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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO


CONTABILIDADE E AUDITORIA

Finanças Empresarias I

3º Ano

Regime Laboral – 4º Grupo

Tema: Índice de endividamento, Rentabilidade e Valor no Mercado

Discentes:

Livinguistone Bento
Marieta Eduardo
Nelson Felizardo Augusto Truzão

Docente:

MA. Cardoso Cardoso Esboi

Matsinho, Março de 2023


Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
1.2 Objetivos ..................................................................................................................... 3
2. Índices de endividamento ................................................................................................... 4
2.2 Índice de endividamento geral .................................................................................... 4
2.3 Índice de cobertura de juros ........................................................................................ 4
2.4 Índice de cobertura de obrigações fixas ...................................................................... 5
3. Índices de rentabilidade ...................................................................................................... 6
3.2 Margem de lucro bruto ................................................................................................ 6
3.3 Margem de lucro operacional ...................................................................................... 7
3.4 Margem de lucro líquido ............................................................................................. 7
3.5 Lucro por ação (LPA) ................................................................................................. 8
3.6 Retorno sobre o ativo total (ROA – return on total assets) ......................................... 8
3.7 Retorno sobre o capital próprio (ROE – return on common equity) ........................... 8
4. Índices de valor de mercado ............................................................................................... 9
4.2 Índice preço/lucro (P/L) .............................................................................................. 9
4.3 Índice de valor de mercado/valor patrimonial (VM/VP) ............................................ 9
5. Sistema DuPont de análise ............................................................................................... 10
5.2 Fórmula DuPont ........................................................................................................ 10
5.3 Fórmula DuPont modificada ..................................................................................... 10
5.4 Aplicação do sistema DuPont ................................................................................... 11
6. Exercícios ......................................................................................................................... 11
6.2 Demonstrações financeiras correspondentes às alternativas de Patty ....................... 12
6.3 Exercícios anuais encerrados em 31 de dezembro .................................................... 13
7. Conclusão ......................................................................................................................... 14
8. Referências ....................................................................................................................... 15

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1. Introdução

O presente trabalho tem como tema “índices de endividamento, rentabilidade e valor no


mercado” este trabalho tem como objectivo aprofundar o tema de tal modo que nos permite,
por outro lado, conhecer e refletir sobre o papel do mesmo na actividade financeira.

Em seguida definir e descrever cada um dos índices citado acima de modo que possamos chegar
a conclusão de como os mesmos atuam na administração financeira de uma determinada
empresa ou organização

1.2 Objetivos

 Geral

- Conhecer o papel dos índices.

 Específicos

- Identificar o papel dos índices no mercado;

- Conhecer o seu papel financeiro;

- Como calcular os índices.

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2. Índices de endividamento

De acordo com Lawrence J. Gitman (2009) A situação de endividamento de uma empresa


indica o volume de dinheiro de terceiros usado para gerar lucros. De modo geral, o analista
financeiro está mais preocupado com as dívidas de longo prazo porque estas comprometem a
empresa com uma série de pagamentos contratuais ao longo do tempo. Quanto maior o
endividamento, maior o risco de que ela se veja impossibilitada de honrar esses pagamentos
contratuais. Como os direitos dos credores devem ser satisfeitos antes da distribuição de lucros
aos acionistas, acionistas existentes e em potencial dão muita atenção à capacidade da empresa
de amortizar suas dívidas. Os credores também se preocupam com o endividamento das
empresas. De modo geral, quanto mais dívidas uma empresa usa em relação ao seu ativo total,
maior a sua alavancagem financeira. Alavancagem financeira é uma amplificação do risco e
do retorno por meio do uso de financiamento a custo fixo, como dívida e ações preferenciais.
Quanto mais dívidas de custo fixo uma empresa usa, maiores serão o risco e o retorno
esperados.

2.2 Índice de endividamento geral

O índice de endividamento geral mede a proporção do ativo total financiada pelos credores da
empresa. Quanto mais elevado, maior o montante de capital de terceiros usado para gerar
lucros. Esse índice é calculado da seguinte forma:

Passivo total
Índice de endividamento geral =
Ativo total

2.3 Índice de cobertura de juros

O índice de cobertura de juros mede a capacidade da empresa de honrar seus pagamentos


contratados de juros. Quanto maior seu valor, maior a capacidade da empresa de cumprir suas
obrigações de pagamento de juros. O índice de cobertura de juros é calculado por:

lucro antes de jurus e imposto de renda


Índice de cobertura de juros =
jurus

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2.4 Índice de cobertura de obrigações fixas

O índice de cobertura de obrigações fixas mede a capacidade da empresa de fazer frente a todos
os seus compromissos fixos, tais como juros e principal, arrendamento mercantil e dividendos
preferenciais.14 Como no caso do índice de cobertura de juros, quanto maior o valor, melhor.
A fórmula do índice de cobertura de obrigações fixas é:

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 + 𝑎𝑟𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠


Índice de cobertura de obrigações fixas = 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑟𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 +
{(𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 + 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠) ×
[1/(1 – 𝑇 )]}

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3. Índices de rentabilidade

Lawrence J. Gitman (2009) também afirma que há muitas medidas de rentabilidade. Tomadas
em seu conjunto, essas medidas permitem aos analistas avaliar os lucros da empresa em relação
a um dado nível de vendas, um dado nível de ativos ou o investimento dos proprietários. Se
não houvesse lucro, uma empresa não atrairia capital externo. Proprietários, credores e
administradores dão muita atenção à expansão dos lucros por causa da grande importância que
o mercado lhes atribui.

Para Natália Diniz (2015) os índices de rentabilidade demonstram os resultados financeiros de


determinada empresa, medindo, dessa forma, o retorno alcançado. A análise desses índices é
muito importante, pois a rentabilidade é vista amplamente como o principal objetivo de uma
empresa.

Outro aspecto importante na análise da rentabilidade é que ela serve amplamente como
parâmetro comparativo, pois é uma medida associada a qualquer tipo de investimento. Desta
forma, a viabilidade do negócio pode ser analisada sob a ótica da rentabilidade. Os índices de
rentabilidade procuram relacionar medidas que demonstrem a formação do resultado da
empresa, no intuito de facilitar a tomada de decisão sobre o desempenho da organização.

Demostração de resultado do tamanho comum

Demonstração do resultado de tamanho comum Uma ferramenta popular de avaliação da


rentabilidade em relação às vendas é a demonstração do resultado de tamanho comum. Cada
item dessa demonstração é expresso com uma percentagem da receita de vendas. As
demonstrações de resultados de tamanho comum são de especial utilidade na comparação do
desempenho entre diferentes anos. Três índices de rentabilidade frequentemente mencionados
e que podem ser encontrados diretamente nas demonstrações de resultados de tamanho comum
são (1) a margem de lucro bruto, (2) a margem de lucro operacional e (3) a margem de lucro
líquido.

3.2 Margem de lucro bruto

Margem de lucro bruto A margem de lucro bruto mede a percentagem de cada unidade
monetária de vendas que permanece após a empresa deduzir o valor dos bens vendidos. Quanto

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maior a margem de lucro bruto, melhor (isto é, menor o custo das mercadorias vendidas). A
margem de lucro bruto é calculada da seguinte forma:

Receita de vendas − Custo das mercadorias vendidas Lucro bruto


𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
=
Receita de vendas

3.3 Margem de lucro operacional

A margem de lucro operacional mede a percentagem de cada unidade monetária de vendas


remanescente após a dedução de todos os custos e despesas exceto juros, imposto de renda e
dividendos de ações preferenciais. Representa o ‘lucro puro’ obtido sobre cada dólar de vendas.
Os lucros operacionais são ditos ‘puros’ porque medem apenas o lucro sobre as operações e
desconsideram juros, impostos e dividendos de ações preferenciais. É preferível uma margem
de lucro operacional elevada. A margem de lucro operacional é calculada por:

Lucro operacinal
Margem do lucro operacional =
Receita de vendas

3.4 Margem de lucro líquido

A margem de lucro líquido mede a percentagem de cada unidade monetária de vendas


remanescente após a dedução de todos os custos e despesas, inclusive juros, impostos e
dividendos de ações preferenciais. Quanto mais elevada a margem de lucro líquido de uma
empresa, melhor. A margem de lucro líquido é calculada da seguinte maneira:

Lucro disponível para os acionistas ordinários


Margem do lucro líquido =
Receita de vendas

A margem de lucro líquido é uma medida frequentemente associada ao sucesso de uma


empresa em relação ao lucro obtido com as vendas. O que representa uma ‘boa’ margem de
lucro líquido varia de modo considerável de um setor para outro. Uma margem de lucro líquido
de 1% ou menos não seria incomum para uma mercearia, ao passo que uma margem de lucro
líquido de 10% seria baixa para uma joelheira de varejo.

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3.5 Lucro por ação (LPA)

O lucro por ação (LPA) de uma empresa costuma ser de interesse para acionistas existentes ou
em potencial e para a administração. Como já vimos, o LPA representa o número de unidades
monetárias ganhas durante o período para cada ação ordinária em circulação. O lucro por ação
é calculado como:

Lucro disponível para os acionistas ordinários


Lucro por ação =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎çã𝑜

O LPA é observado com atenção pelo público investidor e considerado um importante


indicador de sucesso empresarial.

3.6 Retorno sobre o ativo total (ROA – return on total assets)

O retorno sobre o ativo total (ROA), muitas vezes chamado de retorno sobre o investimento
(ROI), mede a eficácia geral da administração na geração de lucros a partir dos ativos
disponíveis. Quanto mais elevado o retorno sobre o ativo total de uma empresa, melhor. O
retorno sobre o ativo total é calculado como segue:

Lucro disponível para os acionistas ordinários


Retorno sobre o ativo total =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

3.7 Retorno sobre o capital próprio (ROE – return on common equity)

O retorno sobre o capital próprio (ROE) mede o retorno obtido sobre o investimento dos
acionistas ordinários na empresa. De modo geral, quanto mais alto esse retorno, melhor para
os proprietários. O retorno sobre o capital próprio é calculado assim:

Lucro disponível para os acionistas ordinários


Retorno sobre o capital próprio =
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠

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4. Índices de valor de mercado

E ainda Lawrence J. Gitman (2009) diz que índices de valor de mercado relacionam o valor
de mercado da empresa, medido pelo preço atual de sua ação, com alguns valores contábeis.
Esses índices fornecem informações sobre como os analistas do mercado avaliam o
desempenho da empresa em termos de risco e retorno. Tendem a refletir, em termos relativos,
a avaliação que os acionistas ordinários fazem de todos os aspectos do passado da empresa e
do desempenho futuro esperado. Aqui, tratamos de dois índices de valor de mercado populares,
um que se concentra nos lucros e outro que leva em conta o valor nominal.

4.2 Índice preço/lucro (P/L)

Índice preço/lucro (P/L) O índice preço/lucro (P/L) é muito usado para avaliar a maneira como
os proprietários enxergam o preço da ação. O índice P/L mede o montante que os investidores
estão dispostos a pagar por unidade monetária de lucro de uma empresa. O nível desse índice
indica o grau de confiança que os investidores depositam no desempenho futuro da empresa.
Quanto maior o índice preço/lucro, maior a confiança. O índice preço/lucro é calculado da
seguinte maneira:

preco do mercado por ação ordinaria


𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑜/𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜(𝑃/𝐿) =
lucro por ação

4.3 Índice de valor de mercado/valor patrimonial (VM/VP)

O índice de valor de mercado/valor patrimonial (VM/VP) fornece uma avaliação de como os


investidores encaram o desempenho da empresa, relacionando o valor das ações da empresa ao
seu valor patrimonial — o valor contábil em forma pura. Para calcular o índice VM/VP,
precisamos antes identificar o valor patrimonial por ação ordinária:

𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠

A fórmula do índice de valor de mercado/valor patrimonial é:

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎


Índice de valor no mercado/ valor patrimonial (VM/VP) =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎

As ações de empresas das quais se espera um bom desempenho — aumento dos lucros ou da
participação de mercado, ou lançamento de produtos bem -sucedidos — costumam ser
vendidas a índices VM/VP mais elevados do que aquelas com perspectivas menos atraentes.

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Para simplificar, empresas das quais se espera retorno elevado em relação ao risco, costumam
ser vendidas a múltiplos altos de VM/VP. Evidentemente, os investidores veem com bons olhos
as perspectivas da Bartlett, já que estão dispostos a pagar por suas ações mais do que seu valor
patrimonial. Assim como os índices P/L, os VM/VP são normalmente usados em análise
transversal para permitir comparar o retorno e o risco da empresa com os de outras.

5. Sistema DuPont de análise

O sistema DuPont de análise é usado para dissecar as demonstrações financeiras da empresa e


avaliar sua situação financeira, unindo a demonstração de resultados e o balanço patrimonial
em duas medidas concisas de rentabilidade: o retorno sobre o ativo total (ROA) e o retorno
sobre o capital próprio (ROE).

5.2 Fórmula DuPont

Em primeiro lugar, o sistema DuPont reúne a margem de lucro líquido, que mede a
rentabilidade da empresa sobre as vendas, com seu giro do ativo total, que indica a eficiência
com que a empresa usa seus ativos para gerar vendas. Na fórmula DuPont, o produto desses
dois índices resulta no retorno sobre o ativo total (ROA):

ROA = Margem de lucro líquido × giro do ativo total

Substituindo e simplificando as fórmulas em questão,

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎


𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑜𝑟𝑑𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑂𝐴 = X =
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

A fórmula DuPont permite que a empresa decomponha seus resultados nos componentes de
lucro sobre as vendas e eficiência do uso do ativo. Em geral, uma empresa com baixa margem
de lucro apresenta elevado giro do ativo total, resultando em um retorno do ativo total
razoavelmente bom. O contrário também ocorre com frequência.

5.3 Fórmula DuPont modificada

O segundo passo do sistema DuPont emprega a fórmula DuPont modificada, que relaciona o
retorno sobre o ativo total (ROA) da empresa ao seu retorno sobre o capital próprio (ROE).
Este último é calculado multiplicando -se o retorno sobre o ativo total pelo multiplicador de

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alavancagem financeira (MAF), que representa a razão entre o ativo total e o patrimônio líquido
ordinário:

ROA = ROA × MAF

Substituindo as fórmulas respectivas e simplificando, temos

Lucro disponível para Lucro disponível para


os acionistas ordinários Ativo total os acionistas ordinários
𝑅𝑂𝐸 = X =
Ativo total Patrimônio líquido Patrimônio líquido

5.4 Aplicação do sistema DuPont

A vantagem do sistema DuPont está em permitir que a empresa decomponha seu retorno sobre
o capital próprio em um elemento de lucro sobre vendas (margem de lucro líquido), um
elemento de eficiência no uso do ativo (giro do ativo total) e um elemento de uso da
alavancagem financeira (o multiplicador de alavancagem financeira). O retorno total para os
proprietários pode, assim, ser analisado quanto a essas importantes dimensões.

6. Exercícios

Patty Akers está constituindo uma nova empresa. Depois de muito analisar, ela decidiu que
seria necessário um investimento inicial de $ 50.000 — sendo $ 20.000 em ativo circulante e
$ 30.000 em ativo imobilizado. Esses fundos podem ser obtidos de duas maneiras. A primeira
é o plano sem dívida, segundo o qual ela investiria todos os $ 50.000 sem tomar empréstimo.
A segunda alternativa, o plano com dívida, envolve investir $ 25.000 e tomar emprestados os
$ 25.000 restantes a juros anuais de 12%. Independentemente da alternativa escolhida, Patty
espera que as vendas atinjam em média $ 30.000, que os custos e despesas operacionais sejam
de $ 18.000 em média e que o lucro seja tributado à alíquota de 40%. Balanços patrimoniais e
demonstrações de resultados projetados com os dois planos encontram -se resumidos na Tabela
2.6. O plano sem dívida resulta em lucro depois do imposto de renda de $ 7.200, o que
representa uma taxa de rendimento de 14,4% sobre o investimento de $ 50.000 realizado por
Patty. O plano com dívida resulta em lucro depois do imposto de renda de $ 5.400, o que
representa uma taxa de rendimento de 21,6% sobre o investimento de $ 25.000 realizado por
ela. O plano com dívida proporciona a Patty uma taxa de retorno mais elevada, mas o risco do
plano também é maior, já que os $ 3.000 anuais em juros precisam ser honrados antes que ela
receba quaisquer lucros

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6.2 Demonstrações financeiras correspondentes às alternativas de Patty

Plano sem dívida Plano com dívida


Balanco
Ativo circulante $ 20.000 $ 20.000
Ativo imobilizado 30.000 30.000
Total do ativo $ 50.000 $ 50.000
Dívida (a juros de 12%) $0 $ 25.000
(1) Patrimônio líquido 50.000 25.000
Total do passivo e patrimônio líquido $ 50.0000 $ 50.000
Demonstrações de resultados
Receita de vendas $ 30.000 $30.000
Menos: custos e despesas operacionais 18.000 18.000
Lucro operacional $ 12.000 $ 12.000
Menos: despesa financeira ____0 0.12*$25.000=3.000
Lucro líquido antes do imposto de renda $ 12.000 $9.000
Menos: imposto de renda (alíquota = 40%) 4.800 3.600
(2) Lucro líquido depois do imposto de $ 7.200 $ 5.400
renda $ 7.200 $5.400
= 14% = 21.6%
50.000 $25.000
Retorno sobre o capital próprio [(2) ÷ (1)]

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6.3 Exercícios anuais encerrados em 31 de dezembro

O total do ativo da empresa aumentou de $ 3.270.000 em 2008 para $ 3.597.000 em 2009. O


aumento de $ 327.000 se deve predominantemente ao aumento de $ 219.000 do ativo
circulante. O aumento do ativo, por sua vez, parece ter sido financiado principalmente com um
aumento de $ 193.000 do total do passivo.
Balanços patrimoniais da Bartlett Company, Ativo total $ 3.597 e Passivo total $ 1.643

1.643.000
Índice de endividamento geral = = 0,457 = 45,7%
3.597.000

Esse valor indica que a empresa financiou quase a metade dos seus ativos com dívida. Quanto
mais elevado esse índice, maior o grau de endividamento da empresa e maior sua alavancagem
financeira.

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7. Conclusão

Em suma podemos observar que situação de endividamento de uma empresa indica o volume
de dinheiro de terceiros usado para gerar lucros, quanto maior o endividamento, maior o risco
de que ela se veja impossibilitada de honrar esses pagamentos contratuais.

Os índices de rentabilidade demonstram os resultados financeiros de determinada empresa,


medindo, dessa forma, o retorno alcançado.

Índices de valor de mercado relacionam o valor de mercado da empresa, medido pelo preço
atual de sua ação, com alguns valores contábeis.

Índice Bolsa de Valor de Moçambique é Ferramenta Vital para Mensurar as Tendências do


Mercado de Capitais Moçambicano.

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8. Referências

GITMAN LAWRENCE J, (2009), Princípios de administração financeira,12ª edição, twelfth


edition e Peasson, São Paulo.
DINIZ NATÁLIA, (2015),Análise das demonstrações financeiras,1ª edição, seis, Rio de
janeiro.

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