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Direito Administrativo
3º Ano
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Docente:
4. Espécies da tutela................................................................................................................ 6
8. Conclusão ......................................................................................................................... 14
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema “Tutela em fase de actividade administrativa” este trabalho
tem como objectivo aprofundar o tema de tal modo que nos permite, por outro lado, conhecer
e refletir sobre o papel do mesmo na actividade administrativa
Em seguida definir e descrever cada uma das etapas do tema citado a cima, as responsabilidades
civil da administração e as garantias administrativas.
1.2 Objetivos
Geral
Específicos
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2. Noção da tutela administrativa.
De acordo com (J. Cretella Júnior,1969) A tutela administrativa como o conjunto de poderes
expressos em lei, mas limitados, que o Estado confere aos órgãos centrais a fim de que exerçam
ininterrupta vigilância jurídica sobre os atos editados pelos órgãos ou pelos agentes das pessoas
administrativas descentralizadas, territoriais ou institucionais, para garantir-lhes a legalidade e
assegurar a consecução dos interesses coletivos.
A tutela é definida por (Diogo Freitas Do Amaral,2016) como sendo o “conjunto dos poderes
de intervenção de uma pessoa colectiva na gestão de outra pessoa colectiva, a fim de assegurar
a legalidade ou o mérito da sua actuação”
E ainda (J. Cretella Júnior,1969) diz que tutela administrativa, expressão consagrada na
terminologia técnica do direito público, é formada de dois termos, ambos correntes nas línguas
românicas: tutela, que significa proteção, guarda e administrativa, que significa referente à
administração. Antes de pertencer ao vocabulário jurídico o termo tutela pertenceu ao
vocabulário comum, ingressando, depois, no mundo do direito pelas portas mais antigas do
direito privado, com sentido preciso, inconfundível.
Ao estruturar-se muito mais tarde o direito administrativo criou-se a expressão, por muitos
criticada, aliás, sem razão, porque se confundiu adoção de instituto com simples
aproveitamento de nomenclatura.
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3. Caracterização objetiva da tutela
Para (J. Cretella Júnior,1969) Muito se discorreu sobre a descentralização e sobre a tutela no
plano das puras concepções da ciência política e da ciência administrativa, sem o cuidado de
observar que tais colocações nem sempre se ajustavam à realidade do direito positivo. O
importante passo preliminar é estabelecer o conceito jurídico da tutela administrativa, mas para
isso é indispensável estudar a natureza da tutela em si, na realidade com que se apresenta aos
olhos de quem a analisa porque antes de ser privativa do mundo jurídico, o instituto é fato do
mundo. Apresentando-se como fenômeno que se reveste de traços típicos.
No mundo dos fatos, o instituto da tutela administrativa oferece as seguintes notas que a
caracterizam, na prática, de maneira indiscutível:
1. Sujeito ativo, que é o Estado, representado, nos diversos sistemas pelas respetivas pessoas
jurídicas de direito público interno, maiores.
4. Texto legal que designa a autoridade tutelar, detentora da tutela exercida em nome do
Estado, bem como os limites e os processos que serão observados.
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4. Espécies da tutela
5. Classificação da Tutela
Quanto ao conteúdo, (Freitas Do Amaral) propõe uma classificação penta partida em tutela
integrativa, inspectiva, sancionatória, revogatória e substitutiva, enquanto que (Vieira De
Andrade,2015) propõe uma classificação igualmente penta partida, mas tendo, desta feita,
como elementos a tutela normativa, integrativa, correctiva, sancionatória e impugnatória.
A tutela integrativa
A tutela integrativa será aquela que consiste no poder de autorizar ou aprovar os actos da
entidade tutelada. É possível subclassificar esta espécie em tutela integrativa a priori, que
consiste em autorizar a prática de actos, e em tutela integrativa a posteriori, que consiste no
poder de aprovar actos da entidade tutelada.
Tanto a autorização como a aprovação tutelar podem ser expressas ou tácitas, totais ou parciais
e puras, condicionais ou a termo. No entanto, (Freitas Do Amaral) nota que se encontra vedada,
em situações de tutela integrativa, a modificação do acto pela entidade tutelar, inexistindo,
assim, um poder de substituição na tutela integrativa.
A tutela inspectiva
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A tutela sancionatória
A tutela revogatória
A tutela revogatória será o poder de revogar os actos administrativos praticados pela entidade
tutelada, o qual tem carácter excepcional.
A tutela substitutiva
A tutela substitutiva será o poder da entidade tutelar de suprir as omissões da entidade tutelada,
praticando, em vez dela e por conta dela, os actos que forem legalmente devidos
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A tutela administrativa não se presume, pelo que esta só existirá quando a lei expressamente a
preveja e nos precisos termos em que a lei a estabelecer. A tutela só existirá nas modalidades
legalmente consagradas, e dentro dos seus limites.
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6. Garantias Administrativas
(Freitas do Amaral), expõe que “as garantias administrativas são meios ao dispor dos
particulares para junto da própria Administração Pública acionar o controle ou a fiscalização
da sua conduta, numa manifestação de conferir uma chance de Administração Pública corrigir
o seu agir, em termos de legalidade e/ou de mérito, sob impulso dos cidadãos”.
Um conceito preciso e claro é o de (José F. F. Tavares, 2007), ao expor que “as garantias são
os meios ou mecanismos previstos na Constituição e na lei para assegurar, de forma preventiva
ou repressiva, a legalidade administrativa ou a defesa dos direitos e interesses legítimos dos
seus destinatários”. É fazer valer mecanismos que podem levar a mudança de uma decisão
administrativa.
No mesmo sentido, (Paulo Otero, 2013) ao salientar que “as garantias administrativas são
opostas perante ações ou omissões da administração pública que se considerem violar as
vinculações a que se encontra adstrita, em termos de legalidade ou de mérito, a ordem jurídica
confere ao particular meios de reação: tais meios controlando e sancionando a atuação
administrativa, consubstanciam verdadeiros “trunfos” contra o agir administrativos e que
funcionam como garantias do particular.
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6.2 Garantias Petitórias.
As garantias petitórias são chamadas assim, pois representam o direito de pedido junto à
Administração Pública e que não implicam a prévia prática de um acto administrativo. Alguns
doutrinadores, taxativamente, estabelecem quais são as garantias petitórias e as classificam
como o direito de petição, direito de representação, direito de queixa, direito de denúncia e
oposição administrativa. Sobre o direito de petição, pode-se entender ser o direito que se
estabelece quando o cidadão se dirige até à Administração Pública para fazer um pedido de que
é detentor de direito, por exemplo, um pedido para que a Administração Pública tome alguma
decisão ao qual até o momento esteve silente ou que preste uma informação ou ainda ter acesso
a arquivos e processos pendentes em nome do particular.
Fixando o assunto nas garantias impugnatórias, estas possuem em seu fim impugnar os atos da
Administração Pública permitindo reagir contra a omissão ilegal de atos administrativos. As
garantias impugnatórias pressupõe um ato já praticado e desse modo ao impugnar o ato é
solicitando a sua revogação, anulação, modificação ou substituição. Seu objetivo será sempre
de evitar a adoção de uma conduta ilegal, inconveniente ou inoportuna por parte da
Administração Pública, o qual assume-se uma conduta repressiva contra esse ato. Segundo a
reforma do contencioso administrativo, que visou à reorganização dos tribunais administrativos
e a reformulação do Direito Processual Administrativo, as garantias impugnatórias visam
articular uma decisão proferida em esfera administrativa além de ser uma alternativa para
dirimir o conflito. Paulo Otero afirma, e concordamos que “as garantias tornam o particular
participante dos mecanismos de controlo da Administração Pública. Funcionam como sujeitos
propulsores de meios de fiscalização do agir administrativo, determinam um papel
funcionalmente ativo dos particulares na efetiva limitação da Administração Pública: as
garantias reforçam o protagonismo dos particulares no moderno ordenamento regulador.
Reclamação.
Pelo artigo 191º do CPA, entende-se por reclamação o meio de impugnação direta ao autor do
ato ou da omissão. Marcelo Rebelo de Sousa conceitua “que o direito de reclamação é o direito
do particular, titular de direito subjetivo ou interesse legalmente protegido, que se considere
lesado por certo ato administrativo, solicitar, ao autor, a sua revogação ou modificação, para
tanto invocarem a correspondente ilegalidade ou inconveniência.” É a hipótese do autor do ato
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rever o ato praticado por ele mesmo, cabendo-lhe a confirmação, revogação, anulação,
declaração de nulidade, modificação, substituição ou apenas sanar o ato, sempre pautado à luz
dos princípios da boa administração. É, de certa forma, uma “segunda chance” que o autor
possui para prática correta do ato, suposto, neste aspecto considerar que a lei de certa forma
obriga o agente a se rever e rever seus atos praticados que até o momento são supostamente
ilegais/arbitrários, não podendo, por lei, se recusar em rever o ato.
Recurso Hierárquico.
Segundo a definição dada pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa, “o recurso constitui um
dos mecanismos através dos quais o superior hierárquico pode exercer os seus poderes de
intervenção sobre o resultado do exercício das competências do subalterno, designadamente os
poderes de supervisão e de substituição, assegurando-se assim a preferência de princípio por
sua vontade sobre a dos escalões hierarquicamente inferiores, em coerência com as suas
responsabilidades e legitimidade democráticas acrescidas.” Freitas do Amaral estabelece que
“o recurso hierárquico é meio de impugnação de um ato administrativo, que tenha sido
praticado por um órgão subalterno, perante o respectivo superior hierárquico, a fim de obter
deste a revogação, modificação ou substituição do ato recorrido”.
São várias as vantagens estabelecidas pelo CPA em relação as garantias administrativas e estão
elencadas a partir do artigo 190º do CPA. Entre elas estão:
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7. Responsabilidade civil da Administração
Para (Forense,1998), falar de responsabilidade civil é discorrer acerca da reparação dos danos,
de ordem patrimonial ou extrapatrimonial, causados a outrem, ainda que por imprudência,
negligência ou imperícia.
Direta é a proveniente de ato do próprio responsável e a indireta é aquela, que provem de ato
terceiro vinculado ao agente.
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7.3 Responsabilidade Fiscal
Entende-se como facto administrativo qualquer forma de conduta atribuída ao poder publico,
ainda que o agente estatal atue de fora de suas funções, mas a pretexto de exerce-las, cabendo
ainda, como como exposto anteriormente o nexo de casualidade entre o fato e o dano. O facto
administrativo comporta também as omissões estatal há controvérsia no que tange a
incoerência na teoria objetiva.
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8. Conclusão
Concluímos que a tutela administrativa conjunto dos poderes de intervenção de uma pessoa
colectiva na gestão de outra pessoa colectiva, a fim de assegurar a legalidade ou o mérito da
sua actuação.
Muito se discorreu sobre a descentralização e sobre a tutela no plano das puras concepções da
ciência política e da ciência administrativa, sem o cuidado de observar que tais colocações nem
sempre se ajustavam à realidade do direito positivo.
As garantias administrativas é o meio pelo qual o particular pode contestar atos administrativos
diretamente na Administração Pública.
Falar de responsabilidade civil é discorrer acerca da reparação dos danos, de ordem patrimonial
ou extrapatrimonial, causados a outrem, ainda que por imprudência, negligência ou imperícia.
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9. Referencias Bibliográficas
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