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nologia HUCITEC Ltda .. Alameda Jaú, 404. CEP 01420. São Paulo. SP. Telefone:
(011) 287-1825. Capa e diagramação de Claus Peter Bergner.
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BIBLIOT FC í
Aelf nP '25 '1-4
2 oi / o1 / ~.µ C IP- Brasil. Catalogação - na - Fonte
Câmara Bra si leira do Livro. SP
17. CDD-330.15
18. -330.122
17. e 18. -338.09
17. e 18 . -338.54
.77- 1137
r ;
Indices para catálogo sistemático:
1. Ciclos econômicos 338.54 ( 17. e 18.)
2. Desenvolvimento econômico 338.09 ( 17.e 18.)
3. Econumia capitalista 330. 15 ( 17.) 330.122 ( 18.)
1ggg - tJ.'
BteLIOTEC~
l
1 n 1 Ill TOTAL
P, P, P, p
w, 111, 1 111, Ili
I Cc 1 e... y
II
Vamo\ \Upor. como o faz .\-larx, q ueº' lrahalhadorc\ não pou-
pam. Além d1>SO. não levaremos em conla o problema da possível
acumulaçào de estoques de bens não-vendido,. con,idcrando-o
um fenómeno passageiro. É fácil. en1ão. chegar <i fundamental
.. cquaç:io de 1roca .. de Marx entre o~ dcpanamcrllo' 1 e li. de um
lado. e o departamento III. de qmro.
Os lucro~ no terceiro departamento. P1 • 'e ma1criahn1m no>
ben' de con, umo !dos 1rabalhadore'l que rc,tam para º'
capita lis-
las desse departamento depois de pagos os sal:írio> W , - salários
estes que absorvem uma igual quantidade de bc11' de consumo
dos lrnbulhadores. Assim. os be ns de consumo dos trabalh adores
no valor de P, ~ão vend idos aos 1rabalhadorcs do~ derar1a mcn1os
1 e li . ou •cja:
P1 = w, + W1 (1)
rcsulw:
P = l + Cc (2)
.
...\1cm d 1\\0. \C
d w, w, w, .
cnotamos- , - e - por, respec11vamcnte,
l Cc C~
\\/'1 1 +w1 Cc
Cw-- - -- - (3)
J-w,
e para a renda nacional:
w, /+w Ci:
2
Y =I + Cc + Cw = !+ Cc + -'----'--'-
J-w,
(4)
3
III
(ll Nwna cconomu11 ~·~•• 0$ preços dos bem de consumo~ "Cmptt fi•tdc.Y5 dn reb·
ção aos salAn~. ck 1al modo • asscgtnr a plt.na utiliz.açào d& ca~ p<oduti...,. 8; ou
l\'1 1
~J•, c-umprc·'CI \emprc a cquaçio .w,
- -
1
= 8
(v1s10 que("" obvi.amencc t igua1 a zero no uso da economia ~mli~11) .
4
teoria pode ser inteiramente derivada da equação marxista (1) que
representa a troca entre os Departamentos J e li, de um lado, e o
Departamento III, de outro , se essa equação de troca for conside-
rada dentro do contexto gernl, antes que no contexto da reprodu-
ção ampliada uniforme.
IV
Vejamos agora o significado das equações (2) e (4) exatamente
nesse último contexto, isto é, no processo de uma acumulação
uniforme de capital. Denote mos por K o estoque "real"' de capi-
tal, por r a taxa de acumulaçfo líq uida, e por ô a taxa de depre-
ciação. Nesse caso, e recordando que I representa q investimento
bruto (antes de deduzir a depreciação), podemos escrever a
"equação da acumulação" como:
I=(r+ô)K (5)
V isto eslannos considerando o processo de cresci1nento a longo
prazo, postulemos que o consumo Cc dos capitali stas seja pro·
porcional aos lucros P. Posto q ue. segundo a fórmula (2) , estes
últimos SàO iguais a f + C,..: , co nclui-se que C<: mantém Ullla reJa-
ÇãO constante com/. Temos ass im:
Cc = mi
Portanto, podemos escrever a equação (4) do seguintis modo:
J(w 1 +mw,) ( w +mw
Y =( J + m)/ + ) - \V3
1
- - - - = I J + m +- - 2
--
J - ~\13
)
(6)
(2) Se~ cap.1<;id~de pr<>eh11iv;.\ dos 1tês de1>art:unel'ltOS se cx1>andc à mcsmn l.nxa. não haverá
a c..'>cassct. de bens de consLLmo dos traba1hadorcs discutida na seção ànlerior.
FEE--CEDOC s
61 8LiOíECA
tMte . Assim, se o equipamento de capital é utilizado satisfatoria-
mente na posição inicial, essa s ituação se mantém no decorrer da
reprodução ampliada e não ~urge o problema de demanda efetiva.
Essa é a abordagem inerente a muitas teorias contemporâneas
do crescimento econômico. Em particular, se difere nciamos a
equação (7). obtemos:
dY Y Y
_ ;;; _ =r -
dK K rK
Com uma satisfatória utilização constante do equipamento de
capital, dK/dY é a chamada relação capital-produto, que denota-
remos por R . Além disso. rK é o in vestimento líquido. e, por-
tanto. rK/Y é a p.1nicipação relativa da acumulação na renda na-
cional, que denomremos por a . Temos assim:
1 ,
- ~ - ou
R o
que é a f6rmula bt(sica da teoria de 1-farrod e Domar (na qual.
todavia. o coeficiente a representa a ""prope nsão da popu lação a
poupar"" e não a razão entre a acumulação líquida proveniente
dos lucros e a renda nacional. que depende da distribuição da
renda entre os capitalistas e os rrabalhadores).
Na realidade. muitas das teorias contemporâneas do cresci-
mento são apenas variações ~obre o tema dos esquema~ marxistas
de reprodução ampliada, que no presente rrabalho são represen-
tados pelas equações
w, + W2 = P, (1)
1 m(r +6)K (5)
V
As repercussões das muda nças no investimento e no cons umo
dos capitalistas, descritas na seção Ili. não geram - acho eu -
maiores apreensões. Diferentemente disso. o equilíbrio m6vcl
descrito na seção IV depende da ext rema suposição de que os
capitalistas estão dispostos a efetuarem investimento que aumente
seu capital a uma taxa constante r ao ano. O que acontece, entre-
tanto, se e les se tornam mais cautelosos (talvez sob a influência
de uma a lteração na estrutura social de sua c lasse) e decidem re -
duzir o investimento de (r + f>)K para (r' + 6)K, onde r' < r?
6
Conclui -se dire1amente da fórmula <7> quer !e ass,im o grau de
utilização do equipamento! declina na rropvrçrio -;.:;-}como re·
sultado da queda da den1anda efeli va . É claro que ncs~a situação
os .. cautelosos" capitalistas não n1ais estanio contentes com uma
taxa 1ncnor de acU1nulação ,.·e a redu zi rão ainda mais. ar' ·<,.·. e
isso po1· sua vez afetará co1·rcspondcntcmcn 1c o grau de utilização
do e.quipamcn to.
Alguns economistas tendem a considerar esse fenômeno como
a fa,e declinante do ciclo econômico, a qual se processa cm torno
da l rajct6ria inicial de crcsci1ncnto. Tal proposição. todavia. n<io
esia bern fundamentada: n<:io h(Í raztiO par<) que, tendo deixado a
instável trajetória in ic ial, o investimento deva flutuar en1 torno
dela em vez de em torno do nivel de depreciação óK ( no qual r =
0). Ou. para <l izC-lo cn1 tc1·1nos 1narxistas: por que não pode un1
sistc1na capital is1a, urna vez. c 1n que se lenha desviado para baixo
a partir (.i(i trajetória da reproduçcio ampliada. enconl ra r~se nurna
posição de reprod uçúo simples a longo prazo'?
Esla mo~ in teirarnenl e no escuro quanto ao que acontecerá de
verdade em tal sil tH\Ç<io . na medida em que náo soluc iona1nos o
problema dos determinantes das decisões de investimento. ~farx
não dese nvolve u tal teoria, mas isso tampouco foi realizado pela
Econo1nia 1nodcrna. T ên1 sido feitas algumas tentat ivas no desen·
volvimento da leoria dias f1111uações cíclic<'s. Mas os problc n1as da ·
detern1ina<,;<i o das deci sões de investimento envo l vendo elernento$
ligados com a tendência de lo ngo prazo são muito mai~ difíceis do
que no caso do "cic lo econômico puro" (isto é. num siste ma que
a lo ngo prazo está suje ito à reprodução simples). Eu mesmo tentei
fazer algum a coisa nesse sent ido. mas c.o nsidero meu tn.thalho
nesse C<;mpo como sendo. de natureza evidente1nente pioneira. (J)
U1na coisa. poré1n . está clara para mim: o c rescin1ento a longo
prazo da renda nac ional. que im~plique un1a uti'li zaç~io satisfatória
do equlpan1ento . nu1na econo 1nia capitalista . está lo nge de ser ób-
vio.
C3l Um novo artigo meu sobre esse a.ssuoto foi publicado no l::n N1c>mic- .l1mrnal, mlmero de
l.
junh(I de 1968 ( Esse aniso corrt$pOnde <'<> c:.1pitulo 10 do presen1e IP»ru
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