações,
aproveitar as crises para comprar mais ações e ter prioridade, paciência e
disciplina.

19
#SUPER DESCONTO E
EVENTO PRESENCIAL
Quer cursar o MBA em Value Investing com
Luiz Barsi com até R$ 7.000 de desconto?

Faça sua inscrição no dia 30/01/23 e


garanta o maior desconto possível!
Outro benefício exclusivo para os primeiros inscritos
será o direito de participar de um evento presencial com
Luiz Barsi em São Paulo.
As vagas para o evento são limitadas pelo espaço físico:
os primeiros inscritos terão o direito de participar e os
demais não vão participar.
Então já converse com sua família, seus pais, seu
cônjuge, seus filhos e comunique sua disposição em
participar do MBA.

Na segunda-feira (30/01) enviaremos o link de


inscrição pelo grupo de WhatsApp.

Prepare-se para ser um dos primeiros inscritos e


garantir sua vaga com os maiores benefícios!

20

Você também pode gostar