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Nacala-Porto
2023
III3
Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 4
3.3.2. Retorno........................................................................................................................... 10
4. Conclusão............................................................................................................................. 12
5. Bibliografia .......................................................................................................................... 13
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa abordar acerca do Mercado de Obrigações
Internacionais, que refere-se ao mercado global de títulos de dívida emitidos por governos,
empresas e outras entidades financeiras de diferentes países. Essas obrigações são muitas
vezes denominadas em moedas estrangeiras, como o dólar dos EUA ou o euro, e são
compradas por investidores de todo o mundo.
Este trabalho tem como objetivo fornecer uma visão abrangente e detalhada do mercado de
obrigações internacionais, servindo como um guia fundamental para estudantes, investidores,
profissionais financeiros e todos aqueles interessados em entender melhor o funcionamento
deste importante componente do sistema financeiro global.
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A partir do momento em que um investidor decide investir numa obrigação, ele torna-se
credor da sociedade emitente, recebendo nesta qualidade uma remuneração e o reembolso do
valor nominal do título na data de vencimento
As principais entidades emitentes que atuam no mercado obrigacionista são os Estados, os bancos
Preço de emissão ou valor de subscrição (PE) É o preço ao qual as obrigações são colocadas
à disposição dos investidores. Ou seja, é o valor a que as obrigações são emitidas em mercado
primário. De notar que este valor é por vezes diferente do Valor Nominal uma vez que o
empréstimo pode ser emitido acima ou abaixo do par.
Valor de reembolso (VR) É o valor pelo qual as obrigações são reembolsadas no fim do
empréstimo. Este valor é geralmente igual ao valor nominal, e então diz-se que o reembolso é
ao par. Porém, muitas vezes as empresas pretendem tornar os empréstimos mais atractivos e
fazem o reembolso acima do par, isto é, reembolsam o capital, a um valor superior ao valor
nominal das obrigações
Taxa de juro ou taxa de cupão É a taxa de juro que, aplicada ao valor nominal da obrigação,
dá origem ao juro que é pago periodicamente. Esta taxa pode ser fixa, quando se mantém
constante ao longo da vida da obrigação, ou indexada, quando varia ao longo do empréstimo.
O juro, é o rendimento periódico gerado pela obrigação e resulta do produto da taxa de cupão
pelo valor nominal.
Roberts (2000), A dívida soberana é emitida por meio de títulos de dívida, como letras do
tesouro, títulos de longo prazo, notas e outros instrumentos financeiros. Esses títulos são
vendidos a investidores, que emprestam dinheiro ao governo em troca de juros e do valor do
título no vencimento.
A capacidade de um governo pagar sua dívida soberana é medida por meio de sua
classificação de crédito, que é atribuída por agências de classificação de crédito, como
Moody's, Fitch Ratings e Standard & Poor's.
Marques (2006) Apesar de ser considerada uma forma segura de investimento, a dívida
soberana também apresenta riscos. Os governos podem ter dificuldades para pagar a sua
dívida soberana se ocorrerem mudanças em suas circunstâncias financeiras, como queda nas
receitas fiscais, aumento das despesas ou recessão econômica. Em alguns casos, os governos
podem até mesmo entrar em default, o que significa que eles são incapazes de pagar sua
dívida soberana em dia ou não pagam a dívida completamente;
Dívida corporativa: refere-se ao dinheiro que uma empresa deve a terceiros , como bancos,
investidores ou detentores de títulos, como parte de seu financiamento ou operações
comerciais. Emitidas por empresas multinacionais para captar fundos para expansão,
pagamento de dívidas ou outros fins corporativos. O risco associado a essas obrigações pode
variar amplamente, dependendo da saúde financeira da empresa emissora.
Emitidas por empresas multinacionais para captar fundos para expansão, pagamento de
dívidas ou outros fins corporativos. O risco associado a essas obrigações pode variar
amplamente, dependendo da saúde financeira da empresa emissora.
Dividas emitidas por agencias supranacionais: são títulos de divida emitidos por
organizações que operam em nível regional ou global e tem um mandato específico que
transcende as fronteiras de países individuais , essas agencias são frequentemente criadas
para promover a cooperação económica, estabilidade financeira e desenvolvimento em varias
regiões do mundo.
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Emissão de Obrigações: As entidades que desejam levantar capital emitem obrigações, que
são títulos de dívida. Isso pode incluir governos, corporações, agências governamentais e
outras instituições.
Preços e Taxas de Juros: O preço de mercado de uma obrigação pode flutuar com base na
oferta e demanda. Se a taxa de juros da obrigação for maior do que as taxas de mercado
atuais, a obrigação será vendida a um desconto em relação ao valor nominal. Se a taxa de
juros for menor, a obrigação pode ser vendida com ágio.
Vencimento: Cada obrigação tem uma data de vencimento em que o principal é reembolsado
ao investidor. Os investidores podem optar por manter as obrigações até o vencimento ou
vendê-las no mercado secundário antes do vencimento.
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Liquidez: A liquidez das obrigações varia. Algumas obrigações são altamente líquidas, o que
significa que podem ser facilmente compradas ou vendidas no mercado secundário. Outras
podem ser menos líquidas, tornando a venda mais desafiadora.
Buarque (1991). Aqui está uma análise mais detalhada sobre como o risco e o retorno se
relacionam nesse contexto:
3.3.1. Risco
Para Cavalcante; Misumi e Rudge (2009) que definem risco segundo os termos do dicionário,
risco é uma perda financeira ou dar-se mal com um investimento. Sandroni (1994) define
risco como a “condição própria de um investidor, ante as possibilidades de perder ou ganhar
dinheiro”.
Risco de Crédito: Este é o risco de que o emissor da obrigação não cumpra suas obrigações
de pagamento de juros e/ou principal. Quanto menor a qualidade de crédito do emissor, maior
o risco de crédito associado às obrigações desse emissor.
Risco de Taxa de Juros: As obrigações têm taxas de juros fixas (cupom) ou variáveis. O
risco de taxa de juros refere-se à possibilidade de que as taxas de juros de mercado
aumentem, o que pode fazer com que as obrigações existentes com taxas fixas se tornem
menos atraentes no mercado secundário.
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Risco de Mercado: Isso envolve a volatilidade dos preços das obrigações devido a mudanças
nas condições do mercado, como flutuações nas taxas de juros, eventos geopolíticos e
econômicos.
Risco de Liquidez: Algumas obrigações podem ter baixa liquidez, o que significa que pode
ser difícil vender a obrigação no mercado secundário. Isso pode afetar a capacidade do
investidor de acessar seu dinheiro rapidamente.
3.3.2. Retorno
Downes (1991, p. 374) define que o “retorno em finanças e investimentos são lucros com
ações ou em investimentos de capital, geralmente expressos em índices percentuais anuais”.
(Tradução do autor). Para Gitman (2004, p. 184), “o retorno é um ganho ou perda total
sofrido por um investimento em certo período”. Houaiss (2001) descreve retorno como “1)
regresso, volta; 2) repetição de um fenômeno; 3) recompensa, resultado; 4) resposta, réplica.
Cupom: O retorno da obrigação é geralmente composto pela taxa de juros (cupom) pago
periodicamente pelo emissor. Quanto maior o cupom, maior o retorno regular da obrigação.
Rendimento até o Vencimento (Yield to Maturity - YTM): Este é o retorno total esperado
que um investidor obteria se mantivesse a obrigação até o vencimento, levando em
consideração o preço atual da obrigação, os pagamentos de juros e o valor nominal.
Os investidores geralmente buscam equilibrar o risco e o retorno de acordo com suas metas e
tolerância ao risco. Obrigações com maior risco de crédito ou de taxa de juros geralmente
oferecem retornos potencialmente mais altos, mas também carregam maior risco de perda.
Gitman (2006)
cuidadosa e a análise das condições do mercado são essenciais para tomar decisões
informadas no mercado de obrigações internacionais.
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4. Conclusão
Conclui-se que o mercado de obrigações internacionais desempenha um papel fundamental
na economia global, fornecendo uma forma de financiamento para governos, empresas e
outras entidades em todo o mundo, também apresenta riscos, como riscos de taxa de câmbio
e risco político, e a flutuação das taxas de câmbio pode afetar negativamente os rendimentos
dos investidores, enquanto os riscos políticos podem resultar em default da dívida soberana
ou falência de empresas emissoras,
5. Bibliografia
Gitman, Lawrence J (2004). Princípios de Administração Financeira. 10. ed. São Paulo:
Addison Wesley.
Houaiss, (2001). Administração Financeira. Uma abordagem prática. 2 ed. São Paulo: Atlas.
Madura, Jeff (2008). Financas Corporativas Internacionais. S.l: Iesde Brasil SA.
Roberts, Richard (2006). Por dentro das finanças internacionais - 2a Edição. Porto: São
Saulo .