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PLANO DE NEGÓCIOS DOS APICULTORES DE

SÃO BENTO DO NORTE

2008
PLANOS DE NEGÓCIOS DA UNIDADE DE
BENEFICIAMENTO DE MEL DE SÃO BENTO
DO NORTE

SÃO BENTO DO NORTE/RN, DEZEMBRO DE 2008


SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Secretário
Humberto Oliveira

Coordenador de Cooperativismo, Negócios e Comércios/SDT


Vital de Carvalho Filho

COOPERATIVA DOS TRABALHADORES AUTÔNOMOS

Presidente da CTA
Aurenísia Celestino Figueiredo Brandão

Coordenador dos Convênios – MDA/CTA


Valter de Carvalho

CONVÊNIO CTA/SDT

Coordenação Técnica do Curso


Sebastião Francisco de Menezes – Consultor CTA
João Matos Filho – Consultor UFRN

Organização e Sistematização
Ângelo Márcio Fernandes de Souza – Consultor CTA
Maria Janaína Alves da Silva – Consultora CTA
LISTA DE SILGLAS

BNB Banco do Nordeste do Brasil


CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
FIC Fundo de Investimento Coletivo
FOMAG Fórum do desenvolvimento Territorial do Mato Grande do Rio Grande do Norte
PAA Programa de Aquisição de Alimentos
PCPR Programa de Combate a Pobreza Rural
PDS Programa Desenvolvimento Solidário
PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais
UBM Unidade de Beneficiamento de Leite
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Demonstrativo da produção de mel de 2009 a 2013 ............................................... 14


Tabela 2: Resumo dos investimentos e custo de produção e comercialização para
implementação do plano de negócios de São Bento do Norte ............................................... 46
Tabela 3: Projeção da receita esperada do plano de negócio de São Bento do Norte ........... 47
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 11
1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 13
1.1 DESCRIÇÃO...................................................................................................................... 13
1.2 TIPO DE ATIVIDADE......................................................................................................... 13
1.3 DIMENSÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................... 14
2 AMBIENTE DO EMPREENDIMENTO ............................................................................... 15
2.1 AMBIENTE INTERNO ....................................................................................................... 15
2.1.1 Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e Limites .. 15
2.1.2 Clima ............................................................................................................... 15
2.1.3 Formação Vegetal ............................................................................................ 16
2.1.4 Solos ............................................................................................................... 16
2.1.5 Relevo ............................................................................................................. 17
2.1.6 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos .......................................................... 17
2.1.7 Recursos Hídricos ............................................................................................ 18
2.1.8 Sítio Natural .................................................................................................... 19
2.1.9 Ambiente institucional .................................................................................... 19
2.1.10 Instrumentos de políticas públicas de apoio ao empreendimento .................. 20
2.1.11 Potencialidades na visão dos agricultores ...................................................... 20
2.1.12 Problemas na visão dos agricultores .............................................................. 21
2.2 AMBIENTE EXTERNO....................................................................................................... 22
2.2.1 Oportunidades ................................................................................................ 22
2.2.3 Soluções indicadas........................................................................................... 24
3 ASPECTOS DE MERCADO ............................................................................................... 26
3.1 EVOLUÇÃO DA DEMANDA DOS MERCADOS PRIVADOS E INSTITUCIONAIS .................. 26
3.2 FLUXOS E CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO ...................................................................... 26
4 ASPECTOS TÉCNICOS ..................................................................................................... 27
4.1 PROCESSO PRODUTIVO .................................................................................................. 27
4.2 MATERIAIS ...................................................................................................................... 27
4.3 PROGRAMA DE PRODUÇÃO ........................................................................................... 27
4.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 28
4.5 EDIFICAÇÕES ................................................................................................................... 28
4.6 FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO ....................................................................................... 29
5 OBJETIVOS .................................................................................................................... 31
5.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 31
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................. 31
6 EIXOS ESTRATÉGICOS .................................................................................................... 33
6.1 DIMENSÕES .................................................................................................................... 33
6.1.1 Dimensão econômica ...................................................................................... 33
6.1.2 Dimensão Institucional .................................................................................... 33
7 PROJETOS ..................................................................................................................... 35
7.1 PROJETO 1 – REESTRUTURAÇÃO DAS CASAS DE MEL E MELHORIA DO PROCESSO DE
COMERCIALIZAÇÃO .............................................................................................................. 35
7.2 PROJETO 2. AQUISIÇÃO UNIDADES MÓVEIS PARA COLHEITA DO MEL TIPO TRAILERS,
COM EQUIPAMENTOS PARA A COLHEITA DE MEL; .............................................................. 36
8 ORGANIZAÇÃO GESTORA .............................................................................................. 39
8.1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................... 39
8.2 EXPERIÊNCIA ................................................................................................................... 39
9 ASSESSORAMENTO TÉCNICO......................................................................................... 41
9.1 CARÁTER GERAL.............................................................................................................. 41
9.2 ASSESSORAMENTO DE CARÁTER ESPECIALIZADO ......................................................... 41
10 MODELO DE GESTÃO .................................................................................................. 43
10.1 INSTRUMENTOS DE CONTROLE .................................................................................... 43
10.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 44
10.3 FUNDO DE RECUPERAÇÃO E CAPITALIZAÇÃO .............................................................. 44
11 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL ......................................................... 45
12 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .................................................................................. 49
12.1 FLUXO DE EXECUÇÃO ................................................................................................... 49
13 LISTA DE BENEFICIÁRIOS ............................................................................................. 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 53
APÊNDICE ........................................................................................................................ 55
METODOLOGIA ............................................................................................................... 55
MAPEAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS ASSOCIATIVOS EXISTENTES NOS TERRITÓRIO
RURAIS .................................................................................................................................. 55
SELEÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS ..................................................................................... 55
SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS.................................................................... 56
PRIMEIRA OFICINA COM EMPREENDEDORES ...................................................................... 56
LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS, POTENCIALIDADES, SOLUÇÕES E VISÃO DE FUTURO 56
SEGUNDA OFICINA ............................................................................................................... 57
REUNIÃO TÉCNICA ................................................................................................................ 57
REDAÇÃO FINAL DO PLANO.................................................................................................. 58
ANEXO I – ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA UNIDADE DE BENEFICIAMNTO DE
MEL DE SÃO BENTO DO NORTE ........................................................................................ 61
I.1 EXTRUTURA E CAPITAL EXISTENTE .................................................................................. 61
I.2 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................. 62
I.3 CUSTO DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO ................................................................. 63
I.4 CUSTO DE ASSESSORAMENTO TÉCNICO E GERENCIAL ................................................... 64
I.5 CUSTOS COM FINANCIAMENTO ...................................................................................... 64
I.6 CONSOLIDAÇÃO DOS CUSTOS ......................................................................................... 65
I.7 PRODUÇÃO ESPERADA, SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO ................................ 65
I.8 PRODUÇÃO SEGUNDO O MERCADO ............................................................................... 66
I.9 PROJEÇÃO DAS RECEITAS COM VENDAS ......................................................................... 68
I.10 RECURSOS DE FINANCIAMENTOS E PRÓPRIOS ............................................................. 69
I.11 CONSOLIDAÇÃO DAS ENTRADAS DE RECURSOS ........................................................... 69
I.12 FLUXO DE CAIXA ............................................................................................................ 69
I.13 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ................................................................................ 69
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APRESENTAÇÃO

O Plano de Negócio da Unidade de Beneficiamento de Mel de São Bento do Norte,


localizado no Território da Cidadania do Mato Grande, estado do Rio Grande do Norte, é um
dos 11 (onze) empreendimentos associativos familiares nos quais a elaboração e a
implementação dos projetos estão sendo assessoradas pela Cooperativa dos Trabalhadores
Autônomos – CTA, que é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP),
nos termos da legislação em vigor.
Seguindo a metodologia adotada pela CTA, objeto dos entendimentos firmados com
a Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), a elaboração do plano e dos projetos que o integram, fundamentou-se em
um processo técnico e político, do qual participaram os trabalhadores assentados e técnicos
do quadro social da CTA.
O “Plano de Negócios” apresentado neste documento, foi fruto, portanto, de um
trabalho que contou com a efetiva participação dos trabalhadores diretamente interessados,
desde a discussão dos conceitos básicos e dos procedimentos metodológicos, até a
realização das oficinas para definição das prioridades, desenho dos eixos estratégicos e
elaboração dos projetos produtivos.
O modelo de gestão propõe que a Associação do Assentamento da Reforma Agrária
25 de Julho de São Bento do Norte seja a unidade gestora da Unidade de Beneficiamento de
Mel de São Bento do Norte, onde será realizado o beneficiamento e a comercialização do
mel. No entanto, o mel será produzido individualmente, pelos apicultores organizados em
associações comunitárias ou grupos informais, conforme mostra o fluxograma adiante
apresentado.
O custo do plano é de R$ 579.260,00 (quinhentos e setenta e nove mil duzentos e
sessenta reais), originados de recursos financeiros não reembolsáveis do PRONAF infra-
estrutura, e, do Projeto de Combate a Pobreza Rural (PCPR).
Assim concebido, o presente Plano de Negócios ficou composto por 02 (dois)
projetos, a seguir especificados: – 1 Reestruturação das Casas de Mel e Melhoria do
Processo de Comercialização; 2 – Aquisição de Unidades Móveis para Colheita do Mel.
12
13

1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1.1 DESCRIÇÃO

O Plano de Negócio da Unidade de Beneficiamento de Mel de São Bento do Norte


está localizado no Território da Cidadania do Mato Grande, Estado do Rio Grande do Norte.

São Bento do Norte tornou-se município em 25 de novembro de 1953, através da Lei


nº 923, que o desmembrou de Caiçara do Norte e conta, atualmente, com uma população
de 6.384 habitantes.

O município dispõe de reconhecidas potencialidades para o desenvolvimento da


apicultura, entre os quais podem ser destacadas: clima e florada favorável durante ano;
mão-de-obra qualificada; 03 (três) casas de mel instaladas; mel de boa qualidade; facilidade
de capturar enxames; apicultores capacitados e com experiência; e, integração e parcerias
com outras instituições como: fórum de associações, Território da Cidadania, FOMAG, STR,
PCPR, PRONAF.

1.2 TIPO DE ATIVIDADE

A atividade a ser desenvolvida com o Plano de Negócio é o desenvolvimento da


apicultura com tecnologias em investimentos em infra-estrutura básica, tecnologias e
manejo ambientalmente sustentáveis.
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1.3 DIMENSÃO DO EMPREENDIMENTO

O Plano de Negócios está constituído para beneficiar 150 agricultores familiares, com
a seguinte produção anual.

Tabela 1: Demonstrativo da produção de mel de 2009 a 2013

Quantidade de mel produzida por ano – em quilos


Descrição 2009 2010 2011 2012 2013
Mel de abelha 20.000 24.000 28.000 32.000 36.000

Essa produção será realizada nas comunidades de Baixa da Quixaba, Projetos de


Assentamentos da Reforma Agrária 25 de julho e Santa Vitória, comunidades São Miguel,
Caju Nordeste e os sócios da CEPANE.
15

2 AMBIENTE DO EMPREENDIMENTO

2.1 AMBIENTE INTERNO

2.1.1 Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e Limites

Coordenadas Geográficas: latitude 5º 03’ 59” Sul

longitude: 36º 02’ 17” Oeste

Área: 288,64 km², equivalente a 0,37% da superfície estadual

Altitude da Sede: menos de 100 m

Distância em Relação à Capital: 148 km

Limites: Norte – Oceano Atlântico

Sul – Parazinho e Caiçara do Norte

Leste – Pedra Grande

Oeste – Caiçara do Norte

2.1.2 Clima

Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono.

Período Chuvoso: março a abril

Temperaturas Médias Anuais: máxima: 32,0 °C

média: 26,5 °C

mínima: 21,0 °C

Umidade Relativa Média Anual: 68%

Horas de Insolação: 2.700


16

2.1.3 Formação Vegetal

Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de


cactáceas e plantas de porte mais baixo e espalhado. Entre outras espécies destacam-se a
jurema preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.

Formação de Praias e Dunas - vegetação nativa fixadora de areia. As dunas são


estabilizadas ou fixas quando coberta por vegetação natural e denominada Reserva
Ecológica.

2.1.4 Solos

Solos predominantes e características principais:

Areias Quartzosas Distróficas - fertilidade natural baixa, textura arenosa, relevo


plano, excessivamente drenado.

Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico Abrúpto - fertilidade natural alta,


textura argilosa, relevo plano, moderado a imperfeitamente drenados, medianamente
profundos.

Uso dos solos:

Nas áreas de ocorrências de Areias Quartzosas Distróficas, a agricultura é


praticamente inexistente, cultivando-se apenas culturas de subsistência, em pequenas áreas.
As limitações ao uso agrícola decorrem da falta d’água, da pouca capacidade de retenção e
da baixa fertilidade natural, sendo, portanto, mais indicadas para culturas de ciclo longo, tais
como coco, caju e sisal. Apresentam condições favoráveis ao uso de implementos agrícolas e
seu aproveitamento racional requer adubações parceladas e irrigação, no período seco.

Os Podzólicos são bastante utilizados para o cultivo de algodão, milho, feijão e


mandioca. Apresentam boa fertilidade e relevo plano que permite mecanização intensiva. O
principal fator limitante do uso agrícola é a deficiência da água, decorrente do longo período
de estiagem na região.
17

Aptidão Agrícola: a maior parte da área é indicada para preservação da flora e da


fauna ou para recreação e apta para culturas especiais de ciclo longo, tais como algodão
arbóreo, sisal, caju e coco. Aptidão regular (ao Nordeste) e restrita (pequena área ao Sul)
para lavouras.

2.1.5 Relevo

Menos de 100 metros de altitude.

Planície Costeira - formada por praias que têm como limites, de um lado, o mar, e, de
outro, os Tabuleiros Costeiros, estendendo-se por todo o litoral. Esses terrenos planos são
alterados em suas formas pela presença de Dunas.

Tabuleiros Costeiros - relevos planos de baixa altitude, também denominados


planaltos rebaixados, formados basicamente por argilas (barro), localizam-se próximo ao
litoral, às vezes chegando ao litoral.

2.1.6 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

Geologicamente o município situa-se na faixa do domínio da Bacia Potiguar (Idade


Cretácea), entretanto predominam na Região sedimentos pertencentes ao grupo Barreiras
de Idade Terciária, formadores de solos arenosos a areno-argilosos de coloração creme a
creme avermelhada, que recobrem os calcarenitos e calcilutitos bioclásticos da Formação
Jandaíra (estes ocorrendo somente em sub-superfície).

No litoral o grupo Barreiras encontra-se recoberto por Depósitos de Praias de origem


marinha remodelados por ventos, são compostos de areias finas a grossas, com níveis de
cascalho, associadas às praias atuais e dunas móveis; arenitos e conglomerados com
cimento carbonático, definindo cordões de beach rocks. Próximo ao litoral encontram-se
Paleodunas ou Dunas Fixas formadas por areias bem selecionadas, amareladas,
18

inconsolidadas ou parcialmente consolidadas, que foram transportadas pela ação dos ventos
(eólica), formando cordões, atualmente fixados por vegetação.

Recursos Minerais Associados

Depósitos Aluvionares e Paleodunas - bancos de areias e cascalho, materiais


utilizados para construção civil.

Grupo Barreiras e Paleocascalheiras - cascalho, material utilizados para construção


civil; seixos e calhaus de calcedónia, utilizada em artesanato mineral e em moinhos de bolas,
água mineral, utilizada para o consumo humano.

Formação Jandaíra - calcários cálcicos e magnesianos, utilizados na indústria do


cimento, cal, corretivo agrícola e alimentar para animais; rocha ornamental, utilizada como
piso e revestimento; britas e pedras dimensiona, utilizadas para construção civil, gipsita e
argilas utilizadas na indústria do cimento e gesso agrícola.

2.1.7 Recursos Hídricos

Hidrogeologia:

Aqüífero Barreiras - apresenta-se confinado, semi-confinado e livre em algumas


áreas. Os poços construídos mostram capacidades máximas de vazão, variando entre 5 a 100
m³/h, com águas de excelente qualidade química, com baixos teores de sódio, podendo ser
utilizada praticamente para todos os fins.

Aqüífero Jandaíra - é composto dominantemente por calcários, apresentando água


geralmente salobra e uma composição química favorável a pequena irrigação. É também um
aqüífero livre ou confinado com vazões que variam até 30 m³/h, com média de 3 m³/h e
poços com profundidade média em torno de 8 m. Abaixo do Jandaíra encontra-se o Aquífero
Açu.
19

Hidrologia:

O município encontra-se com 100% do seu território inserido na Faixa Litorânea


Norte de Escoamento Difuso.

Açude com capacidade de acumulação superior a 100.000 m³: inexistente

2.1.8 Sítio Natural

Litoral: área com 100 quilômetros de extensão, entre as cidades de São Bento do
Norte e Touros, apresentando cenários geológicos rasos e de extensa beleza. Numa sucessão
de praias praticamente virgens se alteram e se combinam “beach-rocks, eolianitos
carbonáticos, campos de dunas, sambaquis e até florestas petrificadas”.

2.1.9 Ambiente institucional

O ambiente institucional é favorável ao desenvolvimento da apicultura no município,


uma vez que existem diversas instituições da sociedade civil e do governo que podem
participar de parcerias em benefícios do Plano, entre se incluem: Associações Comunitárias;
Fórum de associações; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; FOMAG; Programa Nacional de
Apoio a Agricultura Familiar, através do Banco do Nordeste; Projeto de Combate a Pobreza
Rural, coordenado pelo Governo do Estado; Programa de Aquisição de Alimento do governo
Federal.
20

2.1.10 Instrumentos de políticas públicas de apoio ao empreendimento

Para consolidação do Plano espera-se contar como o apoio do Banco do Brasil,


através do programa de Desenvolvimento Regional Sustentável; Projeto de Combate à
Pobreza Rural, do Governo do Estado; Programa Nacional de Apoio a Agricultura Familiar
(PRONAF); Programa de Aquisição de Alimento (PAA), do Governo Federal; e, da Prefeitura
Municipal de São Bento do Norte.

2.1.11 Potencialidades na visão dos agricultores

A oficina realizada no Espaço Cultural do município possibilitou a livre manifestação


dos trabalhadores, e, conseqüentemente, o levantamento das potencialidades que, na visão
deles, mais poderão contribuir para o desenvolvimento local, conforme especificado a
seguir:

 Clima e florada favorável para a apicultura;


 água disponível;
 mão-de-obra disponível e capacitada;
 3 Casas de mel instalada no município;
 mel de boa qualidade;
 facilidade de capturar enxames;
 florada permanente durante todo o ano;
 parte do número de apicultores capacitados e com experiência;
 atividade rentável e de baixo custo de produção e manutenção;
 atividade que demanda pouco tempo da mão-de-obra para o manejo;
 integração e parcerias com outras instituições como:
 fórum de associações;
 Território da Cidadania;
 FOMAG;
21

 STR;
 PDS;
 PRONAF;
 69 apicultores;
 grande área disponível para a apicultura; e
 fácil acesso aos locais dos apiários;

2.1.12 Problemas na visão dos agricultores

Os trabalhadores também indicaram um conjunto de problemas que precisam ser


progressivamente resolvidos para que o êxito do empreendimento seja garantido, conforme
especificado a seguir:

 Colméias fora do padrão;

 redução da produtividade por causa da não padronização de colméias;

 dificuldade de acesso ao crédito;

 falta de equipamento e acessórios para o manejo dos apiários;

 indumentárias completo para o manejo;

 fumegador;

 carro-de-mão;

 carroça e outros.

 dificuldade de acesso ao mercado por falta de conhecimento do mercado


consumidor;

 atravessador que compra a um preço muito baixo;

 falta de estrutura organizacional que faça a comercialização do mel;

 estrutura de beneficiamento de mel do assentamento 25 de julho está com


capacidade ociosa por falta da integração de outros apicultores das comunidades da
região;
22

 insuficiência de casas de mel para extração;

 faltam equipamentos para as duas casas de mel existentes;

 capacitação ineficiente para o manejo dos apiários;

 inexistência de assessoramento técnico para a apicultura;

 utilização de agrotóxico na região;

 inexistência de comunicação via telefonia celular;

 individualismo por parte dos apicultores;

 ausência de parceria entre produtores;

 falta de acesso ao PAA do mel;

 falta de escala de produção para atender o mercado;

 falta da certificação, rótulo, marca;

 falta de diversificação dos produtos originários da apicultura;

 pólen;

 própolis;

 cera;

 geléia real;

 ausência de controle de pragas como a lagarta; e

 o ataques de abelhas de arapuá ás italianas.

2.2 AMBIENTE EXTERNO

2.2.1 Oportunidades

O diálogo dos técnicos com os trabalhadores possibilitou o levantamento das


seguintes oportunidades para o Plano de Negócios da Unidade de Beneficiamento de Mel:

 Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);


23

 cultivo do girassol para o programa do biodiesel que beneficiar a apicultura;

 parcerias governamentais:

 Programa de Desenvolvimento Solidário;

 Território da Cidadania;

 FOMAG;

 EMATER;

 PRONAF;

 parcerias para capacitação:

 SEBRAE;

 Central de Comercialização da Agricultura Familiar em Natal;

 disponibilidade de acesso ao entreposto de mel de João Câmara;

 mercado institucional local para a merenda escolar;

 marketing e propaganda para conscientização da população para ampliar o consumo


de mel;

 intercâmbios;

 feiras;

 redes de comercialização do mercado privado;

 cooperativa da Agricultura Familiar do Mato Grande

2.2.2 Ameaças

Seguindo a mesma metodologia utilizada para levantamento das oportunidades


foram identificadas as seguintes ameaças:

 Perda de enxames;

 uso inadequado de agrotóxicos;

 utilização de “meleiro” na produção;


24

 incidência de pragas;

 desmatamento;

 contaminação do solo e da água;

 secas prolongadas;

 extinção de políticas públicas voltadas para a atividade;

 problemas ambientais;

 concorrência internacional.

2.2.3 Soluções indicadas

A síntese obtida com o balanço das oportunidades e ameaças possibilitou a indicação


das seguintes soluções:

 Promover reuniões entre os apicultores;

 Obter apoio do PAA, através de um projeto da Unidade Gestora de Beneficiamento


do mel para ser financiado pela CONAB;

 realizar intercâmbio;

 organizar a produção em torno das associações;

 formar parceria com o entreposto para certificação;

 fortalecer o associativismo;

 desenvolver estratégias de comercialização mercado privado e institucional:

 CONAB;

 EMATER; e

 Município.

 rede de supermercado

 promover cursos de capacitação:

 reprodução da abelha rainha;


25

 controle de pragas;

 manejo dos apiários e colméias;

 derivados da apicultura;

 associativismo;

 adquirir colméias padronizadas para substituir as colméias antigas e ampliar


produção de mel;

 reestruturar e equipar duas casas de mel já existentes de acordo com as normas


estabelecidas;

 ampliar o número de colméias;

 adquirir 03 unidades móveis, tipo trailers, com equipamentos para a colheita de mel;

 acabar com a inadimplência dos apicultores ;

 buscar recursos para aquisição dos equipamentos necessários para a produção e


manejo da apicultura junto ao:

 PDS;

 Fundação Banco do Brasil;

 PRONAF;

 PROINCO;

 CRED FORD e outros.

 garantir uma assessoria específica para a atividade de apicultura:

 contratação de um profissional qualificado, da região, em apicultura;

 articular parcerias com a prefeitura, CEPANE E SEBRAE;

 educação agro-ecologica;

 integração entre apicultor e agricultor;

 conseguir a instalação de uma torre de sinal pra telefonia celular; e

 garantir a manutenção das unidades de telefones públicos.


26

3 ASPECTOS DE MERCADO

3.1 EVOLUÇÃO DA DEMANDA DOS MERCADOS PRIVADOS E INSTITUCIONAIS

No primeiro ano está previsto a venda de 100% da produção de mel para os


mercados institucionais como o Compra Direta (EMATER) e PAA – Programa de Aquisição de
Alimentos da (CONAB), sendo que nos demais anos, a proporção das vendas para os
mercados institucionais deverá cair gradativamente. A partir do segundo ano será iniciada a
venda para o mercado privado através de bisnaga de 280g, que deverá aumentar
gradativamente.

3.2 FLUXOS E CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

Será desenvolvido uma estratégia de acesso aos mercados privado e institucional,


tendo como base a rede de supermercados da região, feiras, hotéis, pousadas, restaurantes,
bares, prefeituras e o governo do estado.

A rede de supermercados locais ainda precisa ser explorada, pois São Bento do Norte
e Caiçara do Norte constituem pólos turísticos. Outro canal seria através da Cooperativa dos
Agricultores Familiares do Mato Grande que cuidará do processo de comercialização do mel.

Seria importante que os agricultores possuíssem seu próprio estabelecimento


comercial, proporcionando a venda direta para o consumidor final, evitando atravessadores
ou intermediários nos canais de comercialização e no fluxo de informação acerca do
produto.
27

4 ASPECTOS TÉCNICOS

4.1 PROCESSO PRODUTIVO

A produção de mel começa a nível de campo, com a instalação dos apiários em locais
adequados com distancia de 500 metros das habitações, livres de inundações e com água e
floradas abundantes, prosseguindo com o manejo dos ninhos, melgueiras e finalmente a
colheita e o beneficiamento.

4.2 MATERIAIS

Os materiais empregados na atividade são colméias padrão Langsthot, quadros de


ninhos e melgueiras, suportes para colméias, além de ferramentas de uso na limpeza da área
e instalação dos apiários.

4.3 PROGRAMA DE PRODUÇÃO

O programa de produção inclui instalação de novos apiários; captura de enxames;


fortalecimento de enxames; divisão de enxames; multiplicação de enxames; troca de cera
em enxames capturados em anos anteriores; derretimento de cera; alveolamento de cera ou
aquisição de cera de produtor idôneo; manejo de melgueiras e quadros; colheita e
processamento dentro das especificações técnicas.
28

4.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Os equipamentos a seguir são indispensáveis á Unidade de Beneficiamento de Mel de


São Bento do Norte para que se possa ter um processamento do produto dentro das
especificações técnicas:

 mesas desoperculadoras;

 centrifugas;

 decantadores;

 descristalizador; e

 máquina de sachet.

4.5 EDIFICAÇÕES

A unidade de beneficiamento está localizada em ambiente distante de meios


contaminantes como pocilgas, apriscos, currais, etc; isolado por cerca de pré-moldados e
arame farpado e peitoril de alvenaria de 40 cm ocupando uma área de 2.000 m 2, dos quais
150 m2 de área construída, com recepção de melgueiras, lava botas; banheiros masculinos e
femininos, área de higienização, área de extração, área de envase, área de higienização de
embalagens, depósito de embalagens, depósito de melgueiras vazias após colheita, área de
envase estratificado e/ou sachet.
29

4.6 FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO

ESCOLHA DO LOCAL

INSTALAÇÃO DOS APIÁRIOS

CAPTURA DOS ENXAMES

MANEJO DOS ENXAMES

COLHEITA DOS QUADROS OPERCULADOS

ACONDICIONAMENTO DOS QUADROS


OPERCULADOS EM MELGUEIRAS

ACONDICIONAMENTO DAS MELGUEIRAS EM VEICULO


E PROTEJE-LAS DA POEIRA E OUTROS MEIOS
CONTAMINANTES

TRANPORTE DAS MELGUIRAS PARA O ENTREPOSTO

HIGIÊNIZAÇÃO DAS PESSOAS RECEPÇÃO DAS MELGUIRAS ANTES REALIZAR LIMPEZA E SANITIZAÇÃO
QUE VÃO PROCESSAR NO ENTREPOSTO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

ENTRADA VIA SALA DE TRANSPORTE DOS QUADROS RECEPÇÃO DE MEL DE TERCEIROS


HIGIÊNIZAÇÃO PARA MESA DESOPERCULADORA (COLHIDO EM OUTRO
ESTABELECIMENTO)

DESOPERCULAÇÃO DOS FAVOS COLETAS DE AMOSTRAS PARA


ANALISES DE ROTINA

COLOCAÇÃO NA CENTRIFUGA HOMOGENEIZAÇÃO

RETIRADA DOS QUADROS DAS


CENTRIFUGAS E COLOCAÇÃO NAS
MELGUEIRAS VAZIAS QUE SÃO LEVADAS CENTRIFUGAÇÃO COLETAS DE AMOSTRAS PARA
PARA O DEPÓSITO DE MELGUEIRAS ANALISES DE ROTINA
VAZIAS E DAÍ DEVOLVIDAS AO CAMPO
30

COLETA DO MEL CENTRIFUGADO ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E


HMF ROTINA

REALIZADO NO TRANSPORTE DO MEL PARA REALIZADO EM


ESTABELECIMENTO OS DECANTADORES LABORATÓRIO DE TERCEIRO

ANÁLISES DE ROTINA DECANTAÇÃO DO MEL POR ANÁLISE MICROBIOLÓGICA


(COR E UMIDADE) 72 HORAS E HMF

COLETA DE AMOSTRA ENVASE DO MEL EM COLETA DE AMOSTRA


PARA ANÁLISE TAMBORES PARA ANÁLISE

ou

TRANSPORTE DO MEL PARA


O DEPÓSITO E ROTULAGEM
TRANSPORTE DO MEL PARA A SALA
DO ENVASE EXTRATIFICADO

ACOMDICIONAMENTO DO MEL
EM EXTRADOS DE PLÁSTICOS ENVASE EXTRATIFICADO

EXPEDIÇÃO DO PRODUTO ACONDICIONAMENTO


PARA O MERCADO DO PRODUTO EM CAIXAS
31

5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Contribuir para a consolidação do processo de produção, beneficiamento e


comercialização de mel de abelha e seus derivados, com vistas à melhoria da renda e das
condições de vida dos apicultores e apicultoras familiares, o fortalecimento do
associativismo e a promoção do desenvolvimento local.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Melhorar a qualidade do mel produzido em São Bento do Norte;

b) realizar o beneficiamento e a certificação do mel de abelha produzido no


município;

c) desenvolver os padrões tecnológicos e sanitários exigidos pela legislação em vigor


na produção, colheita e beneficiamento;

d) desenvolver estratégia de comercialização que facilite o acesso do mel de abelha e


seus derivados aos mercados privado e institucional

e) ampliar o número de colméias, apiários e apicultores; e

f) ampliar o número de casas de mel e reformar as existentes de acordo com a


legislação vigente.
32
33

6 EIXOS ESTRATÉGICOS

6.1 DIMENSÕES

6.1.1 Dimensão econômica

 Desenvolvimento de uma estratégia de comercialização para o acesso ao mercado


privado e institucional;

 aquisição de colméias padronizadas para substituir as antigas e ampliar o numero


de colméias;

 reestruturação e aquisição de equipamentos para duas casas de mel já existentes


de acordo com as normas estabelecidas;

 aquisição de 03 unidades móveis, tipo trailers, com equipamentos para a colheita


de mel; e

 assessoramento técnico e gerencial específico para a atividade de apicultura.

6.1.2 Dimensão Institucional

 Fortalecimento do associativismo do município;

 acesso ao Programa de Aquisição de Alimento;

 realização de Intercâmbio;

 organização da produção em torno das associações;

 formação de parceria com o entreposto para certificação;

 desenvolvimento do processo de capacitação em manejo da apicultura;

 articulação de parcerias com a prefeitura, CEPANE E SEBRAE; e

6.1.4 Dimensão Ambiental

 Educação agro-ecologica.
34
35

7 PROJETOS

Este plano de negócios é composto por 2 (dois) projetos, conforme especificados a


seguir. Os projetos são os mecanismos operacionais de ação concreta que podem ser
executados em um determinado espaço e num certo período de tempo e materializam as
propostas concretas de intervenção em termos dos seus objetivos e linhas de ação.

7.1 PROJETO 1 – REESTRUTURAÇÃO DAS CASAS DE MEL E MELHORIA DO PROCESSO DE


COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Geral

Reestruturar as casas de mel existentes de acordo com as normas estabelecidas pelos


órgãos de inspeção, melhorar a qualidade e o acesso ao mercado privado e institucional
objetivando aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares.

Objetivos Específicos

a) Melhorar a qualidade do mel;

b) adquirir os equipamentos e indumentárias necessárias ao manejo da colheita do


mel;

c) ampliar o numero de colméias e apiários;

d) aumentar a produção e produtividade de mel no município;

e) melhorar a renda dos apicultores;

f) garantir assessoramento técnico e gerencial aos apicultores; e

g) garantir capital de giro para aquisição de mel.

Metas

a) Adquirir 100% dos equipamentos e indumentárias necessárias ao manejo da


colheita do mel;
36

b) ampliar para 2000 o número de colméias e de 150 apiários;

c) aumentar a produção em 100% e produtividade em 20%;

d) melhorar a renda dos apicultores em 35%;

e) viabilizar a contratação de uma assessoria especifica para os apicultores; e

f) contratar com a CONAB /PAA, no valor de R$ 60.000,00 anuais e de R$ 40.000,00,


com o BNB/PRONAF, para garantir o capital de giro para aquisição de mel dos
agricultores familiares.

Orçamento

R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta mil reais)

7.2 PROJETO 2. AQUISIÇÃO UNIDADES MÓVEIS PARA COLHEITA DO MEL TIPO TRAILERS,
COM EQUIPAMENTOS PARA A COLHEITA DE MEL;

Objetivo Geral

Aquisição de unidades móveis, equipamentos, acessórios e indumentárias para


realizar a colheita do mel de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos de vigilância
sanitária.

Objetivo Específico

a) Melhorar a infra-estruturam de colheita do mel de abelha;

b) adquirir os equipamentos, acessórios e indumentárias necessárias para colheita


do mel;

c) realizar a capacitação dos apicultores no processo de manejo dos apiários e


colheita do mel;

d) aumentar a produção, produtividade e qualidade do mel no município; e

e) melhorar a renda e as condições de vida dos apicultores.


37

Metas

a) Melhorar em 70% a infra-estruturam de colheita do mel de abelha;

b) adquirir 100% dos equipamentos, acessórios e indumentárias necessárias para


colheita do mel;

c) realizar a capacitação de 100% dos apicultores no processo de manejo dos


apiários e colheita do mel;

d) aumentar em 50% a produção, produtividade e qualidade do mel no município; e

e) melhorar em 30% a renda e as condições de vida dos apicultores.

Orçamento

R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais)


38
39

8 ORGANIZAÇÃO GESTORA

8.1 IDENTIFICAÇÃO

Nome da Entidade: Associação do Projeto de Assentamento da Reforma Agrária de 25 de


julho

Endereço: Projeto de Assentamento da Reforma Agrária de 25 de julho

Cidade: São Bento do Norte

8.2 EXPERIÊNCIA

A maioria dos apicultores de São Bento do Norte são assentados do Programa


Nacional de Reforma Agrária filiados a associações e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
E experiência foi iniciada com o processo de organização para conseguirem a desapropriação
da terra, construir as residências e iniciar o processo de produção.

Uma vez conhecido o potencial natural para apicultura, os apicultores, organizados


em associações, discutiram, definiram e elaboraram um projeto de apoios ao
desenvolvimento da apicultura e conseguiram, junto ao Projeto de Combate á Pobreza
Rural, o financiamento de uma casa de mel, equipamentos, indumentárias e colméias que
foram fundamentais como processo pedagógico da organização local.
40
41

9 ASSESSORAMENTO TÉCNICO

9.1 CARÁTER GERAL

O assessoramento técnico-gerencial tem o propósito geral de contribuir para o


fortalecimento dos processos de produção, processamento e comercialização, bem como
para a construção de instituições sociais e políticas que garantam o êxito do
empreendimento.

O assessoramento técnico deve acontecer em todas as etapas do empreendimento,


isto é, na identificação, elaboração, negociação, aquisição dos equipamentos, implantação,
funcionamento e prestação de contas dos recursos recebidos, diferenciando-se em dois
tipos fundamentais: o assessoramento de caráter geral e o assessoramento de caráter
especializado.

O assessoramento de caráter geral será prestado nas etapas de mobilização para


com consolidação do empreendimento, elaboração dos programas e projetos, além de
aquisição dos equipamentos, implantação e prestação de contas dos recursos recebidos.

9.2 ASSESSORAMENTO DE CARÁTER ESPECIALIZADO

O assessoramento de caráter especializado variará com a natureza e as etapas de


implantação e funcionamento do empreendimento, tendo, em geral, caráter temporário, e
foco na consolidação do empreendimento.
42
43

10 MODELO DE GESTÃO

A gestão do Plano de Negocio será feita de forma integrada entre os apicultores,


associações comunitárias e a Unidade de Beneficiamento do Mel instalada no Assentamento
25 de julho, conforme a figura descrita abaixo.

a) A produção acontecerá de forma individual pelos apicultores;

b) os equipamentos, acessórios e indumentárias serão adquiridas e gerenciadas


pelas associações comunitárias;

c) o beneficiamento, envasamento do mel será feito e gerenciado pelo Unidade de


Beneficiamento de Mel. UBM;

d) a comercialização será feita através da UBM.

Apicultores Apicultores

Associações

UBM Comercialização

10.1 INSTRUMENTOS DE CONTROLE

Os instrumentos de controle da UBM será o seguinte:

a) Livro caixa;

b) Ficha dos sócios para registrar todas as entradas e saída de mel;

c) Um computador com programa para controla as entradas e saída e fluxo de caixa;


44

d) Uma comissão formada pelos sócios do empreendimento para acompanhar todo


processo financeiro do negocio.

10.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS

A distribuição dos resultados do empreendimento será da seguinte forma:

a) A UBM recebe o mel dos apicultores, faz um adiantamento pelo mel recebido;

b) a UBM, ao vender o mel, tira os custos de produção e 10% para o fundo de


capitalização; e

c) a sobra será distribuída entre os produtores proporcional ao mel depositado


na UBM.

10.3 FUNDO DE RECUPERAÇÃO E CAPITALIZAÇÃO

A UBM, terá um fundo de recuperação e capitalização do empreendimento que será


constituído com 10% relativo aos lucros do negocio, e de doações, empréstimos, convênios.
45

11 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL

Análise de custos – análise dos custos do investimento e dos custos operacionais


relativos à implantação e funcionamento do plano de negócios. Os custos dos investimentos
correspondem à amortização anual das obras civis, máquinas e equipamentos que foram ou
serão utilizados na implementação do plano.

Os custos operacionais foram calculados com base na apuração das despesas


correntes requeridas para o funcionamento do negócio. Os custos financeiros do
investimento, foram calculados com base nas taxas de juros e outros encargos provenientes
dos empréstimos de obtenção de recursos reembolsáveis alocados para o negócio.

Receitas totais – apuração com base na projeção anual de vendas da produção


obtida com o negócio.

Balanço de receitas e custos do negócio – obtida pela diferença entre as receitas


totais, os custos financeiros e os custos operacionais projetados para cada ano do negócio,
até o seu pleno funcionamento.

Renda líquida mensal dos beneficiários – calculada pela diferença entre as receitas,
custos financeiros e os custos operacionais do negócio, após a retirada mensal para
constituição do Fundo de Investimento Coletivo (FIC). O FIC corresponderá a até 40% da
receita líquida apurada, de acordo com a capacidade financeira do negócio.

Renda líquida mínima mensal por beneficiário – demonstrada pela viabilidade


técnica e econômica que seja capaz de financiar sua operação e manutenção e garantir uma
relação benefício-custo positiva e com perspectivas de aumento ao longo do tempo.

Na Tabela 2 a seguir, apresenta uma síntese relativa aos investimentos e custos de


produção para implementação do plano de negócios da unidade de beneficiamento de mel
de São Bento do Norte para um período de 5 anos equivalente a um custo total de R$
579.260,00.

No Anexo I, estão expostos, nas planilhas de análise de viabilidade econômica para


todas as atividades exercidas, todos os dados referentes aos custos de implantação,
produção e comercialização dos produtos produzidos e comercializados, assim como, sua
projeção de receita com vendas que deverão alcançar um valor aproximado de R$
46

875.000,00, representando um percentual de, aproximadamente, 19% em relação aos seus


custos, conforme pode ser visto na Tabela 3 a seguir.

Tabela 2: Resumo dos investimentos e custo de produção e comercialização para


implementação do plano de negócios de São Bento do Norte

Investimentos e Custeio no beneficiamento do mel


Descrição Valor em R$
Obras civis - Unidade armazenamento 27.000,00
a. material 24.000,00
b. climatizadores de ar 3.000,00
Materiais e equipamentos para produção 37.000,00
a. Traillers 15.000,00
b. Equipamentos para os traillers 18.000,00
c. tambores de 295 kg para mel 3.000,00
d. baldes de 25 kg 1.000,00
Custo da produção e de comercialização 431.660,00
a. Insumos - mel agranel 112.500,00
b. Insumos - mangueira pra sachê 51.500,00
c. embalagens de 5 kg 360,00
d. embalagem bisnaga de 280 gr 12.000,00
e. embalagem petti 300 gr 12.000,00
f. mão-de-obra do apiário 180.000,00
g. mão-de-obra para o beneficiamento 24.900,00
h. mão-de-obra para limpeza 6.900,00
i. Comercialização - rótulo 22.500,00
j. Comercialização - transporte 9.000,00
Assessoramento técnico e custos operacionais 83.600,00
Total 579.260,00
47

Tabela 3: Projeção da receita esperada do plano de negócio de São Bento do Norte

Projeção das receitas com vendas para 5 anos - Vr em reais


Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Mel agranel 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
Mel em sachê 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00
Mel em bisnaga - 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Mel em garrafa pet - 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Subtotal 95.000,00 135.000,00 175.000,00 215.000,00 255.000,00
Total Geral 875.000,00
48
49

12 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

12.1 FLUXO DE EXECUÇÃO

Período
Atividade
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Reestruturação das casas de mel
Melhoria do processo da
comercialização
Aquisição de unidades móveis
Aquisição de equipamentos para
colheita
50
51

13 LISTA DE BENEFICIÁRIOS

Lista de Beneficiários
Item Nome CPF
01 José Ramalho de Oliveira
02 Francisco Costa e Silva
03 Francisco Gama da Silva
04 Manoel Cícero Estevis Barbosa
05 Oliveiros Mariano Nascimento
06 Hélio da Silva Souza
07 Francisco Lindonjohnson Cunha Júnior
08 Rubens Clécio Nobre
09 Luiz Antonio A. Felipe
10 João Maria Batista
11 Renato Alves Ferreira
12 Francinaldo Florentino da Fonseca
13 Marco Antonio da Silva
14 Ivanilson A. da Silva
15 Edivaldo Santana
16 Francisco Julierme Gomes do Nascimento
17 Antoni Lopes de Sena
18 José Diogo Ribeiro
19 Iraci Barbosa do Nascimento
20 Eronilde Ribeiro da Rocha
21 José Carlos R. da Fonseca
22 Joaquim A. dos Santos
23 Maria de Lourdes Gomes
24 José Ivanildo Santa Rosa
25 Francisco Ferreira da Silva
26 Alcivan José R. de Oliveira
52
53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, Daniel Santiago. Apostila: curso capacitação em apicultura. Mossoró–RN: FARN –


Federação de Apicultura do Rio Grande do Norte, 2004. 58p.

SILVA, Wanderley Pardo da. Manual de comercialização apícola. Marceió-AL: SEBRAE, 2000.
83p.(Série empreendedor rural,2).

WIESE, Helmuth. Apicultura novos tempos. Guaíba-RS: Agropecuária, 2000. 424p.

WIESE, Helmuth. Novo manual de apicultura. Guaíba-RS: Agropecuária, 1995. 292p.


54
55

APÊNDICE

METODOLOGIA

O processo de trabalho adotado para elaboração do Plano combina a análise e a


interpretação técnica da realidade do empreendimento, a identificação das oportunidades e
ameaças existentes nos contexto do negócio a nível local, estadual, nacional e internacional
e o mapeamento das demandas que resultaram de um amplo envolvimento do grupo na
reflexão sobre o empreendimento e na definição das estratégias.

Trata-se de um processo realizado de forma integrada e complementar ao longo de


todas as etapas de análise da realidade e de produção do Plano, promovendo uma interação
direta dos membros do grupo com os técnicos, na troca de percepções e visões e na
preparação e fundamentação das decisões. Descreve-se a seguir os passos da construção do
plano.

MAPEAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS ASSOCIATIVOS EXISTENTES NOS TERRITÓRIO


RURAIS

Cadastrar os empreendimentos associativos existentes nos territórios rurais


gerenciados por cooperativas, associações e outros tipos de organizações que estejam aptas
a estimular a formação de grupos para implantação de empreendimentos familiares do seu
quadro de associados.

SELEÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS

Uma vez mapeados os empreendimentos existentes nos territórios, realizar uma


seleção dos que irão ser elaborados os planos de negócio,
56

SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS

Manter contatos com cooperativas, associações, sindicatos e organizações


governamentais e não-governamentais para convidá-los a participar do curso de formação
de técnicos em elaboração de planos de negócios.

Realizado o curso de formação dos técnicos em elaboração de planos de negócios,


definir o plano de trabalho para aplicação da técnica com a participação da organização
gestora do empreendimento e do técnico capacitado para elaboração do plano.

PRIMEIRA OFICINA COM EMPREENDEDORES

A Primeira Oficina com Empreendedores é o ponto de partida para a elaboração do


Plano de Negócio. Dela devem fazer parte os representantes da Unidade Gestora que irá
implementar o Plano de Negócio, juntamente com os técnicos responsáveis pela
sensibilização, mobilização e assessoramento ao processo de elaboração do Plano.

O objetivo central é mostrar a importância da participação dos membros que formam


o grupo do empreendimento, como ponto inicial para o planejamento do processo
participativo, em função do desenvolvimento sustentável, trabalhando através de quatro
dimensões, a saber: econômica, sociocultural, ambiental e institucional.

LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS, POTENCIALIDADES, SOLUÇÕES E VISÃO DE FUTURO

Problemas: elementos que atrapalham ou impedem o desenvolvimento do


empreendimento.

Potencialidades: fatores internos positivos, força ou energia representada pela


junção de todos os meios disponíveis que podem representar o seu diferencial competitivo,
e, portanto, a base do deu desenvolvimento futuro;

Soluções: o que deve ser feito para enfrentar os problemas e aproveitar as


oportunidades.
57

Oportunidades: condições favoráveis para o êxito do empreendimento: existência de


mercado e preços remuneradores para a produção projetada.

Ameaças: condições adversas que dificultam ou inviabilizam o êxito do


empreendimento, como é o caso de preços elevados dos insumos, máquinas e
equipamentos; mercados pequenos, sem perspectivas de expansão; e contratos não
confiáveis.

Fontes Alternativas de Financiamento: mapeamento das fontes alternativas de


financiamento e identificação das alternativas mais favoráveis para o êxito do negócio ou da
prestação do serviço.

Sistematização dos Resultados da Oficina: as informações coletadas nas oficinas


devem ser codificadas, tabuladas, analisadas e sistematizadas de acordo com os objetivos
geral e específicos que orientam a concepção dos empreendimentos.

SEGUNDA OFICINA

A segunda oficina é realizada com a organização gestora do empreendimento. É o


momento de devolução, análise, identificação e priorização das alternativas para
implementação dos empreendimentos e elaboração dos seus respectivos planos de negócios,
com base nos dados anteriormente coletados e analisados, e, na contribuição dos
participantes da oficina diretamente interessados em cada uma das alternativas de negócios.

REUNIÃO TÉCNICA

Esse é o momento de planejar as metas dos resultados esperados, os custos de


produção, receitas, investimentos necessários e realizar a analise de viabilidade econômica do
empreendimento. Além disso, é feito a revisão da parte descritiva do plano
58

REDAÇÃO FINAL DO PLANO

Após a realização das oficinas deve ser elaborada a versão preliminar do Plano de
Negócio, a qual, uma vez concluída, será apresentado em oficina realizada com os grupos
diretamente interessados no empreendimento. Esse momento representa a segunda fase do
processo de coleta das contribuições desses grupos.

O objetivo dessa segunda fase é obter os elementos para formular uma síntese do
que foi discutido na primeira oficina com os empreendedores. Assim, nessa reunião,
problemas, soluções, potencialidades e anseios dos participantes serão tratados com um
enfoque no conjunto dos membros integrantes do grupo e não mais na visão de cada um por
si.

A metodologia de trabalho consiste numa reflexão estruturada dos participantes em


torno das grandes prioridades do desenvolvimento do plano de negócio com base na Matriz
de Planejamento qualitativa (Quadro 1). Esta matriz permite um cruzamento dos fatores
internos – potencialidades e problemas – com as condições externas – oportunidades e
ameaças.

Quadro 01 Matriz de Planejamento qualitativa

Fatores Oportunidades Ameaças

Quais as principais ações para explorar Quais as principais ações para explorar
as potencialidades internas, de modo a as potencialidades internas, de modo a
Potencialidades permitir o aproveitamento das se defender das ameaças externas.
oportunidades externas.

Quais as principais ações para enfrentar Quais as principais ações para enfrentar
os problemas internos, de modo a os problemas internos, de modo a
Problemas permitir o aproveitamento das reduzir a vulnerabilidade da Região às
oportunidades externas, superando as ameaças externas, fortalecendo sua
limitações e entraves. capacidade de defesa.
59

ANEXO I
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61

ANEXO I – ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA UNIDADE DE BENEFICIAMNTO DE


MEL DE SÃO BENTO DO NORTE

I.1 EXTRUTURA E CAPITAL EXISTENTE

ESTRUTURA E CAPITAL EXISTENTE

Discriminação Unid. Quant. Valor Unit. Total


Total - - - 133.866,00
Imoveis - - - 33.366,00
a. Edificação - Unidade de beneficiamento do mel 35 1 12000 12.000,00
a.1 Edificação - casa de mel 25 de julho 44 1 15000 15.000,00
a.2 Edificação - casa de mel Baixa da Quixaba I 38 1 6366 6.366,00
b. Terreno 0,00
c. Outros 0,00
Móveis e Utensilios - 0,00
a. móveis da unidade de beneficiamento de mel verba 1 0,00
b. Utensilios 0,00
c. outros 0,00
Maquinas e equipamentos - 96.500,00
a. Máquinas da casa de mel da Baixa da Quixaba I verba 1 10100 10.100,00
a.1 Máquinas e equipamentos p/ unid. de beneficiam. verba 1 41300 41.300,00
b. Colméias verba 1 41100 41.100,00
c. Veiculos 0,00
d. Outros - 8 carroças para unidade de beneficiamento verba 1 4000 4.000,00
Diversos - 4.000,00
a. Insumos 0,00
b. animais - 8 bois verba 1 4000 4.000,00
62

I.2 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


P1 P2 P3 P4 P5
Descrição Vr Vr Vr Vr Q
Und Qt Unit Total Qt Unit Total Qt Unit Total Qt Unit Total t Vr Unit Total
Total - - - 64.110,00 - - 750,00 - - 750,00 - - 750,00 - - 750,00
Despesas pré-projeto - 1.110,00 - - 750,00 - - 750,00 - - 750,00 - - 750,00
a. Análises laboratoriais und 3 250 750,00 3 250 750,00 3 250 750,00 3 250 750,00 3 250 750,00

b. Cartório 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


c. Licenças e outorgas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
d. Serviços - viagens diária 3 120 360,00 0,00 0,00 0,00 0,00
e. Outros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Obras Civis - 27.000,00 - - 0,00 - - 0,00 - - 0,00 - - 0,00

a. Material m2 120 200 24.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00


b. Mão-de-obra 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
c. Equipamentos -
climatizadores de ar und 2 1500 3.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00

d. Serviços 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


e. Outros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Materiais e Equipamentos
para a produção - 36.000,00 - - 0,00 - - 0,00 - - 0,00 - - 0,00
a. Traillers verba 3 5000 15.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Equipamentos para os
traillers verba 3 6000 18.000,00
c. tambores de 295 kg
para mel und 50 60 3.000,00
d. baldes de 25 kg und 100 10 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00
63

I.3 CUSTO DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

CUSTO DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO


P1 P2 P3 P4 P5
Vr Vr Vr Vr Vr
Discriminação Unid Qt Unit Total Qt Unit Total Qt Unit Total Qt Unit Total Qt Unit Total
Total - - - 80.294,00 - - 85.454,00 - - 90.719,00 - - 95.784,00 - - 100.549,00

Produção - - - 32.872,00 - - 35.272,00 - - 37.672,00 - - 40.072,00 - - 42.472,00

a. Insumos - mel agranel kg 10000 2,25 22.500,00 10000 2,25 22.500,00 10000 2,25 22.500,00 10000 2,25 22.500,00 10000 2,25 22.500,00
b. Insumos - mangueira
pra sachê kg 10000 1,03 10.300,00 10000 1,03 10.300,00 10000 1,03 10.300,00 10000 1,03 10.300,00 10000 1,03 10.300,00

c. embalagens de 5 kg kg 18 4 72,00 18 4 72,00 18 4 72,00 18 4 72,00 18 4 72,00


d. embalagem bisnaga de
280 gr und 0,00 2000 0,6 1.200,00 4000 0,6 2.400,00 6000 0,6 3.600,00 8000 0,6 4.800,00

e. embalagem petti 300 gr und 0,00 2000 0,6 1.200,00 4000 0,6 2.400,00 6000 0,6 3.600,00 8000 0,6 4.800,00

f. Outros - adubo orgânico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Produção 300,00 500,00 700,00 800,00 800,00

a. Serviços .... 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

b. Transportes internos verba 1 300 300,00 1 500 500,00 1 700 700,00 1 800 800,00 1 800 800,00

c. Transporte externo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

d. Carga e descarga 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

e. Outros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


Materiais e Equipamentos
para a produção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

a. Materiais - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

b. Equipamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Capacitação/treinamento 1.000,00 1.200,00 1.500,00 1.700,00 1.700,00

a. Material verba 1 1000 1.000,00 1 1200 1.200,00 1 1500 1.500,00 1 1700 1.700,00 1 1700 1.700,00
b. Aluguel de
equipamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

c. Honorários 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

d. Outros custos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 46.122,00 48.482,00 50.847,00 53.212,00 55.577,00

a. Encargos sócias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

b. mão-de-obra do apiário diária 2400 15 36.000,00 2400 15 36.000,00 2400 15 36.000,00 2400 15 36.000,00 2400 15 36.000,00
b.1 mão-de-obra para o
beneficiamento h/mês 12 415 4.980,00 12 415 4.980,00 12 415 4.980,00 12 415 4.980,00 12 415 4.980,00
b.2 mão-de-obra para
limpeza h/mês 6 230 1.380,00 6 230 1.380,00 6 230 1.380,00 6 230 1.380,00 6 230 1.380,00

c. Energia elétrica verba 1 50 50,00 1 60 60,00 1 75 75,00 1 90 90,00 1 105 105,00

d. Água verba 1 12 12,00 1 12 12,00 1 12 12,00 1 12 12,00 1 12 12,00

e. Telefone verba 1 100 100,00 1 100 100,00 1 100 100,00 1 100 100,00 1 100 100,00

f. Depreciação verba 1 1300 1.300,00 1 1300 1.300,00 1 1300 1.300,00 1 1300 1.300,00 1 1300 1.300,00
g. Despesas de viagens (
passagens, diárias,etc. ) verba 1 500 500,00 1 600 600,00 1 700 700,00 1 800 800,00 1 900 900,00

h. Mão de obra operac. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

i. Comercialização – rótulo verba 0,00 15 150 2.250,00 30 150 4.500,00 45 150 6.750,00 60 150 9.000,00

j. Comercializ – transporte verba 6 300 1.800,00 6 300 1.800,00 6 300 1.800,00 6 300 1.800,00 6 300 1.800,00
64

I.4 CUSTO DE ASSESSORAMENTO TÉCNICO E GERENCIAL

CUSTO DE ASSESSORAMENTO TÉCNICO E GERENCIAL


Discriminação/ Período P1 P2 P3 P4 P5
Total 16.720,00 16.720,00 16.720,00 16.720,00 16.720,00
Assistência Técnica 14.820,00 14.820,00 14.820,00 14.820,00 14.820,00
a. Técnico em apicultura 7.200,00 7.200,00 7.200,00 7.200,00 7.200,00
b. Contábil 2.640,00 2.640,00 2.640,00 2.640,00 2.640,00
c. Tecnico agricola
d. Gerente administrativo 4.980,00 4.980,00 4.980,00 4.980,00 4.980,00
e. Outros
Custos operacionais 1.900,00 1.900,00 1.900,00 1.900,00 1.900,00
a. Comunicação (marketing) 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00
b. Transporte
c. Material de escritório 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00
d. Manutenção da estrutura
administrativa 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00
e. Outros

I.5 CUSTOS COM FINANCIAMENTO

6 - CUSTOS COM FINANCIAMENTO


Discriminação/Período P1 P2 P3 P4 P5
Total 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00
Amortização 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00
PRONAF - INVESTIMENTO DE 2200 COLMÉIAS 44.000,00 44.000,00 44.000,00 44.000,00 44.000,00
PRONAF - CUSTEIO
PAA 26.325,00 26.325,00 26.325,00 26.325,00 26.325,00
Outros
65

I.6 CONSOLIDAÇÃO DOS CUSTOS

CONSOLIDAÇÃO DOS CUSTOS


Discriminação P1 P2 P3 P4 P5
Total 365.315,00 173.249,00 178.514,00 183.579,00 188.344,00
Estrutura e Capital Existente 133.866,00 - - - -
Custo de Implantação ou Ampliação
do Empreendimento 64.110,00 750,00 750,00 750,00 750,00
Custo de Produção e Comercialização 80.294,00 85.454,00 90.719,00 95.784,00 100.549,00
Custo de Assessoramento Técnico e
Gerencial 16.720,00 16.720,00 16.720,00 16.720,00 16.720,00
5 - Renda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
6 - Custos com Financiamento 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00 70.325,00

I.7 PRODUÇÃO ESPERADA, SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO

PRODUÇÃO ESPERADA, SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO


Período
DESCRIÇÃO Unid
P1 P2 P3 P4 P5
Produção Esperada Total(Abs) kg 20.000 24.000 28.000 32.000 36.000
Produção Esperada Total (%) - 100% 100% 100% 100% 100%
Tipo 1 (Abs) mel agranel - 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Tipo 1 (%) - 50% 42% 36% 32% 28%
Tipo 2 (Abs) mel em sachê - 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Tipo 2 (%) - 50% 42% 36% 32% 28%
Tipo 3 (Abs) mel em bisnaga - 0 2.000 4.000 6.000 8.000
Tipo 3 (%) - 8% 14% 18% 22%
Tipo 4 (Abs) mel em garrafa petti - 0 2.000 4.000 6.000 8.000
Tipo 4 (%) - 8% 14% 18% 22%
Refugo (Abs) - 0 0 0 0 0
Refugo (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
66

I.8 PRODUÇÃO SEGUNDO O MERCADO

PRODUÇÃO SEGUNDO O MERCADO


Período
Descrição Unid.
P1 P2 P3 P4 P5
Mel agranel
Produção Esperada Total(Abs) ? 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Produção Esperada Total (%) - 100% 100% 100% 100% 100%
Institucional (Abs) -
Institucional (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Iniciativa privada (Abs) - 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Iniciativa privada (%) - 100% 100% 100% 100% 100%
Exportação direta (Abs) -
Exportação direta (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação assistida (Abs) -
Exportação assistida(%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Refugo (Abs) -
Refugo (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Mel em sachê
Produção Esperada Total(Abs) ? 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Produção Esperada Total (%) - 100% 100% 100% 100% 100%
Institucional (Abs) - 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Institucional (%) - 100% 100% 100% 100% 100%
Iniciativa privada (Abs) -
Iniciativa privada (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação direta (Abs) -
Exportação direta (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação assistida (Abs) -
Exportação assistida(%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Refugo (Abs) -
Refugo (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Mel em bisnaga de 280 gr
Produção Esperada Total(Abs) ? 0 2.000 4.000 6.000 8.000
Produção Esperada Total (%) - 0% 20% 40% 60% 80%
Institucional (Abs) -
Institucional (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Iniciativa privada (Abs) - 2.000 4.000 6.000 8.000
Iniciativa privada (%) - 0% 20% 40% 60% 80%
Exportação direta (Abs) -
Exportação direta (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação assistida (Abs) -
Exportação assistida(%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Refugo (Abs) -
Refugo (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
67

Mel em garrafa pet de 300 gr


Produção Esperada Total(Abs) ? 0 2.000 4.000 6.000 8.000
Produção Esperada Total (%) - 0% 20% 40% 60% 80%
Institucional (Abs) - 2.000 4.000 6.000 8.000
Institucional (%) - 0% 20% 40% 60% 80%
Iniciativa privada (Abs) -
Iniciativa privada (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação direta (Abs) -
Exportação direta (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Exportação assistida (Abs) -
Exportação assistida(%) - 0% 0% 0% 0% 0%
Refugo (Abs) -
Refugo (%) - 0% 0% 0% 0% 0%
68

I.9 PROJEÇÃO DAS RECEITAS COM VENDAS

PROJEÇÃO DAS RECEITAS COM VENDAS


Discriminação Moeda Preço P1 P2 P3 P4 P5
Total R$ - 95.000,00 135.000,00 175.000,00 215.000,00 255.000,00
Mel agranel - 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
Mercado Interno R$ - 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
a. Institucional R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Iniciativa privada R$ 2,50 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
Mercado Externo R$ - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
a. Exportação direita R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Exportação assistida R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Refugo R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mel em sachê - 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00
Mercado Interno R$ - 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00
a. Institucional R$ 7,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00
b. Iniciativa privada R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mercado Externo R$ - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
a. Exportação direita R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Exportação assistida R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Refugo R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mel em bisnaga - 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Mercado Interno R$ - 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
a. Institucional R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Iniciativa privada R$ 10,00 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Mercado Externo R$ - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
a. Exportação direita R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Exportação assistida R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Refugo R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mel em garrafa pet - 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Mercado Interno R$ - 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
a. Institucional R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Iniciativa privada R$ 10,00 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00
Mercado Externo R$ - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
a. Exportação direita R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
b. Exportação assistida R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Refugo R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
69

I.10 RECURSOS DE FINANCIAMENTOS E PRÓPRIOS

RECURSOS DE FINANCIAMENTOS E PRÓPRIOS


Discriminação P1 P2 P3 P4 P5
Total 48325,00 48325,00 48325,00 48325,00 48325,00
Financiamentos 48325,00 48325,00 48325,00 48325,00 48325,00
PRONAF - INVESTIMENTO 22000,00 22000,00 22000,00 22000,00 22000,00
PRONAF - CUSTEIO
PAA 26325,00 26325,00 26325,00 26325,00 26325,00
Outros

I.11 CONSOLIDAÇÃO DAS ENTRADAS DE RECURSOS

CONSOLIDAÇÃO DAS ENTRADAS DE RECURSOS


Discriminação P1 P2 P3 P4 P5
Total 143.325,00 183.325,00 223.325,00 263.325,00 303.325,00
Projeção das Receitas com Vendas 95.000,00 135.000,00 175.000,00 215.000,00 255.000,00
Recursos de Financiamentos e Próprios 48.325,00 48.325,00 48.325,00 48.325,00 48.325,00

I.12 FLUXO DE CAIXA

Fluxo de Caixa
Discriminação P1 P2 P3 P4 P5
Entradas 143.325,00 183.325,00 223.325,00 263.325,00 303.325,00
Saídas 365.315,00 173.249,00 178.514,00 183.579,00 188.344,00
Saldo do Fluxo de Caixa -221.990,00 10.076,00 44.811,00 79.746,00 114.981,00
Saldo do Fluxo de Caixa Acumulado -221.990,00 -211.914,00 -167.103,00 -87.357,00 27.624,00

I.13 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

13 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)


Discriminação P1 P2 P3 P4 P5
Entradas 143.325,00 183.325,00 223.325,00 263.325,00 303.325,00
Saídas 365.315,00 173.249,00 178.514,00 183.579,00 188.344,00
Saldo do Fluxo de Caixa -221.990,00 10.076,00 44.811,00 79.746,00 114.981,00
Saldo do Fluxo de Caixa Acumulado -221.990,00 -211.914,00 -167.103,00 -87.357,00 27.624,00
TIR -60,77 5,82 25,10 43,44 61,05

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