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0 E (DES)
CENTRALIDADE DA PESSOA HUMANA QUE TRABALHA
RESUMO Keywords
A Indústria 4.0 é caracterizada por integração Fourth Revolution Industry; Industry 4.0;
de várias tecnologias de informação, com centrality of the human person.
foco na otimização de recursos e aumento na
produtividade. Com o advento destas novas 1. INTRODUÇÃO
tecnologias, o modo de produção e as relações
de trabalho sofreram profundas modificações.
Surgem novas morfologias de trabalho com Desde a primeira revolução industrial,
impacto nos postos de trabalho e tendência a significativos avanços tecnológicos vêm
precarização dos direitos. Considerando que a continuamente alterando a organização social,
pessoa humana e sua dignidade é a figura central política e econômica das sociedades. No mundo
na ordem constitucional brasileira, o presente do trabalho, essas evoluções tecnológicas
artigo tem por objetivo analisar se, diante os implicaram substanciais alterações no modo
impactos da Indústria 4.0, ainda haverá espaço de produção e nas relações de trabalho,
para a centralidade da pessoa que trabalha. concretizadas ao longo dos anos.
A Indústria 4.0, também chamada de
Palavras-chave revolução tecnológica ou quarta revolução
industrial, consiste na adoção de tecnologias
Indústria 4.0; Quarta Revolução Industrial; relacionadas à era da manufatura avançada,
centralidade da pessoa humana. integração das diferentes etapas da cadeia de
valor dos produtos e a criação de novos negócios,
ABSTRACT produtos e serviços.
The Industry 4.0 is characterized by the As inovações em curso promovidas pelo
incorporation of many information technologies, advento da Indústria 4.0 geraram grandes
focusing on resource optimization and increased impactos para as relações trabalhistas e
productivity. With the advent of these new trouxeram consigo inseguranças sobre o futuro
technologies, mode of production and labour dos empregos e dos direitos trabalhistas.
relations have undergone profound changes. Não se olvida, contudo, que o Direito
New work morphologies emerge with impacts do Trabalho é, eminentemente, tuitivo, eis
on jobs and tendency to precarious rights. que objetiva tutelar as relações de trabalho,
Whereas the human person and his dignity is provocando um desequilíbrio jurídico em favor
the central figure in the Brazilian constitutional da pessoa humana que trabalha, sem descurar do
order, this article aims to analyze if, in view of detentor de capital. Busca-se, assim, equalizar,
the impacts of Industry 4.0, there will still be mesmo que minimamente, a relação capital-
space to centrally of the person who works. trabalho, no sentido de garantir ao trabalhador
um mínimo existencial digno.
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Desde o seu advento até os dias atuais, em categoria básica, seu conteúdo principal, mas
pleno século XXI, o Direito do Trabalho vem não olvida outras espécies de trabalhadores,
evoluindo e se adaptando às novas realidades dentre os quais, citamos, os portuários avulsos e
socioeconômicas, conseguindo, de forma o pequeno empreiteiro (operário ou artífice).
razoável, oferecer proteção jurídica ao ser Aqui trabalhamos com a noção de relação de
humano que trabalha. Com o advento da Quarta emprego como sendo toda aquela abrangida pelo
Revolução Industrial ou Indústria 4.0, mesmo no teor dos artigos 2º e 3º da CLT, apresentando,
campo minado de incertezas jurídicas, políticas, pois, as características essenciais pertinentes à
econômicas e sociais que estamos a atravessar, prestação de serviços de uma pessoa humana
esperamos que essa evolução e proteção jurídico- a outrem (pessoa natural e/ou jurídica) que
material do trabalhador efetivamente continuem incluam a alteridade (riscos da atividade
ocorrendo e se concretizem. por quem contrata/admite), pessoalidade, a
Assim, este artigo se propõe analisar a habitualidade, a onerosidade e a subordinação
Indústria 4.0 e alguns dos principais impactos jurídica.
que esta emergente revolução industrial tem Também é cediço que a função primordial
causado nas relações de trabalho. Em especial, do Direito do Trabalho é a de tutela ou proteção
pretendemos lançar um olhar sobre a pessoa da pessoa humana que trabalha, considerando a
humana que trabalha e refletir se, tendo em vista assimetria de poder existente entre empregados
a nova realidade que se apresenta, a centralidade e empregadores. Contudo, não só a função
da pessoa humana e de sua dignidade ainda tem tutelar é exercida pelo Direito do Trabalho, mas,
espaço no nosso ordenamento jurídico. concomitantemente, a social, a econômica, a
política e, ainda, a civilizatória e democrática.
2. DIREITO DO TRABALHO: CONTEÚDO Maurício Godinho Delgado afirma que
E FUNÇÕES o Direito do Trabalho incorpora um valor
É cediço que o Direito, enquanto ciência finalístico essencial que consiste na melhoria
jurídica, é concebido como um conjunto das condições de pactuação da força de trabalho
de normas (regras e princípios), disposto na ordem socioeconômica e que essa é a sua
sistematicamente para o fim de regular relações, função central, voltada, portanto, para o aspecto
resguardando e garantindo, por meio da aplicação social. Diz de uma segunda função, como sendo
e da interpretação da lei, um mínimo razoável de a de seu caráter modernizante e progressista, do
harmonia aos que vivem em sociedade. ponto de vista econômico e também social, no
sentido de proporcionar uma melhor distribuição
O Direito do Trabalho, por sua vez, é um
de renda ao conjunto da sociedade, generalizar
conjunto sistemático de regras e princípios que
ao conjunto do mercado do trabalho os direitos
regula as relações de trabalho, dentre essas a de
alcançados pelos trabalhadores, fortalecer o
emprego, no sentido de garantir e resguardar os
mercado interno, estimular o aperfeiçoamento
direitos básicos atribuídos à pessoa humana que
da mão de obra, dentre outros. Menciona a
trabalha. Mediante a interpretação e aplicação
função política conservadora, no sentido de
das normas trabalhistas, busca-se viabilizar aos
conferir legitimidade política e cultural à relação
trabalhadores a conquista e manutenção de um
de produção básica da sociedade contemporânea
mínimo civilizatório social.
e, por fim, ressalta a função civilizatória e
Segadas Vianna, citando Hernainz Marques, democrática, enquanto instrumento de inserção
aduz que realmente o Direito do Trabalho não na sociedade econômica de parte significativa
é apenas o conjunto de leis, mas de normas dos segmentos sociais despossuídos de riqueza
jurídicas, entre as quais os contratos coletivos, e material acumulada e que vivem essencialmente
não regula somente as relações entre empregados de seu próprio trabalho.
e empregadores num contrato de trabalho; ele
Em linha doutrinária semelhante, Marques
vai desde sua preparação, com a aprendizagem,
de Lima, após afirmar que a função primordial
até as consequências complementares, como,
do Direito do Trabalho é, ainda, a tutelar,
por exemplo, a organização profissional.
leciona que:
O Direito do Trabalho, enquanto sistema
jurídico, tem na relação de emprego e no Portanto, o Direito do Trabalho cumpre
trabalhador empregado seu principal foco, sua as seguintes funções: tutelar, porque
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fruição de direitos individuais e sociais, inclusive trabalha nos países democráticos de direito.
trabalhistas. Em se constatando o significativo aumento
Em uma primeira conclusão e resposta aos da precarização do trabalho e de suas formas
questionamentos que iniciam esse tópico que de contratação e execução, implicando em
ora abordamos, evocamos as precisas lições de acentuada subproletarização do trabalho,
Maurício Godinho Delgado: torna-se ainda mais importante o resgate desta
centralidade, o que implicará redobrado esforço
A eleição da pessoa humana como ponto hermenêutico, principalmente em face da atual
central do novo constitucionalismo, que supremacia da ideologia ultraliberal defensora do
visa a assegurar sua dignidade, supõe capitalismo de mercado, no sentido de se garantir
a necessária escolha constitucional da
a dignidade da pessoa humana que trabalha e lhe
Democracia como o formato e a própria
energia que tem de perpassar toda a proporcionar, como leciona Maurício Godinho
sociedade política e a própria sociedade Delgado, um patamar civilizatório mínimo,
civil. Sem Democracia e sem instituições democrático e inclusivo.
e práticas democráticas nas diversas A classe que vive do trabalho só aumenta,
dimensões do Estado e da sociedade, não apesar dos fenômenos da precarização e da
há como se garantir a centralidade da
subproletarização do trabalho e é cediço que o
pessoa humana e de sua dignidade em um
capital e trabalho são interdependentes. Assim,
Estado Democrático de Direito. Sem essa
conformação e essa energia democráticas, o o valor social do trabalho e a livre iniciativa no
conceito inovador do Estado Democrático de capitalismo devem coexistir de forma harmônica,
Direito simplesmente perde consistência, efetivados pelo Direito Constitucional e pelo
convertendo-se em mero enunciado vazio Direito do Trabalho, materializados por seus
e impotente. intérpretes e aplicadores.
Assim, respondemos afirmativamente Não se esqueça que a especialização
à questão de haver ainda espaço para a de tarefas laborais implicará a necessária
centralidade da pessoa humana que trabalha qualificação do ser humano que trabalha. Postos
no mundo globalizado. Mesmo com a de trabalho serão extintos e outros tantos serão
reestruturação produtiva, com a globalização, criados. Assim como o foi nas demais revoluções
com a precarização do trabalho, agora mais industriais já aqui brevemente referidas.
ainda reforçada com a vigência da ideologia Ricardo Antunes, acertadamente, reconhece
ultraliberal de Estado mínimo e a indústria 4.0 que também há consequências positivas
ou Quarta Revolução Industrial, ainda há espaço decorrentes da revolução tecnológica. O autor
nos Estados Democráticos de Direito para afirma que, paralelamente à redução quantitativa
afirmarmos e comprovarmos a centralidade da do operariado tradicional, dá-se uma alteração
pessoa humana que trabalha. qualitativa na forma de ser do trabalho. A
Ricardo Antunes, dispondo sobre as substituição do trabalho humano pela máquina
metamorfoses e a centralidade do trabalho oferece, como tendência, a possibilidade de
hodierno, afirma que, de um lado, verificou- conversão do trabalhador em supervisor e
se uma desproletarização do trabalho regulador do processo de produção. Portanto,
industrial, fabril, nos países de capitalismo sob o impacto tecnológico há uma possibilidade
avançado, ou seja, houve uma diminuição da que se configura pela presença da dimensão mais
classe operária industrial tradicional; mas, qualificada, pela intelectualização do trabalho
paralelamente, efetivou-se também uma no processo de criação de valores, realizado pelo
significativa subproletarização do trabalho, conjunto do trabalho social combinado.
decorrência das formas diversas de trabalho É bem verdade que países sem
parcial, precário, terceirizado, subcontratado, industrialização e capital “de ponta” ou em
vinculado à economia informal, ao setor de desenvolvimento, como o Brasil, com o advento
serviços etc. Verificou-se, portanto, uma da Quarta Revolução Industrial e/ou Indústria
significativa heterogeneização, complexificação 4.0, suportarão consequências acentuadas e,
e fragmentação do trabalho. possivelmente, graves, caso não avancemos na
Assim, de fato, não há mesmo que se falar concretização de um efetivo Estado Democrático
em descentralidade da pessoa humana que de Direito, materializando os direitos
fundamentais, que já estão constitucionalizados.
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sociais, trabalhistas e previdenciários, com óbvio isso, é fundamental regulamentar estas “novas
impacto sobre a vida e a saúde dos trabalhadores. morfologias de trabalho” que se apresentam,
Nesse contexto, é imperioso buscar o para garantir a todos os trabalhadores direitos e
equilíbrio entre a evolução tecnológica e a condições mínimas de trabalho.
garantia de direitos mínimos. Os direitos O papel do Estado frente às relações de
individuais e sociais trabalhistas, em face de sua trabalho também precisa ser repensado com
natureza intrínseca de direitos humanos, são vistas a encontrar o ponto de equilíbrio entre às
considerados direitos fundamentais e como tais exigências de ordem econômica e a dignidade do
não podem ser simplesmente retirados. trabalhador. Em tempos de tantas mudanças,
Ademais, é sempre bom lembrar que a faz-se necessária a geração de políticas públicas
pessoa humana é a figura central em nosso adequadas para inclusão no mercado de trabalho
Estado Democrático de Direito, sendo o e fomento à representação, negociação coletiva e
amparo e a preservação de sua dignidade um ao diálogo social.
fim precípuo e o Direito do Trabalho tem o Ao fim, parafraseando Marx, concluímos
importante papel neste novo contexto. As com um convite/exortação sócio-laboral:
normas trabalhistas precisam ser reformadas trabalhadores do Brasil, UNI-VOS.
para se adaptarem à nova realidade social,
porém sem promoverem a flexibilização
irrestrita e retirada de direitos. Mais do que
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REFERÊNCIAS
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NOTAS
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do trabalho, Volume I / Arnaldo Süssekind ... Brasil: aspectos trabalhistas. In: ZAVANELLA,
[et al]. – 21. ed. atual. por Arnaldo Süssekind Fabiano e ROCHA, Marcelo Oliveira (coord,). O
e João de Lima Teixeira Filho. – São Paulo: LTr, primeiro ano de vigência da Lei n. 13.467/2017
2003, p. 99. (reforma trabalhista) - reflexões e aspectos
2. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, práticos. São Paulo: LTr, 2018, pp.13-14.
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos 12. DE AMORIM, Jorge Eduardo Braz. A ‘indústria
da atividade econômica, admite, assalaria e 4.0’ e a sustentabilidade do modelo de
dirige a prestação pessoal de serviço. financiamento do Regime Geral da Segurança
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa Social. Cadernos de Direito Actual, n. 5, 2017,
física que prestar serviços de natureza não p. 248.
eventual a empregador, sob a dependência deste 13. SOARES, Matias Gonsales. A Quarta Revolução
e mediante salário. Industrial e seus possíveis efeitos no direito,
3. DELGADO, Maurício Godinho. Funções economia e política. Boletim Jurídico, Uberaba/
do Direito do Trabalho no Capitalismo e MG, a. 13, no 1524, pp. 5.
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humana, justiça social e Direito do Trabalho. Indústria. – Brasília: CNI, 2017, p. 27.
4. ed. São Paulo: LTr, 2017, pp. 75-93.
15. ROCHA, Marcelo Oliveira. Indústria 4.0 no
4. MARQUES DE LIMA, Francisco Meton; Brasil: aspectos trabalhistas. In: ZAVANELLA,
MARQUES DE LIMA, Francisco Péricles Fabiano e ROCHA, Marcelo Oliveira (coord,). O
Rodrigues. Elementos de direito do trabalho e primeiro ano de vigência da Lei n. 13.467/2017
processo trabalhista – 15. ed. – São Paulo: LTr, (reforma trabalhista) - reflexões e aspectos
2015, pp. 29. práticos. São Paulo: LTr, 2018, p.15.
5. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de 16. ROCHA, Marcelo Oliveira. Op. cit., p.14.
Direito do Trabalho. 18. ed. São Paulo: LTr,
2019, p. 99. 17. MANNRICH, Nelson. Futuro do Direito do
Trabalho, no Brasil e no mundo. Revista LTr.
6. VIANNA, Segadas, in Instituições de direito São Paulo, v. 81, n. 11, 2017, p. 1295.
do trabalho, Volume I / Arnaldo Süssekind ...
[et al]. – 21. ed. atual. por Arnaldo Süssekind 18. SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução
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2003, p. 32. 19. SCHWAB, Klaus. Op. cit., pp. 32-33.
7. ARRUDA, Kátia Magalhães. Direito 20. SCHWAB, Klaus. Op. cit., pp. 41-42.
Constitucional do Trabalho: sua eficácia e o
21. MANNRICH, Nelson. Op. cit., p. 1293.
impacto do modelo neoliberal. São Paulo: LTr,
1998, p. 26. 22. GONÇALVES, Márcio Toledo. Uberização:
um estudo de caso – as tecnologias disruptivas
8. DONATO, Messias Pereira. Curso de direito
como padrão de organização do trabalho no
individual do trabalho. São Paulo: LTr, 2008, p.
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21.
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9. ARRUDA, Kátia. Op. cit., pp. 86-87.
23. Constituição Federal de 1988.
10. Agência Brasil https://agenciabrasil.ebc.
com.br/economia/noticia/2020-04/taxa- PREÂMBULO
de-desemprego -fica-em-122-no -primeiro -
trimestre-do-ano#:~:text=%C3%8Dndice%20 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos
foi%20divulgado%20hoje%20pelo%20 em Assembleia Nacional Constituinte para
IBGE&text=A%20taxa%20de%20desem- instituir um Estado Democrático, destinado
prego%20no,ano%20(12%2C7%25)., acesso a assegurar o exercício dos direitos sociais e
em: 15 de junho de 2020. individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
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