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• Foro administrativo: Consiste na entrega contenciosa para julgar os litígios administrativos, não
aos tribunais judiciais, mas sim aos tribunais administrativos;
• Tribunal de Conflitos: Trata-se de um tribunal superior que só funciona quando surge um conflito e
que tem uma composição mista composta por deslizes dos tribunais judiciais e juízes dos tribunais
administrativos e que se destina a resolver entre uma instância os conflitos de jurisdição que
ocorram entre as autoridades administrativas e o poder judicial;
Artigo 5º do CPA
• O princípio da prossecução do interesse público implica além do mais a exigência de um dever de
boa administração. O dever de boa administração é, pois, um dever imperfeito, por um lado
existem aspetos que esse dever deveria assumir numa certa expressão jurídica existindo recursos
graciosos (que são garantias particulares) os quais podem ter como fundamento vícios de mérito
do ato administrativo. Num outro aspeto a violação, por qualquer funcionário público, dos
chamados deveres de zelo e aplicação constitui infração disciplinar, e leva à imposição de sanções
disciplinares ao funcionário responsável. Por fim existe a responsabilidade civil da administração,
num caso de um órgão ou agente administrativo praticar um ato ilícito e culposo de que resultem
prejuízos para terceiros.
Princípio da legalidade:
• (artigo3º do CPA) o princípio da legalidade é imperativo o que se encontra também consagrado no
artigo 266º do CRP. Os órgãos e agentes da administração podem sempre agir no exercício das
suas funções com fundamento na lei e dentro dos limites por ela impostos. O princípio da
legalidade aparece definido de uma forma positiva. O princípio da legalidade abarca todos os
aspetos da atividade administrativa e não apenas aqueles que possuem ou que possam constituir
uma qualquer lesão dos direitos dos interesses dos particulares.
Princípio da igualdade:
• Encontra-se previsto no artigo 6º do CPA segundo o qual a administração pública deve tratar
igualmente os cidadãos que se encontram objetivamente em situações idênticas.
Princípio da Boa-fé:
• Encontra-se consagrado no artigo 10º do CPA e daqui ressalvam-se dois limites negativos para a
administração pública. Por um lado, a AP não deve atraiçoar a confiança que os particulares
interessados colocaram num certo comportamento seu e por outro lado a AP não deve iniciar o
procedimento legalmente previsto para alcançar um determinado objetivo ou propósito que não
seja o interesse público.
Existem outras formas de proteção dos particulares para além do princípio da legalidade:
• O estabelecimento da suspensão jurisdicional da eficácia do ato administrativo, o que se traduz
numa paralisação da execução prévia;
• Extensão do âmbito da responsabilidade da administração por ato ilícito culposo que tenha sido
praticado pela administração por falha técnica ou falha de prudência;
• A extensão da responsabilidade da administração aos danos causados por factos casuais;
• A conceção aos particulares de direitos bem como a participação e informação no processo
administrativo gracioso antes da tomada da decisão final;
• Em posição do dever de fundamentar em relação aos atos administrativos que afetem
diretamente os interesses legítimos dos particulares.
Duas perspetivas diferentes têm sido adotadas pela doutrina quanto aos poderes de execução:
• Segundo uma primeira perspetiva, a dos poderes, este é vinculado na medida em que o seu
exercício está regulado por lei; o poder será discricionário quando o seu exercício fica
entregue ao critério do respetivo titular deixando-lhe assim liberdade de escolha do
procedimento a adotar em cada caso e ajustado à realização do interesse público.
• Segunda perspetiva é a dos atos: Estes são vinculados quando praticados pela
administração e advêm da lei, e são discricionários quando praticados no âmbito dos
poderes discricionários. Podemos afirmar que quase todos os atos administrativos são
simultaneamente vinculados e discricionários. Vinculados em relação a certos aspetos e
discricionários em relação a outros. Nos atos discricionários importa sempre o fim do ato
administrativo, pois este deverá ser sempre vinculativo. Cabe referir que a
discricionariedade não é total e respeita a liberdade de escolher a melhor decisão para
realizar o fim visado pela norma. Toda a norma que confere um poder discricionário
confere-o com um certo fim. Depois cabe apurar se o ato praticado foi legal ou ilegal. Em
rigor não há atos totalmente discricionários na medida em que todos os atos
administrativos são em parte vinculados e em parte discricionários.