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(Mankiw, 23)
OS COMPONENTES DO PIB
Para entender como a economia está usando seus recursos escassos, os
economistas estudam a composição do PIB de acordo com diversos tipos de
dispêndio. Para fazer isso, o PIB (que chamaremos de Y) é dividido em quatro
componentes: consumo (C), investimento (1), compras do governo (G) e
exportações líquidas (EL):
o Y = C + I + G +EL
Determinantes:
o CAPITAL FÍSICO: Os trabalhadores são mais produtivos se dispõem de
ferramentas para trabalhar. O estoque de equipamentos e estruturas
usado para produzir bens e serviços é chamado de capital físico ou,
simplesmente, capital. Por exemplo, quando os marceneiros fabricam
móveis, usam serrotes, tomos e brocas de perfurar. Uma quantidade
maior de ferramentas permite que o trabalho seja realizado com maior
rapidez e precisão. Ou seja, um trabalhador que tenha apenas
ferramentas manuais básicas fabricará menos móveis por semana do
que outro que tenha equipamento de marcenaria sofisticado e
especializado.
(Gremaud, 4)
PRODUTO POTENCIAL
DESEMPREGO
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO
Y = C + I + G + EL (Fórmula PIB)
Y = C + I + G (Economia fechada)
Y – C – G = I (PIB menos os gastos de consumo e compras do governo igual à
poupança nacional) (S = I)
S = (Y – T – C)¹ + (T – G)²
¹ = poupança privada: Renda menos impostos pagos e gastos com consumo
² = poupança pública: Receita tributária menos gastos governamentais
Investimento refere-se à compra de novo capital, como equipamentos ou
prédios. Quando alguém toma um empréstimo do banco para construir uma
casa nova, aumenta o investimento nacional (lembre-se de que a compra de
um imóvel é um gasto familiar considerado investimento e não consumo). De
forma similar, quando uma empresa vende ações e usa o resultado da venda
para construir uma nova fábrica, também aumenta o investimento nacional.
POLÍTICA MONETÁRIA
(Gremaud, 9)
Por política monetária, entende-se a atuação do Banco Central para definir as
condições de liquidez da economia: quantidade ofertada de moeda, nível de
taxa de juros entre outros.
Funções:
o MEIO DE TROCA: A moeda permite a separação temporal entre o ato de
compra e o de venda. O indivíduo não é obrigado a comprar
instantaneamente apenas pelo fato de ter vendido. Ele pode vender uma
mercadoria hoje e só utilizar a moeda para comprar outra depois de
determinado período de tempo; intermediário entre as mercadorias.
o UNIDADE DE CONTA/DENOMINADOR COMUM DE VALOR: Outra
função desempenhada pela moeda e que também reduz os custos de
transação na economia é a de unidade de conta, isto é, a de fornecer
um padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores.
Em um sistema de troca, em cada transação determina-se o preço de
uma mercadoria em relação a outra (relação de troca); ser o referencial
das trocas, o instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas.
o RESERVA DE VALOR: A terceira função desempenhada pela moeda é a
de reserva de valor. Note-se que esta função é uma necessidade
decorrente de sua primeira função - meio de troca. A separação entre os
atos de compra e de venda em termos individuais só pode ocorrer se o
poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria mantiver-se ao
longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo
de tempo, ser reserva de valor (preservar o poder de compra); poder de
compra que se mantém no tempo, ou seja, forma de se medir a riqueza.
Tipos de moeda:
o MOEDA-MERCADORIA: determinada mercadoria é usada como moeda.
Um tipo de moeda-mercadoria é a moeda metálica, isto é, o ouro, a
prata etc., metais preciosos ou semipreciosos que foram usados como
moeda;
o MOEDA-PAPEL: corresponde a uma nota de papel que expressa
determinado valor de ouro, isto é, possui lastro em determinada
mercadoria;
o PAPEL-MOEDA OU MOEDA FIDUCIÁRIA: notas de papel emitidas pelo
governo que não possuem lastro em nenhuma mercadoria, isto é, não
existe uma garantia física sustentando o valor da moeda e sua
aceitação se deve à imposição legal do governo.
DEMANDA DE MOEDA
Enquanto meio de troca, a moeda começa a afetar o sistema econômico. Para
realizar as trocas, para poder comprar, os indivíduos devem ter moeda. Nesse
sentido, porém, os indivíduos não demandariam, não reteriam moeda por ela
mesma, mas pelos bens que ela pode adquirir. Essa é a chamada demanda de
moeda por motivo transacional. Se a moeda se restringisse a essa função,
haveria a seguinte relação: como os indivíduos não demandam moeda por si
mesma, toda moeda no sistema seria utilizada para realizar as trocas; Os
indivíduos, contudo, não recebem renda diariamente na economia. Por
exemplo, o salário é pago de mês em mês. Por outro lado, os agentes realizam
gastos diariamente (alimentação, transporte etc.). Assim, os indivíduos devem
fazer frente a essas defasagens entre recebimentos e pagamentos, guardando
moeda para poderem realizar as transações necessárias. A demanda de
moeda para transações depende do padrão de gastos dos indivíduos e estes
do nível de renda. Assim, quanto maior for a renda, maior será a demanda de
moeda para transações.
TAXA DE JUROS
TAXA DE JUROS: o que se ganha pela aplicação de recursos durante
determinado período de tempo, ou, alternativamente, aquilo que se paga pela
obtenção de recursos de terceiros (tomada de empréstimo) durante
determinado período de tempo.
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS:
o A primeira vê a taxa de juros como o prêmio pela “espera”, ou seja. pela
renúncia ao consumo presente em favor do consumo futuro. A taxa de
juros é vista como o prêmio pela poupança. Essa concepção parte da
idéia de que a única forma de guardar poupança é adquirindo ativos
financeiros, dado que ninguém demandaria moeda como reserva de
valor, uma vez que ela não rende juros.
o A segunda concepção considera a possibilidade de se guardar a poe-I
pança na forma monetária, uma vez que a moeda também é reserva ir
valor, vê a taxa de juros como o prêmio pela renúncia à liquidez.
INFLAÇÃO
(Gremaud, 5)
INFLAÇÃO E ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A inflação é definida como um aumento generalizado e contínuo dos preços.
Quando, ao contrário, ocorre uma baixa generalizada e contínua dos preços,
tem-se o conceito inverso ao de inflação: a deflação.
o A contrapartida desse aumento dos preços é a perda de poder aquisitivo
da moeda, ou seja, uma mesma unidade monetária pode adquirir
menos bens e serviços, pois estes estão mais caros.
CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO
Provoca distorções na alocação de recursos da economia, uma vez que os
preços relativos deixam de ser sinalizadores da escassez e dos custos relativos
de produção. Sem inflação, sabe-se que um produto custa x reais e outro y
reais; o preço relativo desses produtos é x/y. Esses preços relativos são a base
das tomadas de decisão dos agentes. Com inflação, especialmente quando ela é
elevada e está em aceleração, perde-se a noção de preços relativos, não se sabe
se as coisas estão caras ou baratas. O papel dos preços relativos, de indicar
produção excessiva ou cara de determinados produtos, deixa de existir,
comprometendo a chamada eficiência dos mecanismos de alocação de recursos
do mercado.
Outro efeito é sobre a distribuição de renda, uma vez que com a inflação a
média dos preços está subindo, mas não necessariamente todos os preços
estão subindo no mesmo ritmo ou ao mesmo tempo. Assim, se alguns preços,
como os salários de determinadas categorias,1 não sobem no mesmo ritmo que
outros, existe uma tendência de perda para aqueles que recebem os preços em
atraso e um ganho para aqueles que recebem os preços que estão subindo
mais rapidamente. Então, existem alguns grupos de pessoas que tendem a
perder com o processo inflacionário. São aquelas que não têm como se proteger
desse processo, ou seja, têm os preços relativos a seus gastos subindo mais
que aqueles relativos a seus recebimentos
Aumento dos custos em que pessoas e empresas incorrem para saber o preço
(e o preço relativo) dos bens e serviços. Assim, normalmente, quando há
inflação, as pessoas gastam muito mais tempo pesquisando preços para
encontrar os melhores, a elaboração de contratos é bem mais complicada, as
empresas montam estruturas apenas para lidar com o processo inflacionário, a
fim de definir e redefinir (remarcar) seus próprios preços e comparar os de
fornecedores e concorrentes. Tecnicamente, diz-se que com a inflação
aumentam os custos de transação da economia.