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Titulo do trabalho

Fundamentos e efeitos do privilégio de execução.


Índice
Introdução............................................................................................................................ 3

Objectivos............................................................................................................................ 3

Objectivos gerais ................................................................................................................. 3

Objectivos específicos ......................................................................................................... 3

Metodologias ....................................................................................................................... 3

O privilégio de execução prévia .......................................................................................... 4

O Poder de execução forçada .............................................................................................. 5

As proteções ........................................................................................................................ 5

A protecção dos agentes da Administração......................................................................... 5

Garantias jurídicas dos administrados ................................................................................. 6

Confronto entre as características dois sistemas enunciados .............................................. 6

Lei aplicável ........................................................................................................................ 6

Organização administrativa: ................................................................................................ 7

Existência de poderes de tutela de administração ............................................................... 7

Organização dos tribunais ................................................................................................... 7

O Direito regulador da Administração ................................................................................ 7

Conclusão ............................................................................................................................ 8

Referencias bibliográficas ................................................................................................... 9


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Introdução
O presente trabalho aborda acerca de alguns aspectos práticos sobre o privilégio de execução
prévia, co isso percebe-se que O privilégio de execução prévia é uma das faculdades
provenientes do sistema administrativo tipo executório. O privilégio de execução prévia não
deve ser confundido com a executoriedade, pois o privilégio de execução prévia trata-se apenas
de um dos vários princípios que englobam a executoriedade que por sua vez é uma característica
do acto administrativo.

privilégio de execução prévia é definido pela alínea g) do Artigo 1 do Decreto n.º30/2001, de


15 de Outubro como “poder ou capacidade legal de executar actos administrativos definitivos
e executórios, antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interpostos pelos interessados, O
privilégio da execução prévia resulta da possibilidade que a Administração tem de tomar
decisões executórias, isto é, a Administração é dispensada, para realizar os seus direitos, do
prévio recurso a um tribunal. Por outras palavras, o privilégio da execução prévia significa que
o acto é revestido de uma presunção de legalidade que obriga o seu destinatário a executá-lo
antes de qualquer contestação.

Objectivos
Objectivos gerais
 Conceituar o privilégio de execução prévia

Objectivos específicos
 Conhecer a proteção dos agentes da administração;
 Conhecer as garantias jurídicas dos administrados;
 Conhecer a organização administrativa

Metodologias
Para materialização deste trabalho foi necessário o uso de matérias como revistas, métodos ou
consultas bibliográficas, livros e manuais.
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O privilégio de execução prévia


Foi com a revolução liberal Francesa de 1789, que deu origem ao sistema administrativo
tipo executório, que se contrapõem ao sistema administrativo judiciário, sistema este que
predomina uma só lei, a “common law”, segunda a qual todos são iguais perante a lei, ninguém
está acima da lei, regendo-se pelos designados Tribunais Comuns.

Foi em França que foi feita uma interpretação peculiar do principio da separação de
poderes, segunda a qual, como diz o outro, à chacun son dû, se a Administração não pode se
intrometer nos assuntos da Justiça, então a Justiça, não pode se intrometer nos assuntos da
Administração. Nasceu assim o Direito Administrativo, e consequentemente uma
administração agressiva, capaz, com os aptidões e faculdades necessárias para acompanhar as
suas visões, utilizando os meios necessários para a prossecução dos seus fins.

A administração tipo executório tem uma forma de actuação heterogénea quando


comparada com a forma de agir da administração no sistema administrativo tipo judiciário, que
por sua vez ao meu ver representa uma administração “mole”, uma administração emancipada.

O privilégio de execução prévia é uma das faculdades provenientes do sistema


administrativo tipo executório. O privilégio de execução prévia não deve ser confundido com
a executoriedade, pois o privilégio de execução prévia trata-se apenas de um dos vários
princípios que englobam a executoriedade que por sua vez é uma característica do acto
administrativo.

privilégio de execução prévia é definido pela alínea g) do Artigo 1 do Decreto n.º30/2001, de


15 de Outubro como “poder ou capacidade legal de executar actos administrativos definitivos
e executórios, antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interpostos pelos interessados, O
privilégio da execução prévia resulta da possibilidade que a Administração tem de tomar
decisões executórias, isto é, a Administração é dispensada, para realizar os seus direitos, do
prévio recurso a um tribunal. Por outras palavras, o privilégio da execução prévia significa que
o acto é revestido de uma presunção de legalidade que obriga o seu destinatário a executá-lo
antes de qualquer contestação

Privilégio da execução prévia: O Direito Administrativo confere à Administração


poderes “exorbitantes” sobre os cidadãos, por comparação com os poderes “normais”
reconhecidos pelo Direito Civil aos particulares nas relações entre si. A Administração dispõe
de um poder de auto-tutela uma vez que esta determina o Direito a aplicar. As decisões
unilaterais da Administração têm em regra força executória própria. Neste sistema temos
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presentes tanto a auto-tutela declarativa como a executiva. Isto é, no sistema Francês, a


Administração dispõe de auto-tutela declarativa, a qual lhe permite declarar unilateralmente o
Direito a aplicar, e de auto-tutela executiva, que lhe permite executar as suas decisões sem
recurso a tribunal. Por isso mesmo, estas decisões podem ser impostas pela Administração com
recurso á coacção sem necessidade de qualquer intervenção prévia do poder judicial. A
Administração tem assim o poder de, por si só, obrigar o particular a obedecer às regras por
esta impostas, através de medidas coercivas, não precisando de recorrer ao tribunal para fazer
executar as suas regras.

O Poder de execução forçada


De acordo com a alínea f) do Artigo 1 do Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro, entende-se
por “Poder de execução forçada” a capacidade legal de executar actos administrativos
definitivos e executórios, mesmo perante a contestação ou resistência física dos destinatários.
Este poder constitui uma garantia da Administração Pública, A execução forçada é necessária
e possível.

É necessária para garantir o cumprimento das decisões da Administração, por exemplo quando
o Instituto Nacional de Viação ordena a apreensão de veículos, quando não tenham a matrícula
regularizada ou o título de registo de propriedade regularizados, quando sejam encontrados a
transitar estando o respectivo livrete apreendido ou quando sejam encontrados a transitar sem
o respectivo número de matrícula ou com um número diferente.

As proteções
A segunda vertente das prerrogativas administrativas é constituída pelas “protecções” especiais
que beneficiam à Administração. Entende-se que em razão das missões e tarefas que a
Administração desempenha, esta deve-se beneficiar de algumas “protecções” que lhes
permitem realizar eficazmente essas.

A protecção dos agentes da Administração


Os funcionários das administrações públicas dispõem de uma protecção particular que lhe é
garantida, não apenas no seu interesse, mas, também, no interesse da administração, também
encontramos A protecção contra as acções em responsabilidade, regra geral, caso um
funcionário cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é ele próprio que deverá
reparar o prejuízo causado, mas a própria Administração. (AMARAL, 2019)

a) A proteção contra as acções em responsabilidade. Regra geral, caso um funcionário cause


danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é ele próprio que deverá reparar o prejuízo
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causado, mas a própria Administração, o que constitui, ao mesmo tempo, uma prerrogativa, ou
seja, a protecção dos funcionários, e uma sujeição porque a Administração deverá indemnizar
a entidade prejudicada no lugar do funcionário causador do prejuízo.

b) A protecção contra as injúrias e violências no plano estatutário, uma protecção é reconhecida


aos funcionários contra injúrias e violências de que podem ser vítimas no exercício das suas
funções. Esta protecção é expressamente afirmada no Estatuto Geral dos Funcionários e
Agentes do Estado (alíneas c) e k) do Artigo 42

Garantias jurídicas dos administrados


São alcançadas através do recurso aos tribunais administrativos onde os direitos subjetivos
públicos são invocáveis contra o Estado. O Estado é responsabilizado por todos os atos
praticados pelos seus funcionários e garante aos particulares as respectivas indemnizações,
quando for caso disso, assumindo então a responsabilidade perante os cidadãos.

Confronto entre as características dois sistemas enunciados


Num segundo momento, importa confrontar os dois sistemas enunciados que pressupõe a
existência de um Estado de Direito. Podemos apontar como principais traços que permitem
distinguir os sistemas de administração: a lei aplicável (Direito Administrativo ou Direito
Comum); a existência de poderes de tutela de administração (Auto-tutela ou Hetero-tutela); a
organização dos tribunais (Contencioso Administrativo); a organização administrativa.

Lei aplicável
No sistema Anglo-Saxónico há um grande peso quer do Direito costumeiro quer
jurisprudencial. Por outro lado, no sistema Francês o Direito é influenciado sobretudo pela
jurisprudência, pelo que a existência de costumes no Direito Administrativo (neste sistema)
quase não se verifica. Estamos perante uma tradição que valoriza determinadas fontes de Direito
em relação a outras, mas a fonte principal é a legislativa, em ambos os sistemas. A
Administração está vinculada ao princípio da legalidade pelo que só atua dentro dos limites
previstos na lei, podendo estes limites ser mais ou menos amplos. Caso uma lei tenha uma
previsão demasiado ampla, podemos estar perante um caso de discricionariedade da
Administração.
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Organização administrativa:
O sistema judiciário é descentralizado e o sistema executivo é centralizado. Quer isto dizer que
no primeiro sistema a Administração dispõe de menos poderes face aos particulares do que no
segundo.

Existência de poderes de tutela de administração


No sistema Inglês, em caso de uma ordem administrativa não ser respeitada por um particular,
é necessária uma sentença do tribunal para proceder á execução da decisão administrativa. No
sistema Continental, não é necessária a intervenção do tribunal pelo que a Administração pode
obrigar o particular a obedecer através de medidas coercivas. Na verdade, hoje em dia, em
ambos os sistemas, só há poderes de execução quando a lei expressamente o estabeleça e mesmo
nesses casos, esses poderes são limitados pelas regras que a própria lei determina. A auto-tutela
declarativa e executiva existe no Sistema Executivo, mas não existe no Sistema Judiciário,
estando este último sujeito á hetero-tutela por parte dos tribunais. Os actos de natureza
prestadora ou autorizativa não são susceptíveis de coacção por parte da Administração uma vez
que a natureza leva a que não faça sentido dizer que um ato que é favorável pode ser imposto
contra a vontade do particular.

Organização dos tribunais


No sistema Britânico, a Administração está subordinada aos Tribunais Comuns que têm amplos
poderes. Assim neste sistema temos uma unidade de jurisdição - existe uma única jurisdição,
os Tribunais Comuns, que solucionam todos os litígios. No sistema Francês, a Administração
é independente do poder judicial uma vez que existem os Tribunais Administrativos que são
responsáveis por solucionar litígios administrativos. Temos assim presente uma dualidade de
jurisdição - existem duas jurisdições, os Tribunais Administrativos e os Judicias, a solucionar
os litígios. Por outro lado, os Tribunais Franceses comuns não podem condenar a
Administração, mas os Tribunais Ingleses comuns têm amplos poderes contra a Administração
e podem até condenar a Administração. (SANTOS, 2008)

O Direito regulador da Administração


No sistema Anglo-Saxónico a Administração é regulada pelo Direito Comum e no sistema
continental é regulada pelo Direito Administrativo.
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Conclusão
Chegada esta fase de trabalho, através das acções desencadeadas em busca da realização do
mesmo, chegamos a conclusão nos seguintes aspectos como o privilegio da execução previa.
Relativamente as consequências jurídicas, causadas na aplicação do privilégio de execução
prévia, ficou claro que, o privilégio de execução prévia, lesa os direitos subjectivos dos
particulares, uma vez que não existe igualdade entre a administração pública e o particular,
relativamente ao processo de indemnização, muita das vezes, esta indemnização não é feita
conforme, tendo em conta que o particular perde determinados direitos em função da execução
prévia.

Portanto quando um direito do particular é violado, este, tem o direito de ser


compensado ou substituído, porém muita das vezes a indemnização não tem sido favorável ou
justa para o particular, uma vez que na negociação o estado também tem estado acima do
particular. Munido do seu poder de autoridade, não dando muitas escolhas ao particular, por
exemplo, a execução para destruição de um património de luxo de um particular, para a
construção de um hospital, todavia o hospital é benéfico para todos, ou seja é de interesse
colectivo, porém o estado também, no acto de indemnização deve olhar para todos aspectos
relativamente ao edifício do particular, ou seja a indemnização deve ser feita de acordo com o
valor real do património de luxo do particular
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Referencias bibliográficas
AMARAL, Diogo Freitas do,Curso de Direito Administrativo, 3ª Edição, Almedina Editora,
volume II, 2016;

AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora,
volume I, 2010

ANDRADE, Vieira de, Lições de Direito Administrativo, 5ª edição. Coimbra,


2017.CAETANO, Marcello, lições de Direito penal, 1939;

CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10ª Edição Almedina Editora, 2008;

CARVELHADA, Cabrito, noções de administração publica, voll 1,8 ed. Lisboa 1992;

CISTAC Gilles, direito administrativo em Moçambique, workshop on administrative law, hotel

Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.

DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4 ª edição portuguesa, 2008;

DE SOUSA& de matos, direito administrativo geral , 3 ed. dom Quixote, 2004.

ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo


,https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.

SANTOS, Justo, introdução ao estudo de direito, 4º ed. Coimbra, 2009

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