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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJ O


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA FRANCA DE XIRA
SERVIÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ALVERCA

Curso: EFA NS – 23048

UFCD – Tema CP1 Liberdade e responsabilidade democráticas Tema 2 Direitos, liberdades e garantias dos
trabalhadores

Competência Chave Assume direitos e deveres laborais enquanto cidadão activo

A entrada em vigor do Código do Trabalho, representou um marco decisivo no contexto do


direito português. A codificação a que se procedeu significou o reconhecimento dos valores
específicos subjacentes à regulação do trabalho, proporcionou características de equilíbrio
entre a estabilidade das soluções legais e a adaptabilidade à evolução das relações sociais e
oferece uma sistematização do quadro legal que releva um maior interesse para a
acessibilidade e compreensão dos sujeitos da relação jurídico-laboral sobre o conhecimento
dos direitos e obrigações a que estão vinculados.

Por outro lado, o Código consagrou aspectos inovadores que se relacionam com a disciplina
de “novas formas de trabalho”, com a “promoção da adaptabilidade e flexibilidade da disciplina
laboral, nomeadamente quanto à organização do tempo, espaço e funções laborais” e de
“incentivo à participação dos organismos representativos de trabalhadores e empregadores na
vida laboral, em particular no que respeita à contratação colectiva.”

O impacto deste normativo no mundo do trabalho determinou à Inspecção-Geral do Trabalho


a concretização de um conjunto de iniciativas diversificadas tendo em vista situar
adequadamente o seu papel de informação, de aconselhamento e de controlo do
cumprimento da legislação do trabalho. Neste contexto foram realizadas sessões de reflexão
interna sobre o Código do Trabalho envolvendo quer os inspectores do trabalho, quer os
profissionais afectos aos serviços de atendimento ao público e ao processamento das contra-
ordenações laborais da IGT (Inspecção Geral do Trabalho).

O Código do Trabalho é um documento que surgiu da revisão de várias leis que regulam a
prestação de trabalho. Este documento entrou em vigor no dia 1 de dezembro de 2003, mais
tarde a revisão de 12 fevereiro de 2009 e veio trazer alterações importantes ao nível da
regulamentação e sistematização da legislação laboral.
O conhecimento em pormenor do Código do Trabalho é importante para conhecermos os
nossos deveres, defendermos os nossos direitos e para nos orientarmos no mundo do
trabalho.
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O Código do Trabalho está organizado em dois Livros:

Livro I: refere-se à parte geral do Direito do Trabalho, onde constam 3 títulos: Fontes,
Contrato de Trabalho e Direito colectivo.

Livro II: refere-se às normas relativas à responsabilidade penal e contra-ordenaciona


decorrentes da violação das leis do trabalho.

Os Livros do Código do Trabalho estão organizados por capítulos que contêm secções e
subsecções, da seguinte forma:

Capítulo
Secção
Subsecção
Divisão
Artigo
Número
Alínea

Direitos: Conjunto de Possibilidades, capacidade e princípios inerentes aos indivíduos


consagrados em lei.
Deveres: Obrigação de cumprir com aquilo que a legislação e/ou ética determinam.

Os direitos económicos referem-se à produção, distribuição e consumo de riqueza, visando


disciplinar as relações trabalhistas, como as que prevêem a liberdade de escolha de trabalho,
condições justas e favoráveis, com enfoque especial para a remuneração justa, que atenda às
necessidades básicas do trabalhador e da sua família, sem distinção entre homens e
mulheres quanto às condições e remuneração do trabalho, higiene e segurança, lazer,
descanso e promoção por critério de tempo, trabalho e capacidade (art.7º), fundar ou
associar-se ao sindicato e fazer greve. Protecção da família, das mães, das mulheres que se
encontram em gestação, da vedação da mão-de-obra infantil e restrição do trabalho de
crianças e adolescentes.

Já os direitos sociais e culturais dizem respeito ao estabelecimento de um padrão de vida


adequado, incluindo a instrução e a participação na vida cultural da comunidade, destacando-
se a protecção contra a fome, o direito à alimentação, vestimenta, habitação, educação e
participação na vida cultural e desfrutar do progresso científico.

Direitos sociais - são o direito à previdência social; o direito ao atendimento de saúde e


tantos outros direitos neste sentido.

Eles fazem parte de um conjunto de direitos para uma sociedade justa e igualitária.
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No Pacto dos direitos Humanos Económicos, Sociais e Culturais, todas as pessoas têm de
ganhar a vida por meio de um trabalho livremente escolhido.

Na Declaração Universal dos direitos humanos está previsto que todas as pessoas têm direito
ao trabalho e à protecção contra o desemprego.

Tanto uns, como outros se inter-relacionam. Todo e qualquer profissional tem direitos
fundamentais:

- Direito a uma justa remuneração;


- Direito a ser tratado com dignidade e justiça;
- Direito à defesa do seu bom nome;
- Direito à defesa da sua saúde;

Mas estes direitos essenciais entroncam em deveres também essenciais:

a) Dever de prestar serviço, de harmonia com o exigido pela profissão;


b) Dever de pontualidade e assiduidade;
c) Dever de lealdade, correção e delicadeza;
d) Dever de reserva, segredo ou sigilo profissional, conforme os casos;
e) Dever de respeito à profissão e aos superiores, iguais ou inferiores;
f) Dever de respeito pelo homem pelo homem em geral e pelo público em especial;
g) Dever de respeito pelos direitos subjectivados; (tornar subjectivo)

Ética Geral e Profissional, Mário Gonçalves Viana, Livraria Figueirinhas (adaptado)

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