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CRESCIMENTO ECONÓMICO

0. Introdução:

A opção pedagógica nesta disciplina será clara e assumidamente a aprendizagem


activa. Continuar-se-á a privilegiar uma abordagem intuitiva, progressivamente
mais complexa dos conteúdos temáticos. Neste contexto, o recurso á análise
gráfica e utilização de exemplos e casos reais e o estímulo á intervenção dos
alunos, constituirão as estratégias usadas.

1. Objectivos da Disciplina e Metodologia:

O objectivo geral é fornecer as bases teóricas e metodológicas para a avaliação


quantitativa de impacto de políticas na pobreza. A abordagem do curso é
baseada em dois conjuntos coordenados de conteúdo, a saber:

- Revisão crítica de teorias e modelos, e

- Análise empírica de estudos de caso,

- Aprofundar, consolidar e desenvolver conhecimentos de análise


macroeconómica já abordados de forma introdutória em Introdução à
Macroeconomia,

- Aprender, compreender e aplicar conhecimentos de análise macroeconómica


de nível intermédio que permitirão aos estudantes identificar, interpretar e
analisar o contexto real macroeconómico e de economia aberta em que
desenvolverão a sua actividade profissional, nomeadamente no que diz
respeito às diversas políticas públicas;

- Contribuir para a utilização de abordagens consequente com os principais


fundamentos da análise macroeconómica, na resolução de problemas,

- Estimular o gosto pela Economia e pela Macroeconomia em particular.


CAPITULO I.

MODELOS MACROECONÓMICOS DE CRESCIMENTO POTENCIAL DE


LONGO PRAZO

1.1. Observações Gerais

O crescimento económico: um fenómeno relativamente recente e ainda pouco


compreendido. O crescimento económico e do equilíbrio dinâmico entre países
(ou seja, nas taxas de crescimento e dos níveis de PIB) é também um
fenómeno relativamente recente. Até o século XVII e XVIII, o PIB / c (e da
população) estava estagnado.

1.2. O modelo Harrod-Domar.

Após esta breve desvio no crescimento, voltamos para os modelos tradicionais,


começando com o modelo Harrod-Domar. É um modelo simples e influente de
inspiraçãokeynesiana (com base em artigos destes autores em 1939 e 1946)
que liga o “curto ao longo prazo”. Será que depende da taxa de crescimento do
PIB / c por duas variáveis principais:

- Taxa de Poupança (Capital/ proporção do produto)

- Taxa de crescimento da população (taxa de depreciação do capital físico).

(I) o crescimento do PIB. Em uma economia fechada, sem despesas


correntes do governo, os dados Y, C, S, I (PIB, consumo, poupança e
investimento) contabilidade nacional diz-nos que, ao mesmo tempo,
temos que Yt= Ct + St , e que Yt = Ct + It e que, por conseguinte, St =It
vamos relembraragora a equação básica que mede a acumulação de
capital social Kt+1 = Kt (1-δ)+Ite apresentamos os seguintes conceitos:

- Taxa de poupanças= St/Yt→St=sYt


- Relação capital / produto(capital output ratio) v=Kt/Yt→Kt=vYt
- Taxa de crescimento da economia: g= (Yt+1-Yt)/Yt
(ii) crescimento do PIB / capita. Nós introduzimos agora a população
Pt+1= Pt( 1+n).

Onde:
n é a taxa de crescimento anual da população ePIL/c = Yt+1/Pt+1 =
Yt+1.

(iii) Armadilhas da pobreza no modeloHarrod-Domar. Este modelo


pode ajudar a explicar a persistência (ou equilíbrio) de "armadilhas de
pobreza a um baixo nível de PIB / c", fenómeno definido na literatura
anglo-saxónica como um baixo nível de equilíbrio
“lowlevelequilibriumpovertytraps” armadilhas de pobreza, ou seja, a
situação de pobreza generalizada e estável. Isso mostra que, dada a
taxa de poupança s fracos (típico de economias de baixa renda), uma
alta taxa de crescimento da população n, e uma forte dependência de
tecnologia do exterior.

(iv) Instabilidade Harrodiana. o resultado obtido é válido se I = S


Consideramos agora modelo Harrod-Domar, em uma economia aberta,
lembramos, neste contexto, a relaçãoex-post (S-I) + (T-G) = (X-M) e
assumimos também por momento queT=G.Dadas essas premissas, o
impacto do desequilíbrio de poupança-investimento é reflectida nas
contas com estrangeiro. Podemos considerar três situações:

- S> I (expectativas pessimistas) → X >M


- S = I (expectativas equilibradas)→ X = M
- S < I ((expectativas euforia)→ X < M

(v) As limitações do modelo Harrod-Domar. O modelo HD, como


seus antecessores, como o modelo de Feldman (usado pelo plano
soviético) ou seus refinamentos e extensões para mais áreas, como o
modelo de Mahalanobis (desenvolvido pela Comissão de Planeamento
indiana nos anos cinquenta e sessenta). Eles têm sido o "carro-chefe"
da primeira modelagem de crescimento de inspiração keynesiana-
intervencionista. Na Índia, por exemplo, a Comissão de Planeamento
desenvolveuduas versões e quatro áreas do modelo que visa a criação
de uma lógica defensiva paraa intervenção do governo para aumentar
a taxa de poupança, M1 / M2 e PIB / PIB e da taxa de acumulação ,
especialmente a indústria pesada. No entanto, o modelo HD reflecte
como sempre a característica estrutural típica da época em que foi
formuladopor exemplo:

-O crescimento parece ser totalmente independente de oferta de


trabalho (qualificado ou não qualificado),

- O modelo assumerendimentos constantes de capital. Uma


hipótese que é pouca verificada hoje em dia nos PS (PD), onde o
aumento do capital social gera retornos “saída decrescente”

- A taxa de poupança. "S" tende a mudar, dependendo do nível do


PIB / c (neste caso, "s" torna-se endógena),

- A taxa de crescimento da população"n" é também influenciada


pelo PIB / c, uma vez que o seu aumento reduz a necessidade de
procriar crianças por razões de sobrevivência na velhice,

- A relação de capital produto depende do preço relativo dos


factores, e portanto, endógena e não exógena.

Possíveis alternativas passam por um esforço determinado (ainda que


temporário), que visa:

- Formação forçada de poupança (o que levanta "s"),


- Adopção de tecnologias apropriadas (que abaixa “v "intensidade de
capital no processo de produção),
- Redução da fertilidade através de medidas sanitárias e segurança
social (que reduzem o "n").
- Um maior esforço para a manutenção do estoque de capital.
1.3. O modelo de Solow

(i) O contexto histórico. Nos anos cinquenta, sessenta e parte dos


anos setenta (e a "segunda idade de ouro do capitalismo") foram
caracterizados não só por um aumento na taxa de acumulação,
mas também por um notável desenvolvimento de conhecimentos
técnicos e uma redução rápida do desemprego e como resultado
de uma forte aceleração do crescimento económico, tanto no PS
“PD” e em países em desenvolvimento.
A representação do processo de crescimento previsto pelos
modelos do tipo HD, em seguida, tornou-se cada vez mais
inadequada.

Nestas circunstâncias, tornou-se óbvio que pensar de explicar o


nível de produção eo crescimento económico no longo prazo,
referindo-se a todos os factores utilizados no processo de
produção (ou seja, L Trabalho, Terra T, Capital K, PT e o
progresso técnico que aumenta a produtividade do trabalho). Em
símbolos:

(16) Y= f ( T, K, L, PT)

(ii) Características do modelo básico.Neste contexto, em 1956,


Solow propôs um modelo em que a produção agregada (e seu
aumento ao longo do tempo, ou seja, “crescimento”) é
representada por uma função de produção particular, de “Cobb-
Douglas” (em que ignora a terra, não mais central em um
processo de produção dominada pela indústria e serviços), que
em sua "versão extensa" assume a forma:

(17) Yt= AtKtɑLt ( 1-ɑ )

Onde:
- At: é um índice de progresso técnico (At= A(1+Ƭ)t que
cresce ao longo do tempo a uma taxa constante Ƭ dada
exogenamente,
- Kt e Lt: são o estoque de capital e trabalho,
- ɑ e (1-ɑ): são os parâmetros que medem a elasticidade
de que cresce no produto o que diz respeito a um aumento de
unitário de K e L.A produtividade marginal do capital (MPK) e do
trabalho (MPL). Eles são As derivadas parciaisda função K e L.
Ou seja,

(18) MPK= δY/δK= ɑAK (ɑ-1) L(1-ɑ)

(19) MPL = δY/δL = (1-ɑ) AKɑL-ɑ (1-ɑ) Y/L

Do que podemos deduzir que, se os factores de produção são


pagos de acordo com sua produtividade marginal e MPK MPL
"aquota capital " e a quota salário "no produto agregado são:

(20) MPK* K =ɑY/K* K = ɑY

(21) MPL* L = (1-ɑ) Y/L*L= (1-ɑ)Y

Onde no final (1-ɑ) e “ ɑ “ (e parâmetro da função de produção).

(iii) A decomposição Solow contribuição relativa do crescimento


aos diversos factores de produção. Na versão anterior, o modelo
de Solow nos diz quais são os factores que explicam o
crescimento, mas não especifica qual é o contributo real
fornecido por eles no passado, em um determinado país.
(IV) As propriedades dinâmicas do modelo de Solow: o crescimento
uniforme (steady state growth)

(a)O crescimento sem progresso técnico.Qual é a taxa de crescimento


esperada do modelo de Solow, a curto e longo prazo? Para responder a
esta questão, partimos da sua "forma intensa". Dividindo tudo por L,:
(22) Yt = ktɑ(Se assumirmos que não há progresso técnico)

Encontrar, portanto, uma relação em que a produção por trabalhador (Yt/Lt


= yt)cresce em uma proporção de capital por trabalhador (Kt/Lt= kt).
Naturalmente, a aumento de K / L depende da taxa de poupança por
habitante. Isso afecta a acumulação global de capital que, por sua vez,
determina a tendência de capital por trabalhador k t.
o modelo assume muito plausível que a poupança anual é uma fracção
constante "s" o produto por trabalhadorf (k)ou seja, queS =s f (k).

Gráfico 2. Crescimento e convergência “steadystate” no modelo de Solow sem


progresso técnico.

Y* y=f (k)prod

I=(d+n)k , inv

σ=sy =s f(k) poupança

S2

S1 i2

I1

K 1→ k2→ .......................k*........kn-1 ←kn Cap (K)


Capital K2que me permite produzir um output Y2que me gera s2> i2 e, portanto, é
capaz de financiar um investimentoi3que me faz subir o capital por trabalhador
em k3.Este processo irá continuar até que atinge endogenamente k*.Se partida
em vez de um nível de capital por trabalhador k n> k *, em seguida, o
investimento necessário para manter constante k é maior do que as economias
sn e assim o capital cairá para kn-1, que será capaz de produzir apenas xn-1 e
assim por diante. Assim, mesmo se o k inicial é maior do que k*, mais cedo ou
mais tarde isso vai convergir a k*. O sistema económico irá convergir de uma
forma estável para o capital por trabalhador k * em que o saldo i = s será
duradouro e nos levará a uma produção per capita (“steadystategrowth “) igual
a y * que se mantém constante ao longo do tempo. Disto se segue que
crescimento uniforme:

(23) Δy*/y* = 0

Além disso, deve notar-se que sek* (=k/l)* e y* =(Y/L)* manter-se constante, o
que implica que os numerador e denominador destas funções crescer na
mesma taxa, e assim, no estado estacionário (crescimento constante)) K,X e
Ltodos cresceram à mesma taxa e que ΔK/K= ΔY/Y = ΔL/L.

(b)O crescimento com progresso técnico. Até agora, a análise das


características dinâmicas do modelo de Solow excluiu o progresso técnico.
Agora, considere a mesma análise com o progresso técnico de uma forma
intuitiva para ilustrar o seu impacto: inicia-se a partir da relação y t=AtKtɑ = A
(1+Ƭ)tktɑ Tendo em conta que o progresso técnico At aumenta a uma taxa
anual Ƭ (> 0).
Gráfico 3 Convergência no modelo de Solow com progresso tecnológico

Y=A 2f(k) tempo

Y=A 1 f(k)tempo 1

y3 y= A0 f(k)tempo0

y2

y1

k 1* → k 2* → k 3* (K)

Em resumo, o modelo de Solow nos diz que, uma vez atingido o estado
estacionário, o PIB cresce a uma taxa igual de força de trabalho e do progresso
técnico, enquanto o PIB / cresce exclusivamente a taxa Ƭ.

(c) Efeito de um aumento da taxa de poupança ou a força de trabalho.

Perguntarmos agora o qual é o efeito de um aumento na taxa de poupança


sobre o crescimento do produto (lembrando que no modelo Harrod-Domar, tem
o efeito de aumentar a taxa de crescimento perpetuamente).

No gráfico de 4 parece que um aumento da taxa de poupança tem


um“leveleffect”que é um efeito sobre acurva de poupança que sobe (visto que
s2> s1) e que, portanto, permite aumentar o capital de k * k **, fato que permite
gerar um produto para trabalhador maior y * *> y *.
Figura 4 Efeito de um aumento da taxa de poupança em crescimento

I = (d+n) k

S2y = s2 f (k)

S1y = s1f(k)

Y**

Y*

K* k** (k)

Graficamente, os efeitos do aumento de s em y e Δy / y pode ser representado


da seguinte maneira, no tempo“t0”, estamos em uma situação de crescimento
uniforme y*. Se s sobe, k aumenta gradualmente e permite que você produza
um aumento y embora a taxa decrescente. Este processo continua até que se
atinja o novo estado de equilíbrio caracterizado produto “trabalho” y **> y *.

(v) As implicações do modelo de Solow para a convergência. Este modelo


tem implicações importantes em termos de tendências de longo prazo do
produto“trabalhador” em países diferentes.

Examinamos aqui as implicações sobre a convergênciaincondicional e


convergência dos níveis do PIB ou funcionário (unconditionalconvergence).

(vi) Vantagens e limitações do modelo de Solow. Este modelo é mais


próximo da realidade, em alguns aspectos.
Entre as suas vantagens, vemos ocapital / produto é endógena a razão (que
foi assumida no modelo exogenamente HD), que varia de acordo com o nível
de capital por trabalhador e os parâmetros da função de produção. O modelo
também introduz o conceito de progresso técnico e capturar algumas das
correlações típicas do processo de crescimento. No entanto, o modelo de
Solow explica parte da baixa variação entre os países.

Por fim, o modelo de Solow ignora factores importantes que serão assumidas
nos desenvolvimentos teóricos posteriores (como no caso do capital humano)
ou ainda não ter sido capaz de incluir neste modelo (como no caso dos
incentivos, bens públicos, o comércio internacional e assim por diante).

4 Teorias de crescimento endógeno

Essas novas teorias tentam expandir o modelo básico de Solow

(a) Endogeneizando algumas variáveis-chave (como o progresso técnico) e

(b) A introdução das variáveis de extensão possível até então ignorados (como
o capital humano). Dadas certas suposições, estes modelos permitem tirar
conclusões, como veremos muito diferentes daqueles (implausível) Solow.

(i) O modelo "Solow alargado" Mankiw - Romer - Weil (1992).


A inovação deste modelo é a introdução explícita no modelo tradicional de
capital humano, um factor que varia um pouco dentro dos PS “PD” e ainda mais
nos países em desenvolvimentos PSD). Vários países em desenvolvimento (os
da África e partes desses latino-americanos), mostram um atraso significativo
nesta área, este fato pode ajudar a explicar o baixo nível de renda.
A hipótese básica é que, de fato, parte do "residual" não se explica em função
de Cobb-Douglas com dois factores"
Qualidade da força de trabalho. "Forte com esta ideia, MRW, portanto,
desenvolver uma função de produção que toma a forma seguinte:

(24) Yt = AKtɑHtyLt β
Tabela 5. Parâmetros da função de produção alargada “Cobb-Douglas” por
grupos de países

parâmetros PVS NON- PVS OCDE


OIL INTERMEDIÁRIOS
Mankiw-Romer-Weil (1992)
-capital físico(ɑ) 31 29 14
-capitalhumano 28 30 37
(ɤ)
-Trabalho (β) 41 41 49
-Progresso 1.30 1.80 2.00
técnico (Ƭ)
Islam (1996)
-capital fisico (ɑ) 68 69 54
-capitalhumano(ɤ) 23 13 11
-Trabalho (β) 0.9 18 35
Progresso 1.10 1.20 1.90
técnico(Ƭ)
Fonte: Corniaet al. 1997.

Quando o novo factor H representa o capital humano ou anos de


escolaridade, “tranningad hoc” e experiência da força de trabalho.

(ii) Limites da teoria do crescimento endógeno


Ao se aproximar mais da realidade, essas teorias ignorar factores-chave
como o comércio internacional e(learningbydoing).Eles não consideram o
problema de outros incentivos (ligado à distribuição dos factores e do
produto) e capital social. Finalmente, é importante notar que toda esta
modelagem refere-se a um quadro claro de neoclássico.

(iii) Algumas conclusões e comparações


É interessante notar que a exposição a concluir que, apesar do enorme
progresso alcançado ao longo dos últimos 50 anos, a teoria do
crescimento ainda não foi capaz de incorporar uma formulação
matemática que permite estudar facilmente as características e
propriedades de funções de produção com muitos argumentos. Vários
factores no actual debate teórico e empírico é considerado estimulam
para o crescimento, como a participação no comércio internacional e
uma distribuição equitativa do redito.

Finalmente, vale a pena comparar algumas das principais características


desses modelos e sua aplicabilidade nos PS“PD) e nos países em
desenvolvimento (PSD), a comparação é feita na Tabela 6.

Tabela 6 Comparação entre vários modelos de crescimento.


Harrod-Domar Solow MRW Romer
Capital físico Capital físico, Capital físico,Capital
Fatores trabalho, capital humano,físico,
Chaves de progresso técnico trabalho, capital
Produção (exógeno) progresso técnico
humano e
(exógeno) progresso
técnico
endógeno
Rendimentos Constantes A diminuição em Constantes em H e ...............
de Escala ambos os factores K em conjunto
características crescimento crescimento Crescimento não foi
dinâmicas perpétuo estacionário perpétuo estudado
A
convergência Lacuna constante
entre os Convergência Connverg.Condi. Nao Convergência Não
países (se n,s,d,Ƭ igual) estudado
-nível PIB / c Conv se Ƭ igual Convergência nos
- Tassa de PS
Crescimento
aplicabilidade Realista em países Reflecte melhor Mas realista que Sa avicina
com pouco capital as condições seja nos PVS que abastante
em duma economia nos PS na situção
desenvolvimento, matura dos PS,
mas pegando mal menos
desaceleração dos PVS
O crescimento no
PS
Fonte: Mabiala. Al 2014.
BREVE ABORDAGEM SOBRE OS MODELOS
HARROD DOMAR, SOLOW
E
MANKIW – ROMER – WEIL

NA REALIDADE ANGOLANA
INTRODUÇÃO

A heterogeneidade da dimensão das economias divide os Países ricos e pobres,


com taxas de crescimento diferenciadas.

Entre os Países ricos e pobres existem aqueles que se movem nas duas direcções.

Assim, em função dos objectivos gerais pretendidos procura-se através desta


segunda parte explicar e explorar as modernas teorias do crescimento económico,
e, com base na apreciação crítica da realidade Angolana e dos princípios teóricos,
económicos e seus efeitos nos países subdesenvolvidos, por um lado, e eventuais
soluções alternativas de políticas económicas, passíveis de ajudar a mitigar aqueles
efeitos perniciosos e a ajustá-las à nossa própria realidade económica, financeira,
social e cultural.

Nesse sentido, dado o pouco tempo disponível, lançou-se mão das estatísticas
nacionais relativas a alguns indicadores para se analisar o impacto do activo
principal, o capital humano, no Sector da Educação, o PIB, a taxa de natalidade, a
população, a taxa de analfabetismo, a taxa de escolaridade por níveis de ensino, a
fecundidade média por mulher, o stock de capital humano, a pobreza, a riqueza e o
índice de desenvolvimento humano.

Faz-se a combinação da abordagem instrutiva com a ênfase educativa, do ponto de


vista investigativo, conceptual e aplicativo.

Não se pretende discorrer sobre o detalhe teórico relativamente a matéria, por


razões óbvias, mas sintetizar os aspectos fundamentais, que nos permitem
demonstrar e responder a algumas interrogações:

- Como o modelo explica a situação da riqueza ou de pobreza das Nações?


- Qual o motor do crescimento económico?

- Porque razão países sem recursos naturais são ricos e países com recursos
naturais são pobres?

A evolução do pensamento económico ao longo do tempo, a análise evolutiva dos


indicativos económicos e sociais dos países subdesenvolvidos em geral e do nosso
país em particular vai permitir-nos compreender e tirar conclusões sobrepropostas
de caminhos a seguir para a reversão ou melhoria do quadro actual.

Após a introdução,é apresentado o modelo HARROD DOMAR, referindo-se aos


factores que influenciam o crescimento económico com as variáveis da poupança e
do crescimento populacional, com efeitos negativos sobre a acumulação de capital,
apresentando limitações como o equilíbrio estacionário.

De seguida, é apresentado o modelo de Solow criticando o modelo HD,


introduzindo o progresso tecnológico, como factor que pode sustentar o crescimento
económico de longo prazo no produto por trabalhador, sendo considerado por
conseguinte a fonte de crescimento per capita sustentado.

Abordam-se os modelos de Mankiw – Romer - Weill, que criticam Solow,


considerando a tecnologia insuficiente para o crescimento económico sustentado e
introduzem o capital humano como fonte de diferenciação entre os países.

O capital físico, o progresso tecnológico, e o capital humano, como fonte de


prosperidade e riqueza das nações. Faz-se uma abordagem ao caso Angolano
conforme referido anteriormente, com enfoque no Sector da Educação.

Explica-se também a questão da armadilha da pobreza.

Eefectua-se uma análise comparativa dos indicadores do País Angola. Por exemplo
a taxa de crescimento da população e a taxa de crescimento do PIB/ Per capita.
Analisa-se a influência do capital humano da educação no crescimento económico
do país, partindo dos 3 níveis (primário, Secundário, terciário).

O stock do capital humano e o PIB/ Per capita, vão crescendo em simultâneo, com
tendência superior ao nível do primeiro indicador.

No último capítulo tecemos as considerações finais sobre toda a abordagem feita


“ex-ante”.

OBJECTIVO:

Convictos de que o crescimento económico angolano só poderá ser duradouro se a


força de trabalho aumentar o seu nível de escolaridade, elegemos como objecto da
nossa pesquisa o Capital Humano Angolano num quadro de análise
macroeconómico que nos é oferecido pela Economia do Crescimento.

O objecto principal da nossa pesquisa é o Capital Humano de Educação como fonte


de Crescimento Económico. Neste âmbito, procura-se analisar o impacto do Capital
Humano de Educação, população angolana economicamente activa sobre o Produto
Interno Bruto de Angola (PIB).
1. MODELO HARROD – DOMAR

1.1. O Modelo de Harrod Domar a sua aplicabilidade no


contexto Angolano

O modelo de crescimento económico de Harrod-Domar é bastante simples na


medida em que dá primazia à acumulação de capital mas não garante qualquer
equilíbrio automático e necessário da economia através dos mecanismos de
mercado. Adequa-se melhor à explicação do processo de desenvolvimento
económico.

Este modelo tem sofrido várias críticas por não deixar explícito o papel do progresso
técnico no processo do crescimento económico e por não admitir substituibilidade
entre os factores de produção, nomeadamente capital e trabalho.

Não deixar de merecer atenção e serem essenciais para a compreensão do


processo de desenvolvimento económico, embora apresentem sérias limitações,
modelo tão simplista como é o caso em questão.

As limitações desses modelos derivam do alto nível de abstracção em que são


concebidos, em busca de generalização, acabando por eliminar ou ignorar o
carácter essencialmente histórico do processo de desenvolvimento económico.

Em consequência, esses modelos formais não conseguem considerar todos os


aspectos estritamente económicos da realidade; muito menos logram abranger os
aspectos sociais, políticos, culturais, religiosos e antropológicos envolvidos no
processo de desenvolvimento e, portanto, não têm possibilidade de levar em
consideração as relações de dependência e dominação entre os países e entre as
regiões de um mesmo país, as quais definem, em cada momento histórico os
respectivos estágios de desenvolvimento e subdesenvolvimento.
Por outro lado, quanto mais abstracto e quanto mais simples for um modelo, maior
resultará o seu poder explicativo geral e mais fácil sua compreensão. Define-se,
assim, um dilema metodológico básico, que pode ser resolvido pelo cientista social
de forma simplista, seja pela recusa radical dos modelos, como fazem os
economistas historicistas, seja por sua aceitação subordinada ao pressuposto da
possibilidade de desenvolver um modelo geral aplicável ao sistema capitalista,
independentemente de considerações históricas.

Para nós, as duas alternativas é aceitável. Combina-se nessa acepçãoobjectivos


educacionais ao estudar, analisar e desenvolver teorias abstractas, mas não perder
de vista objectivos instrutivos que conduz à análise de situações históricas
concretas em que as relações económicas estão inseridas, no caso concreto a
realidade angolana.

Assim, a solução este dilema é continuar a procurar definir modelos altamente


abstractos, mas que possam, em seguida, ser adaptados ou ajustados para a
explicação o caso angolano e ter sempre pressente que esses modelos apresentam
uma visão parcial do problema angolano.

Dentro dessa perspectiva, ao analisar o modelo Harrod-Domar para o caso


angolano deparamos que o estágio de desenvolvimento de Angola podem ser
explicado por uma baixa taxa de poupança e uma elevada taxa de crescimento
populacional, esta em particular se comparada directamente com a taxa de
rendimento per capita.

Angola é um País potencialmente rico que durante década foi subjugado a uma
colonização que não permitiu ditar os seus próprios destinos. Apesar de durante a
sua história ter acumulando um certo stock da capital, este estava condicionado ao
próprio regime colonial e numa população estritamente concentrada. Noutro modo o
processo de produção não permitiu a criação duma classe de rendimento médio que
possibilitasse uma taxa de poupança adequada. Questão de índole cultura e social
ainda não enraizada não permite uma cultura de poupança sistemática. Como
consequência, baixa taxa de poupança e decorrente baixo nível de stock de capital
necessário para o investimento.

Por outro lado, questões de índole sociais e culturais, hábitos e costumes, invocam
uma taxa de crescimento de população não compatível com a taxa de rendimento.

Mas a taxa de crescimento populacional não é um entrave por si no processo do


desenvolvimento, em particular de Angola. Advogamos que o aumento da taxa de
crescimento populacional contribui para aumentar a força produtiva, que é o
trabalho, tanto rural como urbano essencialmente quando não nós encontramos
numa fase de saturação. O importante é que esse crescimento seja sustentável a
prazo, atinja a idade adulta com capacidade de gerar riqueza.

1.2. Análise do Modelo de Harrod Domar

É um modelo Harrod Domar é um modelo de inspiração Keynesiana que


procura interliga o curto e o longo prazo com base em duas variáveis: a taxa de
poupança e a taxa de crescimento da população.

Domar começa por afirmar que as condições de equilíbrio keynesiana a curto


prazo — poupança planificada igual ao investimento planificado — são
satisfeitas e parte do princípio de que a poupança e o investimento são
proporções constantes do produto nacional (s):

St = It = sYt com 0 < s < 1


O investimento It, de acordo com o princípio do acelerador, é uma proporção
constante da taxa de crescimento do produto:

d Yt
I t=v
dt

1
em que v é o coeficiente de aceleração, v= θ o inverso do coeficiente de capital

técnico.

Para Harrod, a taxa de crescimento em equilíbrio vária directamente com s e


com v. Quanto maior é a fracção do rendimento que é poupada, maior será a
taxa de crescimento do produto nacional a fim de induzir (através do princípio
da aceleração) investimentos suficientes para absorver a poupança planificada
e, quanto mais pequeno for o acelerador v, mais pequeno será o investimento
induzido para qualquer nível de crescimento do produto nacional.

O Modelo Harrod-Domar tem como pressupostos básicos:

1- A poupança, s, é uma proporção constante do produto st = sYt

2- A população cresce a uma taxa constante, n, Pt+1 = Pt(1+n)

t K 1
3- O coeficiente produto capital v, v= Y  K t =v Y t sendo v= θ
t

E parte do princípio de que o investimento agregado apresenta dois efeitos:

1. Efeito demanda ∆ I →∆ dademandapeloproduto(∆ Y )

2. Efeito capacidade ∆ I →∆ dacapacidadedae conomiaemeleboraroproduto(∆ k )

Ou seja, o investimento amplia demanda efectiva e a capacidade produtiva.


A equação da taxa de crescimento do produto derivado da dinâmica do capital
estabelece uma relação entre a propensão para poupar e investir, a
produtividade de capital, a taxa de crescimento populacional e a depreciação do
capital
s
g y = −n−δ
θ

1.3. Análise crítica do Modelo de Harrod -Domar

O modelo de Harrod sofreu diversas críticas, principalmente no que tange à


invariabilidade dos coeficientes, a propensão a poupar e a razão
capital/produto.

Assim segundo Harrod-Domar, baixas taxas de crescimento podem dever-se à


baixa propensão para investir e poupar, à baixa eficiência produtiva e às altas
taxas de depreciação e de crescimento populacional.

Está subjacente ao modelo a armadilha da pobreza que explicar um equilíbrio


persistência de baixo nível do PIB, low level equilibrium proverty traps, ou seja
um equilíbrio em situação de pobreza generalizada e estável. Resulta duma
taxa de poupança baixa como consequente de baixo rendimento (grande
proporção de rendimento vai para o consumo) associado a nível população e
respectiva taxa de crescimento que impõe forte dependência do exterior.

Associado o modelo de Harrod-Domar está ao equilíbrio denominado “fio da


navalha” e instabilidade, denominada instabilidade Harrodiana.

O modelo assume que o capital e trabalho devem ser usados em proporções


fixas na função de produção. Assim, obtém-se um equilíbrio fio da navalha se a
força de trabalho e o capital crescerem a taxas diferentes, a economia entra em
estrangulamento.
Se a taxa de crescimento de população for endógena o modelo gera a
armadilha de pobreza y(baixo) e o limiar do desenvolvimento y(alto)

Instabilidade que para Harrod, “O nível de produção estabelecido a partir de


uma dada taxa de crescimento garantida é um equilíbrio móvel, no sentido de
que ele representa o nível de produção no qual os produtores, vão que fizeram
a coisa certa, o que vai induzi-los a continuar no mesmo nível em períodos
seguintes (Harrod, 1939, p.22).

E no sento do Domar, a instabilidade é resultado do facto de não existirem


mecanismos endógenos ao sistema que façam com que o investimento alcance
montante suficiente para o aumento do produto potencial na medida requerida
pela expansão da demanda agregada.
No que tange a realidade angolana, a nossa percepção é que, no processo do
desenvolvimento económico não basta somente a análise comportamental da
taxa de poupança, do crescimento população. Existem outros factores de
desenvolvimento que serão incorporados nos momentos a serem
apresentando. Podemos referir, o pregresso técnico, endogeneização dalgumas
variáveis, o capital humano e as relações com o exterior.

Em conclusão, a solução à instabilidade do modelo Harrod-Domar serão


apresentados pelo modelo de Solow em um modelo agregado de equilíbrio
competitivo.

2. MODELO DE SOLOW

O modelo de Solow é considerado por diversos autores (Mankiw, 1995; Romer,


1996; Obstfeld & Rogoff, 1996) como a primeira tentativa sistemática de
explicar o fenômeno do crescimento econômico de longo-prazo com base no
instrumental neoclássico de análise. Muito embora o próprio Solow (1956,
p.65-66) tenha afirmado que o objetivo fundamental de seu modelo de
crescimento era demonstrar que as conclusões do modelo de Harrod (1939) a
respeito da relação entre crescimento e desemprego só seriam válidas em
condições muito particulares (Cf. Solow, 1956, p.56); o modelo em
consideração passou a ser utilizado pelos economistas neoclássicos como o
instrumental básico para a análise dos determinantes do crescimento
econômico.
Pressupostos:
1- no longo prazo, a taxa de poupança de uma economia determina o stock de
capital e com isso, o seu produto. Quanto maior a taxa de poupança, maior o
capital realizado, e mais alto o produto.

2- o aumento da taxa de poupança proporciona um período de rápido


crescimento ,mas eventualmente esse crescimento diminui à medida que se
alcança o novo estado estacionário; assim, embora a poupança proporcione um
elevado produto no estado estacionário, por si só não pode gerar crescimento
económico sustentado.

3- o nível de capital que maximiza o consumo no estado estacionário é o da


regra de ouro.

4- o modelo mostra que a taxa de crescimento populacional de uma economia é


outro determinante do padrão de vida de longo prazo e quanto maior a taxa de
crescimento populacional, menor o produto por trabalhador.

5- Neste caso, no estado estacionário a taxa de crescimento da renda per


capita é determinada exclusivamente pela taxa exógena de progresso
tecnológico.

• A funçao de produçao é do tipo cobb-douglas:

• Com factores de produção: t,k,l,pt; sendo: yt = f(t,k,l,pt); sendo at - o


índice de progresso técnico ;kt e lt, são os stoks de capital e trabalho; α e
1- α, são os parâmetros que medem a elasticidade do aumento do
produto para uma unidade adicional de k e l.
3- MODELO DE SOLOW ALARGADO – MRW(1992)
Segue-se, portanto, o modelo original de Solow,embora não seja
incompatível com a existência de alguma diferença entre os níveis de
renda perca pita, não é capaz de explicar a magnitude das
diferenças empiricamente observadas nos valores da variável em
consideração.
Segundo Mankiw, Romer & Weill (1992), o modelo original de Solow não
consegue dar conta das diferenças em consideração por se basear numa
concepção muito estreita de capital. De facto, o estoque de capital é tido como
sendo constituído unicamente de capital físico.

Essa definição seria a responsável por um baixo valor, uma vez que todos os
rendimentos que não sejam originados pela posse de capital físico estariam
sendo atribuídos ao trabalho.

Assim, a introdução do capital humano, como uma inovação do modelo, exige a


ampliação da definição de capital;

Nesse contexto, consideremos que a quantidade produzida seja uma função de


três insumos: o capital físico (k), o capital humano (h) e o trabalho (l).

A função de produção utilizada no modelo mrw (1992), é do tipo cobb-douglas e


apresenta, igualmente, as propriedades de uma função de produção
neoclássica da economia. Sendo assim, a seguir, apresentamos a função de
produção e realçamos os aspectos que são novos relativamente ao modelo
anterior.
Em particular, consideremos que a função de produção seja dada pela seguinte
equação:
α β 1−α−β 1−α −β
Y =F ( K , H , AL )=K H A L

Os autores N.Mankiw, D.Romer e D.Weil, em artigo publicado em 1992,


apresentam numa extensão ao modelo de Solow-Swan, através da inclusão de
mais um factor de produção, o capital humano com progresso técnico e com
dois factores acumuláveis, capital físico (k) e capital humano (h). Assim, o
modelo de crescimento de mrw (1992) é um modelo de crescimento de
equilíbrio de ssg, unisectorial (bem produzido indiferenciado, capital
homogéneo), com taxa de progresso técnico e taxa de crescimento da
população exógena, taxa de poupança constante e dois factores acumuláveis:
capital físico e capital humano.
1- Podemos observar, NO GRÁFICO ANTERIOR, que o modelo de MRW
apresenta um ponto de equilíbrio globalmente estável. Em qualquer sub-região
deste diagrama de fase, as setas relativas a cada variável apontam a respectiva
curva de demarcação. Assim, o equilíbrio é atingido quaisquer sejam as
condições iniciais do sistema definidas por um ponto do plano com (k ̂,h ̂) ≠
(0,0).

2- Na dinâmica de ajustamento há efeitos positivos sobre o rendimento per


capita de SSG e sobre a taxa de crescimento de SSG de uma alteração positiva
na taxa de investimento em capital físico e/ou em capital humano.

4- SITUAÇÃO DE ANGOLA

4.1- INDICADORES
4.1.1- População - ano 2005
4.1.2- Taxas de crescimento PIB e natalidade – angola
4.1.3- Participação do capital humano no PIB
4.1.4-Tendencia do PIB pelo capital humano de educação
4.2- ARMADILHA DE POBREZA

4.1.1- POPULAÇÃO
• Indicadores sobre a População angolana:
4.1.2-TAXAS DE CRESCIMENTO PIB e NATALIDADE – ANGOLA

4.1.3-PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL HUMANO NO PIB


1-A taxa de analfabetismo em angola caiu de 65% para 33% em quatro anos,
em 2006.

2- PIB/hab em 2004 - usd 1.309 e a taxa de crescimento de 14%;

3- Participaçao do ensino primário no pib em 2004 representa 9%

4-Participaçao do secundário no pib em 2004 representa 58%

5- Participação do terciário no PIB em 2004 representa 33%


4.1.4- TENDÊNCIAS DO PIB PELO CAPITAL HUMANO DE EDUCAÇÃO

ANO POPULAÇAO PIB per capita STOCK CAPITAL

TOTAL(MIL) HUMANO

1980 8.057 2.306,30 48.822

1990 10.022 2.408,54 1.176.158

2000 14.602 2.342,73 1.479.779

2008 17.053 3.723,7 5.009.217

4.2- ARMADILHA DE POBREZA NA REALIDADE ANGOLANA

1- Em 2004, a Pobreza Representava 70% da População e 40,5% em 2011;

2- Em 2000, um aumento acentuado da população, desacelerou o crescimento


do PIB;

3- Economia de baixa renda, com poupança fraca,sendo a renda do


consumo( unidade familiar por percentagem): 10% mais pobre: 0,6% e 10%
mais rico: 44,7% (2000);

4- O modelo HD revela-se deste modo inadequado;daí, a necessidade da


incorporação no longo prazo de todos os factores de produção ( l, t, k e o pt que
aumenta a produtividade do Trabalho); Modelo de Solow.
ANÁLISES

1- Em média, o PIB cresceu a um ritmo inferior diante a taxa de natalidade


(taxa de 8,1% contra 44,5‰);

2- Cerca de 40,5% da população angolana é pobre, por ter pouco rendimento


ou falta de rendimento: pouco dinheiro, pouca instrução, poucas qualificações;

3- Crescimento económico que favoreça a inclusão e tenha uma ampla base,


através da distribuição dos factores económicos terra, capital(industrial e
financeiro) e capital humano, sob a forma de instrução e qualificações.

RESUMO PARA BREVE ABORDAGEM

1- ANÁLISE SOBRE A ARMADILHA DE POBREZA EM ANGOLA –


MODELO HD

1.1-INDICADORES
NÍVEL DE POBREZA %
C o u n try 2003 2006

Angola 70 4 0 ,5

1.2- ARMADILHA DE POBREZA


 CARACTERÍSTICAS:

o As regiões mais necessitadas do planeta não são apenas pobres, mas


parecem presas em uma armadilha que favorecem a violência interna e
o colapso político.
o As taxas de natalidade são altas por vários motivos: pouco ou nenhum
acesso a planeamento familiar e contraceptivos, alta mortalidade infantil,
meninas sem acesso à escola e filhos considerados como a única
segurança na velhice.
o A Armadilhas da pobreza no modelo Harrod-Domar mostra que, dada a
taxa de poupança s fraca (típico de economias de baixa renda), uma alta
taxa de crescimento da população n, e uma forte dependência de
tecnologia do exterior.

 ANGOLA (Gráfico 1):

25

20

15

10

0
00 001 002 00 3 00 4 005 006 00 7 00 8 009 010 011
20 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
-5

TAXA DE CRESCIMENTO POPULAÇAO

2- APRECIAÇÃO DO CAPITAL HUMANO DE EDUCAÇÃO E A TAXA DE


CRESCIMENTO DO PIB ANGOLANO

2.1- INDICADORES:
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO
Co u n try 19 9 8 2 0 0 1 2 0 10

Angola 42 67,4 70,1

1- A TAXA DE ANALFABETISMO EM ANGOLA CAIU DE 65% PARA 33% EM QUATRO ANOS,


EM 2006.
2- PARTICIPAÇAO DO ENSINO PRIMÁRIO NO PIB EM 2004 REPRESENTA …………..…..… 9%
3-PARTICIPAÇAO DO SECUNDÁRIO NO PIB EM 2004 REPRESENTA …………….…….………58%
4- PARTICIPAÇÃO DO TERCIARIO NO PIB EM 2004 REPRESENTA……………………….….….33%

TAXA CRESCIMENTO TAXA CRESCIMENTO STOCK


ANO PIB Per capita(%) CAPITAL HUMANO(%)

2000 4,15 25,8

2008 13,2 238,5

 PRESSUPOSTOS:

o O Capital humano é o conjunto de capacidades,


conhecimentos, competências e atributos de personalidade
que favorecem a realização de trabalho de modo a produzir
valor económico. São os atributos adquiridos por um
trabalhador por meio da educação, perícia e experiência.
o A introdução do Capital humano, no Modelo de Solow, para
Mankiw,Romer e Weil, exige a ampliação da definição de
capital;
o Nesse contexto, consideremos que a quantidade produzida
seja uma função de três factores: o capital físico (K), o capital
humano (H) e o trabalho (L).

 ANGOLA:

PIBpc;13,
2(2008)
9,05%

PIBpc;4,1
5(2000)

H;238,5(2008)
212,7%

H;25,8(2000)

3- ANÁLISES
 A Teoria do Capital Humano afirma que uma maior escolarização
contribui directamente para a melhoria da qualidade de vida dos
indivíduos, em função de um aumento de renda que decorre,
directamente, da sua melhor qualificação para o desempenho no mercado
de trabalho. Em outras palavras, o incremento da produtividade –
decorrente do aumento da capacitação – levaria a que o indivíduo
também se beneficiasse pelo aumento dos seus salários.

 Cerca de 40,5% da população angolana é pobre, por ter pouco


rendimento ou falta de rendimento: pouco dinheiro, pouca instrução,
poucas qualificações;

 Observa-se uma influência positiva do Capital Humano no Crescimento


económico de Angola, mas de forma não consistente(instável), Gráfico 1,
no período em análise.
CAPITULO II

MODELOS DE ESTABILIZAÇÃO MACROECONÓMICA DE INSPIRAÇÃO


MONETÁRIA PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO (FMI).

2.1. Modelo de estabilização e ajustamento macroeconómico

2.1.1. Objectivos do modelo de estabilização:

- Equilíbrio do orçamento (SP = T), ou mais frequentemente em conteúdo


deficits (SP-T ˂ 3-4% do PIB), onde SP e T indicam gastos públicos.

A realização de um orçamento equilibrado através de cortes na despesa pública


e um aumento de "taxas de utilização"

-Limitar a acumulação de dívida pública: porque isso implica uma


redistribuição de bem-estar entre as gerações, entre a geração actual e as
futuras.

- A baixa inflação, a fim de evitar a alteração dos preços relativos Pi / PJ, gerar
incerteza, levar a um declínio na demanda por dinheiro e, em casos extremos,
fugindo da moeda e dolarização.

Deficit limitada BdP. Ela fala geralmente de "deficit sustentável" no curto prazo
com base no nível de reservas e empréstimos obtidos disponíveis,
- Estabilização do tipo MABoP: uma abordagem formal. Aqui apresentamos
dois modelos simples de inspiração monetária, que mostram que os problemas
de inflação (em uma economia fechada) ou agravamento da balança de
pagamentos (em uma economia aberta).

2.2.Il modelo de ajustamento do FMI: economia fechada

Se lembra do caminho que a Economia Política do Desenvolvimento (datas


condições muito restritivas, se você está combinando a demanda e a oferta de
moeda “dinheiro”, uma expansão da base monetária AH “variação” gera
inflação mais elevada.

a) - Oferta (real) de dinheiro OM/P

b) - Demanda(real) de dinheiro DM= f (i,Y)

c) - OM/P=DM → =(i,Y).P

2.3.Monetary Approach to the Balance of Payments ( MABoP),


“Abordagemmonetária para o Balanço de Pagamentos”

E esta é a abordagem que inspira os programas de estabilização do FMI. Esta


abordagem baseia-se nos seguintes pressupostos:

- Economia em equilíbrio,

- O pleno emprego dos factores,

- Exportações constante,

- Não (pode haver) há fluxo de capital.

Lembre-se agora que as demonstrações financeiras do Banco Central nos


permitem escrever a seguinte relação:

H = AD + AE

Onde:
-H é a base monetária,

-AD são os activos internos do BC (isto é, os empréstimos a bancos comerciais,


títulos do governo e outros empréstimos para o estado),

-AE são os activos estrangeiros (ouro, moedas estrangeiras títulos estrangeiros,


etc. realizadas pelo BC).

Como sempre, em equilíbrio, temos: OM / P = DM → mm.h = f (i, Y). P

Neste ponto, se substitui (AD + AE) em vez de H é obtida.

AE = (1/min) f (i, Y). P-AD.

Uma vez que, por definição, o saldo de BOP = ΔAE, em primeiras diferenças,
temos:

BP = X-M + K = (1/min). Δ (P.f (Y, i)-ΔAD.

Onde X, M e K referem-se a exportações e importações, fluxos líquidos de


capital.

Tabela 9. Resultados planejados e implementados pelos programas do


FMI na Europa Oriental (leste).
País PIB (variação Inflação Salário médio Convertible
em%) (variação em (variação em%) em conta
%) corrente
(milhões de
EUA $)
Hungria (1991)
-resultados planejados -3 31 0 -1.2
-Os resultados
alcançados -8 32 20 0.3

Polônia (1990) -5 94 0 -3.0


-resultados planejados
- Os resultados -12 249 160 0.7
alcançados
- Polônia (1991) 3 36 0 -2.7
-resultados planejados
-Os resultados -8 60 54 -2.2
alcançados
Bulgaria (1991)
-resultados planejados -11 234 146 -2.0
-Os resultados
alcançados -23 339 142 -0.9
Romênia
-resultados planejados 0 104 0 -1.7
-Os resultados
alcançados -12 223 124 -1.3
Fonte: Bruno(1993) citato in Chand (2005).

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