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1. Introdução
Economistas clássicos eram da opinião que existe sempre um pleno emprego na economia ou que
sempre há uma tendência para o pleno emprego na economia. Esta visão é baseada na lei de Say
dos clássicos. Durante o período de 1929-1933, os países capitalistas foram ofuscados com a
grande depressão que provocou níveis de desemprego elevados e queda do rendimento nacional.
As fábricas não estavam operando na sua total capacidade produtiva. E a situação de desemprego
e depressão não pareciam desaparecer automaticamente. É então que a visão dos clássicos sobre a
tendência ao pleno emprego ficou abalada. Dai que a teoria dos economistas clássicos ficou
provada empiricamente como não viável.
É neste contexto que John Maynard Keynes um economista britânico escreveu seu livro “ Teoria
Geral de Emprego. Juro e Dinheiro”, na qual não só desafiou a validade da visão clássica do
emprego mas também apresentou a nova teoria de rendimento e emprego na qual é geralmente
acreditado ser a correcta pelos economistas modernos.
Este é um modelo com relevância para o curto prazo uma vez que Keynes assume que stock de
capital, tamanho da população e força de trabalho, tecnologia, eficiência de trabalho, etc., não
alteram. Por isso a teoria keynesiana, a quantidade de emprego depende do nível de rendimento
nacional e produção. Isto porque dado quantidades de capital, tecnologia e eficiência de trabalho,
aumentos no rendimento e produção podem ser obtidos através do emprego de mais mão-de-obra.
É importante ressaltar que os factores que determinam o nível de rendimento são os mesmos
daqueles que determinam o nível de emprego.
Os preços e salários não se ajustam rapidamente para balançar a demanda e oferta. Logo
esta teoria de rendimento e emprego assume que preços mantem constante.
Preço (P)
P Curva DA
Y PIBpm = y
A Demanda Agregada de Bens e Serviços (B/S) é composta pela demanda dos quatro macro
agentes económicos que tem as seguintes componentes:
DA = C + I + G + NX
A AO efectiva refere-se a produção que esta sendo efectivamente colocada no mercado, que pode
ocorrer também com recursos abaixo do nível de pleno emprego (com capacidade ociosa e
desemprego de mão-de-obra). A AO potencial é a que corresponde a produção no pleno emprego,
i é, produção máxima possível. A AO efectiva será igual a AO potencial quando os factores de
produção estiverem plenamente empregues.
Formato da curva de AO
Supondo um aumento na demanda agregada, as empresas podem reagir de três maneiras:
P OA
Trecho Clássico
P Keynesiana
Keynes focou neste modelo e dele derivou conclusões relacionadas as formulações de políticas.
Esta análise pode ainda ser extendida ao incorporar o Governo e comércio externo. Iniciaremos
com análise de determinação do rendimento nacional em economia de dois sectores com preços
fixos.
Despesa Agregada é o total das despesas na qual as famílias e empresas querem fazer em bens e
serviços (B/S) num dado período. Ao longo do tópico o termo Demanda agregada (DA) e Despesa
agregada (DE) serão usados em substituição uma pela outra. DA ou DE são compostas por duas
componentes: primeiro, existe uma demanda pelo consumo, e segundo existe uma demanda por
capital, o qual é denominado por investimento. Logo, por Despesa agregada queremos dizer quanta
despesa as famílias e empresas desejam fazer no consumo e investimento. Dai que,
DE = DA = C + I
Função consumo
Ela pode assumir varias formas, mas a mais comum no curto prazo é a que segue:
C = 𝐶̅ + cY onde 0 ˂ c ˂ 1
Nota: variáveis autónomas quer dizer que são exógenas ou não explicadas pelo modelo.
Função poupança,
A poupança (S) é a parcela do rendimento disponível que não é consumido pelas famílias, então:
Graficamente
C DA 𝐶̅ + cY
𝐶̅ - 𝐶̅ + (1-c)Y
0 45º
-𝐶̅ Ye Y (Rendimento)
Função Investimento
A procura por investimento pelas empresas está relacionada a técnicas de produção (maquinaria,
equipamento, infra-estrutura) e a variação de estoque. A demanda por Investimento (I) depende de
dois principais factores;
Logo a flutuação no nível de demanda por investimento no curto prazo depende principalmente da
eficiência marginal de capital. Os investimentos realizados pelas empresas num dado período de
tempo (curto prazo) não dependem do nível de produto e rendimento, mas por outros factores que
aqui serão considerados de exógeno, onde I = 𝐼 ̅ (Autónomo).
I I = 𝐼̅
Do gráfico acima podemos ver que o nível de rendimento (Y) não influencia a demanda por
investimento, pois a medida que o rendimento aumenta, o investimento mantém constante.
Em economia de 2 sectores a demanda agregada por bens e serviços é efectuada por dois agentes
económicos que é consumo das famílias e Investimento das empresas.
Y = DA DA Y=DA
Y=C+I
Y = 𝐶̅ + cY + 𝐼 ̅ DA= 𝐶̅ +cY+ 𝐼 ̅
Y – cY = 𝐶̅ + 𝐼 ̅
Y (1-c) = C + 𝐼 ̅ DA= 𝐶̅ +cY
Y=C+I
1-c
Y
e
0 Y
Onde a expressão:
1___ representa o
1-c multiplicador do Sector (dois sectores)
Nota: quanto maior for a Pmgc maior será o valor do multiplicador. O multiplicador mostra em
quanto vai variar o rendimento dada a alteração em uma das componentes da demanda
autónoma.
Imposto: T = 𝑇̅ + 𝑡𝑦
TR=̅̅̅̅
𝑻𝑹 (Transferências autónoma)
Dado que:
Y = DA = C+I+G
Y = 𝐶̅ + cYd + 𝐼 ̅ + 𝐺̅
̅ (despesas autónoma)
𝑨
Y 1-c (1-t) = 𝐴̅
Y= _ 1 __ * 𝐴̅
1-c (1-t)
1-c (1-t)
DA=Y = C + I + G + (X-M)
𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑁𝑋
𝑌 = 𝐶̅ + 𝑐𝑦𝑑 + 𝐺̅ + 𝐼 ̅ + 𝑁𝑋
̅̅̅̅ − 𝑚𝑦
𝑌 = 𝐶̅ + 𝑐 (𝑦 − 𝑇̅ − 𝑡𝑦 + 𝑇𝑅
̅̅̅̅ ) + 𝐺̅ + 𝐼 ̅ + ̅̅̅̅
𝑁𝑋 − 𝑚𝑦
𝑌 [1 − 𝑐 (1 − 𝑡) + 𝑚] = 𝐴̅
𝑨̅
𝒀=
𝟏−𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎
1
Sendo que: 𝛼 = multiplicador do modelo
1−𝑐+𝑐𝑡+𝑚
Actividade de aprendizagem
Bom Trabalho!